Tipos de câncer de próstata: sintomas e diagnóstico

O câncer de próstata é uma das neoplasias mais comuns entre os homens, especialmente aqueles com mais de 50 anos. 

O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de sucesso no tratamento e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. 

Neste artigo, discutiremos os diferentes tipos de câncer de próstata, os sintomas associados e os métodos de diagnóstico disponíveis.

Acompanhe!

O que é o câncer de próstata?

O câncer de próstata é uma doença caracterizada pelo crescimento descontrolado de células na próstata, uma glândula do sistema reprodutor masculino situada abaixo da bexiga e à frente do reto. A próstata é responsável pela produção de parte do fluido que compõe o sêmen. O crescimento anormal das células pode levar à formação de tumores malignos, que podem se espalhar para outras partes do corpo.

Os sintomas do câncer de próstata podem variar amplamente, dependendo do estágio da doença e da extensão do tumor. Nos estágios iniciais, o câncer de próstata geralmente é assintomático, mas à medida que a doença progride, vários sinais e sintomas podem surgir. Conheça os principais:

✅ Sintomas urinários – São comuns em casos de câncer de próstata devido à proximidade da próstata com a uretra e a bexiga e incluem dificuldade para urinar, com fluxo fraco ou interrompido; necessidade frequente de urinar, especialmente à noite (noctúria); sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, após urinar; dor ou queimação ao urinar.

✅ Sintomas relacionados ao sêmen – Sangue no sêmen (hematospermia) pode ser um sinal de câncer de próstata ou outras condições urológicas. Dor durante ou após a ejaculação.

✅ Dor e desconforto – À medida que o câncer de próstata progride, pode causar dor e desconforto em várias áreas do corpo, como entre o escroto e o ânus (períneo) ou ainda nas costas ou quadris.

✅ Dor óssea – Em casos avançados, pode haver metástase e o câncer se espalhar para os ossos, causando dor significativa e persistente, especialmente na região lombar ou nos quadris.

✅ Sintomas sistêmicos – Também em fases avançadas da doença, é comum surgimento de sintomas que afetem todo o corpo, como perda de peso inexplicável, fadiga extrema e a anemia.

✅ Sintomas neurológicos – Caso o câncer se espalhe para a coluna vertebral, pode pressionar a medula espinhal, resultando em sintomas neurológicos, como fraqueza nas pernas, incontinência urinária ou fecal.

Não existe uma causa única para o câncer de próstata, mas sabe-se que alguns fatores contribuem para o aumento das chances de desenvolver, como:

✅ Idade – O risco de câncer de próstata aumenta significativamente com a idade. É raro em homens com menos de 40 anos, mas a incidência sobe drasticamente após os 50 anos. Aproximadamente 60% dos casos de câncer de próstata são diagnosticados em homens com 65 anos ou mais.

✅ Histórico familiar – Homens com parentes de primeiro grau (pai ou irmão) que tiveram câncer de próstata têm duas a três vezes mais chances de desenvolver a doença. 

✅ Padrões hereditários – Em alguns casos, a predisposição genética pode ser devida a mutações hereditárias em genes específicos, como BRCA1 e BRCA2, que também estão associados ao câncer de mama e ovário nas mulheres.

✅ Raça e etnia – Homens negros apresentam maior risco de desenvolver câncer de próstata e de terem formas mais agressivas da doença. Eles também têm taxas de mortalidade mais altas em comparação com homens de outras etnias. Já homens de origem asiática e hispânica tendem a ter menor incidência de câncer de próstata.

✅ Hábitos alimentares – Dietas com alto teor de gordura, especialmente gordura animal, podem aumentar o risco de câncer de próstata. Estudos sugerem que o consumo frequente de carne vermelha e alimentos processados pode estar associado a um risco maior. Dietas pobres em vegetais e frutas podem contribuir para um risco aumentado.

✅ Obesidade – Embora a relação direta entre obesidade e câncer de próstata ainda esteja sendo estudada, há evidências de que a obesidade pode estar associada a formas mais agressivas da doença.

✅ Exposição a agentes químicos – Exposição prolongada a certos produtos químicos, como os encontrados em pesticidas e herbicidas, pode aumentar o risco de câncer de próstata. Trabalhadores agrícolas, militares expostos ao agente laranja e outras profissões com exposição química significativa podem ter um risco aumentado.

✅ Inflamação e infecções da próstata – Inflamação crônica da próstata (prostatite) pode estar associada a um risco aumentado de câncer de próstata. Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) como clamídia, gonorreia ou sífilis também podem aumentar o risco, embora a ligação não seja completamente compreendida.

✅ Níveis hormonais – Níveis elevados de testosterona e outros hormônios androgênicos podem contribuir para o crescimento das células prostáticas e aumentar o risco de câncer.

Compreender os fatores de risco para o câncer de próstata é fundamental para a detecção precoce e prevenção da doença. Homens com fatores de risco elevados devem considerar discussões regulares com seus médicos sobre exames de rotina e estratégias de prevenção. Mudanças no estilo de vida, como adoção de uma dieta saudável e prática regular de exercícios, podem contribuir para a redução do risco.

Tipos de câncer de próstata

Existem diferentes tipos de câncer de próstata, que variam quanto ao tipo de célula afetada, seu grau de agressividade, sintomas provocados, entre outras características. Conheça abaixo quais são eles:

Adenocarcinoma

É o tipo mais comum de câncer de próstata, representando mais de 95% dos casos. Surge nas células glandulares da próstata, que são responsáveis pela produção do fluido prostático que compõe o sêmen. 

Entre os seus subtipos estão o adenocarcinoma acinar (o mais frequente) e o adenocarcinoma ductal (menos comum e mais agressivo).

Carcinoma de pequenas células

Tipo raro, representando menos de 1% dos casos de câncer de próstata. Desenvolve-se nas células neuroendócrinas, que são responsáveis pela produção de hormônios que regulam diversas funções no organismo. É um tipo agressivo de câncer, de crescimento rápido e alta taxa de disseminação para outras partes do corpo. 

Pode não apresentar sintomas específicos relacionados à próstata e, frequentemente, é diagnosticado em estágio avançado.

Carcinoma ductal

Tipo raro de câncer de próstata, mas considerado mais agressivo que o adenocarcinoma acinar. Costuma surgir nos ductos da próstata e tende a crescer rapidamente, podendo se espalhar para tecidos adjacentes ou outras partes do corpo. 

O carcinoma ductal pode causar sintomas urinários mais severos que o adenocarcinoma acinar.

Carcinoma mucinoso

Variável muito rara de neoplasia prostática, caracteriza-se pela produção de grandes quantidades de muco pelas células cancerígenas. Pode ser menos agressivo que outros tipos, mas sua raridade torna o prognóstico e as características clínicas menos conhecidos.

Outros tipos raros

✅ Carcinoma escamoso – Origina-se nas células escamosas da próstata e é extremamente raro. Este tipo de câncer tende a ser mais agressivo e menos responsivo aos tratamentos convencionais para o câncer de próstata.

✅ Carcinoma transicional – Também muito raro, se origina nas células de transição que revestem a uretra e a bexiga. Pode se comportar de forma semelhante ao câncer de bexiga.

Os diferentes tipos de câncer de próstata apresentam variações significativas em termos de agressividade, sintomas e resposta ao tratamento. O adenocarcinoma é, de longe, o tipo mais comum e o mais estudado, com tratamentos bem estabelecidos. 

Já os tipos mais raros, como o carcinoma de pequenas células e o carcinoma ductal, requerem abordagens de tratamento mais específicas e muitas vezes mais agressivas devido à sua natureza avançada no momento do diagnóstico.

Diagnóstico do câncer de próstata

O diagnóstico precoce do câncer de próstata é essencial para o tratamento eficaz e para a redução da mortalidade associada à doença. Vários métodos diagnósticos são utilizados para detectar a presença de câncer de próstata, cada um com suas características específicas. Conheça os principais a seguir:

Exame de toque retal

Por meio dessa avaliação é possível identificar anormalidades na textura, forma e tamanho da próstata que podem indicar a presença de tumores. Trata-se de um exame simples, rápido e que pode ser realizado no consultório, que permite a identificação de sinais que não são visíveis em exames de imagem.

PSA (antígeno prostático específico)

Exame de sangue que mede os níveis de PSA, uma proteína produzida pela próstata. Níveis elevados de PSA podem indicar a presença de câncer de próstata, mas também podem ser causados por outras condições, como hiperplasia prostática benigna (HPB) ou prostatite. É um exame simples e não invasivo, sendo útil também para monitorar pacientes com histórico de câncer de próstata.


Biópsia da próstata

A biópsia consiste na remoção de pequenas amostras de tecido da próstata para exame microscópico, guiada por ultrassom transretal. Serve para confirmar a presença de células cancerígenas e fornece informações sobre o grau e a agressividade do câncer. Permite o diagnóstico definitivo e preciso da doença, além da avaliação do tipo e estágio do câncer.

Ultrassom transretal

O ultrassom transretal é uma técnica de imagem usada para visualizar a próstata e as estruturas adjacentes. É um exame comumente utilizado no diagnóstico e no acompanhamento de condições prostáticas, incluindo o câncer de próstata.

Esse exame de imagem utiliza ondas sonoras para criar imagens detalhadas da próstata. O transdutor de ultrassom é inserido no reto, permitindo uma visão próxima e clara da próstata e a avaliação do tamanho, da forma e da textura da próstata. É especialmente útil para guiar a biópsia da próstata.

Ressonância magnética

Exame de imagem que se baseia no uso de campos magnéticos e ondas de rádio para criar imagens detalhadas da próstata e dos tecidos ao redor. Permite detectar anormalidades na estrutura da próstata, assim como a presença de tumores, sendo útil inclusive para definir o estadiamento do câncer, ou seja, seu grau de avanço e características.

Tomografia computadorizada

Exame de imagem que se baseia no uso de raios X para criar imagens transversais da próstata e das áreas ao redor. Costuma ser usado para definir a extensão do câncer para outros tecidos e órgãos, sendo uma boa opção para avaliar a disseminação do câncer (metástase).

Exames de medicina nuclear

Exames que consistem na injeção de uma pequena quantidade de material radioativo que tende a se acumular principalmente em áreas com atividade tumoral, permitindo ao equipamento a identificação direcionada dessas áreas e facilitando sua visualização.

Um desses exames é a cintilografia óssea, cujo foco principal é a identificação de metástases ósseas.

Outro exame desse grupo é o PET-CT – uma combinação de tomografia por emissão de pósitrons e tomografia computadorizada. Seu principal diferencial é a identificação de alterações metabólicas, ou seja, atividades suspeitas que estejam ocorrendo, antes mesmo de qualquer alteração física surgir, permitindo um diagnóstico muito precoce.

Como vimos ao longo do artigo, o câncer de próstata é uma doença complexa, que pode ter diferentes características e padrões de risco. O diagnóstico precoce é fundamental e permite a cura na grande maioria dos casos; por isso a importância do acompanhamento médico regular, com consultas e exames.

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Sintomas de câncer de tireoide: diagnóstico e tratamento

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), entre 2020 e 2022, foi diagnosticada uma média de 13.780 novos casos de câncer de tireoide por ano no Brasil – 1.830 homens e 11.950 mulheres.

Como vemos, é um tipo de câncer relativamente frequente e, por isso, requer cada vez mais atenção das pessoas, especialmente as mulheres; principal alvo dessa condição.

Por tudo isso, abaixo vamos te mostrar o que é o câncer de tireoide, quais os principais sinais de alerta, como é feito o diagnóstico e as formas de tratamento.

Acompanhe!

Entenda o câncer de tireoide

Entenda o câncer de tireoide

A tireoide é uma pequena glândula, em forma de borboleta, localizada na base do pescoço, logo abaixo da laringe (caixa vocal). 

Essa glândula endócrina desempenha um papel crucial na regulação de numerosos processos metabólicos no corpo, através da produção e liberação de hormônios tireoidianos, principalmente a tiroxina (T4) e a triiodotironina (T3). 

Esses hormônios são essenciais para o controle do metabolismo, afetando quase todos os órgãos do corpo e influenciando funções como o consumo de energia, a regulação da temperatura corporal, o crescimento e o desenvolvimento e até a frequência cardíaca.

A função da tireoide é regulada pelo hormônio estimulante da tireoide (TSH), que é produzido pela glândula pituitária (ou hipófise), localizada na base do cérebro. Um delicado equilíbrio entre esses hormônios garante o funcionamento adequado do metabolismo corporal.

Mas o que é o câncer de tireoide?

O câncer de tireoide ocorre quando células anormais começam a crescer na glândula tireoide. Diferentemente de muitas outras formas de câncer, o câncer de tireoide muitas vezes é diagnosticado em estágios iniciais e, geralmente, tem um bom prognóstico.

Existem vários tipos de câncer de tireoide, classificados de acordo com o tipo de célula da qual se originam e suas características. Os principais tipos incluem:

✅ Carcinoma papilífero: É o tipo mais comum, representando cerca de 80% de todos os casos de câncer de tireoide. Tende a crescer lentamente e, na maioria dos casos, é altamente tratável.

✅ Carcinoma folicular: Inclui variantes como o carcinoma de Hürthle, sendo o segundo tipo mais comum. Geralmente tem um bom prognóstico, embora possa ser mais propenso a se espalhar para outras partes do corpo em comparação com o carcinoma papilífero. Representa 10 a 30% dos casos .

✅ Carcinoma medular: Origina-se das células C da tireoide, responsáveis pela produção de calcitonina, que participa da formação dos ossos.Este tipo de câncer pode se espalhar mais rapidamente do que o carcinoma papilífero ou folicular. Representa 5% dos casos .

✅ Carcinoma anaplásico: Um tipo raro e agressivo de câncer de tireoide, que cresce rapidamente e é mais difícil de tratar. Representa 2% dos casos . 

A ocorrência do câncer de tireoide tem aumentado em várias partes do mundo, embora as razões exatas para esse aumento não sejam completamente compreendidas. A detecção precoce e os avanços no tratamento contribuíram para as altas taxas de sobrevida para muitos pacientes com câncer de tireoide.

Quais os sintomas do câncer de tireoide? Como perceber?

Quais os sintomas do câncer de tireoide? Como perceber?

O câncer de tireoide frequentemente não apresenta sintomas nos estágios iniciais, o que pode tornar sua detecção precoce desafiadora. Contudo, à medida que a doença progride, alguns sinais e sintomas podem começar a surgir. 

É importante ressaltar que muitos desses sintomas podem também ser causados por condições benignas da tireoide ou outras doenças. Portanto, a presença de um ou mais desses sintomas não significa necessariamente que alguém tenha câncer de tireoide.

Ainda assim, é importante investigá-los para um diagnóstico correto. Os possíveis sintomas e sinais incluem:

Nódulo no pescoço

O sinal mais comum é a presença de um nódulo na região da tireoide, que pode ser percebido ao toque ou, em alguns casos, visível ao engolir. A maioria dos nódulos tireoidianos não é cancerígena, mas a presença de um nódulo deve ser avaliada por um médico.

Mudanças na voz

Rouquidão ou outras mudanças na voz que não desaparecem podem ser um sinal, especialmente se não houver uma causa óbvia, como uma infecção respiratória.

Dificuldade para engolir ou respirar

Um nódulo ou inchaço na tireoide pode pressionar a traqueia ou o esôfago, causando dificuldade para engolir ou respirar.

Dor no pescoço ou garganta

Dor – que não melhora – na região da tireoide ou no pescoço pode ser um sintoma, embora seja menos comum. A dor pode se estender até os ouvidos.

Inchaço dos linfonodos

Nódulos linfáticos inchados (as populares ínguas) no pescoço podem indicar a propagação do câncer de tireoide.

Tosse persistente

Uma tosse persistente, que não está relacionada a um resfriado ou alergia, pode ser um sinal, especialmente se acompanhada por outros sintomas.

É importante lembrar que esses sintomas não são exclusivos do câncer de tireoide e podem ser atribuídos a várias outras condições de saúde. No entanto, se você notar um ou mais desses sinais, especialmente se persistirem ou piorarem, é aconselhável procurar avaliação médica – de preferência com endocrinologista – para um diagnóstico adequado. 

Como é feito o diagnóstico do câncer de tireoide

O diagnóstico do câncer de tireoide envolve várias etapas e exames, que ajudam a determinar a presença de células cancerígenas e a extensão da doença. Aqui está um resumo dos principais métodos usados no diagnóstico do câncer de tireoide:

Exame físico e histórico médico

O processo de diagnóstico começa com um exame físico, por meio do qual o médico procura por nódulos ou inchaços na tireoide, bem como sinais de inchaço nos linfonodos do pescoço.

Também pode ser perguntado sobre o histórico médico do(a) paciente, incluindo quaisquer sintomas experimentados, histórico familiar de câncer de tireoide ou outras condições tireoidianas, além de exposição a fatores de risco.

Exames de sangue

Testes de sangue podem avaliar o funcionamento da tireoide, medindo os níveis de hormônios tireoidianos (como TSH, T3 e T4) e, em alguns casos, a presença de anticorpos antitireoidianos.

Ecografia da tireoide

O exame de ecografia (ou ultrassonografia) é frequentemente usado para ajudar a detectar nódulos na tireoide e determinar suas características, como tamanho, localização e se são sólidos ou contêm líquido.

Esse exame é totalmente indolor e não invasivo e ajuda a avaliar a necessidade de procedimentos adicionais.

Punção por agulha fina

Se um nódulo suspeito é identificado, uma punção aspirativa por agulha fina (PAAF) pode ser realizada. Durante este procedimento, uma agulha fina é inserida no nódulo para coletar amostras de tecido ou células para análise microscópica.

O passo seguinte é avaliar as amostras colhidas em laboratório de patologia. Este é o exame mais confiável para determinar se um nódulo é cancerígeno.

Exames de imagem

Caso o tumor maligno seja mesmo confirmado por meio da biópsia, outros exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM) ou cintilografia da tireoide, podem ser usados para avaliar a extensão do câncer ou investigar a presença de metástases em outros órgãos.

Testes genéticos

Em alguns casos, testes genéticos podem ser realizados em amostras de tecido coletadas durante a biópsia para identificar mutações genéticas que possam influenciar o tratamento.

Laringoscopia

Em situações nas quais a voz do(a) paciente é afetada, pode-se realizar uma laringoscopia para verificar se o câncer de tireoide afetou as cordas vocais.

Tratamentos para câncer de tireoide

O tratamento do câncer de tireoide varia de acordo com o tipo e estágio do câncer, bem como a idade do(a) paciente e outras condições de saúde existentes. Os tratamentos podem ser utilizados isoladamente ou em combinação, a fim de abordar a doença de forma eficaz. 

Aqui estão os possíveis tratamentos para o câncer de tireoide:

Tireoidectomia total ou parcial

A remoção cirúrgica da tireoide é o tratamento mais comum para o câncer de tireoide. A tireoidectomia total remove toda a glândula tireoide, enquanto a tireoidectomia parcial (ou lobectomia) remove apenas a parte afetada. A extensão da cirurgia depende do tamanho do tumor e da presença de doença em ambos os lóbulos da tireoide.

Caso o câncer tenha se espalhado para os linfonodos, eles também podem ser removidos durante a cirurgia.

Terapia com iodo radioativo

Após a cirurgia, a terapia com iodo radioativo pode ser recomendada para destruir qualquer tecido tireoidiano remanescente, bem como células cancerígenas que possam ter se espalhado para outras partes do corpo. 

Terapia de reposição hormonal

Após a remoção da tireoide, os pacientes precisarão tomar hormônio tireoidiano sintético pelo resto da vida para substituir os hormônios que a glândula produzia e para ajudar a suprimir a produção de TSH.

Terapia-alvo

Para tipos específicos de câncer de tireoide, especialmente aqueles que não respondem bem à terapia com iodo radioativo, medicamentos que visam mutações genéticas específicas nas células cancerígenas podem ser usados. Estes medicamentos podem bloquear o crescimento e a disseminação do câncer.

Radioterapia externa

A radioterapia externa, que utiliza feixes de radiação de alta energia para matar células cancerígenas, pode ser usada em casos em que o câncer se espalhou para áreas que não podem ser tratadas com cirurgia ou iodo radioativo, ou para aliviar sintomas de câncer avançado, principalmente os mais agressivos,  como os anaplásicos .

Quimioterapia

A quimioterapia não é comumente usada para tratar o câncer de tireoide, mas pode ser recomendada em casos de câncer anaplásico de tireoide ou quando o câncer não responde a outros tratamentos.

O plano de tratamento ideal para cada paciente será determinado por uma equipe multidisciplinar de especialistas em saúde, incluindo endocrinologistas e oncologistas.

Veja também:
Gordura no fígado: sintomas, causas e como eliminar?
Prolapso da válvula mitral: sintomas, causas e tratamentos
Osteopenia: O que é, Causas, Diagnóstico e Tratamentos

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Tumor na hipófise: sintomas, diagnóstico e opções de tratamento

A hipófise é considerada a “glândula mestra” por regular o funcionamento de inúmeras funções do nosso corpo, desde a produção de hormônios, passando pelo crescimento e desenvolvimento.

Como qualquer outra área do nosso corpo, a hipófise também pode desenvolver tumores, o que pode causar inúmeras alterações, devido à importância desse glândula.

Neste conteúdo você vai saber mais sobre o tumor de hipófise, seus sinais e sintomas, além de conhecer como é feito o diagnóstico e tratamento!

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Afinal, o que é a hipófise e quais as suas funções

A hipófise, também conhecida como glândula pituitária, é uma pequena glândula localizada na base do cérebro, logo abaixo do hipotálamo. Ela desempenha um papel fundamental no sistema endócrino e possui várias funções essenciais para o corpo humano. 

A hipófise é frequentemente considerada a “glândula mestra” porque regula a atividade de muitas outras glândulas endócrinas no organismo. Suas principais funções incluem:

Regulação da produção hormonal – A hipófise secreta diversos hormônios, que controlam outras glândulas endócrinas. Esses hormônios estimulam ou inibem a produção de hormônios em glândulas como a tireoide, as glândulas suprarrenais, os ovários e os testículos.

✅ Controle do crescimento e desenvolvimento – Essa glândula também é responsável por secretar o hormônio do crescimento (GH), que regula o crescimento do corpo e o desenvolvimento dos tecidos.

✅ Regulação do metabolismo – Ela também influencia a função da tireoide, estimulando a produção de hormônios tireoidianos que regulam o metabolismo.

✅ Controle da reprodução – a pituitária regula a reprodução ao liberar hormônios que afetam os órgãos reprodutores, influenciando a função dos ovários e dos testículos.

✅ Regulação do estresse – Outra de suas importantes funções é secretar o hormônio antidiurético (ADH) e a ocitocina, que desempenham papéis na regulação da pressão sanguínea, do equilíbrio de líquidos e da resposta ao estresse.

✅ Regulação do ciclo circadiano – Além de tudo isso, a hipófise é responsável pela regulação do ritmo circadiano do corpo, influenciando a liberação de hormônios em momentos específicos do dia.

A hipófise é uma glândula crucial para o equilíbrio do nosso organismo, já que ajuda a manter o equilíbrio hormonal e desempenha um papel vital na regulação de muitos processos fisiológicos. Qualquer disfunção na hipófise pode ter impacto significativo na saúde e no bem-estar geral do indivíduo.

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Tumor na hipófise: sinais e sintomas

Por toda a importância que vimos anteriormente, um tumor na hipófise pode causar uma variedade de sinais e sintomas, que podem depender do tamanho, localização e tipo do tumor. Felizmente, na maioria dos casos, tratam-se de tumores benignos, ou seja, que não se espalham para outras regiões, como ocorre nos casos de câncer.

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🚨 Apesar disso, alterações nessa glândula costumam trazer grandes prejuízos para o paciente.

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Os tumores hipofisários podem ser divididos em dois tipos principais:

Tumores funcionais

Os tumores funcionais de hipófise são aqueles capazes de produzir hormônios e, por isso, podem provocar diferentes sintomas, a depender do tipo de hormônio em excesso, como:

✅ Prolactinomas: os tumores desse tipo que produzem excesso do hormônio prolactina e podem causar amenorreia (falta de menstruação), galactorreia (produção de leite nas mamas), disfunção erétil e diminuição da libido.

✅ Acromegalia: esse tipo de tumor secreta hormônio do crescimento em excesso podem levar ao crescimento excessivo de tecidos, como aumento das mãos, pés e mandíbula, alterações na voz, dor nas articulações e outros sintomas.

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Tumores não funcionais

Já os tumores de hipófise, do tipo “não funcional” são aqueles que não produzem hormônios, mas que ainda assim podem gerar impactos, como:

✅ Compressão de tecidos vizinhos: podem crescer e comprimir estruturas adjacentes, como o hipotálamo, nervos ópticos e seios cavernosos e causar sintomas como dor de cabeça, perda da visão periférica, alterações no apetite e na temperatura corporal, e distúrbios hormonais.

✅ Dor de cabeça: a dor de cabeça é um sintoma comum de tumores na hipófise, devido à pressão que exercem nas áreas circundantes do cérebro.

✅ Distúrbios visuais: Quando o tumor comprime os nervos ópticos, pode resultar em perda da visão periférica ou visão dupla.

✅ Alterações hormonais: Além dos tumores funcionais, os tumores não funcionais também podem afetar a produção normal de hormônios produzidos pela hipófise e levar a sintomas como fadiga, fraqueza, intolerância ao estresse e alterações do ciclo menstrual nas mulheres.

✅ Problemas de coagulação: alguns tumores hipofisários podem afetar a produção de fatores de coagulação, resultando em tendência a hematomas ou sangramento excessivo.

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É importante observar que, muitas vezes, os tumores hipofisários são pequenos e benignos, e alguns podem ser assintomáticos por longos períodos. No entanto, quando os sintomas se manifestam, é importante procurar atendimento médico o quanto antes, para um diagnóstico adequado e considerar opções de tratamento.

Veja também: Fibromialgia: sintomas e tratamentos

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Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico de um tumor na hipófise geralmente envolve uma combinação de avaliação clínica, exames de imagem e exames laboratoriais. Cada caso vai receber uma abordagem específica, mas aqui estão as etapas típicas envolvidas no diagnóstico de um tumor na hipófise:

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Avaliação clínica

O primeiro passo é uma avaliação clínica por um(a) médico(a). O paciente discutirá seus sintomas, histórico médico, histórico familiar e qualquer fator de risco relevante. Em geral, os profissionais que conduzem esse tipo de investigação são endocrinologistas e neurologistas.

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Exames neurológicos

Esse(a) profissional pode realizar exames neurológicos para avaliar qualquer comprometimento neurológico, como alterações na visão, reflexos e coordenação motora.

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Exames de imagem

Por se tratar de uma alteração em uma glândula que fica no interior do crânio, é necessária a realização de exames de imagem para investigar, como:

✅ Ressonância magnética: o exame de imagem mais comum para avaliar a hipófise e detectar tumores. Ela fornece imagens detalhadas da glândula hipofisária e sua vizinhança, permitindo a identificação do tamanho, localização e características do tumor.

✅ Tomografia computadorizada: também pode ser usada para avaliar tumores na hipófise, embora a ressonância seja geralmente preferida devido à sua capacidade de fornecer imagens mais detalhadas.

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Exames laboratoriais

Dependendo dos sintomas e dos resultados dos exames de imagem, o médico pode solicitar exames de sangue para medir os níveis hormonais no corpo. Isso é particularmente importante se houver suspeita de um tumor funcional da hipófise, que produza hormônios em excesso.

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Avaliação endocrinológica

Para tumores funcionais, um endocrinologista pode ser envolvido para avaliar as alterações hormonais e determinar qual hormônio está sendo produzido em excesso.

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Biópsia (em casos raros)

Em situações muito raras, quando não é possível determinar com segurança o tipo de tumor com base nos exames de imagem e nos exames hormonais, uma biópsia da hipófise pode ser realizada para coletar uma amostra de tecido para análise patológica. No entanto, isso é incomum e geralmente evitado sempre que possível, devido aos riscos associados à biópsia da hipófise.

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Consultas especializadas

Dependendo dos resultados dos exames e da suspeita diagnóstica, os pacientes podem ser encaminhados para neurocirurgiões, endocrinologistas ou outros especialistas em tumores hipofisários para discussão sobre opções de tratamento.

É importante destacar que o diagnóstico de tumores na hipófise deve ser realizado por profissionais de saúde especializados, uma vez que o tratamento e o acompanhamento dependem do tipo, tamanho e características do tumor. 

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Quais as opções de tratamento?

As opções de tratamento para tumores na hipófise variam dependendo do tipo de tumor, seu tamanho, localização e se ele é funcional ou não funcional. Abaixo, seguem algumas das opções de tratamento comuns:

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Observação ativa

Para tumores pequenos, não funcionais e assintomáticos, o(a) médico(a) pode recomendar a observação ativa, o que significa monitorar o tumor ao longo do tempo, por meio de exames de imagem regulares, como a ressonância magnética. Se o tumor não estiver crescendo e não estiver causando sintomas, o tratamento pode não ser necessário.

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Cirurgia

A cirurgia é frequentemente a opção de tratamento preferida para tumores na hipófise, especialmente se o tumor for grande, funcionar de maneira anormal ou causar sintomas significativos. Existem duas abordagens cirúrgicas principais:

✅ Cirurgia transesfenoidal endoscópica: nesse procedimento, o cirurgião acessa a hipófise através do nariz ou da boca, usando um endoscópio. Isso é menos invasivo e muitas vezes resulta em uma recuperação mais rápida do que a cirurgia tradicional.

✅ Cirurgia por craniotomia: em casos mais complexos, uma craniotomia pode ser realizada para acessar o tumor. Isso envolve a remoção de parte do crânio para acessar a hipófise.

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Radioterapia

A radioterapia é uma opção de tratamento usada quando a cirurgia não é possível, quando o tumor não foi totalmente removido pela cirurgia ou quando o tumor reaparece após o tratamento cirúrgico. Existem várias técnicas de radioterapia, incluindo radioterapia convencional, radiocirurgia estereotáxica e radioterapia de prótons.

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Medicação 

Para tumores funcionais, o tratamento médico pode ser uma opção. Isso pode incluir medicamentos que inibem a produção hormonal em excesso ou que aliviam os sintomas relacionados aos hormônios em excesso. Por exemplo, para prolactinomas, os agonistas de dopamina como a bromocriptina e a cabergolina podem ser prescritos.

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Terapia combinada

Em alguns casos, a combinação de cirurgia, radioterapia e medicação pode ser necessária, dependendo da complexidade do tumor e dos sintomas associados.

O tratamento ideal para um tumor na hipófise depende de vários fatores, e a decisão deve ser tomada em consulta com uma equipe médica especializada que inclui neurocirurgiões, endocrinologistas e oncologistas, conforme necessário. 

É importante ressaltar que muitos tumores hipofisários são benignos e altamente tratáveis, especialmente quando diagnosticados precocemente.

Por isso, aos primeiros sinais, não deixe de buscar uma avaliação médica e, se for o caso, realizar seus exames o quanto antes. Isso pode (e vai) fazer toda diferença.

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