Muitas mulheres não sabem, mas a menopausa aumenta o risco de doenças cardiovasculares. Trata-se de um período em que um acompanhamento com um cardiologista é fundamental.
Segundo um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, as características dos ciclos menstruais no período pré-menopausa podem ser um indicador de problemas futuros relacionados à saúde cardiovascular.
Ainda segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a menopausa pode aumentar a ocorrência de doenças no coração em até duas vezes.
Neste artigo, você vai entender o porque isso acontece, quais são as enfermidades mais comuns e como preveni-las.
Acompanhe!
Por que a menopausa aumenta o risco de doenças cardiovasculares?
Na menopausa, o organismo da mulher reduz a produção de alguns hormônios, como estradiol e progesterona.
Contudo, é a diminuição dos níveis de estrogênio que causam o maior impacto.
Isso porque ele influencia a dilatação dos vasos sanguíneos, facilitando a circulação do sangue, além de trabalhar na proteção das artérias, atuando na prevenção de problemas como o infarto.
A queda nos níveis do estradiol também causa dislipidemia, que é o aumento do colesterol ruim (VLDL), responsável pela formação de placas nas paredes das artérias, e a queda do colesterol bom (HDL), que retira o colesterol do sangue e leva para o fígado.
Além disso, ocorre uma mudança na distribuição da gordura corporal, que passa a se acumular no abdômen – a chamada gordura androide – relacionada ao aumento do risco de diabetes e doenças cardiovasculares.
Com a diminuição da produção do estrogênio, até mulheres sem fatores de risco para problemas cardíacos podem ter mais chance de vir a ter.
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As doenças cardiovasculares mais comuns nas mulheres após a menopausa
As alterações hormonais que ocorrem durante a menopausa levam a importantes alterações no organismo das mulheres, o que pode levar ao desenvolvimento de doenças cardíacas.
As mais comuns são:
- Acidente Vascular Cerebral (AVC) – Rompimento (AVC hemorrágico) ou entupimento (AVC isquêmico) de vasos sanguíneos no cérebro, podendo levar a perda de funções motoras ou até a óbito.
- Hipertensão arterial – O aumento da pressão arterial definido como pressão maior ou igual a 140 x 90 mmHg é comum na pós menopausa, e aumenta o risco de doenças coronarianas e AVC.
- Doença arterial coronariana – Acúmulo de gordura nos vasos do coração, podendo reduzir (ou mesmo bloquear) o fluxo de sangue para o músculo cardíaco, com possibilidade de insuficiência cardíaca e até infarto do miocárdio.
- Insuficiência cardíaca – Perda da capacidade de funcionamento do coração, seja para se encher de sangue, seja para bombear o sangue com a devida potência, gerando diversos problemas.
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Como minimizar os riscos de doenças cardiovasculares após a menopausa?
Através de hábitos saudáveis de vida, como a prática regular de exercícios físicos e uma alimentação nutritiva e equilibrada.
Isso porque o sedentarismo e a má alimentação são fatores que, sabidamente, aumentam os riscos cardiovasculares. A prática de exercícios ajuda a dilatar os vasos (melhorando a circulação), controla a frequência cardíaca, regula a pressão arterial, além de ajudar a reduzir o colesterol ruim (LDL).
Já especificamente no período do climatério/menopausa, é fundamental manter um acompanhamento médico regular – com ginecologista e cardiologista – para que sejam monitoradas as mudanças hormonais dessa fase e como isso se reflete na saúde cardiovascular.
Dessa forma, é possível que sejam adotadas condutas que minimizem os riscos.
Além da menopausa, outros fatores também elevam os riscos cardiovasculares e também devem ser evitados, como:
- Obesidade.
- Tabagismo.
- Pressão arterial alta.
- Altos níveis de colesterol ruim.
- Aumento da circunferência abdominal (que não deve ultrapassar 88 cm).
- Uso prolongado de alguns tipos de anticoncepcionais.
- Sedentarismo.
- Estresse.
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Neste artigo você conheceu por que a menopausa aumenta o risco de doenças cardiovasculares. Viu também a importância de se adotar certos cuidados para minimizar os riscos.
Entre os cuidados mais importantes está o acompanhamento médico, com as consultas e exames regulares.
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