7 fatores de risco para o câncer de próstata

O câncer de próstata é o segundo tipo mais comum no Brasil, atrás apenas do câncer de pele. Estima-se que 1 em cada 6 homens desenvolverá a doença, que é responsável por cerca de 14 mil óbitos todos os anos.

O diagnóstico precoce é o fator mais decisivo para a cura. Por isso, conhecer os fatores de risco para o câncer de próstata é algo sempre importante, já que quando a doença é identificada em estágios iniciais, as chances de cura passam de 90%. 

O diagnóstico precoce está diretamente ligado à realização regular de consultas e exames, os quais podem ser antecipados de acordo com os fatores de risco. 

Neste artigo você confere uma lista com esses fatores que pedem mais atenção. 

Os fatores de risco para o câncer de próstata

Fatores de risco são definidos como predisposições, isto é, cenários mais propícios para o desenvolvimento da doença.

É importante lembrar que o câncer de próstata é uma doença multifatorial, cujas causas ainda não foram completamente compreendidas pela medicina, apesar dos avanços. 

Assim, caso você apresente um ou mais fatores de risco listados abaixo, não significa que você necessariamente irá desenvolver a doença. Significa apenas que, devido à maior predisposição, recomenda-se mais atenção e cuidado com sua prevenção. 

O acompanhamento médico e a realização dos exames de rotina são os cuidados mais importantes, já que muitas doenças, como o câncer de próstata, são silenciosas em seu início e podem ser tratadas com maior eficiência se forem descobertas mais cedo.

A seguir, vamos ver os principais fatores de risco conhecidos.

Idade

As mutações que levam à reprodução desordenada de células, que caracteriza o câncer de maneira geral, muito frequentemente estão relacionadas ao envelhecimento e às mudanças que o organismo enfrenta durante esse período.  

Não é diferente para o câncer de próstata, em que aproximadamente 75% dos casos são diagnosticados em homens com mais de 65 anos, segundo o INCA

A correlação é tão forte que instituições de saúde como a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) recomendam a realização de exames anuais de rotina (PSA e exame de toque retal) para a prevenção do câncer de próstata já a partir dos 50 anos.

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Hereditariedade

Estatisticamente, o câncer de próstata de caráter hereditário compreende uma parcela pequena de casos, ficando entre 5-10% do total de ocorrências. 

Porém, apesar de ser mais raro, os números também mostram que as chances de desenvolver a doença são maiores em caso o pai ou algum irmão tenha apresentado a doença. E esse risco aumenta caso haja mais casos na família. 

Ainda é necessário observar a idade de diagnóstico dos casos de câncer de próstata da família. Diagnósticos feitos antes dos 60 anos aumentam ainda mais a possibilidade de desenvolvimento de câncer de próstata pelo paciente. 

Em casos assim, geralmente recomenda-se a realização precoce dos exames de rastreio anuais, iniciando-os aos 45 anos, em vez dos 50. 

Raça 

Estudos mostram uma maior propensão ao desenvolvimento de câncer de próstata em homens com ascendência africana e caribenha

Ainda que a medicina ainda não consiga explicar com clareza as razões para esses dados, estima-se que o risco de câncer de próstata para homens negros seja 2 a 3 vezes maior, se comparado ao restante da população masculina. 

Por isso, as recomendações de consultas e exames regulares são essenciais para garantir a melhor adequação a cada caso.

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Mutações genéticas

Podendo ser hereditárias ou não, as mutações genéticas, especialmente em genes como o  BRCA2, estão associadas a uma maior propensão ao desenvolvimento do câncer de próstata. 

O sequenciamento genético é um exame geralmente recomendado para pessoas com histórico próximo de câncer de próstata familiar e funciona como uma medida de vigilância. 

É importante lembrar que, muitas vezes, mesmo apresentando alterações nesses genes, estamos falando de predisposição e não da certeza de que o paciente irá desenvolver o câncer. 

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Alimentação 

A relação entre o câncer de próstata e a alimentação ainda é inconclusiva.

Porém, observou-se em alguns estudos que o consumo, em grande quantidades, de carne, leite e gorduras estaria associado a uma predisposição maior para a doença.

Em contrapartida, uma alimentação rica em legumes, frutas, grãos, vitaminas (A, D e E) e alguns minerais como o selênio, estaria relacionada a um efeito protetor em relação ao câncer de próstata. 

Apesar de não se poder dizer com certeza que a alimentação é um fator decisivo no desenvolvimento do câncer de próstata, pode-se dizer que a adoção de uma dieta mais saudável ajuda o organismo não só a prevenir o câncer, como também outras doenças. 

Por essa razão, recomenda-se uma boa alimentação como medida preventiva contra o câncer de próstata.

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Obesidade 

A obesidade é uma doença que pode agir desencadeando diversas condições de saúde ou no agravamento de condições já existentes. 

Estudos mostram que pacientes obesos ficaram mais propensos a desenvolver quadros de câncer de próstata mais agressivos, e as razões para isso, apesar de não serem completamente claras para a medicina, podem estar fortemente associadas aos danos que a obesidade causa ao corpo. 

A manutenção de um peso saudável auxilia na manutenção da saúde de modo geral e atua na prevenção de diversas outras condições de saúde, como doenças cardiovasculares, respiratórias, circulatórias e motoras. 

Pelos seus diversos benefícios à saúde em geral, médicos recomendam a vigilância em relação ao peso como uma medida preventiva ao câncer de próstata. Isso pode ser feito com a adoção de uma dieta balanceada e uma rotina regular de exercícios. 

Tabagismo e consumo de álcool 

Ainda que não estejam diretamente ligados ao desenvolvimento do câncer de próstata, estudos mostram que pacientes com câncer de próstata que fumam apresentam taxas de mortalidade mais altas que pacientes que não fumam. 

O consumo excessivo de álcool também foi associado a maior predisposição para desenvolver a doença e a graus mais elevados de malignidade. 

Mesmo que ainda não haja uma comprovação científica da ligação do câncer de próstata com esses dois hábitos, é bastante conhecida a relação do excesso de álcool e fumo com diversas outras doenças.

Fatores de risco pedem mais cuidado

Agora que você já conhece os principais fatores de risco para o câncer de próstata, saiba que a função mais importante desse tipo de alerta é conscientizar o paciente para uma rotina de cuidados. E os principais são as consultas e exames regulares.

Como vimos neste texto, o câncer de próstata tem uma alta possibilidade de cura, caso seja descoberto em estágios iniciais. Ao mesmo tempo, torna-se uma doença muito difícil de tratar em fases mais avançadas.

Você identificou algum fator de risco para você na nossa lista? Está em dia com sua prevenção? Se estiver em Brasília, agende seus exames conosco

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