Mastite: o que é e quais os seus riscos?

Sentir dor, inchaço ou vermelhidão nas mamas pode parecer algo comum em certos momentos da vida, principalmente durante a amamentação. Mas você sabia que esses podem ser sinais de uma condição chamada mastite?

A mastite é uma inflamação que afeta as mamas, muitas vezes causada por infecções bacterianas, e pode afetar tanto mulheres que estão amamentando quanto aquelas que não estão. 

Apesar de ser algo comum, quando não tratada do jeito certo, essa condição pode levar a complicações sérias e comprometer a saúde da mama.

Neste artigo, você vai entender o que é a mastite, por que ela acontece, quais os seus sintomas, riscos e como buscar ajuda no momento certo. Acompanhe!

O que é mastite?

A mastite é uma inflamação do tecido mamário, que pode provocar dor, inchaço, calor local, vermelhidão e, em alguns casos, até febre. Ela pode ocorrer com ou sem presença de infecção bacteriana, sendo muitas vezes resultado do acúmulo de leite nos ductos mamários, especialmente durante a amamentação.

Existem dois tipos principais de mastite:

✅ Mastite puerperal (ou lactacional): ocorre durante o período de amamentação, geralmente nas primeiras semanas após o parto. É causada principalmente por estase láctea (leite empedrado) e fissuras nos mamilos, que facilitam a entrada de bactérias.

✅ Mastite não puerperal: não está relacionada à amamentação e pode acometer mulheres em qualquer fase da vida. Pode estar associada a infecções, traumas, uso de piercings, hábito de fumar ou alterações hormonais.

Quais são as causas da mastite?

A mastite pode ter diversas causas, que variam de acordo com o tipo (puerperal ou não puerperal), mas todas envolvem algum grau de inflamação e, muitas vezes, infecção. Entre os fatores mais comuns estão:

✅ Obstrução dos ductos mamários: o acúmulo de leite nos canais da mama pode causar inflamação e dor, favorecendo o surgimento da mastite.

✅ Fissuras nos mamilos: pequenas rachaduras na pele do mamilo funcionam como porta de entrada para bactérias, aumentando o risco de infecção.

✅ Produção excessiva de leite: quando o bebê não consegue esvaziar completamente a mama, o leite fica retido e pode levar à mastite.

✅ Amamentação com técnica inadequada: a pega incorreta pode causar trauma nos mamilos e dificultar a drenagem do leite.

✅ Uso de roupas apertadas ou traumas na mama: a compressão das mamas pode interferir na livre circulação do leite.

✅ Infecções bacterianas: principalmente causadas por Staphylococcus aureus, uma bactéria comum na pele que pode invadir o tecido mamário por fissuras ou por acúmulo de leite.

Principais sintomas da mastite

Os sintomas da mastite costumam surgir de forma repentina e podem variar em intensidade. Os sinais mais comuns incluem:

Dor na mama

É um dos primeiros sinais percebidos pelas mulheres com mastite. Pode ser localizada em um ponto específico ou se espalhar por uma área maior da mama afetada. 

A dor pode variar de leve a intensa, muitas vezes acompanhada de uma sensação de pressão ou queimação, especialmente durante a amamentação ou ao tocar a região. Em alguns casos, o incômodo é contínuo e interfere nas atividades do dia a dia.

Vermelhidão e calor local 

A região inflamada geralmente apresenta aumento de temperatura e coloração avermelhada, sendo visível tanto na superfície da pele quanto perceptível ao toque. 

Esses sinais indicam que o corpo está reagindo à inflamação ou a uma possível infecção, sendo comuns em processos inflamatórios agudos. Em muitos casos, a área acometida também se torna sensível e dolorida, o que pode dificultar o uso de sutiãs ou o contato direto com roupas.

Inchaço e endurecimento da região

A mama pode ficar visivelmente aumentada de volume, com sensação de peso e desconforto. Em muitos casos, formam-se áreas endurecidas ao toque, que indicam acúmulo de leite e inflamação local. 

Esses sinais são especialmente comuns quando há obstrução dos ductos mamários e podem evoluir rapidamente se não houver esvaziamento adequado da mama. O endurecimento também pode causar dor à palpação e dificultar a amamentação.

Febre e mal-estar

Quando há infecção associada à mastite, é comum que a mulher apresente febre acima de 38°C, calafrios, dor no corpo e sensação de cansaço extremo, semelhantes aos sintomas de uma gripe. Esses sinais indicam que o organismo está tentando combater a infecção local. O mal-estar pode ser generalizado e, em casos mais intensos, comprometer a disposição física e emocional da mulher, dificultando os cuidados com o bebê e a continuidade da amamentação.

Secreção purulenta pelo mamilo

Em casos mais graves de mastite, especialmente quando a infecção não é tratada de forma adequada, pode ocorrer a formação de um abscesso mamário. Nessa situação, é comum a presença de secreção purulenta, ou seja, saída de pus pelo mamilo. 

Essa secreção é um sinal de acúmulo de material infeccioso dentro do tecido mamário, exigindo avaliação médica urgente e, muitas vezes, necessidade de drenagem cirúrgica associada ao uso de antibióticos.

Quais os riscos da mastite não tratada?

Quando a mastite não é tratada de forma adequada e no tempo certo, pode evoluir para complicações mais sérias que afetam diretamente a saúde da mulher e o sucesso da amamentação. Entre os principais riscos estão:

✅ Evolução para abscesso mamário: o processo inflamatório pode se transformar em um acúmulo de pus dentro da mama, formando um abscesso (bolsa de pus) doloroso.

✅ Necessidade de drenagem cirúrgica: além do uso de antibióticos, casos mais graves podem demandar procedimentos para remover o conteúdo infeccioso e evitar o agravamento da infecção.

✅ Interrupção precoce da amamentação: a dor intensa e o desconforto podem levar a mãe a suspender a amamentação antes do tempo desejado, impactando o vínculo com o bebê e a nutrição adequada da criança.

✅ Dor e desconforto persistentes: sem tratamento, a inflamação pode se prolongar, comprometendo a qualidade de vida da mulher e dificultando atividades simples do dia a dia.

✅ Comprometimento da saúde da mama: infecções recorrentes ou mal resolvidas podem causar alterações permanentes no tecido mamário, além de aumentar o risco de novas mastites no futuro.

Diagnóstico da mastite

O diagnóstico da mastite é, na maioria das vezes, clínico, ou seja, realizado analisando os sintomas da paciente e o exame físico das mamas feito pelo(a) ginecologista ou mastologista. 

Durante a consulta, o(a) profissional irá avaliar sinais como dor, vermelhidão, calor, endurecimento e presença de secreção, além de investigar o histórico da paciente, como tempo de amamentação, uso de medicamentos ou cirurgias mamárias prévias.

Em casos em que os sintomas são atípicos, persistem apesar do tratamento ou há dúvida quanto ao diagnóstico, pode ser solicitada uma ultrassonografia mamária. Esse exame de imagem é importante para diferenciar mastite de outras condições, como cistos, galactoceles ou até mesmo abscessos, ajudando a definir o melhor plano de cuidado.

Portanto, diante de qualquer sinal de mastite, o ideal é buscar avaliação profissional para garantir o diagnóstico correto e iniciar o tratamento o quanto antes.

Como tratar a mastite

O tratamento da mastite varia conforme a gravidade do quadro e a presença ou não de infecção. Em muitos casos, medidas simples adotadas logo no início dos sintomas podem evitar o agravamento da inflamação.

Medidas em casa

É fundamental manter a mama afetada em constante esvaziamento. Isso pode ser feito por meio da amamentação frequente ou da ordenha manual. Aplicar compressas mornas antes das mamadas ajuda na saída do leite, enquanto compressas frias após as mamadas podem aliviar o inchaço e a dor.

Uso de analgésicos e anti-inflamatórios

Medicamentos como paracetamol ou ibuprofeno podem ser indicados para aliviar a dor, reduzir a febre e controlar a inflamação, sempre com orientação médica.

Antibióticos

Nos casos em que há infecção bacteriana confirmada ou fortemente suspeita, o uso de antibióticos é necessário. O tratamento costuma durar de 7 a 10 dias, com melhora significativa nos primeiros dias de uso.

Continuidade da amamentação

Salvo raras exceções, a amamentação deve ser mantida mesmo durante o tratamento. Interromper as mamadas pode agravar a estase do leite e piorar o quadro. Além disso, a maioria dos antibióticos indicados são compatíveis com a amamentação.

Acompanhamento especializado

Casos que não melhoram com o tratamento inicial, que evoluem para abscesso ou que apresentam recorrência devem ser acompanhados por especialistas, como mastologistas ou ginecologistas.

Como prevenir a mastite?

Embora nem todos os casos possam ser evitados, adotar alguns cuidados simples no dia a dia pode reduzir bastante o risco de desenvolver mastite, especialmente durante a amamentação. Veja algumas medidas importantes:

✅ Amamentação em livre demanda e com técnica correta: oferecer o peito sempre que o bebê quiser mamar ajuda a evitar o acúmulo de leite. Além disso, garantir que a pega esteja correta evita traumas nos mamilos e facilita o esvaziamento da mama.

✅ Cuidados com a pega do bebê: a boca do bebê deve abocanhar toda a aréola, não apenas o mamilo. Isso previne fissuras e dor, além de melhorar a sucção do leite.

✅ Hidratação e esvaziamento completo das mamas: beber bastante água e alternar as mamas entre as mamadas ajuda a manter o fluxo de leite adequado e evita obstruções.

✅ Evitar roupas muito apertadas: sutiãs com compressão excessiva ou roupas que pressionam a mama podem dificultar a drenagem do leite e favorecer inflamações.

✅ Higiene dos mamilos (sem excessos): manter os mamilos limpos é importante, mas lavagens frequentes ou o uso de sabonetes podem ressecar a pele e favorecer rachaduras. O ideal é lavar apenas com água durante o banho e manter a pele hidratada.

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Uma mama diferente da outra: quando isso é preocupante?

Diferenças entre as mamas são comuns e podem estar relacionadas a fatores como genética, idade ou alterações hormonais. Porém, é importante saber diferenciar o que é natural do que pode ser um sinal de alerta para a saúde.

Assimetrias mamárias podem gerar dúvidas ou preocupações, especialmente quando surgem de forma repentina ou acompanham outros sintomas, como dor ou nódulos.

Este artigo vai explicar o que é considerado normal, quando você precisa buscar ajuda médica e quais exames podem ajudar no diagnóstico, garantindo mais tranquilidade e cuidado com a sua saúde. Confira!

Diferença entre as mamas: quando isso é normal?

Diferenças no tamanho, formato ou posição das mamas são mais comuns do que se imagina. Muitos fatores podem influenciar essas variações, como genética, idade e até mesmo o ciclo hormonal.

Durante a puberdade – período entre a infância e a adolescência – é comum que uma mama se desenvolva mais rapidamente que a outra, o que pode causar alguma assimetria temporária. Da mesma forma, mudanças hormonais ao longo do ciclo menstrual podem alterar levemente o tamanho ou a sensibilidade das mamas, o que é considerado normal.

Além disso, fatores como gravidez, amamentação e envelhecimento também podem contribuir para alterações no formato ou na posição das mamas, sem que isso necessariamente represente um problema de saúde.

Quando a diferença pode ser um sinal de alerta?

Algumas mudanças nas mamas podem indicar que algo não está bem e merecem atenção médica. Entre os os principais sinais que indicam mais atenção, podemos citar os seguintes:

✅ Mudanças repentinas no tamanho ou formato: caso uma das mamas aumenta ou diminui de tamanho rapidamente, isso pode ser um sinal de inflamação, infecção ou até mesmo de uma condição mais séria.   

✅ Presença de nódulos, endurecimento ou inchaço: sentir um caroço ou notar áreas endurecidas na mama é sempre um motivo para procurar um(a) mastologista, pois essas alterações podem estar relacionadas a cistos ou nódulos.

✅ Alterações na pele: Vermelhidão, descamação ou o aparecimento de uma textura semelhante à casca de laranja podem ser sinais de problemas inflamatórios ou de condições mais graves, como o câncer de mama inflamatório.

✅ Saída de secreção pelo mamilo: Secreções claras, amareladas ou sanguinolentas devem ser avaliadas, especialmente se ocorrerem em apenas um dos mamilos ou sem estímulo.

Identificar esses sinais é essencial para buscar orientação médica no momento certo e garantir um diagnóstico precoce, caso necessário.

Principais causas de assimetrias

Diferenças entre as mamas, que surgem ou aumentam podem ter diversas causas, desde condições benignas até problemas mais graves. Entre as principais condições que podem causar essa alteração, estão:

Condições benignas

Fibroadenomas (nódulos sólidos não cancerosos) e cistos mamários (bolsas cheias de líquido) são causas comuns de alterações no formato e no tamanho das mamas. Embora sejam geralmente inofensivos, podem exigir acompanhamento médico para garantir que não haja complicações.

Mastite ou inflamações

Inflamações nos tecidos mamários, como a mastite, podem causar inchaço, vermelhidão e dor. Esse problema é mais comum durante a amamentação, mas também pode ocorrer em outras fases da vida.

Câncer de mama

Assimetrias associadas a nódulos endurecidos, alterações na pele ou secreções podem ser indicativos de câncer de mama. Embora nem toda assimetria seja sinal de algo grave, é fundamental investigar possíveis sinais para descartar essa possibilidade ou realizar o tratamento precocemente, se necessário.

Exames indicados para investigar essas alterações

Quando há sinais de alerta ou dúvidas sobre assimetrias mamárias, é importante realizar exames para investigar a causa. Entre os principais exames estão:

Mamografia – Esse exame de imagem é essencial para a detecção precoce de alterações mamárias em mulheres após  os 40 anos, mesmo sem qualquer alteração nas mamas. Ele ajuda a identificar nódulos, calcificações ou outras anormalidades que possam indicar condições benignas ou malignas.

Biópsia – Em casos onde há suspeita de alterações malignas, pode ser necessário realizar uma biópsia. Nesse procedimento, um pequeno fragmento do tecido mamário é coletado para análise laboratorial e diagnóstico preciso.

Ecografia mamária – Também conhecida como ultrassonografia, esse exame é complementar à mamografia e é especialmente útil para avaliar estruturas mamárias densas, comuns em mulheres mais jovens. Ele ajuda a distinguir entre cistos e nódulos sólidos.

Realizar os exames indicados pelo(a) médico(a) é fundamental para esclarecer a causa das alterações e garantir um tratamento adequado, quando necessário.

Quando e qual profissional procurar?

Saber quando e qual médico(a) procurar é essencial para garantir um atendimento adequado.

Sempre que houver mudanças repentinas no tamanho, formato ou sensibilidade das mamas, a presença de nódulos, secreção pelo mamilo ou alterações na pele, é fundamental buscar ajuda médica.

Geralmente, ginecologistas são as primeiras opções para questões relacionadas às mamas, especialmente em consultas de rotina. No entanto, se as alterações forem mais específicas ou persistentes, mastologistas – especialistas em saúde mamária – são os(as) profissionais indicados(as) para realizar uma avaliação detalhada.

Procurar orientação médica no momento certo pode fazer toda a diferença na detecção precoce e no tratamento eficaz de possíveis problemas de saúde.

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Tumores filoides (phyllodes): sintomas, causas e diagnóstico?

Cistos, nódulos e massas nas mamas são sinais que sempre preocupam as mulheres; e não é para menos, já que o câncer de mama é a principal causa de morte por câncer em mulheres no Brasil.

Um dos tumores que, apesar de raros, costumam gerar bastante receio, é o tumor phyllode (ou filoide), que podem ser benignos ou malignos.

A seguir você vai descobrir o que são esses tumores, seus sintomas, causas, diagnósticos e formas de tratamento.

Confira!

O que são tumores (filoides) phyllodes e quais os seus sintomas?

Os tumores phyllodes – ou tumores filoides – são uma forma rara de tumor, que se desenvolve nas glândulas mamárias, predominantemente nas mulheres. Esses tumores possuem características específicas, que os diferenciam dos tumores mamários mais comuns, como os carcinomas.

Ressonância magnética mostrando o tumor (fonte: Unicamp)

Entre os principais sinais e sintomas dos tumores phyllodes, podemos citar:

✅ Presença de nódulo ou massa na mama: O sintoma mais comum é a detecção de uma massa ou nódulo na mama durante o autoexame ou exame clínico.

✅ Crescimento rápido do nódulo: Os tumores phyllodes têm a tendência de crescer mais rapidamente do que os tumores benignos mais comuns, podendo levar a um aumento notável no tamanho da massa.

✅ Alterações na forma ou textura da mama: Podem ocorrer mudanças na forma ou textura da mama devido ao crescimento do tumor, o que pode ser percebido pela paciente.

✅ Dor ou sensibilidade na mama: Algumas mulheres podem experimentar dor ou sensibilidade na área afetada, embora nem sempre seja um sintoma presente.

É importante notar que muitos tumores phyllodes são benignos, mas alguns podem ser classificados como malignos. Diferenciar entre tumores benignos e malignos é crucial para determinar o curso adequado de tratamento. 

Devido à raridade desses tumores, é fundamental que qualquer massa mamária suspeita seja avaliada por um profissional de saúde para um diagnóstico preciso.

Veja também:
Osteopenia: O que é, Causas, Diagnóstico e Tratamentos
Fibromialgia: sintomas e tratamentos
Gordura no fígado: sintomas, causas e como eliminar?
Alzheimer: sintomas, diagnóstico e tratamentos

Quais as causas desse tipo de tumor?

Até o momento, a comunidade médica não identificou causas específicas para o desenvolvimento de tumores phyllodes nas glândulas mamárias. No entanto, alguns fatores de risco e características foram observados em pacientes com esse tipo de tumor. Esses fatores incluem:

Idade e gênero

Tumores phyllodes são mais comuns em mulheres, geralmente entre 45 e 49 anos. No entanto, eles podem ocorrer em mulheres mais jovens e, em casos raros, até em homens.

Histórico familiar

Pacientes com histórico familiar de câncer de mama ou tumores mamários podem ter um risco ligeiramente aumentado de desenvolver tumores phyllodes.

Alterações genéticas

Alguns estudos sugerem que alterações genéticas específicas podem estar associadas ao desenvolvimento de tumores phyllodes. No entanto, a relação não é totalmente compreendida.

Exposição a radiações ionizantes

A exposição prévia a radiações ionizantes, especialmente durante a adolescência, pode estar associada a um aumento do risco de desenvolvimento de tumores phyllodes.

Outras condições mamárias

Certas condições mamárias pré-existentes, como fibroadenomas ou lesões císticas, podem estar relacionadas ao desenvolvimento de tumores phyllodes.

É importante notar que a maioria dos tumores phyllodes é benigna, e apenas uma pequena proporção é classificada como maligna. Além disso, devido à raridade desses tumores, a compreensão completa de seus fatores de risco ainda é uma área de pesquisa em andamento. 

Diagnóstico Tumores filoides

O diagnóstico de tumores phyllodes geralmente começa com um exame clínico da mama, realizado por um profissional de saúde – em geral um(a) mastologista. Isso pode envolver a identificação de qualquer massa ou alteração na textura da mama.

Exames de imagem – como mamografia ou ecografia – podem ser realizados para obter uma visão mais detalhada da massa e sua composição.

Uma biópsia é essencial para confirmar o diagnóstico e determinar se o tumor é benigno ou maligno. A biópsia pode ser feita por aspiração com agulha fina (PAAF) ,biópsia por agulha grossa ( Core biópsia) ou  biópsia por excisão.( cirurgia) 

Se o tumor for diagnosticado como maligno, procedimentos adicionais, como ressonância magnética  podem ser realizados para avaliar a extensão do câncer.

Como é feito o tratamento?

O tratamento primário para tumores phyllodes é a remoção cirúrgica do tumor. Em casos benignos, a cirurgia pode ser curativa. Em casos malignos, pode ser necessária a retirada da mama ( mastectomia ) ou apenas das glândulas mamárias ( adenomastectomia ),  que pode ser acompanhada da retirada de linfonodos axilares .

Após a cirurgia, o paciente é acompanhado de perto para monitorar qualquer recorrência. Nesses casos, exames de imagem regulares e avaliações clínicas são parte integrante do acompanhamento.

Em alguns casos de tumores phyllodes malignos, a radioterapia pode ser recomendada após a cirurgia, para reduzir o risco de recorrência.

A quimioterapia é raramente usada para tratar tumores phyllodes e é geralmente reservada para casos de malignidade avançada e resistentes a outros tratamentos.

É crucial que o diagnóstico e o plano de tratamento sejam personalizados com base nas características específicas do tumor, garantindo a abordagem mais eficaz e adequada para cada paciente. 

O acompanhamento contínuo é essencial para monitorar a resposta ao tratamento e detectar qualquer sinal de recorrência.

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Fibroadenoma mamário: o que você precisa saber

O fibroadenoma mamário é o tipo de tumor benigno mais comum nas mulheres, representando 70% dos casos de lesões não malignas. Pode ocorrer em mulheres de todas as idades, sendo mais comum entre os 20 e os 30 anos.

A seguir você vai entender o que é um fibroadenoma mamário, quais sintomas ele causa, quando você deve procurar ajuda médica e os melhores tratamentos.

O que é um fibroadenoma mamário?

O que é um fibroadenoma mamário?

Um fibroadenoma é um tipo de tumor benigno – ou seja, não cancerígeno – da mama, que é composto principalmente por tecido glandular e tecido conjuntivo fibroso. Entenda o que é cada um desses tecidos:

Tecido glandular: tecido das glândulas, como as glândulas mamárias, que produzem substâncias como o leite materno. No contexto da mama, o tecido glandular é responsável pela produção de leite.

Tecido conjuntivo fibroso: tipo de tecido que fornece suporte e estrutura aos órgãos e tecidos. Ele é composto por fibras de colágeno e tem uma textura mais densa e resistente. No caso do fibroadenoma, ele compõe a parte mais firme do tumor.

Os fibroadenomas são os tipos de tumores benignos mais comuns nas mamas, especialmente em mulheres jovens, mas que podem surgir em qualquer idade. 

Geralmente são pequenos, mas podem variar em tamanho. A consistência pode ser firme e borrachuda, e eles são frequentemente móveis, o que significa que podem ser deslocados sob a pele.

fibroadenoma mamário

Em exames de mamografia e ecografia, geralmente aparecem como massas bem definidas e arredondadas. 

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Osteopenia: O que é, Causas, Diagnóstico e Tratamentos

Quais os sintomas do fibroadenoma mamário? Como identificar?

Quais os sintomas? Como identificar?

Fibroadenomas mamários possuem características bem específicas, sendo que seus principais sintomas e características são:

Nódulo ou caroço

O sintoma mais comum é a presença de um nódulo ou caroço, que pode ser sentido ao tocar a mama. Geralmente, esses nódulos são bem definidos, móveis e têm uma consistência firme. Eles são frequentemente descritos como “bolas de borracha.”

Tamanho variável

Os fibroadenomas podem variar em tamanho, desde alguns milímetros até vários centímetros. Além disso, geralmente crescem lentamente.

Indolor

A maioria dos fibroadenomas é indolor, embora ocasionalmente possa haver algum desconforto associado a eles, principalmente se forem grandes ou estiverem pressionando outras estruturas. Ou seja, em geral não é o nódulo que dói, mas sua presença que gera sintoma em estruturas próximas.

Mudanças na mama

Em alguns casos, os fibroadenomas podem causar alterações na forma da mama ou na textura da pele que a cobre.

Mobilidade

Os fibroadenomas costumam ser móveis sob a pele. Eles podem ser deslocados quando pressionados suavemente. Esta, inclusive, é uma característica que os diferencia do câncer de mama, que costuma ser fixo, ou seja, não se movem quando tocados.

É importante notar que a presença de um fibroadenoma mamário não está geralmente associada ao câncer de mama. No entanto, qualquer alteração na mama, como um novo nódulo, deve ser avaliada por um profissional de saúde para excluir outras condições e garantir um diagnóstico adequado. 

>>>> Veja também: Gordura no fígado: sintomas, causas e como eliminar?

Quando um fibroadenoma é preocupante?

Quando um fibroadenoma é preocupante?

Em geral, os fibroadenomas mamários são tumores benignos. No entanto, em algumas situações, podem ser considerados preocupantes e exigirem uma atenção especial. 

As razões para preocupação em relação a um fibroadenoma incluem:

Tamanho e crescimento: fibroadenomas que crescem rapidamente ou atingem um tamanho significativo podem causar desconforto ou preocupação, mesmo que sejam benignos. Em casos raros, um fibroadenoma gigante pode distorcer a mama ou comprimir os tecidos circundantes, o que pode afetar a função mamária e a estética.

Mudanças na textura ou dor: se um fibroadenoma, que era indolor, começar a causar dor ou apresentar mudanças significativas na textura, isso pode ser motivo de preocupação e deve ser avaliado por um médico.

Idade: é importante avaliar qualquer nódulo mamário em mulheres de qualquer idade, porém como os fibroadenomas são mais comuns em mulheres jovens, a presença de nódulos em mulheres após os 40 anos é motivo de ainda mais atenção, já que é quando o câncer de mama se torna mais frequente.

História familiar: Mulheres com história familiar de câncer de mama podem ter um risco ligeiramente aumentado de também ter. Portanto, mesmo que um nódulo seja considerado um fibroadenoma, a avaliação cuidadosa é importante.

Outros sintomas: sintomas como secreção do mamilo (especialmente se for sanguinolenta), mudanças na pele da mama, retrações ou ulcerações da pele, devem ser investigados com atenção.

Mudanças nos exames de imagem: em alguns casos, exames de imagem, como a ultrassonografia ou a mamografia, podem mostrar características atípicas que justificam uma avaliação mais aprofundada.

É importante ressaltar que a maioria dos fibroadenomas não é preocupante e não está relacionada ao câncer de mama. No entanto, a avaliação por um médico é fundamental para determinar o diagnóstico correto e tomar decisões apropriadas quanto ao tratamento ou monitoramento. 

Veja também: Fibromialgia: sintomas e tratamentos

Qual o tratamento para fibroadenoma na mama?

Qual o tratamento para fibroadenoma na mama?

O tratamento para fibroadenomas mamários depende de vários fatores, incluindo o tamanho do fibroadenoma, os sintomas que ele causa e as preocupações da paciente. 

A maioria dos fibroadenomas não requer tratamento ativo e pode ser simplesmente observada ao longo do tempo. No entanto, existem várias opções de tratamento disponíveis, conforme necessário:

Observação

Muitas vezes, os fibroadenomas podem ser observados ao longo do tempo, especialmente se forem pequenos, indolores e não causarem preocupações. O médico pode recomendar exames regulares e monitoramento para detectar quaisquer mudanças.

Remoção cirúrgica (cirurgia de excisão)

Se o fibroadenoma for grande, doloroso, crescer rapidamente, causar desconforto ou preocupação significativa, o médico pode recomendar a remoção cirúrgica. A cirurgia de excisão é um procedimento em que o fibroadenoma é removido da mama. A remoção cirúrgica também pode ser realizada para fins diagnósticos para garantir que o nódulo seja, de fato, um fibroadenoma.

Ablação por radiofrequência

Outra opção de tratamento minimamente invasiva para fibroadenomas é a ablação por radiofrequência. Esse procedimento envolve o uso de energia de radiofrequência para destruir o tecido do fibroadenoma, preservando a mama circundante. Pode ser uma alternativa à cirurgia para algumas pacientes.

É importante discutir as opções de tratamento com um médico especializado em saúde mamária (mastologista), que levará em consideração as características do fibroadenoma, as preocupações da paciente e outros fatores clínicos para recomendar a abordagem mais apropriada. 

Biópsia assistida a vácuo

A biópsia assistida à vácuo , ou Mamotomia,  é um tipo de biópsia, em que fragmentos do fibroadenoma são retirados por uma agulha grossa , acoplada a um aparelho que proporciona um mecanismo de sucção através de um corte mínimo na pele , realizado com anestesia local.Além de demonstrar a natureza benigna ou maligna de um nódulo,  ela pode retirar completamente nódulos pequenos, já permitindo o tratamento.  

Vale ressaltar que o tratamento de um fibroadenoma não é uma garantia de que não ocorrerão novos fibroadenomas no futuro. Mulheres que desenvolvem um fibroadenoma também devem continuar fazendo exames de mama regulares para detectar qualquer outra alteração mamária potencialmente preocupante.

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