A enxaqueca afeta mais de 1 bilhão de pessoas no mundo, causando sofrimento e afastando as pessoas de suas atividades.
Se você (ou alguém próximo) já passou por esse tipo de quadro, sabe o quão limitante é essa condição, mas felizmente hoje existem inúmeros recursos para tratar e, muitas vezes, resolver o problema.
Pensando nisso, a gente te explica a seguir os principais tipos de enxaqueca e quais os melhores tratamentos disponíveis hoje.
Confira!
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Quais os tipos de enxaqueca?
O termo “enxaqueca” é algo genérico, que se refere a diversas variações desse problema, com características, intensidades e sintomas diferentes. Confira abaixo os principais tipos:
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Enxaqueca sem aura (enxaqueca comum)
Esse é o tipo mais comum de enxaqueca, afetando a maioria das pessoas que sofrem de enxaqueca.
Geralmente, a dor de cabeça é unilateral, pulsátil e moderada a grave. No entanto, em alguns casos, pode afetar ambos os lados da cabeça. A dor é frequentemente acompanhada por outros sintomas, como sensibilidade à luz (fotofobia), sensibilidade ao som (fonofobia), náuseas e vômitos.
Uma crise de enxaqueca sem aura pode durar de algumas horas a vários dias.
Já os fatores que disparam novas crises podem incluir estresse, alterações hormonais, falta de sono, certos alimentos ou bebidas, mudanças climáticas, entre outros.
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Enxaqueca com aura
A aura é um conjunto de sintomas neurológicos que ocorrem antes ou durante a enxaqueca. Pode incluir sintomas visuais, como linhas em ziguezague, pontos cegos ou luzes piscantes, além de sintomas sensoriais, como formigamento ou dormência em uma parte do corpo, e sintomas de linguagem, como dificuldade de fala ou compreensão.
A aura geralmente dura de 5 a 60 minutos e é seguida pela dor de cabeça.
Os fatores que provocam as crises de enxaqueca com aura podem ser semelhantes aos da enxaqueca sem aura, mas a presença da aura pode adicionar outros fatores desencadeantes, como alterações visuais ou estresse adicional.
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Enxaqueca vestibular
Este tipo de enxaqueca está associado a sintomas vestibulares, como vertigem intensa, tontura, náuseas e vômitos, que podem ocorrer antes, durante ou após a dor de cabeça.
Os ataques de enxaqueca vestibular podem durar de minutos a horas.
Já os gatilhos que provocam crises podem incluir fatores semelhantes aos da enxaqueca comum, mas também podem incluir movimentos bruscos ou mudanças de posição.
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Enxaqueca hemiplégica
Esta é uma forma rara de enxaqueca caracterizada por fraqueza temporária ou paralisia em um lado do corpo, antes ou durante a dor de cabeça. Outros sintomas neurológicos, como distúrbios visuais e dificuldades de fala, também podem estar presentes.
Os sintomas geralmente melhoram dentro de algumas horas a dias após o início da crise.
Os desencadeadores podem ser semelhantes aos de outros tipos de enxaqueca, embora certos fatores desencadeantes, como estresse extremo ou trauma físico, possam desencadear ataques de enxaqueca hemiplégica em alguns casos.
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Enxaqueca retiniana
Este tipo de enxaqueca envolve sintomas visuais semelhantes aos da aura, mas os sintomas ocorrem exclusivamente em um olho e podem incluir pontos cegos, visão embaçada ou perda parcial da visão em um ou ambos os olhos.
Os sintomas geralmente duram de alguns minutos a uma hora e, em seguida, desaparecem.
Os desencadeadores podem ser semelhantes aos de outros tipos de enxaqueca, embora o estresse visual, como leitura prolongada ou exposição a telas brilhantes, possa ser um fator desencadeante comum.
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Enxaqueca crônica
Este termo é usado quando alguém tem enxaqueca em pelo menos 15 dias por mês, com pelo menos oito dias de enxaqueca com características típicas por mês, por um período de três meses ou mais.
Os sintomas podem variar em intensidade e duração, mas a pessoa afetada enfrenta uma carga significativa de dor de cabeça na maioria dos dias do mês.
Além das causas habituais, como nos outros tipos de enxaqueca, outros gatilhos incluem o uso excessivo de medicamentos para dor de cabeça, que acredita-se poder contribuir para a enxaqueca crônica.
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Enxaqueca: como tratar?
Existem várias abordagens de tratamento para enxaqueca, que podem incluir medidas de estilo de vida, medicamentos agudos (para tratar os ataques de enxaqueca quando ocorrem) e medicamentos preventivos (para reduzir a frequência e a gravidade dos ataques). Aqui estão algumas opções comuns de tratamento:
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Medicamentos para quadros agudos
Medicamentos como paracetamol, ibuprofeno ou aspirina podem ser eficazes para aliviar a dor leve a moderada em alguns casos.
Já a classe dos Triptanos são medicamentos que ajudam a aliviar a enxaqueca e outros sintomas associados, trabalhando para reduzir a inflamação e contrair os vasos sanguíneos dilatados no cérebro.
Outro grupo de medicamentos são os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), que também podem ser eficazes no alívio da dor de cabeça em alguns casos.
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Medicamentos preventivos
Um grupo de medicamentos preventivos que costumam ser usados são os betabloqueadores, já que podem ajudar a reduzir a frequência e a gravidade dos ataques de enxaqueca, atuando para regularizar os padrões de fluxo sanguíneo e neurotransmissores no cérebro.
Além disso, os antidepressivos tricíclicos podem ser úteis na prevenção de enxaquecas, especialmente em pessoas que também têm depressão ou distúrbios do sono.
Alguns medicamentos originalmente desenvolvidos para tratar convulsões podem ser eficazes na prevenção de enxaquecas.
Finalmente, os antagonistas dos receptores de CGRP são uma nova classe de medicamentos específicos para prevenção de enxaquecas que têm se mostrado eficazes em muitos pacientes.
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Terapias não medicamentosas
Nem só de medicamentos depende o tratamento da enxaqueca, apesar de serem uma escolha frequente nesses casos. Outras opções que podem ser usadas são:
✅ Tratamentos como terapia cognitivo-comportamental (TCC), biofeedback e relaxamento muscular progressivo podem ajudar a reduzir o estresse e a ansiedade, que são fatores desencadeantes comuns para alguns pacientes com enxaqueca.
✅ Exercícios de alongamento, fisioterapia e manipulação quiroprática podem ser úteis para algumas pessoas na prevenção e no alívio da enxaqueca.
✅ Evitar fatores desencadeantes conhecidos, como determinados alimentos, falta de sono, estresse excessivo e exposição a estímulos sensoriais intensos (como luzes brilhantes ou odores fortes), pode ajudar a reduzir a frequência e a gravidade dos ataques de enxaqueca.
✅ Alguns estudos sugerem que a acupuntura pode ser eficaz na redução da frequência e da gravidade das enxaquecas em algumas pessoas.
✅ Alguns suplementos, como magnésio, riboflavina (vitamina B2) e coenzima Q10, têm sido estudados como possíveis tratamentos preventivos para enxaqueca.
É importante ressaltar que o tratamento ideal para a enxaqueca pode variar de pessoa para pessoa, e pode ser necessário experimentar diferentes abordagens para encontrar a combinação mais eficaz. Sempre consulte um médico para obter orientação e tratamento adequados, especialmente se você estiver considerando o uso de medicamentos preventivos.
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