Problemas na tireoide causam queda de cabelo?

A saúde da tireoide é fundamental para o bom funcionamento do nosso organismo, influenciando desde o metabolismo até o bem-estar emocional. No entanto, muitas pessoas não estão cientes de que problemas nessa pequena glândula podem ter um impacto significativo na saúde dos cabelos, levando à queda capilar. 

Com a crescente preocupação sobre a perda de cabelo e suas causas, entender a ligação entre distúrbios da tireoide e a queda de cabelo torna-se essencial. 

Neste artigo, exploraremos como as condições da tireoide afetam o ciclo capilar, os principais sintomas a serem observados e as opções de tratamento disponíveis. Continue lendo para descobrir!

Relação entre a tireoide e o cabelo

A glândula tireoide, localizada na parte frontal do pescoço, desempenha um papel crucial na regulação de vários processos metabólicos no corpo por meio da produção de hormônios tireoidianos. 

Esses hormônios, principalmente a tiroxina (T4) e a triiodotironina (T3), são fundamentais para o funcionamento adequado de diversas funções corporais, incluindo o crescimento e a saúde do cabelo.

Como a tireoide afeta o cabelo

Os hormônios produzidos pela tireoide influenciam diretamente o ciclo capilar, que é composto por fases de crescimento, repouso e queda. Quando a tireoide não está funcionando corretamente, pode ocorrer um desequilíbrio hormonal que afeta esse ciclo, resultando em queda de cabelo.

Hipotireoidismo – Quando a tireoide produz hormônios em quantidade insuficiente, o metabolismo desacelera, o que pode levar a um prolongamento da fase de repouso do ciclo capilar e, consequentemente, à queda de cabelo. O cabelo pode se tornar fino, seco e quebradiço.

Hipertireoidismo – Por outro lado, quando há produção excessiva de hormônios tireoidianos, o metabolismo acelera, o que pode resultar em uma fase de crescimento capilar mais curta e uma queda de cabelo mais rápida e acentuada.

Manter um equilíbrio hormonal adequado é essencial para a saúde capilar. Distúrbios na tireoide podem não apenas causar queda de cabelo, mas também afetar a textura e a qualidade dos fios. Por isso, é importante estar atento a outros sintomas que possam indicar problemas na tireoide, como fadiga, ganho ou perda de peso inexplicável, e alterações no humor.

Quando suspeitar de problemas na tireoide

Identificar problemas na tireoide pode ser desafiador, pois os sintomas muitas vezes se confundem com outras condições de saúde. No entanto, estar atento a certos sinais pode ajudar no reconhecimento precoce de distúrbios tireoidianos, permitindo um tratamento eficaz e evitando complicações como a queda de cabelo.

Principais sintomas de hipotireoidismo 

O hipotireoidismo ocorre quando a tireoide não produz hormônios suficientes. É mais comum em mulheres e pode se desenvolver lentamente ao longo do tempo. Os sintomas incluem:

✅ Fadiga e cansaço excessivo – Sensação constante de cansaço, mesmo após uma boa noite de sono.

✅ Ganho de peso inexplicável – Aumento de peso que não pode ser atribuído a mudanças na dieta ou na atividade física.

✅ Pele seca e unhas fracas – A pele pode se tornar seca e áspera, e as unhas podem ficar quebradiças.

✅ Sensibilidade ao frio – Sentir frio excessivo, mesmo em ambientes com temperatura controlada.

✅ Queda de cabelo – Afinamento e queda de cabelo são comuns, devido à desaceleração do ciclo capilar.

✅ Depressão e alterações de humor – Sentimentos de tristeza ou desinteresse sem causa aparente.

Principais sintomas de hipertireoidismo

O hipertireoidismo é caracterizado pela produção excessiva de hormônios pela tireoide. Os sintomas incluem:

✅ Perda de peso inexplicável – Perda de peso rápida, mesmo com uma dieta normal ou aumento do apetite.

✅ Palpitações e aumento da frequência cardíaca – Batimentos cardíacos acelerados ou irregulares.

✅ Aumento da sudorese e sensação de calor – Sudorese excessiva e intolerância ao calor.

✅ Ansiedade e nervosismo – Sensação de nervosismo, irritabilidade ou ansiedade sem razão aparente.

✅ Tremores nas mãos – Tremores finos nas mãos ou dedos.

✅ Queda de cabelo – Assim como no hipotireoidismo, o ciclo capilar pode ser afetado, levando à queda de cabelo.

Diagnóstico de problemas na tireoide

Identificar problemas na tireoide, de forma precisa, é essencial para iniciar o tratamento adequado e evitar complicações, como a queda de cabelo. Existem vários exames e testes que podem ser realizados para diagnosticar distúrbios tireoidianos, e a escolha do exame adequado depende dos sintomas e do histórico de saúde do paciente.

Exames de sangue

Os exames de sangue são geralmente o primeiro passo no diagnóstico de problemas na tireoide. Eles medem os níveis dos hormônios tireoidianos, como T3 (triiodotironina), T4 (tiroxina) e TSH (hormônio estimulante da tireoide). Esses testes ajudam a determinar se a tireoide está hiperativa (hipertireoidismo) ou hipoativa (hipotireoidismo).

Ecografia da tireoide

A ecografia da tireoide é um exame de imagem não invasivo, que usa ondas sonoras para criar imagens detalhadas da glândula tireoide. Este exame é útil para avaliar o tamanho da tireoide, detectar nódulos ou cistos e ajudar a distinguir entre nódulos sólidos e císticos. A ecografia é uma ferramenta importante para o diagnóstico e monitoramento de condições tireoidianas, e é realizada de forma segura e eficaz em clínicas especializadas.

Punção aspirativa por agulha fina (PAAF)

A punção aspirativa por agulha fina (PAAF) é um procedimento diagnóstico utilizado para coletar amostras de células da tireoide, geralmente de nódulos detectados na ecografia. Este exame ajuda a determinar se um nódulo é benigno ou maligno, orientando a necessidade de tratamento adicional. A PAAF é minimamente invasiva e pode ser realizada em ambiente ambulatorial, proporcionando informações valiosas para o diagnóstico preciso.

Exame de cintilografia da tireoide

Embora menos comum, a cintilografia da tireoide pode ser usada em alguns casos para avaliar a função da glândula. Este exame envolve a administração de uma pequena quantidade de material radioativo e a captura de imagens para observar como a tireoide está funcionando.

👉 O profissional responsável por investigar e tratar problemas na tireoide é o endocrinologista. Para saber tudo sobre a atuação desse profissional, confira este outro artigo.

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Problema na tireoide pode afetar a saúde mental?

A tireoide é uma glândula pequena, mas poderosa, localizada na base do pescoço, responsável pela produção de hormônios que regulam o metabolismo e influenciam diversas funções corporais. 

Distúrbios na tireoide, como o hipotireoidismo e o hipertireoidismo, podem desencadear uma série de sintomas físicos, mas será que podem impactar também a saúde mental?

Compreender como funciona essa importante glândula do nosso corpo é fundamental para termos mais qualidade de vida a buscarmos tratamento o quanto antes, caso seja necessário.

Continue lendo para saber mais!

Entendendo a tireoide e suas alterações

A tireoide é uma glândula endócrina em forma de borboleta, localizada na parte frontal do pescoço, logo abaixo do pomo de adão. 

Apesar de seu pequeno tamanho, ela desempenha um papel crucial na regulação de várias funções corporais através da produção de hormônios tireoidianos, principalmente a tiroxina (T4) e a triiodotironina (T3). Esses hormônios são fundamentais para o controle do metabolismo, influenciando o ritmo cardíaco, a temperatura corporal, o apetite e até mesmo o humor.

Quando há alguma alteração no funcionamento dessa glândula, podem ocorrer problemas como:

Hipotireoidismo

O hipotireoidismo ocorre quando a tireoide não produz hormônios suficientes para atender às necessidades do corpo. É uma condição comum, especialmente em mulheres e em pessoas idosas. As causas do hipotireoidismo podem incluir doenças autoimunes, como a tireoidite de Hashimoto, tratamento prévio para hipertireoidismo, cirurgia da tireoide, ou deficiência de iodo. Os sintomas do hipotireoidismo podem ser sutis e se desenvolver lentamente, incluindo fadiga, ganho de peso, depressão, e sensibilidade ao frio.

Hipertireoidismo

O hipertireoidismo é o oposto do hipotireoidismo, ocorrendo quando a tireoide produz hormônios em excesso. A doença de Graves é uma das causas mais comuns dessa condição. Outros fatores podem incluir nódulos tireoidianos hiperfuncionantes ou inflamação da tireoide. Os sintomas do hipertireoidismo podem incluir perda de peso, ansiedade, tremores, aumento da frequência cardíaca, e intolerância ao calor.

Problema na tireoide pode afetar a saúde mental?

A relação entre a tireoide e a saúde mental é complexa, envolvendo a relação entre os hormônios tireoidianos com o cérebro e o sistema nervoso. Os hormônios produzidos pela tireoide – principalmente a tiroxina (T4) e a triiodotironina (T3) – têm papel crucial na regulação do metabolismo cerebral e na modulação de neurotransmissores, que são fundamentais para o humor e as funções cognitivas.

Como os hormônios tireoidianos influenciam o cérebro e o humor

Os hormônios tireoidianos são essenciais para o desenvolvimento e funcionamento do sistema nervoso central. Eles influenciam a expressão de genes que regulam a produção de neurotransmissores, como a serotonina, dopamina e norepinefrina, que são fundamentais para regular o humor, as emoções e o comportamento. Alterações nos níveis desses hormônios podem, portanto, levar a mudanças significativas na saúde mental.

✅ O hipotireoidismo – falta de hormônios tireoidianos – está frequentemente associado a sintomas de depressão, fadiga mental, e lentidão cognitiva. A redução dos hormônios tireoidianos pode diminuir a atividade cerebral, resultando em sentimentos de tristeza, desinteresse e dificuldades de concentração.

✅ O hipertireoidismo – excesso de hormônios tireoidianos – pode causar sintomas de ansiedade, irritabilidade e agitação. A aceleração do metabolismo cerebral pode levar a uma sobrecarga de estímulos, resultando em nervosismo e dificuldades para relaxar.

Evidências científicas sobre a relação entre problemas na tireoide e saúde mental

Diversos estudos têm explorado a conexão entre a função tireoidiana e a saúde mental, revelando que pacientes com distúrbios da tireoide apresentam uma maior prevalência de transtornos mentais, como depressão e ansiedade. 

Pesquisas indicam que o tratamento adequado dos distúrbios da tireoide pode melhorar significativamente os sintomas mentais, reforçando a importância de um diagnóstico preciso e de uma abordagem terapêutica integrada.

Compreender essa conexão é fundamental para que profissionais de saúde possam identificar e tratar não apenas os sintomas físicos dos distúrbios tireoidianos, mas também os seus efeitos sobre a saúde mental. Isso destaca a importância de uma abordagem holística no cuidado com a saúde, considerando tanto os aspectos físicos quanto emocionais dos pacientes.

Tratamentos para distúrbios da tireoide e seus efeitos na saúde mental

O tratamento adequado dos distúrbios da tireoide é essencial não apenas para restaurar o equilíbrio hormonal, mas também para melhorar os sintomas mentais associados. Ao abordar as causas das alterações hormonais, é possível aliviar os efeitos sobre a saúde mental e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Tratamentos para hipotireoidismo

A terapia padrão para o hipotireoidismo é a reposição hormonal com levotiroxina – prescrita por endocrinologista – um hormônio sintético que substitui a tiroxina (T4). Este tratamento visa normalizar os níveis hormonais, o que pode levar a uma melhora significativa nos sintomas de depressão, fadiga e lentidão cognitiva.

Ajustes na dosagem de levotiroxina podem ser necessários ao longo do tempo, exigindo monitoramento regular dos níveis hormonais através de exames de sangue. Um controle adequado garante que os níveis hormonais permaneçam estáveis, prevenindo recaídas nos sintomas mentais.

Tratamentos para hipertireoidismo

Algumas medicações são capazes de reduzir a produção excessiva de hormônios pela tireoide. Ao normalizar os níveis hormonais, esses medicamentos podem ajudar a aliviar sintomas de ansiedade, irritabilidade e agitação.

Este tratamento envolve a ingestão de iodo radioativo, que destrói seletivamente as células produtoras de hormônios da tireoide. É uma opção eficaz para muitos pacientes, embora possa levar ao desenvolvimento de hipotireoidismo, que então requer reposição hormonal.

Em casos graves ou quando outros tratamentos não são eficazes, a remoção cirúrgica parcial ou total da tireoide pode ser necessária. A cirurgia geralmente resolve o hipertireoidismo, mas pode resultar em hipotireoidismo, necessitando de terapia de reposição hormonal.

Impacto do tratamento na saúde mental

O tratamento eficaz dos distúrbios da tireoide frequentemente resulta em melhorias significativas nos sintomas mentais. Pacientes relatam redução na ansiedade, depressão e melhora na clareza mental e energia. No entanto, é importante que o tratamento seja individualizado, considerando as necessidades específicas de cada paciente e monitorando de perto a resposta ao tratamento.

Além dos tratamentos médicos, o suporte psicológico pode ser benéfico para lidar com os efeitos emocionais dos distúrbios da tireoide. Terapias como a terapia cognitivo-comportamental podem ajudar a abordar questões de saúde mental de forma integrada, promovendo um bem-estar geral.

Ao tratar os distúrbios da tireoide de forma abrangente, é possível não apenas restaurar o equilíbrio hormonal, mas também melhorar a saúde mental e a qualidade de vida dos pacientes.

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Dietas low-carb são seguras para tratar gordura no fígado?

Nos últimos anos, dietas low-carb – dietas com pouco carboidrato – têm ganhado destaque como uma alternativa eficaz para a perda de peso e melhoria de diversos indicadores de saúde. 

Entre as condições que despertam interesse no uso dessa abordagem alimentar está a esteatose hepática, popularmente conhecida como gordura no fígado. Com o aumento dos casos dessa condição, que pode levar a complicações mais graves como a cirrose, torna-se essencial entender se a redução de carboidratos na dieta pode ser uma estratégia segura e eficaz para seu tratamento. 

Neste artigo, você vai conhecer o que se sabe sobre o impacto das dietas low-carb na saúde do fígado, bem como suas possíveis vantagens e riscos!

O que é esteatose hepática?

A esteatose hepática, ou gordura no fígado, é quando há muita gordura acumulada nas células desse órgão, o que pode acontecer por várias razões, mas geralmente está ligado a uma alimentação ruim, falta de exercício e excesso de peso. Existem dois tipos principais: um ligado ao consumo de álcool e outro que ocorre em pessoas que bebem pouco ou nada de álcool.

O fígado é um órgão importante que ajuda a controlar as gorduras no corpo. Quando há um problema nesse controle, a gordura pode se acumular no fígado. Muitas vezes, a gordura no fígado não causa sintomas, mas algumas pessoas podem sentir cansaço, dor na barriga ou na digestão.

Para descobrir se alguém tem gordura no fígado, os médicos usam exames de imagem, como ultrassom, que mostram a quantidade de gordura no fígado. Também podem fazer exames de sangue para ver como o fígado está funcionando e garantir que não haja outros problemas.

Se a gordura no fígado não for tratada, pode levar a problemas mais sérios, como inflamação, cicatrizes no fígado, e em casos graves, até câncer. Por isso, é importante cuidar da saúde comendo bem e fazendo exercícios regularmente para evitar ou tratar essa condição.

Como as dietas low-carb funcionam?

As dietas low-carb, ou de baixo carboidrato, são planos alimentares que reduzem a quantidade de carboidratos consumidos, focando em aumentar a ingestão de proteínas e gorduras saudáveis. 

O objetivo principal dessas dietas é alterar a forma como o corpo usa energia, incentivando-o a queimar gordura em vez de carboidratos. Para isso, elas seguem alguns princípios, como: 

✅ Redução de carboidratos – As dietas low-carb limitam alimentos ricos em carboidratos, como pães, massas, arroz e açúcares. Em vez disso, incentivam o consumo de vegetais, carnes, peixes, ovos, nozes e sementes.

✅ Aumento de proteínas e gorduras – Para compensar a redução de carboidratos, essas dietas aumentam a ingestão de proteínas e gorduras. Alimentos como carne, peixe, ovos, abacate, azeite e manteiga são comuns nessas dietas.

✅ Equilíbrio nutricional – Embora reduzam carboidratos, as dietas low-carb ainda priorizam a ingestão de nutrientes essenciais, incluindo fibras, vitaminas e minerais, geralmente obtidos através de vegetais e frutas com baixo teor de carboidratos.

Tipos de dietas low-carb

Existem várias abordagens dentro das dietas low-carb, cada uma com suas próprias regras e restrições. Alguns dos tipos mais populares incluem:

✅ Dieta cetogênica – Foca em reduzir drasticamente os carboidratos (geralmente abaixo de 50 gramas por dia) para induzir um estado de cetose, onde o corpo queima gordura como principal fonte de energia.

✅ Dieta Atkins – Inicia com uma fase de ingestão muito baixa de carboidratos, aumentando gradualmente a quantidade permitida à medida que a pessoa se aproxima de seu peso ideal.

✅ Dieta Paleo – Embora não seja estritamente low-carb, a dieta paleo elimina alimentos processados e açúcares, o que naturalmente reduz a ingestão de carboidratos.

✅ Dieta low-carb e high fat – Enfatiza o consumo de gorduras saudáveis enquanto mantém os carboidratos em níveis baixos.

Como as dietas low-carb agem no fígado

As dietas low-carb podem ter um impacto significativo na saúde do fígado, especialmente no tratamento da esteatose hepática, através de diversos mecanismos de ação. Aqui estão algumas formas:

Redução do acúmulo de gordura no fígado

Quando a ingestão de carboidratos é reduzida, o corpo tende a usar a gordura armazenada como fonte de energia. Isso pode levar a uma diminuição do acúmulo de gordura no fígado, ajudando a reverter a esteatose hepática. A redução de carboidratos também pode diminuir a síntese de novos ácidos graxos no fígado, reduzindo ainda mais o acúmulo de gordura.

Melhoria da sensibilidade à insulina

Dietas low-carb podem melhorar a sensibilidade à insulina, um hormônio que ajuda a regular os níveis de açúcar no sangue. A resistência à insulina é um fator de risco para o desenvolvimento de gordura no fígado, pois pode levar ao aumento da produção de gordura hepática. Melhorar a sensibilidade à insulina ajuda a controlar melhor os níveis de glicose no sangue e a reduzir a lipogênese hepática (produção de gordura no fígado).

Diminuição da inflamação

A inflamação crônica é uma característica comum em pessoas com esteatose hepática. As dietas low-carb podem ajudar a reduzir marcadores de inflamação no corpo. Isso ocorre porque a redução de carboidratos, especialmente os refinados e açúcares, pode diminuir a produção de substâncias inflamatórias, aliviando o estresse no fígado.

Perda de peso e redução da gordura visceral

A perda de peso é um dos benefícios mais evidentes das dietas low-carb, e a redução da gordura visceral (gordura ao redor dos órgãos, incluindo o fígado) é particularmente benéfica para a saúde hepática. A perda de peso contribui para a melhora da função hepática e pode ajudar a reverter a esteatose hepática.

Aumento da oxidação de ácidos graxos

Com menos carboidratos disponíveis, o corpo aumenta a oxidação de ácidos graxos para obter energia. Isso não apenas contribui para a perda de peso, mas também ajuda a reduzir o acúmulo de gordura no fígado.

Cuidados que devem ser tomados

As dietas low-carb, apesar de seus potenciais benefícios, também podem apresentar alguns riscos e considerações importantes que devem ser levados em conta antes de sua adoção. Aqui estão alguns pontos a serem considerados:

Possíveis efeitos Colaterais

✅ Cetoacidose – Em casos extremos, especialmente em pessoas com diabetes tipo 1, uma dieta extremamente baixa em carboidratos pode levar à cetoacidose, uma condição perigosa causada pelo acúmulo de cetonas no sangue.

✅ Sintomas iniciais – Muitas pessoas experimentam sintomas temporários quando começam uma dieta low-carb, conhecidos como “gripe low-carb” ou “gripe cetogênica”, que pode incluir dor de cabeça, fadiga, tontura, náusea e irritabilidade.

✅ Problemas digestivos – A redução de carboidratos pode diminuir a ingestão de fibras, levando a problemas digestivos como constipação. É importante incluir alimentos ricos em fibras, como vegetais de folhas verdes, para mitigar esse risco.

Contraindicações

✅ Condições médicas específicas – Pessoas com certas condições de saúde, como doenças renais, hepáticas ou pancreáticas, devem ter cuidado ao seguir uma dieta low-carb e fazê-lo sob supervisão médica.

✅ Gravidez e amamentação – Mulheres grávidas ou que estão amamentando devem ter cautela com dietas restritivas e buscar orientação médica para garantir que estejam recebendo nutrientes adequados.

Importância do acompanhamento médico e nutricional

Ao decidir iniciar uma dieta de baixo carboidrato, é crucial monitorar regularmente a saúde, especialmente os níveis de colesterol e função renal, para garantir que a dieta não esteja causando efeitos adversos. Para isso, o acompanhamento médico e a realização de exames é fundamental.

Além disso, um(a) nutricionista pode ajudar a personalizar a dieta para garantir que ela atenda às necessidades nutricionais individuais, evitando deficiências e promovendo uma alimentação equilibrada.

É importante manter uma dieta variada para garantir a ingestão de todos os nutrientes essenciais. Isso inclui consumir proteínas magras, gorduras saudáveis, e uma ampla gama de vegetais.

Em alguns casos, pode ser necessário suplementar a dieta com vitaminas e minerais, como vitamina D, cálcio e magnésio, para evitar deficiências.

Considerando esses riscos e considerações, é essencial que qualquer pessoa interessada em adotar uma dieta low-carb faça isso com cuidado e orientação adequada, garantindo que a dieta seja segura e benéfica para sua saúde individual.

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Por que pessoas magras podem ter fígado gordo?

Embora a gordura no fígado seja frequentemente associada ao sobrepeso e à obesidade, muitas pessoas magras também podem apresentar essa condição. 

O acúmulo de gordura no fígado, conhecido como esteatose hepática, pode ocorrer em pessoas magras devido a diversos fatores, como predisposição genética, alimentação, sedentarismo e até condições como a resistência à insulina.

Compreender por que o fígado gordo afeta também quem está dentro da faixa de peso saudável é importante para desmistificar a ideia de que apenas o excesso de peso causa problemas hepáticos. 

Continue lendo para entender os motivos!

O que é a esteatose hepática?

A esteatose hepática, também conhecida como “fígado gordo,” é uma condição em que há um acúmulo excessivo de gordura no interior das células do fígado. Esse processo acontece quando o fígado, que normalmente ajuda a metabolizar e distribuir gorduras, começa a armazená-las em quantidades elevadas, resultando em um órgão mais “gordo” do que o habitual. 

Em alguns casos, a esteatose hepática é silenciosa e assintomática, mas pode evoluir para problemas mais graves se não for acompanhada e tratada.

A esteatose hepática se divide em duas categorias principais:

✅ Esteatose hepática não alcoólica (EHNA) – Essa forma de fígado gordo não está relacionada ao consumo de álcool e é a mais comum. A EHNA é geralmente associada a fatores metabólicos, como obesidade, resistência à insulina, altos níveis de colesterol e triglicerídeos, e até predisposição genética. Surpreendentemente, essa condição também pode ocorrer em pessoas magras devido a uma combinação de fatores como genética, dieta e estilo de vida sedentário.

✅ Esteatose hepática alcoólica – Nesse tipo, o acúmulo de gordura no fígado é resultado do consumo excessivo de álcool, que interfere no metabolismo das gorduras. Isso pode desencadear inflamação e danos às células hepáticas, levando a condições mais graves, como hepatite alcoólica e cirrose, quando não controlado.

É importante notar que a esteatose hepática, independentemente de estar ou não associada ao álcool, pode progredir para formas mais severas de doença hepática, incluindo inflamação (esteato-hepatite), fibrose (cicatrização) e, em casos mais graves, até cirrose e câncer de fígado. 

Por que pessoas magras podem ter fígado gordo?

O fígado gordo (esteatose hepática) pode ser causado por uma combinação de fatores que vão além do índice de massa corporal (IMC) e incluem genética, dieta, estilo de vida e até alterações hormonais. 

Abaixo, exploramos os principais fatores que contribuem para o acúmulo de gordura no fígado em pessoas com peso considerado saudável.

Predisposição genética

A genética desempenha um papel importante no risco de desenvolver esteatose hepática. Algumas pessoas são geneticamente predispostas a armazenar gordura no fígado, mesmo quando não apresentam excesso de peso. 

Mutação em genes específicos pode afetar a forma como o corpo metaboliza gorduras, predispondo certos indivíduos a condições como resistência à insulina e acúmulo de gordura no fígado.

Dieta e estilo de vida

Mesmo em pessoas magras, uma dieta rica em alimentos processados, açúcar refinado, carboidratos simples e gorduras trans pode levar ao acúmulo de gordura no fígado. Alimentos como doces, refrigerantes e frituras, por exemplo, podem gerar uma sobrecarga de gordura e glicose no fígado, aumentando o risco de esteatose hepática. 

Além disso, o consumo excessivo de frutose (presente em bebidas adoçadas e muitos produtos industrializados) está fortemente ligado ao desenvolvimento de gordura hepática.

Sedentarismo e resistência à insulina

A falta de atividade física é outro fator que pode contribuir para o fígado gordo, mesmo em indivíduos magros. O sedentarismo, associado à resistência à insulina, afeta o metabolismo do corpo, facilitando o armazenamento de gordura no fígado. 

A resistência à insulina faz com que as células tenham dificuldade em utilizar a glicose no sangue, o que leva o fígado a converter o excesso de glicose em gordura.

Condições metabólicas e hormônios

Pessoas com alterações metabólicas, como a síndrome dos ovários policísticos (SOP) (no caso das mulheres), também podem ter um risco maior de desenvolver gordura no fígado, independentemente do peso. Além disso, condições hormonais que afetam o metabolismo de lipídios, como baixos níveis de hormônios sexuais em mulheres após a menopausa, também aumentam o risco de fígado gordo.

Esses fatores mostram que o fígado gordo não é exclusivo de pessoas com excesso de peso e que a saúde hepática está associada a uma série de influências, como genética e estilo de vida. 

Esteatose hepática dá algum sintoma?

Embora na maioria das vezes seja assintomática, a esteatose hepática (ou fígado gordo) pode apresentar alguns sinais e sintomas, mesmo em pessoas magras. 

Como a condição é associada mais frequentemente ao excesso de peso, os sinais podem passar despercebidos ou serem confundidos com outras questões de saúde. No entanto, reconhecer esses sinais é essencial para garantir um diagnóstico precoce e reduzir o risco de complicações.

Aqui estão alguns sintomas que podem indicar o acúmulo de gordura no fígado em pessoas magras:

✅ Fadiga e cansaço excessivo – O fígado gordo pode levar à sensação de cansaço e falta de energia. Isso ocorre porque a função hepática fica comprometida, prejudicando o metabolismo de nutrientes e a produção de energia. Essa fadiga pode ser confundida com cansaço normal, mas, quando persistente, é um sinal que merece atenção.

✅ Desconforto abdominal ou sensação de “peso” no lado direito – Algumas pessoas com esteatose hepática experimentam uma sensação de desconforto ou peso na região do abdômen, especialmente do lado direito, onde fica o fígado. Esse sintoma pode ser leve, mas quando recorrente ou associado a outros sinais, é um indicativo de que algo está acontecendo com o fígado.

✅ Inchaço abdominal – A presença de inflamação no fígado pode causar retenção de líquidos e inchaço abdominal, que muitas vezes é confundido com outros problemas gastrointestinais. Esse inchaço é resultado da disfunção hepática, que afeta a digestão e a distribuição de líquidos no organismo.

✅ Náusea e perda de apetite – Em alguns casos, o fígado gordo pode causar sintomas como náusea e perda de apetite. Esses sinais geralmente estão associados a estágios mais avançados ou inflamatórios da condição, mas são importantes de observar, pois indicam que o fígado não está funcionando como deveria.

👉 Saiba mais – Esteatose hepática tem cura? 

Diagnóstico da esteatose hepática em pessoas magras

Detectar esteatose hepática (fígado gordo) em pessoas magras pode ser desafiador, já que a condição é comumente associada ao excesso de peso e pode não apresentar sintomas claros. Por isso, é essencial que o diagnóstico inclua uma combinação de exames de imagem, análise clínica e exames laboratoriais para obter uma avaliação precisa da saúde hepática.

Aqui estão os principais métodos de diagnóstico para identificar a esteatose hepática em pessoas magras:

Exames de sangue

Exames de sangue são um primeiro passo importante. Eles medem níveis de enzimas hepáticas (como ALT e AST) e verificam marcadores de função hepática, glicose e lipídios. No entanto, nem sempre a esteatose hepática eleva essas enzimas, especialmente em estágios iniciais. Por isso, exames de sangue podem ser usados em conjunto com exames de imagem para confirmar o diagnóstico.

Ultrassonografia abdominal

A ultrassonografia (ou ecografia) é um exame de imagem comum e acessível que detecta alterações na densidade do fígado. No caso de esteatose hepática, o fígado apresenta um aspecto mais “brilhante” e ecogênico na imagem. Esse exame é não invasivo, de baixo custo e geralmente o primeiro solicitado para investigar gordura no fígado, especialmente em pessoas que não têm sintomas evidentes.

Elastografia hepática

A elastografia é uma técnica que usa ondas sonoras para medir a rigidez do fígado. Quando há acúmulo de gordura, o fígado pode se tornar mais rígido, e a elastografia consegue detectar essa alteração com precisão. É uma ferramenta útil para avaliar o nível de fibrose hepática e, em alguns casos, é mais eficaz que a ultrassonografia para detectar esteatose hepática em pessoas sem sobrepeso.

Ressonância magnética

A ressonância magnética é uma das técnicas mais precisas para quantificar o acúmulo de gordura no fígado. A RM com espectroscopia de próton pode medir a quantidade exata de gordura, diferenciando esteatose simples de inflamação e fibrose. Embora seja um exame mais caro e menos acessível, é especialmente útil em casos complexos ou quando é necessário um diagnóstico detalhado.

Biópsia hepática

A biópsia hepática é o método mais definitivo para diagnosticar a esteatose hepática e identificar seu estágio exato. No entanto, por ser invasiva, é indicada apenas em casos específicos, como quando há suspeita de inflamação ou fibrose avançada. A biópsia fornece uma análise detalhada do tecido hepático, permitindo que o médico observe o tipo e a quantidade de gordura, bem como a presença de inflamação ou cicatrizes.

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Esteatose hepática tem cura?

A esteatose hepática – também conhecida como gordura no fígado – é uma condição cada vez mais comum, especialmente devido ao aumento de fatores de risco como obesidade, sedentarismo e alimentação inadequada. 

Embora em muitos casos seja assintomática, a esteatose pode evoluir para problemas mais graves, como cirrose e insuficiência hepática, se não for tratada adequadamente. Por isso, entender se a esteatose hepática tem cura e quais são as opções de tratamento é essencial para manter a saúde do fígado.

Neste artigo, vamos explorar o que é a esteatose hepática, suas causas, possíveis complicações e, principalmente, se ela pode ser revertida. Continue lendo!

O que é esteatose hepática?

A esteatose hepática, mais conhecida como gordura no fígado, é causada pelo acúmulo excessivo de gordura nas células do fígado. Em situações normais, o fígado contém pequenas quantidades de gordura, mas quando essa gordura excede 5% a 10% do peso do órgão, ocorre a esteatose hepática. 

Embora em muitos casos seja assintomática, essa condição pode causar inflamação no fígado e, se não for tratada, pode evoluir para problemas mais graves, como fibrose, cirrose e até câncer hepático.

Existem dois tipos principais de esteatose hepática, classificados com base nas suas causas:

Esteatose hepática não alcoólica ou Esteatose hepática metabólica 

A esteatose hepática não alcoólica é o tipo mais comum, especialmente entre pessoas com obesidade, diabetes tipo 2 e síndrome metabólica. Ela ocorre em pessoas que não consomem quantidades significativas de álcool. Fatores como alimentação inadequada, sedentarismo, hipertensão e colesterol elevado também contribuem para o desenvolvimento dessa condição.

Esse tipo de esteatose pode evoluir para um quadro mais sério, conhecido como esteato-hepatite não alcoólica, em que, além da gordura, há inflamação e danos às células do fígado. Se não tratada, pode progredir para fibrose, cirrose e até o câncer de fígado.

 

Esteatose hepática alcoólica

A esteatose hepática alcoólica, como o nome indica, é causada pelo consumo excessivo e prolongado de bebidas alcoólicas. O álcool afeta a capacidade do fígado de metabolizar gorduras, fazendo com que estas se acumulem nas células hepáticas.

O abuso contínuo de álcool pode levar a um quadro mais grave de inflamação do fígado, conhecido como hepatite alcoólica, que pode progredir para cirrose, uma condição irreversível.

Fatores de risco para esteatose hepática

Alguns fatores aumentam o risco de desenvolver esteatose hepática, independentemente do tipo:

Obesidade – O excesso de gordura corporal está fortemente relacionado ao acúmulo de gordura no fígado.

Diabetes tipo 2 – O descontrole dos níveis de glicose no sangue está associado ao acúmulo de gordura no fígado.

Colesterol e triglicerídeos elevados – Níveis altos dessas gorduras no sangue favorecem o depósito de gordura no fígado.

Síndrome metabólica – A combinação de fatores como obesidade abdominal, hipertensão, níveis elevados de açúcar e lipídios no sangue é um dos maiores fatores de risco.

Sedentarismo – A falta de atividade física contribui para o aumento de gordura corporal e acúmulo de gordura hepática.

A esteatose hepática é uma condição que exige atenção, pois, apesar de inicialmente não causar grandes prejuízos à saúde, pode evoluir para complicações graves se não for tratada adequadamente. 

Sintomas e diagnóstico da esteatose hepática

A esteatose hepática, especialmente nos estágios iniciais, não costuma mostrar sinais nem sintomas. Muitas pessoas descobrem a condição por acaso, durante exames de rotina ou ao investigar outros problemas de saúde. 

No entanto, à medida que a doença progride e o acúmulo de gordura no fígado aumenta, podem surgir alguns sintomas, especialmente se houver inflamação associada, como na esteatose hepática.

Principais sinais e sintomas

Embora a maioria dos casos de esteatose hepática seja assintomática, alguns sinais podem aparecer. Entre os mais comuns, estão:

✅ Desconforto abdominal – Sensação de peso ou dor no lado direito do abdômen, onde o fígado está localizado.

✅ Fadiga e cansaço – Sensação de cansaço constante, que pode ser resultado da função hepática comprometida.

✅ Perda de apetite – Algumas pessoas podem sentir falta de apetite, o que leva a perda de peso involuntária.

✅ Náuseas – Em casos mais avançados, a inflamação pode causar mal-estar e náuseas.

Nos estágios iniciais, esses sintomas são leves e podem ser facilmente confundidos com outras condições. Quando a esteatose evolui para esteato-hepatite, os sintomas se tornam mais evidentes, com sinais de inflamação e danos ao fígado.

Como a esteatose hepática é diagnosticada?

Como os sintomas podem ser inexistentes ou sutis, o diagnóstico de esteatose hepática costuma ser feito através de exames de imagem e exames laboratoriais solicitados durante consultas de rotina ou investigações de outras doenças. Veja abaixo os principais métodos utilizados:

Exames de imagem

Ultrassonografia abdominal – É o exame mais comumente usado para detectar a gordura no fígado. A ultrassonografia é um método não invasivo, acessível e que permite visualizar o acúmulo de gordura. 

Tomografia computadorizada (TC) – A tomografia também pode identificar o acúmulo de gordura no fígado, oferecendo imagens mais detalhadas que a ultrassonografia. No entanto, assim como o ultrassom, não distingue o grau de inflamação ou fibrose.

Ressonância magnética (RM) – A ressonância magnética é uma das técnicas mais precisas para avaliar a quantidade de gordura no fígado. Além disso, pode ser utilizada para verificar a presença de inflamação e fibrose.

Elastografia hepática – Um exame semelhante ao ultrassom, a elastografia mede a rigidez do fígado, o que ajuda a identificar se já existe fibrose (endurecimento) no órgão, indicando estágios mais avançados da doença.

Exames laboratoriais

Enzimas hepáticas (ALT e AST) – Testes de função hepática, que medem as enzimas ALT (alanina aminotransferase) e AST (aspartato aminotransferase), podem indicar inflamação no fígado. Níveis elevados dessas enzimas podem sugerir esteato-hepatite. 

Perfil lipídico – O exame de colesterol e triglicerídeos pode revelar níveis elevados, comuns em pessoas com esteatose hepática, especialmente quando relacionada à síndrome metabólica.

Glicemia e insulina – A medição dos níveis de açúcar no sangue e insulina pode ajudar a identificar diabetes ou resistência à insulina, condições frequentemente associadas à esteatose hepática.

FIB 4 – É uma equação feita pelo(a) médico(a), em que se considera a idade do(a) paciente, o número de plaquetas e as transaminases (enzimas do fígado). Quando esse valor é maior que 1,3 indica fibrose no fígado, e então a elastografia hepática é indicada. Já um valor abaixo de 1,3 praticamente afasta a presença de fibrose hepática. 

Biópsia hepática

biópsia do fígado é o método mais definitivo para diagnosticar a esteatose hepática e determinar se há inflamação (esteato-hepatite) ou fibrose. Embora seja invasiva, a biópsia é usada quando há necessidade de confirmar o diagnóstico e avaliar a gravidade da doença, especialmente em casos de dúvida sobre a progressão da esteatose.

Importância do diagnóstico precoce

Identificar a esteatose hepática precocemente é crucial para prevenir sua progressão para estágios mais graves, como esteato-hepatite, fibrose e cirrose. Embora seja comum que a esteatose seja detectada de forma incidental, estar atento aos fatores de risco, como obesidade, diabetes e colesterol elevado, pode motivar o acompanhamento regular por meio de exames de imagem e laboratoriais.

Esteatose hepática tem cura?

A pergunta “esteatose hepática tem cura?” é uma das mais comuns entre pessoas diagnosticadas com essa condição. A boa notícia é que, em muitos casos, a esteatose hepática é reversível, especialmente quando identificada em seus estágios iniciais e tratada corretamente. 

Contudo, a “cura” depende muito da capacidade da pessoa em adotar mudanças no estilo de vida e controlar os fatores de risco associados, como obesidade, sedentarismo, alimentação inadequada, diabetes e consumo de álcool.

Reversão da esteatose hepática

A esteatose hepática, particularmente a forma não alcoólica, pode ser revertida quando as causas são tratadas. Isso significa que, ao reduzir o acúmulo de gordura no fígado através de hábitos mais saudáveis, o órgão pode retomar suas funções normais. Para isso, algumas das principais medidas são:

✅ Perda de peso – A redução de peso é um dos fatores mais eficazes para eliminar o excesso de gordura no fígado. Estudos mostram que a perda de 7% a 10% do peso corporal pode levar a uma melhora significativa nos casos de esteatose hepática.

✅ Alimentação balanceada – Dietas ricas em vegetais, frutas, grãos integrais e proteínas magras ajudam a reduzir a gordura no fígado. Evitar alimentos ricos em gorduras saturadas, açúcares refinados e carboidratos simples também é essencial.

✅ Exercício físico regular – A prática de atividade física, principalmente exercícios aeróbicos e de resistência, contribui para a queima de gordura e melhora a saúde hepática.

✅ Controle de doenças associadas – Controlar condições como diabetes, colesterol alto e hipertensão é crucial para reverter a esteatose hepática, já que essas doenças agravam o acúmulo de gordura no fígado.

Fatores que influenciam a cura ou controle da condição

Nem todos os casos de esteatose hepática são iguais, e a possibilidade de cura depende de vários fatores, como:

✅ Estágio da doença – Nos casos iniciais, quando há apenas o acúmulo de gordura sem inflamação ou danos mais graves, a reversão é mais provável. No entanto, se a condição progredir para esteato-hepatite, fibrose ou cirrose, a reversão completa torna-se mais difícil, e o foco do tratamento passa a ser o controle da progressão da doença. Atualmente são usadas a liraglutida 3,0 mg/dia ou a semaglutida 2,4 mg/semana, com bons resultados na redução da gordura do fígado. A pioglitazona é recomendada como primeira linha para tratamento da esteato-hepatite e/ou fibrose, em pacientes diabéticos. Em pacientes com IMC acima de 35,0 kgm2 , a cirurgia bariátrica é indicada, com bons resultados. Recentemente o FDA aprovou uma nova droga (Resmetiron), que se liga aos receptores de hormônios da tireoide nas células do fígado e que melhorou a fibrose hepática em até um estágio. Essa droga tem ainda sido alvo de estudos. 

✅ Adesão ao tratamento – Para reverter a esteatose hepática, é fundamental que o paciente adote de forma consistente mudanças no estilo de vida. Isso inclui a combinação de uma dieta equilibrada, prática regular de exercícios e o controle de condições associadas, como diabetes e colesterol alto.

✅ Abuso de álcool – No caso da esteatose hepática alcoólica, para o consumo de bebidas alcoólicas é indispensável. Se a pessoa parar de beber e adotar hábitos saudáveis, o fígado pode se recuperar e a condição pode ser revertida. No entanto, a continuação do consumo de álcool pode levar à progressão da doença para cirrose, que é irreversível.

Casos em que a “cura” é mais difícil

Em situações em que a esteatose hepática evolui para esteato-hepatite não alcoólica ou para estágios mais avançados, como fibrose ou cirrose, a reversão completa da doença é menos provável. Nessas fases, o tratamento foca em controlar os danos já causados, prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida do paciente.

✅ Fibrose – Ocorre quando o fígado começa a formar cicatrizes devido à inflamação persistente. Embora a fibrose seja tratável em alguns casos, cicatrizes extensas podem ser permanentes.

✅ Cirrose – A cirrose é uma condição grave em que o fígado já apresenta cicatrização extensa e perda significativa de função. Nesses casos, o foco do tratamento é impedir a progressão da doença e evitar complicações, mas a reversão total da cirrose não é possível.

O papel do acompanhamento médico

Embora a esteatose hepática possa ser revertida em muitos casos, é essencial que o tratamento e as mudanças no estilo de vida sejam acompanhados por profissionais de saúde, como endocrinologistas, hepatologistas ou nutricionistas, que poderão monitorar a evolução da doença e ajustar o tratamento conforme necessário, incluindo:

Exames de imagem e laboratoriais regulares para verificar a resposta ao tratamento e identificar possíveis complicações.

Medicamentos em casos específicos, para tratar problemas relacionados, como diabetes, obesidade, colesterol alto ou hipertensão, que podem agravar a esteatose hepática.

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Ecocardiograma pediátrico: importância e quando é necessário!

O ecocardiograma pediátrico é um exame de imagem fundamental para avaliar a saúde do coração de crianças e bebês. Permite identificar, de forma detalhada, possíveis problemas cardíacos, sejam eles congênitos ou adquiridos, auxiliando no diagnóstico precoce e no tratamento adequado. 

A saúde cardiovascular é essencial desde os primeiros anos de vida, e exames como o ecocardiograma desempenham um papel vital na detecção e monitoramento de condições que podem comprometer o desenvolvimento saudável.

Neste artigo, vamos explorar a importância desse exame, entender em quais situações ele é indicado e como ele pode ser decisivo no cuidado da saúde do coração infantil. 

Continue a leitura e descubra!

O que é o ecocardiograma pediátrico?

O ecocardiograma pediátrico é um exame de imagem que utiliza ondas de ultrassom para criar imagens detalhadas do coração de crianças e bebês

Esse exame permite que médicos especializados, como os cardiologistas pediátricos, avaliem a estrutura e o funcionamento do coração, identificando possíveis anormalidades ou problemas que possam afetar o sistema cardiovascular dos pequenos.

Durante o exame, as ondas de ultrassom são refletidas pelas diferentes partes do coração, como as câmaras cardíacas, válvulas e vasos sanguíneos. Essas ondas são convertidas em imagens em tempo real, permitindo que o médico visualize o batimento cardíaco, o fluxo de sangue e o funcionamento das válvulas. 

O ecocardiograma também ajuda a medir o tamanho do coração e a avaliar a espessura das paredes cardíacas.

Diferenças entre ecocardiograma em crianças e em adultos.

Embora o princípio básico do ecocardiograma seja o mesmo tanto para adultos quanto para crianças, o ecocardiograma pediátrico requer abordagens específicas. O coração de uma criança está em fase de crescimento e desenvolvimento, o que significa que as medidas, as estruturas e até mesmo as condições que podem ser observadas no exame podem ser diferentes das encontradas no coração adulto.

Além disso, o exame pediátrico pode ser realizado em diferentes faixas etárias, incluindo recém-nascidos, bebês e crianças em várias fases de crescimento. Por isso, a experiência e o treinamento em cardiologia pediátrica são essenciais para interpretar corretamente os resultados. 

O ecocardiograma pediátrico é uma ferramenta crucial para o diagnóstico de cardiopatias congênitas (problemas presentes desde o nascimento) e outras condições cardíacas que podem afetar a saúde das crianças, ajudando a garantir que elas recebam o tratamento adequado o mais rápido possível.

Como o ecocardiograma pediátrico é realizado?

O ecocardiograma pediátrico é um exame rápido, não invasivo e indolor, que usa a tecnologia de ultrassom para gerar imagens detalhadas do coração da criança. O exame é feito por um cardiologista pediátrico ou radiologista especializado, em um ambiente controlado, como uma clínica ou hospital, com o objetivo de avaliar a anatomia e o funcionamento do coração.

Descrição do procedimento

O procedimento é bem parecido com um ultrassom comum. A criança é deitada em uma maca, geralmente em uma posição confortável, e um gel especial é aplicado sobre o peito. Esse gel facilita o contato entre o transdutor (o aparelho que emite as ondas de ultrassom) e a pele, ajudando na captura das imagens do coração.

O médico move o transdutor sobre diferentes áreas do tórax, enviando ondas sonoras de alta frequência para o corpo. Essas ondas são refletidas pelas estruturas internas do coração e transformadas em imagens de vídeo em tempo real, que mostram o batimento cardíaco, o fluxo de sangue, as válvulas e as câmaras do coração.

Durante o exame, o médico pode pedir para que a criança mude ligeiramente de posição ou, em alguns casos, prenda a respiração por breves momentos para obter melhores imagens. A duração do exame vai depender da complexidade do caso e da cooperação da criança.

Preparação para o exame

Na maioria dos casos, o ecocardiograma pediátrico não exige preparação especial. No entanto, é importante que a criança esteja calma e relaxada para que o médico possa obter imagens claras e precisas. Para bebês, muitas vezes o exame é feito enquanto eles estão dormindo ou após uma mamada, para garantir que fiquem mais tranquilos.

Para crianças maiores, os pais podem explicar de forma simples o que vai acontecer, garantindo que elas entendam que o exame é indolor. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de um sedativo leve, especialmente para crianças muito pequenas ou agitadas, para garantir que elas fiquem imóveis durante o procedimento.

O que esperar durante o exame

Durante o ecocardiograma, a criança não sentirá dor. O transdutor pode causar uma leve pressão no peito, mas nada desconfortável. O gel aplicado pode estar frio no início, mas rapidamente aquece ao contato com a pele.

Os pais ou responsáveis podem, em muitos casos, ficar presentes durante o exame para ajudar a acalmar a criança e garantir que ela se sinta segura. Em clínicas especializadas, o ambiente é preparado para ser acolhedor, com brinquedos ou telas com desenhos animados para entreter as crianças enquanto o exame é realizado.

Resultado do exame

Após o ecocardiograma, o cardiologista analisará as imagens capturadas e discutirá os resultados com os pais ou responsáveis. Se forem detectadas anomalias no coração, o médico poderá sugerir exames complementares ou tratamentos, caso necessário.

O ecocardiograma pediátrico é uma ferramenta vital para garantir a saúde do coração infantil e monitorar condições cardíacas ao longo do tempo, sendo seguro e eficaz na avaliação da função cardíaca em crianças de todas as idades.

Por que o ecocardiograma é importante para crianças?

O ecocardiograma pediátrico desempenha um papel fundamental na avaliação da saúde cardiovascular de crianças e bebês. Entender a importância desse exame ajuda pais e responsáveis a compreenderem quando e por que ele é necessário para garantir o bem-estar das crianças.

Diagnóstico de problemas cardíacos congênitos

Uma das principais razões para a realização de um ecocardiograma em crianças é a detecção das chamadas cardiopatias congênitas, que são problemas no desenvolvimento do coração, que surgem antes do nascimento. 

Esses defeitos podem variar de leves a graves, incluindo anomalias nas válvulas cardíacas, na formação das câmaras do coração ou na circulação do sangue. O ecocardiograma é essencial para identificar essas condições logo após o nascimento ou, em alguns casos, ainda no útero, permitindo que o tratamento adequado seja iniciado o quanto antes.

Sem o diagnóstico precoce, muitas dessas cardiopatias podem não ser detectadas até que os sintomas se manifestem, como cansaço excessivo, dificuldade para respirar ou atraso no crescimento. O exame, portanto, pode ser vital para prevenir complicações graves.

Monitoramento de problemas cardíacos adquiridos

Além de detectar condições congênitas, o ecocardiograma pediátrico também é útil para monitorar problemas cardíacos adquiridos, ou seja, condições que se desenvolvem após o nascimento. 

Algumas crianças podem desenvolver problemas no coração devido a infecções, inflamações ou outros fatores de saúde. O ecocardiograma permite acompanhar de perto a evolução dessas condições e ajustar os tratamentos, se necessário.

Por exemplo, doenças como febre reumática, que pode surgir após infecções na garganta por estreptococos, podem afetar as válvulas do coração. O ecocardiograma ajuda a identificar esses danos e a guiar o tratamento para minimizar o impacto na saúde da criança.

Avaliação do funcionamento do coração

O ecocardiograma também é importante para avaliar o funcionamento geral do coração, já que permite verificar se as câmaras cardíacas estão funcionando corretamente, se as válvulas estão abrindo e fechando como deveriam e se o fluxo sanguíneo está adequado.

Mesmo em crianças sem sintomas aparentes, o exame pode revelar disfunções que poderiam passar despercebidas e que, sem tratamento, poderiam comprometer o desenvolvimento saudável.

Além disso, para crianças que já têm diagnósticos de condições cardíacas, o ecocardiograma é uma ferramenta essencial de monitoramento, pois permite avaliar a eficácia de tratamentos e intervenções, como medicamentos ou cirurgias, e ajustar os cuidados conforme a necessidade.

Prevenção de complicações no longo prazo

Ao identificar problemas cardíacos em estágios iniciais, o ecocardiograma pediátrico desempenha um papel vital na prevenção de complicações no longo prazo. Quando os problemas são detectados e tratados precocemente, é possível evitar que eles evoluam para quadros mais graves que poderiam comprometer a qualidade de vida da criança e, em alguns casos, até mesmo a sua expectativa de vida.

O papel do ecocardiograma no acompanhamento pós-tratamento

Crianças que passaram por cirurgias cardíacas ou estão em tratamento para condições crônicas do coração também se beneficiam do ecocardiograma. O exame permite acompanhar o progresso do tratamento, verificar se o coração está se recuperando adequadamente e garantir que não haja novos problemas surgindo.

Quando o ecocardiograma pediátrico é indicado?

O ecocardiograma pediátrico é um exame essencial na avaliação da saúde cardíaca das crianças, mas nem sempre é realizado de forma rotineira. Ele é indicado em situações específicas, quando há suspeita de anomalias ou condições cardíacas que podem comprometer o bem-estar da criança. 

Abaixo, detalhamos os principais cenários em que esse exame se torna necessário.

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Sopro cardíaco

Um dos motivos mais comuns para a indicação de um ecocardiograma em crianças é a detecção de um sopro cardíaco durante a ausculta do coração. O sopro é um som anormal causado pelo fluxo sanguíneo turbulento no coração. 

Embora muitos sopros sejam benignos e não indiquem problemas graves, alguns podem ser sinais de cardiopatias, como defeitos nas válvulas ou nas paredes do coração. O ecocardiograma ajuda a diferenciar entre um sopro benigno e um que exige tratamento.

Histórico familiar de doenças cardíacas

Crianças que possuem histórico familiar de doenças cardíacas congênitas ou outras condições cardíacas hereditárias podem precisar de um ecocardiograma para verificar se herdaram alguma anomalia. 

Em famílias com um histórico de defeitos cardíacos, o exame é indicado para garantir o diagnóstico precoce de qualquer irregularidade e possibilitar o tratamento rápido e adequado.

Sintomas de problemas cardíacos

O ecocardiograma é frequentemente recomendado quando a criança apresenta sintomas que podem sugerir um problema cardíaco, tais como:

✅ Cansaço excessivo durante atividades físicas leves.

✅ Falta de ar ou dificuldade respiratória, mesmo em repouso.

✅ Desmaios frequentes ou sensação de tontura.

✅ Batimentos cardíacos irregulares (arritmias).

✅ Inchaço nas pernas, pés ou abdômen.

✅ Crescimento inadequado ou atraso no desenvolvimento.

Esses sintomas podem indicar condições como insuficiência cardíaca, defeitos nas válvulas ou arritmias, e o ecocardiograma é essencial para confirmar o diagnóstico.

Bebês prematuros

Os bebês que nascem prematuramente, especialmente aqueles que apresentam complicações respiratórias ou dificuldades de desenvolvimento, podem ter anomalias cardíacas que exigem monitoramento. 

O ecocardiograma pediátrico é indicado para avaliar a estrutura e o funcionamento do coração desses bebês e garantir que não há complicações relacionadas à prematuridade, como a persistência do canal arterial (PCA), uma condição comum em prematuros.

Crianças com síndromes genéticas

Algumas síndromes genéticas, como a Síndrome de Down, Síndrome de Turner e outras condições congênitas, estão frequentemente associadas a problemas no coração. Crianças com essas síndromes podem ser submetidas a ecocardiogramas de rotina para monitorar o desenvolvimento do coração e detectar precocemente possíveis defeitos cardíacos.

Infecções que afetam o coração

Infecções graves, como febre reumática e miocardite, podem afetar diretamente o coração, causando danos às válvulas ou ao músculo cardíaco. Nesses casos, o ecocardiograma é indicado para avaliar a extensão dos danos e orientar o tratamento. 

A febre reumática, por exemplo, pode causar problemas nas válvulas do coração, e o exame ajuda a identificar essas alterações.

Monitoramento pós-operatório

Crianças que passaram por cirurgias cardíacas, como reparos de defeitos congênitos, também precisam de acompanhamento regular com ecocardiogramas para verificar se o coração está se recuperando adequadamente e se a cirurgia foi bem-sucedida. 

O exame ajuda a monitorar o funcionamento do coração e identificar qualquer complicação que possa surgir após a intervenção cirúrgica.

Crianças com hipertensão arterial

Embora a pressão alta seja mais comum em adultos, crianças também podem desenvolver hipertensão arterial. Quando a hipertensão está presente, o ecocardiograma pode ser indicado para verificar se o coração sofreu algum impacto devido à pressão elevada, como o espessamento das paredes cardíacas, conhecido como hipertrofia ventricular.

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Mamografia para mulheres abaixo de 40 anos: quando é indicado?

A mamografia é um exame essencial para a detecção precoce do câncer de mama, principalmente em mulheres com mais de 40 anos. 

No entanto, muitas pessoas se perguntam: em que casos esse exame é indicado para mulheres mais jovens, abaixo dessa faixa etária? Embora menos comum, há situações específicas em que a mamografia pode ser recomendada para mulheres antes dos 40 anos, especialmente em casos de histórico familiar ou fatores de risco. 

Neste artigo, vamos explorar quando a mamografia é indicada para esse público e por que o acompanhamento médico é tão importante. Continue lendo para entender mais sobre esse tema crucial para a saúde feminina!

O que é a mamografia e como ela funciona?

A mamografia é um exame de imagem usado para detectar alterações nas mamas, sendo especialmente eficaz para a detecção precoce do câncer de mama. O exame é realizado por meio de um aparelho chamado mamógrafo, que usa baixas doses de raios-X para obter imagens detalhadas do tecido mamário. 

Essas imagens permitem identificar nódulos, microcalcificações e outras anomalias que podem não ser perceptíveis em um exame físico ou em um autoexame.

Durante o procedimento, a mama é posicionada entre duas placas que a comprimem para espalhar o tecido e garantir uma imagem mais clara. Embora o processo possa causar algum desconforto, essa compressão é necessária para que as estruturas internas da mama sejam visualizadas com precisão. A mamografia dura apenas alguns minutos e, apesar do desconforto temporário, é um exame rápido e altamente eficaz.

A mamografia pode ser realizada de duas formas principais:

✅ Mamografia convencional (analógica) – Usa um filme para capturar as imagens das mamas. É uma técnica mais antiga e menos comum hoje em dia, pois foi amplamente substituída pela tecnologia digital.

✅ Mamografia digital – Atualmente mais utilizada, a mamografia digital permite que as imagens sejam armazenadas eletronicamente e visualizadas em alta resolução em um monitor de computador. Esse método oferece mais precisão, especialmente para mulheres com mamas densas, pois permite que o médico ajuste as imagens e amplie áreas específicas para uma análise mais detalhada.

A mamografia é muito usada para diagnosticar precocemente o câncer de mama, pois consegue detectar tumores muito pequenos, em estágios iniciais, aumentando muito as chances de sucesso no tratamento. Quanto mais cedo o câncer de mama é diagnosticado, maior a probabilidade de cura.

Por que a mamografia costuma ser indicada a partir dos 40 anos?

A mamografia é um exame fundamental para a detecção precoce do câncer de mama, especialmente em mulheres acima dos 40 anos. Essa recomendação tem base científica e está relacionada às mudanças naturais que ocorrem no corpo feminino com a idade, bem como à maior incidência de câncer de mama após essa faixa etária.

Mudanças no tecido mamário

O tecido mamário é composto por glândulas, ductos e tecido adiposo. Em mulheres mais jovens, as mamas tendem a ser mais densas, o que significa que possuem mais tecido glandular e menos gordura. Essa densidade maior dificulta a visualização de possíveis nódulos ou outras alterações nas imagens da mamografia, o que pode reduzir a precisão do exame.

Após os 40 anos, o tecido mamário começa a se tornar mais adiposo e menos denso, o que facilita a detecção de anomalias. Como resultado, a mamografia se torna mais eficaz para identificar alterações que podem indicar câncer ou outras condições. Além disso, a probabilidade de câncer de mama aumenta com a idade, o que justifica o rastreamento anual ou bianual a partir dessa fase da vida.

Risco de câncer de mama aumenta com a idade

Estatisticamente, a maioria dos casos de câncer de mama ocorre em mulheres com mais de 40 anos. Esse aumento no risco ocorre devido a uma combinação de fatores, incluindo envelhecimento celular, exposição prolongada a hormônios e outras influências genéticas e ambientais. 

Considerações sobre radiação

Embora a mamografia use baixas doses de radiação, há um pequeno risco associado à exposição repetida ao longo do tempo. Em mulheres mais jovens, com menor risco de câncer de mama, os benefícios de realizar mamografias regulares são menores do que os possíveis riscos associados à radiação. Por essa razão, o exame é geralmente recomendado apenas quando há indicação clínica ou fatores de risco específicos em mulheres com menos de 40 anos.

Rastreamento eficiente

A mamografia de rastreamento, recomendada para mulheres a partir dos 40 anos, é realizada mesmo em mulheres assintomáticas, ou seja, aquelas que não apresentam sinais de câncer de mama, como nódulos ou dor. Esse rastreamento é crucial, pois muitos tumores podem não causar sintomas até atingirem um estágio mais avançado. O objetivo é detectar o câncer precocemente, antes que ele cresça ou se espalhe, o que aumenta significativamente as chances de sucesso no tratamento.

Quando a mamografia é indicada para mulheres abaixo de 40 anos?

Embora a mamografia seja geralmente recomendada a partir dos 40 anos, existem algumas situações em que o exame pode ser indicado para mulheres mais jovens. Nesses casos, a avaliação médica detalhada é fundamental para determinar a necessidade e a frequência do exame. 

Abaixo, estão algumas das principais situações que podem justificar a realização de uma mamografia em mulheres abaixo dessa faixa etária.

Histórico familiar de câncer de mama

Mulheres com parentes próximos que tiveram câncer de mama, especialmente se o diagnóstico ocorreu antes dos 50 anos, podem ter um risco maior de desenvolver a doença mais cedo. Se há histórico de câncer de mama em parentes de primeiro grau, como mãe, irmã ou filha, ou histórico de câncer de ovário, pode ser recomendada a mamografia antes dos 40 anos, como medida preventiva. 

Presença de mutações genéticas (BRCA1 e BRCA2)

Mulheres com mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 têm um risco significativamente maior de desenvolver câncer de mama e câncer de ovário ao longo da vida. Essas mutações genéticas aumentam o risco da doença ocorrer em idades mais jovens, o que justifica o início precoce do rastreamento mamográfico, além de outros exames complementares, como a ressonância magnética. 

Pode ser recomendada a mamografia combinada com a ressonância magnética, que oferece uma análise mais detalhada.

Fatores de risco como exposição à radiação

Mulheres que foram expostas à radiação no tórax em idades jovens (por exemplo, em tratamentos para linfoma) têm um risco maior de desenvolver câncer de mama. Nesses casos, a mamografia pode ser indicada antes dos 40 anos para monitorar possíveis alterações no tecido mamário. 

A combinação de mamografia com outros exames, como a ressonância magnética, também pode ser recomendada para garantir uma avaliação mais precisa.

Detecção de nódulos ou outras alterações nas mamas

Mulheres abaixo dos 40 anos, que detectam alterações nas mamas, como nódulos, dor persistente, secreção no mamilo ou mudanças no formato ou textura da pele, devem procurar um médico para avaliação. 

Embora a mamografia não seja o exame de escolha inicial para mulheres mais jovens com tecido mamário denso, pode ser utilizada em conjunto com outros exames, como a ultrassonografia mamária, para investigar a origem das  alterações. 

Monitoramento e acompanhamento personalizado

Para mulheres abaixo dos 40 anos, com risco aumentado de câncer de mama, é essencial que o monitoramento seja feito por um especialista, como um mastologista. 

Esse acompanhamento garante que a abordagem de rastreamento seja personalizada, levando em consideração os fatores de risco e as necessidades individuais de cada paciente.

A mamografia para mulheres jovens deve ser uma decisão cuidadosa, sempre baseada em uma avaliação médica detalhada. Quando realizada de forma preventiva em grupos de risco, pode desempenhar um papel importante na detecção precoce e no tratamento eficaz do câncer de mama.

Métodos alternativos de diagnóstico para mulheres jovens

Quando se trata de mulheres abaixo dos 40 anos, a mamografia nem sempre é o exame mais indicado. Isso ocorre porque, em muitas mulheres mais jovens, o tecido mamário tende a ser mais denso, o que pode dificultar a visualização de anomalias, como nódulos, em uma mamografia. 

Nesses casos, exames alternativos, como a ultrassonografia e a ressonância magnética (RM), são frequentemente utilizados, seja como complementos à mamografia ou como métodos diagnósticos principais. 

Abaixo, exploramos como esses métodos podem ser eficazes no diagnóstico de condições mamárias em mulheres mais jovens.

Ultrassonografia mamária

A ultrassonografia mamária (ou ecografia das mamas) é um exame de imagem não invasivo, que utiliza ondas sonoras para criar imagens detalhadas do tecido mamário. Esse método é especialmente útil para mulheres com mamas densas, onde a mamografia pode ter limitações. A ultrassonografia permite distinguir com clareza entre cistos (sacos cheios de líquido) e nódulos sólidos, sendo frequentemente utilizada como complemento da mamografia ou para investigar alterações detectadas em exames clínicos.

👉 Quando é indicada: A ultrassonografia mamária é indicada principalmente quando há suspeita de nódulos ou alterações na mama que podem não ser visualizadas com clareza na mamografia, especialmente em mulheres mais jovens. Ela também é amplamente utilizada como primeiro exame em mulheres grávidas ou lactantes, já que não envolve radiação.

👉 Benefícios: O exame é indolor, não envolve radiação e é altamente eficaz para diferenciar entre lesões benignas e suspeitas. Além disso, pode ser usado como acompanhamento frequente, sem riscos à saúde.

Ressonância magnética (RM) das mamas

A ressonância magnética é um exame de alta sensibilidade que usa um campo magnético e ondas de rádio para gerar imagens detalhadas das mamas. A RM é especialmente útil em mulheres com alto risco de câncer de mama, como aquelas com mutações genéticas (BRCA1 ou BRCA2), histórico familiar significativo ou exposição à radiação em idades jovens. Ela é capaz de identificar pequenas alterações no tecido mamário que podem não ser visíveis em outros exames de imagem.

👉 Quando é indicada: A ressonância magnética é frequentemente recomendada para mulheres com alto risco de câncer de mama, como método complementar à mamografia. Além disso, ela pode ser usada em mulheres jovens com mamas densas ou em casos de diagnóstico inconclusivo após outros exames. A RM também é uma opção importante no acompanhamento de mulheres que fizeram reconstrução mamária após câncer.

👉 Benefícios: A RM tem alta sensibilidade, sendo capaz de detectar tumores em estágios muito iniciais. Não envolve radiação e é especialmente eficaz em pacientes com histórico genético ou fatores de risco elevados. Além disso, é um excelente exame para monitorar mulheres que já foram diagnosticadas com câncer de mama, ajudando a avaliar a resposta ao tratamento.

Quando combinar mamografia com outros exames?

Em alguns casos, médicos(as) podem recomendar a combinação de mamografia com ultrassonografia ou ressonância magnética para obter uma análise mais completa do tecido mamário. Isso é comum quando há suspeitas de lesões em mulheres com mamas densas ou quando a mamografia isolada não fornece informações suficientes. Alguns exemplos de combinação de exames são:

✅ Mamografia + ultrassonografia: Indicada para mulheres jovens com mamas densas, onde o nódulo detectado em uma mamografia pode ser melhor visualizado pela ultrassonografia.

✅ Mamografia + ressonância magnética: Frequentemente usada em mulheres de alto risco, como aquelas com histórico familiar ou genético significativo, para um acompanhamento mais preciso.

Importância da escolha correta do exame

A escolha do exame diagnóstico deve ser feita com base nas características individuais da paciente, como a densidade mamária, histórico familiar e fatores de risco. 

A consulta com um mastologista ou ginecologista é essencial para determinar qual método de imagem é mais apropriado para cada caso. 


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Rejuvenescimento íntimo: benefícios e como funciona?

O rejuvenescimento íntimo é um procedimento cada vez mais procurado por mulheres que desejam melhorar o conforto e a autoestima. Com o passar dos anos, o corpo passa por mudanças naturais, que podem afetar a região íntima, causando desconforto e até mesmo problemas de saúde. 

O objetivo desse tratamento é oferecer mais bem-estar e qualidade de vida, tratando questões como ressecamento, flacidez e incontinência urinária.

Neste artigo, você vai entender como o rejuvenescimento íntimo funciona, quais são os benefícios e para quem ele é indicado. Continue lendo para saber mais e descobrir como esse procedimento pode transformar a sua vida!

O que é rejuvenescimento íntimo?

O rejuvenescimento íntimo é um conjunto de procedimentos estéticos e terapêuticos voltados para melhorar a saúde e a aparência da região genital feminina. Esses tratamentos têm como objetivo restaurar o conforto, a funcionalidade e a estética da área íntima, que pode sofrer alterações ao longo dos anos devido a fatores como o envelhecimento natural, gravidez, parto, mudanças hormonais e menopausa.

Entre os principais objetivos do rejuvenescimento íntimo, podemos citar:

✅ Melhora da elasticidade e firmeza – Com o tempo, os tecidos da região íntima podem perder elasticidade, causando flacidez e desconforto. Os tratamentos de rejuvenescimento ajudam a estimular a produção de colágeno, melhorando a firmeza e o tônus da pele.

✅ Hidratação e lubrificação vaginal – Muitas mulheres enfrentam problemas de ressecamento vaginal, especialmente após a menopausa. O rejuvenescimento íntimo pode aumentar a hidratação da mucosa vaginal, aliviando sintomas como irritação, ardência e dor durante a relação sexual.

✅ Melhora da sensibilidade e do prazer sexual – Com a revitalização dos tecidos e o aumento da circulação sanguínea, algumas mulheres relatam uma melhora na sensibilidade e no prazer sexual após os procedimentos.

✅ Tratamento da incontinência urinária – Alguns tratamentos de rejuvenescimento íntimo também podem ser eficazes no tratamento da incontinência urinária leve, fortalecendo os músculos da região pélvica e proporcionando mais controle sobre a bexiga.

O rejuvenescimento íntimo vai muito além da estética; ele busca proporcionar mais qualidade de vida, autoestima e bem-estar para as mulheres, atendendo a necessidades específicas e muitas vezes deixadas de lado. 

Como funciona o procedimento?

O rejuvenescimento íntimo engloba diferentes técnicas e procedimentos, cada um com seu próprio método de aplicação e benefícios específicos. A escolha do tratamento adequado depende das necessidades e expectativas da paciente, bem como das orientações do profissional de saúde. 

A seguir, vamos detalhar como cada um desses procedimentos funciona, desde a consulta inicial até o pós-tratamento.

Consulta inicial: avaliação e planejamento

Antes de iniciar qualquer tratamento, é essencial passar por uma consulta com um(a) especialista, geralmente um(a) ginecologista ou dermatologista. Durante essa consulta, o(a) profissional vai:

✅ Avaliar a saúde da paciente – Verificar o histórico médico, condições de saúde e possíveis contraindicações para os tratamentos.

✅ Identificar as necessidades – Entender as expectativas da paciente e quais os incômodos que ela deseja tratar, como flacidez, ressecamento ou incontinência urinária.

✅ Planejar o tratamento – Explicar as opções disponíveis e sugerir o tratamento mais adequado, bem como o número de sessões necessárias e cuidados a serem seguidos.

Procedimentos mais comuns e como funcionam

Hoje, há diversas opções de tratamento na área do rejuvenescimento íntimo, cada um com finalidades específicas, que podem ser feitas individualmente ou de forma associada, para trazer ainda mais benefícios.

Laser vaginal

O laser vaginal utiliza energia térmica para estimular a produção de colágeno e elastina, substâncias que ajudam a manter a pele firme e hidratada. O aparelho é introduzido na vagina e emite pulsos de laser que promovem a renovação celular.

Suas principais indicações são o tratamento de atrofia vaginal, ressecamento, flacidez e melhoria da sensibilidade.

Radiofrequência

A radiofrequência emite ondas de calor que penetram nas camadas mais profundas da pele, estimulando a produção de colágeno e melhorando a firmeza e elasticidade dos tecidos.

Suas principais indicações são flacidez vaginal, melhora da lubrificação e tratamento da incontinência urinária leve a moderada.

Preenchimento com ácido hialurônico

O ácido hialurônico é injetado na região dos grandes lábios ou no chamado “Monte de Vênus” para restaurar volume e hidratação. O procedimento é realizado com anestesia local para evitar desconforto.

Entre suas principais indicações estão a melhora do aspecto estético da região vulvar e aumento do conforto, especialmente em casos de perda de volume após a menopausa.

Peeling íntimo

O peeling íntimo utiliza ácidos específicos para promover a renovação celular, clareando manchas e uniformizando a textura da pele na região genital.

Laser de CO2 fracionado

Este tipo de laser cria microperfurações controladas na mucosa vaginal, estimulando a produção de colágeno e a renovação celular. É indicado para tratar flacidez, atrofia vaginal e ressecamento.

Pós-procedimento e cuidados necessários

Após os tratamentos de rejuvenescimento íntimo, é importante seguir algumas orientações para garantir uma recuperação adequada e os melhores resultados possíveis:

✅ Evitar atividades físicas intensas – Recomendado evitar exercícios físicos intensos e atividades que causem atrito na região íntima, como andar de bicicleta, por 3 a 5 dias.

✅ Abstinência sexual – Geralmente, é indicado evitar relações sexuais por cerca de 5 a 7 dias após o procedimento.

✅ Higiene adequada – Manter a região limpa e seca, seguindo as orientações do profissional de saúde quanto ao uso de produtos específicos para a higienização.

✅ Hidratação e alimentação – Beber bastante água e manter uma alimentação equilibrada ajudam na recuperação e manutenção dos resultados.

Resultados e acompanhamento

Os resultados do rejuvenescimento íntimo variam de acordo com o tratamento escolhido e as condições iniciais da paciente. Em geral, é possível notar melhora na textura, elasticidade e hidratação da pele da região íntima logo após as primeiras sessões. 

O acompanhamento médico é essencial para avaliar a eficácia do tratamento e realizar ajustes, se necessário.

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Dia Mundial do Coração: hábitos para evitar doenças cardíacas

O Dia Mundial do Coração é uma oportunidade importante para refletirmos sobre os cuidados com a saúde cardiovascular. 

As doenças cardíacas são a principal causa de morte no mundo, mas muitas delas podem ser prevenidas com hábitos simples no dia a dia (muito mais fáceis do que você imagina).

Neste artigo, vamos explorar os principais bons hábitos que você pode adotar para prevenir problemas cardíacos e melhorar sua qualidade de vida. Continue lendo e descubra como cuidar do seu coração e viver mais e melhor!

Importância do Dia Mundial do Coração

O Dia Mundial do Coração, comemorado em 29 de setembro, é uma data criada pela Federação Mundial do Coração (World Heart Federation) para conscientizar a população sobre a importância de cuidar da saúde cardiovascular e prevenir as doenças do coração.

O objetivo é destacar como atitudes simples e mudanças no estilo de vida podem reduzir significativamente o risco de problemas cardíacos, que são a principal causa de morte no mundo.

Criado em 2000, o Dia Mundial do Coração busca unir governos, organizações e indivíduos em uma causa comum: combater a alta incidência de doenças cardiovasculares. Essas condições, que incluem infarto, insuficiência cardíaca e derrame cerebral (AVC), muitas vezes estão relacionadas a fatores de risco que podem ser controlados, como hipertensão, colesterol alto, diabetes, sedentarismo e tabagismo.

A cada ano, a campanha global aborda um tema específico, incentivando a adoção de práticas que promovam um coração saudável. O objetivo é educar a população sobre como pequenas mudanças nos hábitos diários, como melhorar a alimentação e praticar atividades físicas, podem fazer uma grande diferença na saúde do coração.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares são responsáveis por cerca de 17,9 milhões de mortes por ano, o que representa 31% de todas as mortes no mundo. No Brasil, os números também são alarmantes: cerca de 400 mil pessoas morrem anualmente por problemas no coração e na circulação. Esses dados mostram a urgência de ações de prevenção e conscientização.

O Dia Mundial do Coração é uma excelente oportunidade para refletir sobre a nossa saúde e tomar medidas para reduzir esses números. A conscientização permite que mais pessoas conheçam os fatores de risco e saibam como preveni-los, além de estimular o debate sobre políticas públicas e o acesso a cuidados de saúde adequados.

Bons hábitos para a saúde do coração

Adotar bons hábitos de vida é essencial para prevenir doenças cardíacas e garantir uma saúde cardiovascular forte e equilibrada. Pequenas mudanças na rotina diária podem fazer uma grande diferença na qualidade de vida e no funcionamento do coração. A seguir, destacamos algumas práticas que podem ajudar a manter o coração saudável:

Alimentação saudável

Uma alimentação balanceada é um dos pilares da saúde do coração. Priorizar alimentos ricos em nutrientes, como frutas, verduras, legumes, grãos integrais e proteínas magras, ajuda a controlar o peso, o colesterol e a pressão arterial. Confira algumas dicas práticas:

Inclua mais alimentos ricos em fibras – Vegetais, frutas, leguminosas e grãos integrais ajudam a reduzir o colesterol e promovem a saciedade.

Evite alimentos ultraprocessados – Produtos ricos em açúcar, sódio e gorduras saturadas, como salgadinhos, refrigerantes e fast food, aumentam o risco de doenças cardiovasculares.

Opte por gorduras saudáveis – Substitua a gordura saturada de carnes vermelhas e frituras por gorduras boas, como azeite de oliva, abacate e oleaginosas.

Consuma peixes ricos em ômega-3 – Salmão, sardinha e atum ajudam a reduzir a inflamação e o risco de doenças cardíacas.

Prática regular de exercícios físicos

A atividade física regular fortalece o coração, melhora a circulação e ajuda a controlar fatores de risco, como obesidade e hipertensão. Praticar exercícios aeróbicos, como caminhada, corrida, natação e ciclismo, é especialmente benéfico para a saúde cardiovascular. Confira algumas dicas:

✅ Recomendações gerais – A Organização Mundial da Saúde recomenda pelo menos 150 minutos de atividade física moderada ou 75 minutos de atividade intensa por semana.

✅ Variedade nas atividades – Incluir exercícios de força, como musculação, e atividades de flexibilidade, como yoga e pilates, também é importante para manter o equilíbrio muscular e reduzir o estresse.

✅ Exercícios ao ar livre – Aproveitar espaços abertos para caminhar, correr ou pedalar, além de fazer bem ao corpo, ajuda a aliviar a mente e melhorar o humor.

Controle do estresse e saúde mental

O estresse crônico e a ansiedade podem elevar a pressão arterial e o risco de doenças cardíacas. Cuidar da saúde mental é tão importante quanto cuidar do corpo. Algumas práticas que podem ajudar incluem:

✅ Meditação – Essa técnica ajuda a reduzir a ansiedade, melhorar a concentração e promover a sensação de bem-estar.

✅ Hobbies e lazer – Dedicar tempo a atividades que você gosta, como leitura, jardinagem ou artesanato, é uma ótima forma de relaxar.

✅ Sono de qualidade – Dormir bem é essencial para a recuperação do corpo e a regulação dos hormônios do estresse. Tente manter uma rotina de sono regular e um ambiente tranquilo.

Não fumar e moderar no consumo de álcool

O cigarro e o consumo excessivo de álcool são grandes vilões para a saúde do coração. O tabagismo contribui para o acúmulo de placas nas artérias, aumentando o risco de infarto e derrame. Já o álcool, quando consumido em excesso, pode levar ao aumento da pressão arterial e ao desenvolvimento de doenças cardíacas.

Manter um peso adequado

Estar acima do peso ou obeso aumenta o risco de doenças cardíacas, diabetes e pressão alta. Manter um peso saudável, combinando alimentação equilibrada e exercícios físicos, é fundamental para a saúde do coração. Algumas dicas para isso são:

✅ Defina metas realistas – Pequenas reduções de peso já trazem grandes benefícios para o coração. O importante é focar em mudanças sustentáveis e progressivas.

✅ Alimente-se de forma consciente – Evite dietas restritivas e aposte em refeições variadas e equilibradas. Prestar atenção aos sinais de fome e saciedade ajuda a manter o controle do peso.

Consultas e exames regulares

Além de adotar hábitos saudáveis, é fundamental realizar check-ups regulares para monitorar a saúde do coração. Consultas e exames são essenciais para detectar precocemente possíveis problemas cardiovasculares e avaliar fatores de risco, como hipertensão, colesterol alto e diabetes.

Exames de imagem – como ecocardiograma e eletrocardiograma – ajudam a identificar alterações no coração e nos vasos sanguíneos, muitas vezes antes do surgimento de sintomas físicos. Esses exames são especialmente importantes para pessoas com histórico familiar de doenças cardíacas ou outros fatores de risco.

Já o acompanhamento médico contínuo com cardiologista permite ajustes no estilo de vida e no tratamento, caso necessário, garantindo um cuidado integral e personalizado para a saúde do coração.

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Obesidade infantil: causas, riscos e tratamento

A obesidade infantil é um dos grandes desafios de saúde pública da atualidade, afetando milhões de crianças em todo o mundo. 

Muito mais que uma questão estética, o excesso de peso pode trazer sérias complicações à saúde, como problemas cardíacos, diabetes tipo 2 e esteatose hepática – o acúmulo de gordura no fígado. 

Detectar e tratar essas condições precocemente é essencial para evitar complicações graves. 

Neste artigo, vamos mostrar as principais causas da obesidade infantil, seus riscos à saúde e as opções de tratamento.

Boa leitura!

Obesidade infantil no Brasil e no mundo

A obesidade infantil vem crescendo de forma alarmante nas últimas décadas, tornando-se uma preocupação global. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de crianças e adolescentes com sobrepeso e obesidade tem aumentado exponencialmente. 

E no Brasil o cenário não é diferente. Dados do Ministério da Saúde indicam que mais de 3 milhões de crianças brasileiras enfrentam esse problema, e a tendência é de crescimento nos próximos anos. 

Esse aumento nos casos de obesidade infantil está diretamente ligado a mudanças nos hábitos de alimentação e no estilo de vida das crianças. O fácil acesso a alimentos ultraprocessados e o crescente sedentarismo, muitas vezes causado pelo uso excessivo de tecnologias e a falta de espaços seguros para atividades físicas, têm contribuído para esse quadro preocupante.

A obesidade na infância pode trazer uma série de complicações de saúde, muitas delas se manifestando apenas na vida adulta, como doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e problemas ortopédicos. 

Além disso, uma condição muito associada à obesidade infantil, e que merece atenção, é a esteatose hepática, caracterizada pelo acúmulo de gordura no fígado. Se não tratada, essa condição pode evoluir para problemas mais graves, como a fibrose hepática, que afeta diretamente o funcionamento do fígado.

Diante desse cenário, é fundamental que pais e profissionais de saúde estejam atentos aos sinais de obesidade nas crianças, para agir o quanto antes no problema. 

Causas da obesidade infantil

A obesidade infantil é uma condição complexa, que envolve diversos fatores. Entender as causas por trás do excesso de peso nas crianças é fundamental para desenvolver estratégias eficazes, tanto para prevenir quanto para tratar. 

A seguir, vamos explorar alguns dos fatores que contribuem para a obesidade infantil:

Fatores genéticos

A genética tem um papel importante no desenvolvimento da obesidade infantil. Estudos mostram que crianças com pais obesos têm uma chance maior de também se tornarem obesas. 

Isso se deve não apenas à herança genética, mas também a padrões alimentares e comportamentais que tendem a ser compartilhados dentro das famílias. No entanto, os genes por si só não explicam o aumento significativo da obesidade infantil nas últimas décadas, indicando que outros fatores, como o ambiente e o estilo de vida, têm uma influência considerável.

Hábitos alimentares e estilo de vida

A alimentação inadequada é um dos fatores que mais contribuem para a obesidade infantil. O consumo crescente de alimentos ultraprocessados, ricos em açúcar, gorduras e calorias, associado à baixa ingestão de alimentos frescos e naturais, como frutas, legumes e verduras, cria um ambiente propício para o ganho de peso excessivo. 

Além disso, bebidas açucaradas, como refrigerantes e sucos de caixinha, aumentam a quantidade de calorias consumidas, sem oferecer nutrientes essenciais.

Outro fator crucial é o sedentarismo. Com a evolução das tecnologias e de dispositivos eletrônicos – como smartphones, videogames e tablets – as crianças estão passando cada vez mais tempo em atividades sedentárias, reduzindo muito o tempo nas brincadeiras ao ar livre ou em esportes. 

Esse desequilíbrio entre o consumo de calorias e o gasto energético leva ao acúmulo de gordura corporal e ao aumento de peso.

Fatores psicológicos

As questões emocionais e psicológicas também têm um papel importante na obesidade infantil. Muitas crianças podem desenvolver uma relação disfuncional com a comida, como forma de lidar com o estresse, a ansiedade ou outros problemas emocionais.

Comer em excesso – principalmente alimentos ricos em calorias e pouco nutritivos – pode se tornar uma válvula de escape, criando um ciclo vicioso difícil de quebrar. 

Além disso, crianças que enfrentam bullying ou isolamento social devido ao excesso de peso podem ter sua autoestima prejudicada, o que agrava ainda mais o problema.

Influência do ambiente familiar e social

O ambiente em que a criança cresce tem um impacto significativo em seus hábitos alimentares e de atividade física. Famílias com hábitos alimentares pouco saudáveis – como o consumo frequente de fast food, refeições prontas e o hábito de comer em frente à televisão – influenciam diretamente o comportamento das crianças. 

Além disso, a falta de incentivo para a prática de atividades físicas também contribui para o sedentarismo infantil.

Riscos à saúde causados pela obesidade infantil

A obesidade infantil traz muitos riscos para a saúde das crianças, tanto em curto quanto em longo prazos. Entender esses riscos é importante para que pais e responsáveis possam agir e buscar ajuda médica o quanto antes. 

A seguir, vamos falar sobre alguns dos principais problemas de saúde que a obesidade infantil pode causar:

✅ Problemas cardiovasculares – Crianças com obesidade têm mais chances de desenvolver problemas no coração, como pressão alta e níveis elevados de colesterol. Esses problemas, que normalmente são vistos em adultos, podem começar ainda na infância, aumentando o risco de doenças cardíacas na fase adulta. 

✅ Diabetes tipo 2 – A obesidade infantil está ligada ao aumento de casos de diabetes tipo 2 em crianças. Esse tipo de diabetes ocorre quando o corpo não consegue usar a insulina corretamente, o que faz com que os níveis de açúcar no sangue fiquem altos. 

✅ Problemas ortopédicos – O excesso de peso pode causar problemas nos ossos e nas articulações das crianças, que ainda estão em desenvolvimento. As articulações, especialmente nos joelhos e quadris, acabam sobrecarregadas, o que pode causar dor e dificuldade para se movimentar. Além disso, a obesidade pode influenciar no crescimento dos ossos, levando a problemas posturais.

✅ Distúrbios psicológicos – As crianças obesas muitas vezes enfrentam desafios emocionais. Elas podem sofrer bullying na escola, ter a autoestima baixa e até desenvolver problemas de ansiedade e depressão.

✅ Gordura no fígado – Um dos problemas mais sérios associados à obesidade infantil é o acúmulo de gordura no fígado, uma condição chamada de esteatose hepática. Esse acúmulo pode causar inflamação e, com o tempo, levar a problemas mais graves, como a fibrose hepática (endurecimento do fígado) e a cirrose. 

Tratamentos e prevenção da obesidade infantil

O tratamento da obesidade infantil exige mudanças importantes no estilo de vida da criança e da família. Prevenir o excesso de peso desde cedo é o melhor caminho, mas quando a obesidade já está presente, existem várias opções de tratamento que podem ajudar. 

A seguir, vamos falar sobre algumas dessas opções e o que pode ser feito para prevenir a obesidade nas crianças:

Exercícios físicos

A prática regular de atividades físicas é essencial para ajudar a criança a controlar o peso. Crianças devem ser incentivadas a se movimentar diariamente, seja por meio de esportes, brincadeiras ao ar livre ou atividades recreativas, como andar de bicicleta. O tempo passado em atividades sedentárias, como assistir à televisão ou jogar videogame, deve ser limitado. Movimentar o corpo, além de ajudar na perda de peso, melhora a saúde geral e o bem-estar da criança.

Mudanças nos hábitos alimentares

Uma alimentação saudável é fundamental para o tratamento e a prevenção da obesidade infantil. Isso significa reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados, como salgadinhos, doces, fast food e bebidas açucaradas. É importante incentivar o consumo de alimentos frescos e naturais, como frutas, verduras, legumes e grãos integrais. 

Além disso, os pais devem ser um bom exemplo, oferecendo refeições equilibradas e evitando hábitos alimentares prejudiciais, como comer na frente da TV.

Acompanhamento psicológico

Em alguns casos, as questões emocionais podem influenciar o comportamento alimentar das crianças. O acompanhamento psicológico pode ser útil para ajudar a criança a lidar com sentimentos de ansiedade, baixa autoestima ou estresse, que muitas vezes estão ligados ao excesso de peso. O suporte emocional é importante para que a criança se sinta confiante e motivada a adotar hábitos saudáveis.

Intervenção médica

Em situações em que a obesidade é grave e não há sucesso com as mudanças no estilo de vida, podem ser recomendados tratamentos médicos. Em casos extremos, pode ser considerado o uso de medicamentos ou outras intervenções; naturalmente, com o devido cuidado.

Monitoramento da saúde hepática

Crianças com obesidade devem ser acompanhadas regularmente para verificar a presença de complicações, como o acúmulo de gordura no fígado (esteatose hepática). 

Exames de imagem, como a ultrassonografia e a elastografia, ajudam a avaliar a quantidade de gordura e verificar se há sinais de fibrose no fígado. Esse acompanhamento é essencial para prevenir problemas mais graves no futuro.

O tratamento da obesidade infantil exige uma abordagem ampla, envolvendo a mudança de hábitos alimentares, a prática de atividades físicas e, em alguns casos, o acompanhamento psicológico ou médico. 

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