Calcificação nas mamas: o que é quais os riscos?

As calcificações mamárias são pequenas deposições de cálcio, que podem ocorrer nos tecidos das mamas. Embora muitas vezes sejam benignas e inofensivas, algumas calcificações podem ser um sinal de alerta para lesões pré-cancerígenas ou mesmo para o câncer de mama. 

A detecção precoce e a avaliação adequada dessas calcificações são fundamentais para a saúde da mulher.

Neste artigo, vamos te mostrar o que são as calcificações mamárias, quais as principais causas, como identificar e tratar.

O que são calcificações mamárias?

Calcificações mamárias são depósitos minerais de cálcio, que se acumulam nos tecidos da mama. Essas calcificações podem ser detectadas por meio de exames de imagem, como a mamografia, e são classificadas em diferentes tipos, dependendo de seu tamanho, forma e distribuição, como:

Microcalcificações

São pequenas calcificações, geralmente com menos de 0,5 mm de diâmetro, que podem ser agrupadas ou isoladas e ter diferentes formas (redondas, irregulares, lineares). Em alguns casos, podem estar associadas a lesões pré-malignas ou malignas.

Macrocalcificações

São calcificações maiores, geralmente com mais de 0,5 mm de diâmetro, sendo mais comuns em mulheres mais velhas. Podem ter diferentes formas e densidades e  e geralmente são benignas.

Causas das calcificações mamárias

As calcificações mamárias podem surgir por diversas razões, variando de processos benignos e comuns até condições que exigem maior atenção. Compreender as causas ajuda a interpretar os resultados dos exames de imagem e a tomar decisões adequadas sobre o acompanhamento médico.

Entre as principais causas benignas, estão:

✅ Envelhecimento: com o passar dos anos, é comum que ocorram depósitos de cálcio nos tecidos mamários, um processo natural do envelhecimento.

✅ Traumas: lesões na mama, como pancadas ou cirurgias prévias, podem levar à formação de calcificações.

✅ Inflamações: processos inflamatórios na mama, como mastite ou outras infecções, podem resultar em depósitos de cálcio.

✅ Alterações fibrocísticas: essa alteração benigna muito comum nas mamas, pode levar a formação de calcificações.

✅ Secreções ductais: O acúmulo de secreções nos ductos mamários também podem levar a calcificações.

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Já as principais causas de calcificações nas mamas, que estão associadas a lesões pré-malignas ou malignas são:

✅ Carcinoma ductal in situ (CDIS): é um tipo de câncer de mama não invasivo, que pode estar associado a microcalcificações agrupadas e irregulares.

✅ Câncer de mama invasivo: em alguns casos, as calcificações podem ser um sinal de câncer de mama invasivo, especialmente quando apresentam características suspeitas.

É crucial ressaltar que a maioria das calcificações mamárias é benigna. No entanto, a presença de certas características – como tamanho, forma e distribuição das calcificações – pode indicar a necessidade de investigação adicional.

Riscos e interpretação dos resultados

A presença de calcificações mamárias em exames de imagem gera apreensão em muitas mulheres, e a interpretação correta dos resultados é crucial para definir a conduta médica adequada.

Embora a maioria das calcificações seja benigna, algumas características podem indicar a presença de câncer de mama, como a presença de microcalcificações agrupadas, irregulares e com distribuição linear, as quais são consideradas mais suspeitas. Além disso, a presença de calcificações em uma área específica da mama, associada a outras alterações, como nódulos, também exige atenção.

A análise detalhada das características das calcificações é fundamental para determinar o risco de malignidade. A forma (redonda, irregular, linear), o tamanho (micro ou macro) e a distribuição (agrupada, isolada) fornecem pistas importantes para o diagnóstico.

O que é BIRADS e como ele classifica as calcificações?

O sistema BIRADS (Sistema de Laudos e Dados de Imagem das Mamas, em inglês) é um sistema de classificação usado para padronizar os laudos de exames de imagem da mama.

Ele classifica as calcificações e outras alterações mamárias em categorias, de 0 a 6, de acordo com o risco de malignidade, sendo:

BI-RADS 0: Avaliação incompleta.

BI-RADS 1: Exame normal.

BI-RADS 2: Achados benignos.

BI-RADS 3: Achados provavelmente benignos.

BI-RADS 4: Achados suspeitos.

BI-RADS 5: Achados altamente suspeitos.

BI-RADS 6: Malignidade comprovada 

Quais são os riscos de uma calcificação maligna

A presença de calcificações malignas indica a presença de câncer de mama e exige tratamento imediato. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado aumentam as chances de cura e reduzem os riscos de complicações.

É fundamental que as mulheres compreendam que a interpretação dos resultados da mamografia deve ser realizada por um médico especialista, que irá considerar todas as informações clínicas e de imagem para determinar a conduta adequada.

Como é feito o diagnóstico?

A detecção precisa e o diagnóstico correto das calcificações mamárias dependem de exames de imagem específicos e da análise criteriosa de um(a) radiologista. Entre os principais exames usados nesse tipo de investigação, estão:

✅ Mamografia: o principal exame de rastreamento para o câncer de mama e é fundamental para detectar calcificações, mesmo as menores. Ela permite identificar a forma, o tamanho, a distribuição e outras características das calcificações.

✅ Ultrassonografia mamária: também chamado de ecografia das mamas, pode ser usado para complementar a mamografia, especialmente em mamas densas ou quando há suspeita de lesões associadas às calcificações. 

✅ Ressonância magnética (RM): um exame mais detalhado, usado em casos específicos, como na presença de lesões suspeitas ou em mulheres com alto risco de câncer de mama. Cria imagens detalhadas dos tecidos mamários usando um campo magnético e ondas de rádio.

✅ Biópsia: procedimento que consiste na coleta de uma pequena amostra do tecido mamário para análise laboratorial. É indicada quando há suspeita de malignidade com base nos exames de imagem. A biópsia pode esclarecer se a calcificação é benigna ou maligna.

Calcificação nas mamas: prevenção e acompanhamento

A prevenção e o acompanhamento regular são os pilares da saúde da mulher, especialmente quando se trata de calcificações mamárias. Adotar medidas preventivas e realizar exames de rotina podem auxiliar na detecção precoce de alterações e no diagnóstico oportuno de possíveis lesões.

As principais recomendações para prevenção e detecção precoce são realizar a mamografia de acordo com as recomendações médicas, seguindo as faixas etárias e a periodicidade indicadas. A mamografia é o principal exame para detectar calcificações e outras alterações mamárias.

Além disso, realizar o autoexame regularmente, buscando familiarizar-se com a textura e a aparência normal das mamas, estando atenta a qualquer alteração, como nódulos, secreções ou mudanças na pele.

Finalmente, adotar hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos, controle do peso evitar o consumo excessivo de álcool e o tabagismo também são cuidados importantes.

A importância do acompanhamento médico

O acompanhamento médico é de extrema importância para que seja avaliado o risco individual de cada paciente e permite monitorar a saúde das mamas, identificar precocemente alterações e realizar exames complementares, se necessário. 

Em caso de calcificações detectadas na mamografia, o médico irá avaliar as características das lesões e definir a conduta adequada. 

Quando procurar um especialista?

✅ Ao notar qualquer alteração nas mamas, como nódulos, secreções, mudanças na pele ou dor persistente.

✅ Em caso de resultados anormais em exames de imagem, como mamografia ou ultrassonografia.

✅ Em caso de histórico familiar de câncer de mama.

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Todo achado na mamografia é preocupante?

A mamografia é o principal exame para detectar precocemente o câncer de mama e outras alterações nas mamas, já que pode identificar mínimas alterações, muitas vezes antes que qualquer sintoma apareça. 

Porém, ao receber um resultado que aponta algum achado, é comum surgir ansiedade e preocupação. Afinal, todo achado significa, necessariamente, um problema grave?

Entender o que esses achados representam é fundamental para evitar preocupações desnecessárias e tomar as melhores decisões de cuidado com a saúde. Neste artigo, vamos explicar o que são achados na mamografia, quais são mais comuns, como eles são classificados e quando realmente exigem atenção médica. Continue lendo!

O que é um achado na mamografia?

Um achado na mamografia refere-se a qualquer alteração detectada durante o exame, que não estava previamente registrada. Esses achados podem variar desde pequenas alterações benignas, como cistos e calcificações inofensivas, até alterações que exigem mais investigação, como nódulos ou assimetrias suspeitas.

Os achados são classificados de acordo com o sistema BI-RADS (Breast Imaging-Reporting and Data System), uma padronização internacional que ajuda a categorizar os resultados e definir os próximos passos. As categorias BI-RADS variam de 0 a 6, sendo:

✅ BI-RADS 0: Exame inconclusivo, geralmente requer exames adicionais.

✅ BI-RADS 1: Exame normal, sem achados suspeitos.

✅ BI-RADS 2: Achados benignos, sem risco de câncer.

✅ BI-RADS 3: Achado provavelmente benigno, requer acompanhamento.

✅ BI-RADS 4: Achado suspeito, pode necessitar de biópsia.

✅ BI-RADS 5: Alta probabilidade de malignidade.

✅ BI-RADS 6: Câncer já diagnosticado.

Nem todo achado indica um problema grave ou a presença de câncer. Muitos são considerados normais ou fazem parte do processo natural de envelhecimento do tecido mamário. O mais importante é que esses achados sejam avaliados por um(a) médico(a) especialista, que poderá interpretar corretamente os resultados e, se necessário, recomendar exames complementares.

Quais são os achados mais comuns na mamografia?

Alguns achados aparecem com frequência nos resultados de mamografias e, na maioria das vezes, não representam risco significativo para a saúde. Entre os mais comuns estão:

✅ Cistos: Bolsas cheias de líquido que geralmente são benignas e não representam risco. Eles são bastante comuns e podem surgir devido a alterações hormonais.

✅ Calcificações: Pequenos depósitos de cálcio no tecido mamário, que na maioria das vezes são inofensivos. No entanto, quando aparecem agrupadas ou com formatos irregulares, podem exigir mais atenção.

✅ Nódulos: Massas sólidas que podem ser benignas (como fibroadenomas) ou, em alguns casos, exigir investigação mais detalhada. O formato, as bordas e a densidade do nódulo ajudam a determinar se ele é suspeito.

✅ Assimetria focal: Diferença de densidade entre áreas das mamas, que pode ser apenas uma variação anatômica. Porém, em alguns casos, pode exigir exames adicionais.

✅ Distorção arquitetural: Alteração no padrão normal do tecido mamário, que pode ou não ser preocupante. Essa alteração pode ser resultado de cicatrizes após cirurgias ou indicar lesões mais graves.

Além desses achados, há também a presença de linfonodos aumentados na região das axilas, que geralmente são benignos, mas que, em alguns casos, requerem avaliação mais detalhada.

Cada um desses achados tem características específicas, que ajudam o(a) radiologista a determinar se há necessidade de exames complementares ou apenas acompanhamento regular. Por isso, é essencial que os resultados sejam sempre discutidos com um(a) mastologista – especialista em mamas –, que poderá oferecer uma análise detalhada e personalizada para cada caso.

Lembre-se: a mamografia é uma ferramenta poderosa para a saúde mamária, mas sua interpretação deve ser feita com cuidado e por profissionais capacitados. Não hesite em buscar orientação médica para esclarecer dúvidas sobre seu exame.

👉 Veja também: Caroço nas mamas: as 7 principais causas!

Todo achado é sinal de câncer?

Não, nem todo achado na mamografia é sinal de câncer. Na verdade, a grande maioria dos achados é considerada benigna e não representa risco significativo à saúde. Cistos, calcificações benignas, nódulos benignos e assimetrias que não apresentam características suspeitas são exemplos de achados comuns que, na maioria dos casos, não indicam câncer.

O sistema BI-RADS, mencionado anteriormente, é uma ferramenta importante para diferenciar os achados suspeitos dos benignos. Achados classificados como BI-RADS 1 ou 2, por exemplo, praticamente não oferecem risco de câncer. Já os classificados como BI-RADS 4 ou 5 requerem mais atenção e, geralmente, biópsias para confirmar o diagnóstico.

É importante lembrar que, mesmo nos casos em que há suspeita de câncer, o diagnóstico final só pode ser confirmado após uma biópsia. Por isso, manter a calma e seguir as orientações médicas é fundamental.

Além disso, fatores como histórico familiar, idade e outros exames complementares ajudam a contextualizar os achados e definir os próximos passos.

O mais importante é não tirar conclusões precipitadas ao receber um resultado de mamografia. Somente uma avaliação cuidadosa feita por profissionais especializados pode determinar se há motivo para preocupação ou não. Portanto, em caso de dúvidas, procure seu médico e esclareça todas as suas questões. A detecção precoce, aliada a um acompanhamento adequado, é a melhor forma de cuidar da saúde das mamas.

👉 Saiba mais: Tudo sobre o câncer de mama!

O que fazer após um achado na mamografia?

Receber um resultado de mamografia que indica um achado é algo que costuma assustar e gerar apreensão, mas é importante lembrar que nem todos os achados são motivo de preocupação imediata. 

Aqui estão algumas orientações sobre os próximos passos e como lidar com essa situação de forma mais informada e tranquila.

Quando é necessário repetir exames?

Em muitos casos, o primeiro passo após um achado na mamografia é repetir o exame. Isso pode ser necessário se o resultado inicial for inconclusivo (BI-RADS 0) ou se houver necessidade de uma imagem mais clara para melhor avaliação. Repetir o exame ajuda a confirmar os achados e a garantir que não houve erros na imagem original.

Possíveis exames complementares

Dependendo da natureza do achado, mastologistas podem recomendar exames complementares para uma avaliação mais detalhada:

Ecografia das mamas Utilizada para diferenciar entre cistos (geralmente cheios de líquido) e nódulos sólidos. É um exame indolor e não invasivo que fornece informações adicionais sobre a composição dos achados.

✅ Ressonância magnética (RM) – Indicada em casos específicos, como para mulheres com alto risco de câncer de mama ou quando os resultados de outros exames não são conclusivos. A RM oferece imagens detalhadas do tecido mamário, auxiliando na identificação de alterações não visíveis em outros exames.

Punção ou biópsia Se os achados forem classificados como suspeitos (BI-RADS 4 ou 5), pode ser necessária uma biópsia para coletar amostras de tecido para análise. Isso ajuda a confirmar se há presença de células cancerígenas.

A importância do acompanhamento médico

O acompanhamento médico é fundamental após um achado na mamografia. Especialistas em saúde mamária, como mastologistas, podem interpretar os resultados corretamente e orientar sobre os próximos passos. É importante seguir as recomendações médicas e comparecer a todas as consultas e exames agendados.

Além disso, o(a) profissional poderá considerar fatores adicionais, como histórico familiar, idade e outros exames prévios, para contextualizar os achados e decidir sobre a melhor abordagem.

Manter a calma e buscar apoio

Manter a calma é essencial. Lembre-se de que a maioria dos achados na mamografia são benignos e não representam risco significativo à saúde. Buscar apoio emocional de amigos, familiares ou grupos de apoio pode ser útil para lidar com a ansiedade durante o processo de investigação.

Em resumo, um achado na mamografia não é, por si só, motivo de alarme. Com a orientação adequada e um acompanhamento médico cuidadoso, é possível esclarecer dúvidas e garantir o melhor cuidado para a saúde das mamas.

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Tudo sobre câncer de mama!

O câncer de mama é uma das doenças mais comuns e impactantes que afetam as mulheres em todo o mundo. Com milhões de novos casos diagnosticados todos os anos, a importância da conscientização e do diagnóstico precoce não pode ser subestimada. 

Entender os fatores de risco, os métodos de detecção e as opções de tratamento é essencial para melhorar as taxas de sobrevivência e a qualidade de vida das pacientes. 

Neste artigo, exploraremos de forma abrangente tudo o que você precisa saber sobre o câncer de mama para se proteger ou se tratar. Continue lendo!

Introdução ao câncer de mama

O câncer de mama é uma das formas mais comuns de câncer entre as mulheres em todo o mundo. Embora também possa afetar homens (cerca de 1% dos casos), sua incidência é muito maior em mulheres. 

Este tipo de câncer se origina quando células mamárias começam a crescer de forma descontrolada, formando um tumor que pode ser detectado em exames de imagem ou através de mudanças físicas na mama, como formato, tamanho, textura, cor, consistência (falaremos mais disso à frente).

As células anormais do câncer de mama podem se espalhar para outras partes do corpo se não forem tratadas. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a expectativa é de que mais de 73 mil novos casos sejam diagnosticados no Brasil até 2025.

No Brasil, ele também ocupa a segunda posição entre mulheres, atrás apenas dos casos de câncer de pele não melanoma.

Tipos de câncer de mama

O câncer de mama não é uma doença única, mas sim um conjunto de diferentes tipos de tumores que podem se desenvolver nos tecidos mamários. Cada tipo de câncer de mama possui características específicas que influenciam o tratamento e o prognóstico. Compreender essas diferenças é crucial para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento eficaz.

Carcinoma ductal invasivo

O carcinoma ductal invasivo (CDI) é o tipo mais comum de câncer de mama, representando cerca de 70% a 80% dos casos. Ele se origina nos ductos mamários, que são os canais que transportam o leite até o mamilo, e pode se espalhar para o tecido mamário ao redor. 

O CDI é conhecido por sua capacidade de se espalhar para outras partes do corpo (processo conhecido como metástase), tornando o diagnóstico precoce essencial para o tratamento eficaz.

Carcinoma lobular invasivo

O carcinoma lobular invasivo (CLI) é o segundo tipo mais comum de câncer de mama, representando cerca de 10% a 15% dos casos. Ele começa nos lóbulos, que são as glândulas produtoras de leite. 

O CLI pode ser mais difícil de detectar em exames de imagem do que o CDI, devido à sua tendência de se espalhar de maneira difusa nos tecidos mamários.

Carcinoma ductal in situ

O carcinoma ductal in situ (CDIS) é um tipo não invasivo de câncer de mama, onde as células cancerígenas estão confinadas aos ductos mamários e não se espalharam para o tecido ao redor. 

Embora não seja considerado uma ameaça imediata à vida, o CDIS pode evoluir para um câncer invasivo se não for tratado adequadamente.

Câncer de mama inflamatório

O câncer de mama inflamatório é uma forma rara e agressiva de câncer de mama, caracterizada por alterações na pele da mama, como vermelhidão, inchaço e sensação de calor. 

Essas alterações são causadas pela obstrução dos vasos linfáticos pela célula cancerígena. Devido à sua natureza agressiva, esse tipo de câncer requer tratamento imediato e intensivo.

Câncer de mama triplo negativo

O câncer de mama triplo negativo é uma forma de câncer conhecido pela ausência de receptores de estrogênio, progesterona e HER2. Este tipo representa cerca de 10% a 15% dos casos e tende a ser mais agressivo e difícil de tratar, pois não responde a terapias hormonais comuns. 

O tratamento geralmente envolve quimioterapia e novas terapias-alvo que estão sendo desenvolvidas.

Câncer de mama HER2-Positivo

Este tipo de câncer de mama é caracterizado pela superexpressão da proteína HER2, que leva ao crescimento das células cancerígenas. Os cânceres HER2-positivos tendem a crescer e se espalhar mais rapidamente do que outros tipos, mas podem responder bem a terapias específicas que têm como alvo a proteína HER2.

Estadiamento do câncer de mama

O estadiamento do câncer de mama é um passo importante no diagnóstico, pois ajuda a determinar a extensão da doença no corpo. Saber o estágio do câncer permite que médicos e pacientes escolham o melhor tratamento e entendam melhor o prognóstico. 

Vamos explorar o que cada estágio significa de forma simples:

Estágio 0

Também conhecido como carcinoma in situ, neste estágio, as células cancerígenas estão confinadas aos ductos ou lóbulos mamários e não se espalharam para o tecido mamário vizinho. É considerado um estágio inicial e, muitas vezes, é tratável com sucesso.

Estágio I

No estágio I, o câncer é invasivo, mas ainda está em um estágio inicial. Isso significa que o tumor é pequeno (geralmente até 2 centímetros) e não se espalhou para os linfonodos próximos. O tratamento neste estágio pode ser muito eficaz, com boas chances de cura.

Estágio II

O estágio II indica que o câncer é um pouco maior ou que pode ter se espalhado para alguns linfonodos próximos. Este estágio é dividido em IIA e IIB, dependendo do tamanho do tumor e do número de linfonodos afetados. 

Embora o câncer esteja mais avançado do que nos estágios anteriores, ainda existem muitas opções de tratamento.

Estágio III

No estágio III, o câncer é considerado localmente avançado. Isso significa que o tumor pode ser maior e pode ter se espalhado para vários linfonodos próximos ou para estruturas próximas, como a pele ou a parede torácica. 

O tratamento pode ser mais intensivo, mas ainda é possível controlar a doença.

Estágio IV

O estágio IV é o mais avançado e significa que o câncer se espalhou para outras partes do corpo, como ossos, fígado ou pulmões. Este é conhecido como câncer metastático. 

Embora o estágio IV seja mais desafiador de tratar, existem tratamentos que podem ajudar a controlar a doença e melhorar a qualidade de vida.

Fatores de risco e causas

O câncer de mama é uma doença complexa e, embora não possamos apontar uma única causa, existem vários fatores que podem aumentar o risco de uma pessoa desenvolvê-lo. 

Conhecer esses fatores pode ajudar a evitar hábitos que aumentem os riscos ou a buscar avaliação mais cedo, caso esteja em grupos de risco.

Fatores de risco genéticos

Algumas pessoas têm um risco maior de desenvolver câncer de mama devido à genética. 

Mutações em certos genes, como BRCA1 e BRCA2, podem aumentar significativamente esse risco. Se houver casos de câncer de mama ou ovário na família, especialmente em parentes próximos, é importante discutir isso com um médico, que pode sugerir testes genéticos.

Vale dizer que isso não é um protocolo padrão que todo(a) médico(a) irá seguir. Cada caso tem sua indicação e cada profissional sua linha de trabalho.

Fatores hormonais

Os hormônios desempenham um papel importante no câncer de mama. A exposição prolongada ao estrogênio, um hormônio feminino, pode aumentar o risco. Isso pode acontecer em casos como:

✅ Menstruação antes dos 12 anos ou menopausa após os 55 anos, já que esses fatores expõem as mulheres ao estrogênio por mais tempo.

✅ Uso de terapia hormonal após a menopausa, especialmente se combinada com progesterona.

Fatores ambientais

Embora as pesquisas ainda estejam em andamento para entender completamente a relação entre produtos químicos e o câncer de mama, alguns estudos sugerem que a exposição a certos produtos pode aumentar o risco. Aqui estão alguns exemplos:

Bisfenol A – Também conhecido como BPA, pode ser encontrado em muitos plásticos e revestimentos de latas de alimentos e bebidas.

✅ Ftalatos – Usados em plásticos para torná-los mais flexíveis, também estão presentes em alguns cosméticos e produtos de cuidados pessoais. 

✅ Parabenos – Usados como conservantes em cosméticos, produtos de cuidados pessoais e alimentos.

✅ Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (PAHs) – São liberados quando combustíveis fósseis, como carvão e petróleo, são queimados. 

Fatores relacionados ao estilo de vida

Certos hábitos e escolhas de vida também podem influenciar o risco de câncer de mama:

✅ Beber álcool regularmente pode aumentar o risco.

✅ O excesso de peso, especialmente após a menopausa, está ligado a um risco maior.

✅ A falta de atividade física pode contribuir para o risco de câncer de mama.

Sintomas e sinais de alerta

Não é recomendado aguardar o surgimento de sinais e sintomas do câncer de mama, já que quando eles se tornam perceptíveis, o quadro já pode estar avançado. No entanto, é importante saber identificá-los, caso surjam:

✅ Nódulo ou massa – Um dos sinais mais comuns de câncer de mama é o aparecimento de um nódulo ou massa na mama. Esses nódulos são geralmente indolores, firmes e com bordas irregulares, mas também podem ser macios e doloridos. Qualquer novo nódulo deve ser avaliado por um(a) médico(a).

✅ Mudanças no tamanho ou forma – Alterações inexplicadas no tamanho ou na forma de uma mama podem ser um sinal de alerta. Fique atento a qualquer assimetria que não era comum antes.

✅ Inchaço ou espessamento – Mesmo sem um nódulo claro no local, o surgimento de inchaço ou o endurecimento de uma parte da mama pode ser um sinal de câncer e deve ser investigado.

✅ Pele irritada ou com afundamento – Neste caso, podem surgir sintomas como afundamentos ou retrações da pele, bem como irritação, vermelhidão ou um aspecto de textura conhecido como casca de laranja. 

✅ Mudanças no mamilo – Um mamilo que se torna invertido ou muda de posição ou forma sem motivo aparente deve ser examinado. Descamação ou vermelhidão no mamilo ou na pele ao redor também são sinais a serem observados.

✅ Secreção do mamilo – Qualquer secreção do mamilo que não seja leite materno, especialmente se for sanguinolenta ou clara, deve ser investigada por um médico.

Realizar autoexames regulares pode ajudar a identificar mudanças nas mamas precocemente. Embora o autoexame não substitua exames como a mamografia, ele é uma ferramenta útil para familiarizar-se com suas mamas e identificar alterações.

Diagnóstico e exames de imagem

O diagnóstico preciso do câncer de mama é essencial para iniciar o tratamento adequado e aumentar as chances de sucesso. Vários exames de imagem são usados para detectar e avaliar alterações nas mamas, ajudando os(as) profissionais a entender melhor o que está acontecendo.

Mamografia

A mamografia é o exame de imagem mais comum usado para detectar o câncer de mama. Ela utiliza raios-X de baixa dose para criar imagens detalhadas do interior das mamas. 

A mamografia pode identificar nódulos ou outras alterações que podem não ser palpáveis durante um exame físico. É frequentemente usada como parte de um programa de triagem regular para mulheres, especialmente aquelas com mais de 40 anos.

Ultrassonografia mamária

A ultrassonografia de mamas usa ondas sonoras para produzir imagens das estruturas internas da mama. Este exame é particularmente útil para avaliar nódulos detectados em uma mamografia. Ele ajuda a diferenciar entre cistos (que são preenchidos com líquido) e massas sólidas, que podem exigir mais investigação.

Ressonância Magnética da mama

A ressonância magnética da mama é um exame que usa ímãs e ondas de rádio para criar imagens detalhadas do tecido mamário. A RM é frequentemente usada em mulheres com alto risco de câncer de mama ou para avaliar melhor áreas suspeitas encontradas em outros exames. 

Ela é especialmente útil para examinar mamas densas ou para avaliar a extensão do câncer já diagnosticado.

Biópsia

Se um exame de imagem, como a mamografia, tiver um resultado suspeito, uma biópsia pode ser realizada para confirmar se é câncer. Durante uma biópsia, uma pequena amostra de tecido é removida da área suspeita e examinada ao microscópio. 

Existem diferentes tipos de biópsias, como a biópsia por agulha fina ou a biópsia por agulha grossa, dependendo da situação.

👉 Saiba mais – Resultado suspeito na mamografia: quais os próximos passos?

Melhores tratamentos para o câncer de mama

O tratamento do câncer de mama é personalizado para cada paciente, dependendo do tipo, estágio e características específicas do tumor. Existem várias opções de tratamento, e frequentemente uma combinação delas é usada para obter os melhores resultados.

Cirurgia

A cirurgia é uma das principais formas de tratar o câncer de mama. Existem diferentes opções cirúrgicas, que podem ser escolhidas a depender do tipo e da gravidade do quadro:

✅ Lumpectomia – Também conhecida como cirurgia conservadora da mama, envolve a remoção do tumor e uma pequena margem de tecido saudável ao redor. É geralmente seguida de radioterapia para destruir qualquer célula cancerígena remanescente.

✅ Mastectomia – Quando é feita a retirada completa da mama. A fim de evitar o dano estético à mulher, a mama retirada pode ser reconstruída no mesmo procedimento ou em outra ocasião.

✅ Dissecção de linfonodos – Se o câncer se espalhou para os linfonodos próximos, eles também podem ser removidos durante a cirurgia.

Radioterapia

A radioterapia é um tratamento baseado na emissão de raios que eliminam as células tumorais. É frequentemente usada após a cirurgia para eliminar células ainda não eliminadas e reduzir o risco de que o câncer retorne. O tratamento é geralmente administrado ao longo de várias semanas.

Quimioterapia

A quimioterapia usa medicamentos para destruir células cancerígenas e é administrada por via oral ou intravenosa. Pode ser usada antes da cirurgia (quimioterapia neoadjuvante) para reduzir o tamanho do tumor ou após a cirurgia (quimioterapia adjuvante) para eliminar células cancerígenas remanescentes.

Terapia hormonal

Se o câncer de mama for sensível a hormônios, a terapia hormonal pode ser usada para bloquear o corpo de produzir hormônios ou para impedir que os hormônios ajudem o câncer a crescer. Medicamentos como tamoxifeno ou inibidores da aromatase são comumente usados.

Terapias-alvo

Essas terapias específicas atacam alterações específicas nas células cancerígenas. Por exemplo, para cânceres HER2-positivos, medicamentos como trastuzumabe (Herceptin) podem ser usados para bloquear a proteína HER2 e impedir o crescimento do câncer.

Todo tratamento para câncer de mama é definido de forma personalizada para cada paciente. A escolha de quais condutas serão usadas vai depender da gravidade do quadro, do tipo de células tumorais, além das escolhas de cada paciente. 

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Resultado suspeito na mamografia. Quais os próximos passos?

Receber um resultado suspeito na mamografia pode ser uma experiência preocupante e gerar muitas dúvidas. A mamografia é uma ferramenta essencial na detecção precoce do câncer de mama, mas nem todos os resultados suspeitos indicam a presença da doença.

Entender o que significa um resultado suspeito e quais são os próximos passos é crucial para tomar decisões informadas sobre sua saúde. 

Neste artigo, vamos explorar o que fazer após um resultado suspeito na mamografia, incluindo exames complementares e consultas médicas necessárias. Continue lendo!

O que significa um resultado suspeito na mamografia

Receber um resultado suspeito na mamografia pode ser uma experiência inquietante, mas é importante lembrar que esse resultado não significa necessariamente a presença de câncer de mama. 

Um resultado suspeito indica que a mamografia detectou uma área que requer uma investigação mais aprofundada para determinar sua natureza.

Características de um resultado suspeito

Um resultado suspeito na mamografia pode incluir várias características que chamam a atenção dos radiologistas, como:

✅ Nódulos ou massas – Áreas densas que se destacam no tecido mamário. Nem todos os nódulos na mama são cancerosos; muitos são benignos, como cistos ou fibroadenomas.

✅ Microcalcificações – Pequenos depósitos de cálcio que aparecem como pontos brancos na mamografia. Embora a maioria das microcalcificações seja benigna, certos padrões podem sugerir a presença de câncer.

✅ Assimetria no tecido mamário – Diferenças entre as duas mamas que podem ser normais ou indicar a necessidade de uma investigação mais aprofundada.

✅ Alterações estruturais – Mudanças na forma ou na estrutura do tecido mamário que não estavam presentes em exames anteriores.

Possíveis causas de resultados suspeitos

Vários fatores podem levar a um resultado suspeito na mamografia, incluindo:

✅ Alterações benignas – Muitas vezes, resultados suspeitos são causados por condições benignas, como cistos, tecido fibroso ou infecções.

✅  Sobreposição de tecido fibroglandular – a superposição de tecido mamário pode simular assimetrias nas mamas . 

✅  Calcificações agrupadas – as calcificações benignas podem às vezes ter formatos irregulares e serem heterogêneas, sendo impossível a diferenciação de calcificações malignas,  a não ser pela biópsia

Importância da detecção precoce e precisão da mamografia

A mamografia é uma ferramenta vital na luta contra o câncer de mama, destacando-se por sua capacidade de detectar alterações no tecido mamário em estágios iniciais. A detecção precoce é crucial para aumentar as chances de tratamento eficaz e recuperação completa, tornando a mamografia um exame indispensável na rotina de saúde de muitas mulheres.

O câncer de mama é uma das formas mais comuns de câncer entre as mulheres, e a detecção precoce é fundamental para melhorar os resultados do tratamento. 

A mamografia pode identificar tumores que são pequenos demais para serem sentidos durante um exame físico, permitindo que o tratamento comece antes que o câncer se espalhe. Estudos mostram que a detecção precoce por meio da mamografia pode reduzir a mortalidade por câncer de mama em uma porcentagem significativa.

Precisão da mamografia

A precisão da mamografia é um fator-chave em sua eficácia como ferramenta de triagem. Mamografias modernas usam tecnologias avançadas para fornecer imagens detalhadas do tecido mamário, ajudando radiologistas a identificar anormalidades com maior precisão.

No entanto, é importante reconhecer que nenhum exame é perfeito; mamografias podem resultar em falsos positivos (indicando a presença de câncer quando não há) ou falsos negativos (não detectando câncer presente). Por isso, a interpretação dos resultados deve ser feita por profissionais experientes e, quando necessário, complementada por outros exames.

A regularidade dos exames de mamografia é essencial para garantir a detecção precoce. As diretrizes de saúde geralmente recomendam que mulheres a partir dos 40 anos realizem a mamografia ao menos uma vez por ano, ou em outros intervalos conforme orientação médica.

Resultado suspeito na mamografia. Quais os próximos passos?

Os exames listados abaixo são os mais realizados, mas não são um protocolo obrigatório, que todos os médicos devam seguir. Os exames e a ordem em que serão feitos dependerá da avaliação de cada caso.

Ecografia das mamas

A ecografia das mamas é uma ferramenta não invasiva e indolor, que usa ondas sonoras para criar imagens do interior das mamas. Este exame é particularmente útil para diferenciar entre cistos cheios de líquido e massas sólidas, que podem ser mais preocupantes. 

O ultrassom é frequentemente usado em conjunto com a mamografia para fornecer uma imagem mais completa do que está acontecendo no tecido mamário.

Ressonância magnética

A ressonância magnética das mamas pode ser recomendada em casos onde há necessidade de uma análise mais detalhada, especialmente em pacientes com alto risco de câncer de mama. 

A ressonância usa campos magnéticos e ondas de rádio para criar imagens detalhadas do tecido mamário e é especialmente eficaz na detecção de anormalidades em mamas densas ou em casos onde outros exames não foram conclusivos.

Biópsia

Se os exames de imagem indicarem a necessidade de uma investigação mais aprofundada, uma biópsia pode ser realizada. Durante a biópsia, uma amostra de tecido é removida da área suspeita e analisada em laboratório para verificar a presença de células cancerígenas. 

Existem vários tipos de biópsias, incluindo biópsia por agulha fina, biópsia por agulha grossa e biópsia cirúrgica, cada uma com suas indicações específicas.

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