Elastografia
O câncer de tireoide, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), entre 2020 e 2022, foram diagnósticado 13.780 novos casos por ano no Brasil – 1.830 homens e 11.950 mulheres.
Como vemos, é um tipo de câncer relativamente frequente e, por isso, requer cada vez mais atenção das pessoas, especialmente as mulheres; principal alvo dessa condição.
Por tudo isso, abaixo vamos te mostrar o que é o câncer de tireoide, quais os principais sinais de alerta, como é feito o diagnóstico e as formas de tratamento.
Acompanhe!
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A tireoide é uma pequena glândula, em forma de borboleta, localizada na base do pescoço, logo abaixo da laringe (caixa vocal).
Essa glândula endócrina desempenha um papel crucial na regulação de numerosos processos metabólicos no corpo, através da produção e liberação de hormônios tireoidianos, principalmente a tiroxina (T4) e a triiodotironina (T3).
Esses hormônios são essenciais para o controle do metabolismo, afetando quase todos os órgãos do corpo e influenciando funções como o consumo de energia, a regulação da temperatura corporal, o crescimento e o desenvolvimento e até a frequência cardíaca.
A função da tireoide é regulada pelo hormônio estimulante da tireoide (TSH), que é produzido pela glândula pituitária (ou hipófise), localizada na base do cérebro. Um delicado equilíbrio entre esses hormônios garante o funcionamento adequado do metabolismo corporal.
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O câncer de tireoide ocorre quando células anormais começam a crescer na glândula tireoide. Diferentemente de muitas outras formas de câncer, o câncer de tireoide muitas vezes é diagnosticado em estágios iniciais e, geralmente, tem um bom prognóstico.
Existem vários tipos de câncer de tireoide, classificados de acordo com o tipo de célula da qual se originam e suas características. Os principais tipos incluem:
✅ Carcinoma papilífero: É o tipo mais comum, representando cerca de 80% de todos os casos de câncer de tireoide. Tende a crescer lentamente e, na maioria dos casos, é altamente tratável.
✅ Carcinoma folicular: Inclui variantes como o carcinoma de Hürthle, sendo o segundo tipo mais comum. Geralmente tem um bom prognóstico, embora possa ser mais propenso a se espalhar para outras partes do corpo em comparação com o carcinoma papilífero. Representa 10 a 30% dos casos .
✅ Carcinoma medular: Origina-se das células C da tireoide, responsáveis pela produção de calcitonina, que participa da formação dos ossos.Este tipo de câncer pode se espalhar mais rapidamente do que o carcinoma papilífero ou folicular. Representa 5% dos casos .
✅ Carcinoma anaplásico: Um tipo raro e agressivo de câncer de tireoide, que cresce rapidamente e é mais difícil de tratar. Representa 2% dos casos .
A ocorrência do câncer de tireoide tem aumentado em várias partes do mundo, embora as razões exatas para esse aumento não sejam completamente compreendidas. A detecção precoce e os avanços no tratamento contribuíram para as altas taxas de sobrevida para muitos pacientes com câncer de tireoide.
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O câncer de tireoide frequentemente não apresenta sintomas nos estágios iniciais, o que pode tornar sua detecção precoce desafiadora. Contudo, à medida que a doença progride, alguns sinais e sintomas podem começar a surgir.
É importante ressaltar que muitos desses sintomas podem também ser causados por condições benignas da tireoide ou outras doenças. Portanto, a presença de um ou mais desses sintomas não significa necessariamente que alguém tenha câncer de tireoide.
Ainda assim, é importante investigá-los para um diagnóstico correto. Os possíveis sintomas e sinais incluem:
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O sinal mais comum é a presença de um nódulo na região da tireoide, que pode ser percebido ao toque ou, em alguns casos, visível ao engolir. A maioria dos nódulos tireoidianos não é cancerígena, mas a presença de um nódulo deve ser avaliada por um médico.
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Rouquidão ou outras mudanças na voz que não desaparecem podem ser um sinal, especialmente se não houver uma causa óbvia, como uma infecção respiratória.
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Um nódulo ou inchaço na tireoide pode pressionar a traqueia ou o esôfago, causando dificuldade para engolir ou respirar.
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Dor – que não melhora – na região da tireoide ou no pescoço pode ser um sintoma, embora seja menos comum. A dor pode se estender até os ouvidos.
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Nódulos linfáticos inchados (as populares ínguas) no pescoço podem indicar a propagação do câncer de tireoide.
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Uma tosse persistente, que não está relacionada a um resfriado ou alergia, pode ser um sinal, especialmente se acompanhada por outros sintomas.
É importante lembrar que esses sintomas não são exclusivos do câncer de tireoide e podem ser atribuídos a várias outras condições de saúde. No entanto, se você notar um ou mais desses sinais, especialmente se persistirem ou piorarem, é aconselhável procurar avaliação médica – de preferência com endocrinologista – para um diagnóstico adequado.
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O diagnóstico do câncer de tireoide envolve várias etapas e exames, que ajudam a determinar a presença de células cancerígenas e a extensão da doença. Aqui está um resumo dos principais métodos usados no diagnóstico do câncer de tireoide:
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O processo de diagnóstico começa com um exame físico, por meio do qual o médico procura por nódulos ou inchaços na tireoide, bem como sinais de inchaço nos linfonodos do pescoço.
Também pode ser perguntado sobre o histórico médico do(a) paciente, incluindo quaisquer sintomas experimentados, histórico familiar de câncer de tireoide ou outras condições tireoidianas, além de exposição a fatores de risco.
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Testes de sangue podem avaliar o funcionamento da tireoide, medindo os níveis de hormônios tireoidianos (como TSH, T3 e T4) e, em alguns casos, a presença de anticorpos antitireoidianos.
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O exame de ecografia (ou ultrassonografia) é frequentemente usado para ajudar a detectar nódulos na tireoide e determinar suas características, como tamanho, localização e se são sólidos ou contêm líquido.
Esse exame é totalmente indolor e não invasivo e ajuda a avaliar a necessidade de procedimentos adicionais.
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Se um nódulo suspeito é identificado, uma punção aspirativa por agulha fina (PAAF) pode ser realizada. Durante este procedimento, uma agulha fina é inserida no nódulo para coletar amostras de tecido ou células para análise microscópica.
O passo seguinte é avaliar as amostras colhidas em laboratório de patologia. Este é o exame mais confiável para determinar se um nódulo é cancerígeno.
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Caso o tumor maligno seja mesmo confirmado por meio da biópsia, outros exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM) ou cintilografia da tireoide, podem ser usados para avaliar a extensão do câncer ou investigar a presença de metástases em outros órgãos.
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Em alguns casos, testes genéticos podem ser realizados em amostras de tecido coletadas durante a biópsia para identificar mutações genéticas que possam influenciar o tratamento.
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Em situações nas quais a voz do(a) paciente é afetada, pode-se realizar uma laringoscopia para verificar se o câncer de tireoide afetou as cordas vocais.
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O tratamento do câncer de tireoide varia de acordo com o tipo e estágio do câncer, bem como a idade do(a) paciente e outras condições de saúde existentes. Os tratamentos podem ser utilizados isoladamente ou em combinação, a fim de abordar a doença de forma eficaz.
Aqui estão os possíveis tratamentos para o câncer de tireoide:
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A remoção cirúrgica da tireoide é o tratamento mais comum para o câncer de tireoide. A tireoidectomia total remove toda a glândula tireoide, enquanto a tireoidectomia parcial (ou lobectomia) remove apenas a parte afetada. A extensão da cirurgia depende do tamanho do tumor e da presença de doença em ambos os lóbulos da tireoide.
Caso o câncer tenha se espalhado para os linfonodos, eles também podem ser removidos durante a cirurgia.
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Após a cirurgia, a terapia com iodo radioativo pode ser recomendada para destruir qualquer tecido tireoidiano remanescente, bem como células cancerígenas que possam ter se espalhado para outras partes do corpo.
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Após a remoção da tireoide, os pacientes precisarão tomar hormônio tireoidiano sintético pelo resto da vida para substituir os hormônios que a glândula produzia e para ajudar a suprimir a produção de TSH.
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Para tipos específicos de câncer de tireoide, especialmente aqueles que não respondem bem à terapia com iodo radioativo, medicamentos que visam mutações genéticas específicas nas células cancerígenas podem ser usados. Estes medicamentos podem bloquear o crescimento e a disseminação do câncer.
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A radioterapia externa, que utiliza feixes de radiação de alta energia para matar células cancerígenas, pode ser usada em casos em que o câncer se espalhou para áreas que não podem ser tratadas com cirurgia ou iodo radioativo, ou para aliviar sintomas de câncer avançado, principalmente os mais agressivos, como os anaplásicos .
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A quimioterapia não é comumente usada para tratar o câncer de tireoide, mas pode ser recomendada em casos de câncer anaplásico de tireoide ou quando o câncer não responde a outros tratamentos.
O plano de tratamento ideal para cada paciente será determinado por uma equipe multidisciplinar de especialistas em saúde, incluindo endocrinologistas e oncologistas.
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