A reposição hormonal masculina é um tratamento baseado na reposição sintética da testosterona, que pode decair por diversos fatores, como obesidade, problemas de saúde, estresse psicológico, medicamentos ou como consequência natural do envelhecimento (andropausa).
Como resultado dessa queda nos níveis da testosterona, os homens costumam apresentar diminuição da libido, ganho de peso, insônia, disfunção erétil, calvície, irritabilidade, perda de massa muscular e óssea, dentre outros sintomas.
Quais são as recomendações para a reposição hormonal masculina e como ela funciona? Acompanhe o artigo para descobrir.
Quando a reposição é recomendada?
Como vimos acima, a queda nos níveis de testosterona pode ser causada por vários fatores, mas na maioria dos casos, trata-se de um processo natural do envelhecimento.
A queda acentuada de níveis de testosterona é conhecida, ocorrida geralmente após os 40 anos, recebe o nome de andropausa, em referência à fase semelhante apresentada pelas mulheres (menopausa).
Ao contrário das mulheres, nos homens esse processo não traz sintomas tão acentuados nem afeta todos os indivíduos com a mesma intensidade.
Os médicos geralmente indicam a reposição quando a queda da testosterona está prejudicando a qualidade de vida do paciente ou oferecendo riscos à sua saúde.
O início do tratamento se dá após a realização de exames de sangue que comprovem a queda, juntamente com a análise pelo urologista ou endocrinologista, considerando prós e contras específicos de cada paciente.
Quais exames medem o nível da testosterona?
Os níveis de testosterona no organismo podem ser avaliados por meio de exames de sangue, como a testosterona livre (disponível no organismo para absorção e uso imediato) e a testosterona total (testosterona livre + testosterona associada a proteínas).
Não existe atualmente um consenso geral quanto a um nível de testosterona considerado um mínimo saudável.
No Brasil, contudo, diretrizes formuladas em 2014 pela Associação Médica Brasileira (AMB) e pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) classificam que valores de testosterona total inferiores a 300 ng/dl são considerados insuficientes e passíveis de tratamento.
Além dos exames para avaliar os níveis da testosterona propriamente dita, o médico também poderá requisitar outros exames de sangue para melhor análise e consideração do tratamento de reposição hormonal.
Entre os exames complementares mais frequentes estão o LH, o FSH, o PSA e a prolactina.
Como funciona o tratamento?
O principal objetivo da reposição hormonal masculina é normalizar os níveis de testosterona na corrente sanguínea, promovendo um alívio de sintomas e melhora na qualidade de vida do paciente.
A reposição de testosterona poderá ser feita por meio da via oral, transdérmica ou injetável, de acordo com as recomendações da Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Suplementações vitamínicas também poderão auxiliar no tratamento, atuando na manutenção da saúde e estimulando o corpo a produzir o hormônio naturalmente, como acontece no caso de suplementação da vitamina D.
Reposição por via oral
Essa forma de tratamento pode ser feita através do uso de comprimidos como o undecanoato de testosterona para ingestão diária.
De modo geral, não é uma abordagem clínica muito popular, especialmente devido à grande quantidade de pílulas que os pacientes precisam tomar, tornando-se um tratamento mais caro e menos prático de ser mantido.
Via transdérmica
O tratamento por via transdérmica (pela pele) engloba os medicamentos da modalidade adesivo e gel. É um método bastante popular, especialmente por ser barato e fácil de ser interrompido, caso o tratamento apresente qualquer efeito colateral mais sério.
Os adesivos de testosterona podem ser colocados sobre ou embaixo da pele. Inclusive essa forma subcutânea costuma ser menos utilizada, justamente por ser mais trabalhosa de interromper em caso de efeitos colaterais.
Via injetável
Um dos métodos mais utilizados, devido ao seu baixo custo, é a aplicação de testosterona injetável.
As aplicações geralmente são feitas em intervalos de 15 em 15 dias, se usadas as substâncias mais comuns, ou até em intervalos de 3 meses, no caso de medicações mais concentradas, como o undecilato de testosterona.
Por qual forma devo optar?
A definição da melhor forma para a realização da reposição hormonal deverá ser decidida em conjunto com seu urologista ou endocrinologista, levando em conta fatores como custo, conforto e o próprio tipo de medicação sugerida, que pode só estar disponível em determinadas opções.
Mantenha em mente que não existe uma técnica melhor ou pior. Todas elas apresentam benefícios e defeitos.
O ideal é alinhar suas necessidades e expectativas juntamente com as opções oferecidas pelo seu médico, a fim de obter os melhores resultados.
Quais são os benefícios da reposição hormonal masculina?
O principal benefício da reposição hormonal masculina é a melhora na qualidade de vida do paciente, que experimentará uma diminuição em todos os sintomas desencadeados pela andropausa.
Esses sintomas vão muito além de problemas sexuais (queda da libido, disfunção erétil e fertilidade reduzida). Os efeitos podem afetar o estado mental (ansiedade, depressão, fadiga, irritabilidade) e físico do homem (redução de massa muscular, óssea e aumento da gordura abdominal).
Alguns estudos também relacionam baixos níveis de testosterona ao desenvolvimento do Alzheimer e reconhecem na reposição hormonal uma medida de prevenção adicional para o desenvolvimento da doença.
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Quais são as contraindicações?
A reposição hormonal não é indicada para homens que apresentem suspeita ou diagnóstico de câncer de próstata, câncer de mama, apneia do sono severa, e sintomas urinários intensos devido ao aumento benigno da próstata (hiperplasia prostática benigna).
Apesar de não causar câncer ou favorecer o aparecimento de tumores, a reposição hormonal de testosterona pode agravar casos já existentes.
Para garantir mais segurança ao tratamento, é recomendável que se faça a avaliação do exame de PSA e de toque retal antes do início da reposição, além de outros exames solicitados pelo médico, para assegurar que seu organismo está preparado para receber novas cargas hormonais sem prejuízos para a saúde.
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Que tal um plano de apoio?
Se você está se perguntando, existem sim medidas naturais que você pode tomar para ajudar seu corpo a manter a produção mais eficiente de testosterona com a chegada da idade. A boa notícia é que se trata de ações simples, que você pode empregar no dia-a-dia.
A primeira delas é a prática regular de atividades físicas, principalmente aeróbicas, por pelo menos 150 minutos por semana.
Além disso, também é recomendado o consumo de zinco e das vitaminas A e D.
Outro grande aliado na manutenção de bons níveis de testosterona são os vegetais crucíferos, como brócolis, rúcula, couve, e todos os outros dessa família.
Dormir bem, controlar o estresse, abandonar o tabagismo e reduzir o consumo de bebidas alcoólicas também vão ajudar seu tratamento de reposição hormonal, permitindo que você observe resultados mais rápidos.
Sua saúde em primeiro lugar
O fator mais importante de toda essa equação é você!
Caso você esteja percebendo os sintomas típicos da queda da testosterona, o primeiro passo é procurar um urologista ou endocrinologista. Esses profissionais vão te avaliar e orientar sobre as causas de seus sintomas e, se for o caso, indicar a terapia de reposição hormonal.
Lembre-se: a andropausa, assim como a menopausa, é um processo natural e marca apenas o início de uma nova fase da sua vida. Mas com acompanhamento médico, exames em dia e os tratamentos indicados, é possível manter a saúde e a qualidade de vida.
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O Novembro Azul é o mês de conscientização para a saúde masculina. Aproveite para ficar em dia com seus exames e sua prevenção.
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