Ronco persistente pode causar problemas cardíacos?

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Ronco persistente pode causar problemas cardíacos?
20 de fevereiro de 2022 Dra. Nubia
Ronco persistente pode causar problemas cardíacos

O ronco persistente é frequentemente motivo de brincadeiras e até de brigas entre os casais. 

Contudo, nem sempre ele é inofensivo para a saúde de quem o apresenta. Quando não tratado, o ronco pode dificultar a respiração, atrapalhar o sono (da pessoa e de quem perto), gerando cansaço no dia seguinte.

Mas o ronco persistente também pode causar problemas cardíacos? Infelizmente sim!

Para entender melhor essa relação entre o ronco e alguns problemas cardiovasculares, confira as informações deste artigo!

 

O ronco persistente pode causar problemas cardíacos?

O ronco ocorre quando as vias respiratórias superiores estão estreitas ou obstruídas durante o sono, o que dificulta a passagem do ar e causa vibrações nessas estruturas. 

Quando esse ruído não está acompanhado de outros sintomas, ele pode ser considerado normal (apesar de poder incomodar). Mas é preciso estar atento, pois ele pode indicar a existência da síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS).

Na apneia, as vias aéreas superiores do paciente ficam obstruídas, levando a rápidas interrupções respiratórias, em intervalos de minutos ou segundos. Nesses curtos períodos sem respirar, os órgãos não são devidamente oxigenados, o que aumenta a pressão arterial e a frequência cardíaca, além de estreitar os vasos sanguíneos.

À medida que essas paradas respiratórias vão se tornando mais frequentes, o coração precisa se esforçar mais para manter o bombeamento do sangue. Com o desgaste, podem surgir doenças cardíacas, como hipertensãoarritmia, infarto e AVC ( derrame cerebral ).

Além disso, por conta da falta de oxigênio, o cérebro também é afetado, o que pode levar a um mau funcionamento, como dificuldade de memória, falta de concentração, irritação e ansiedade ou depressão. 

 

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Causas do ronco persistente

O ronco persistente tem, como causa, alguns fatores naturais e outros em relação aos hábitos e estilo de vida do paciente. São eles:

  • Envelhecimento: à medida que a idade aumenta, há um aumento de flacidez nos músculos da garganta e da boca.
  • Crescimento das amígdalas e das adenoides (tecidos localizados atrás das cavidades nasais), que costuma causar apneia do sono na infância. 
  • Desvio de septo: deslocamento lateral da parede alocada entre as narinas.
  • Alterações no palato mole (tecido que integra a parte posterior do céu da boca).
  • Crescimento de tecido anormal no nariz.
  • Sinusite, rinite e outras obstruções nasais.
  • Úvula aumentada.
  • Queixo retraído.
  • Pescoço curto ou grosso.
  • Obesidade.
  • Tabagismo.
  • Alcoolismo.
  • Uso de calmantes ou remédios para dormir.
  • Refluxo.
  • Excessos alimentares próximos ao horário de dormir.
  • Hipotireoidismo 

 

É importante ressaltar que as causas da apneia são as mesmas do ronco persistente. O que difere um do outro são os sintomas. 

Nesse sentido, além das paradas respiratórias, os sinais da apneia são mais facilmente identificados no dia seguinte, como:

  • Acordar com a boa seca ou garganta dolorida.
  • Sonolência excessiva.
  • Sensação de cansaço logo ao acordar.
  • Dor de cabeça matinal.
  • Falta de concentração e dificuldade de memorizar informações.
  • Irritabilidade.
  • Queda de produtividade.

 

Quando fazer um check-up cardíaco?

O ronco é algo normal e, muitas vezes, pode ser resolvido apenas com uma mudança de posição. Porém, quando atrelado aos sintomas listados de apneia, é preciso ter uma atenção redobrada.

É importante lembrar que, muitas vezes, quem possui ronco persistente ou tem paradas respiratórias durante o sono, não percebe. Por isso, é muito importante que a família ou o parceiro observem bem o “roncador” durante a noite. 

Ao perceber pausas repetidas na respiração durante o sono, é preciso buscar a ajuda de um médico.  

Como a apneia afeta o sistema  cardiovascular,  o ideal é realizar um check-up cardíaco para avaliar a saúde do coração e dar início ao tratamento mais adequado. Os pacientes devem ser orientados a perder peso, diminuir o consumo de álcool e suspender o uso de sedativos para dormir.  

Para se confirmar o diagnóstico deve ser feito o exame de polissonografia , realizado em clínica especializada onde o paciente é monitorado durante o sono por um aparelho que registra a pressão arterial,  frequência cardíaca,  os episódios de apneia do sono , a oxigenação e movimentos dos membros . 

O tratamento geralmente é  feito com o uso de um equipamento que mantém o fluxo de oxigênio durante o sono, chamado CPAP , e em alguns casos,  com cirurgia. 

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