Alimentos que diabéticos não podem comer!

Quem tem diabetes sabe que precisa ter um cuidado redobrado com tudo o que come. No entanto, muitas vezes surgem dúvidas se esse ou aquele alimento é perigoso e por quê.

Por conta disso, pode ser que a pessoa acabe consumindo alimentos nocivos sem saber ou deixe de consumir o que gosta sem necessidade.

Para te ajudar a ter mais certeza do que é (ou não) indicado, mostramos abaixo os alimentos que diabetes não podem comer e por quê.

Confira !

Diabetes e alimentação: qual a relação?

Diabetes e alimentação: qual a relação?

O diabetes é uma condição crônica (sem cura) que afeta a maneira como o corpo processa o açúcar no sangue (glicose). 

A glicose é a principal fonte de energia para o corpo e é obtida principalmente através dos carboidratos na alimentação. No diabetes, o corpo tem dificuldades para regular adequadamente os níveis de glicose no sangue, o que pode ocorrer por duas razões:

Resistência à insulina – Condição em que as células do corpo não respondem adequadamente à insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas, que permite que a glicose entre nas células para ser usada como energia. Isso leva ao quadro de diabetes tipo 2.

Falta produção de insulina – Condição em que o pâncreas não produz insulina suficiente para atender às necessidades do corpo. Essa condição leva ao quadro do diabetes tipo 1.

Quando falamos sobre a relação entre a alimentação e o diabetes, nos referimos a quanto os tipos de alimentos consumidos impactam nos níveis de glicose no sangue.

Por exemplo, os carboidratos simples – como massas feitas com farinha branca ou alimentos ricos em açúcar – causam picos rápidos nos níveis de glicose no sangue. Já os carboidratos complexos – como os encontrados em grãos integrais e vegetais – são digeridos mais lentamente, proporcionando um aumento gradual da glicose no sangue.

Nesse sentido, o índice glicêmico (IG) dos alimentos é um fator crucial. O IG é uma medida de quão rapidamente um alimento eleva os níveis de glicose no sangue. Alimentos com baixo IG ajudam a manter os níveis de glicose mais estáveis.

Outras formas indiretas como a alimentação se relaciona com o diabetes são:

Gestão do peso – Manter um peso saudável é fundamental para melhorar a sensibilidade à insulina. Uma dieta equilibrada e adequada pode ajudar na perda de peso e na manutenção de um peso saudável.

Gorduras saudáveis – Incluir gorduras saudáveis na dieta, como aquelas encontradas em abacates, nozes e azeite, pode ajudar a melhorar a resistência à insulina.

Saúde cardiovascular – Uma dieta rica em fibras, baixa em gorduras saturadas e trans e com quantidades adequadas de proteínas magras pode ajudar a prevenir doenças cardíacas, que são comuns em pessoas com diabetes.

Função renal – Manter uma dieta que controle a ingestão de sódio e proteínas pode ajudar a prevenir ou retardar a progressão de doenças renais diabéticas.

Em resumo, a alimentação é uma ferramenta poderosa no gerenciamento do diabetes. Escolhas alimentares adequadas podem ajudar a controlar os níveis de glicose no sangue, melhorar a sensibilidade à insulina, gerenciar o peso e prevenir complicações associadas ao diabetes.

Alimentos que diabéticos não podem comer (e por quê)?

Alimentos que diabéticos não podem comer (e por quê)?

Não há alimentos que pessoas com diabetes não possam comer nunca. O que existe, na verdade, são aqueles que podem causar picos nos níveis de glicose no sangue, contribuir para a resistência à insulina ou aumentar o risco de complicações associadas ao diabetes e, portanto, devem ser evitados ou consumidos com moderação, conforme orientação profissional.

Aqui está uma lista desses alimentos e por que exigem maior atenção:

Açúcares e doces

Alimentos como bolos, biscoitos, doces, balas, refrigerantes, sucos de frutas adoçados, sorvetes, entre outros, contêm açúcares simples, que são rapidamente absorvidos pelo corpo, causando picos nos níveis de glicose no sangue.

Cereais refinados

Pães brancos, arroz branco, massas feitas com farinha refinada, cereais açucarados, entre outros, têm um alto índice glicêmico, o que significa que eles são rapidamente digeridos e transformados em glicose, levando a aumentos rápidos e acentuados nos níveis de glicose no sangue.

Frituras e alimentos ricos em gorduras trans

Batatas fritas, donuts, bolachas recheadas, margarina, produtos de panificação comerciais e demais alimentos ricos em gorduras trans aumentam o risco de doenças cardiovasculares e também podem contribuir para a resistência à insulina.

Alimentos processados e embutidos

Salsichas, presuntos, linguiças, nuggets de frango, refeições congeladas e demais alimentos processados geralmente contêm altos níveis de sódio, gorduras saturadas e conservantes, que podem aumentar a pressão arterial e o risco de doenças cardiovasculares.

Bebidas alcoólicas

Cerveja, vinho (especialmente os doces), coquetéis e demais bebidas alcoólicas podem podem interferir na regulação dos níveis de glicose no sangue, já que – ao contrário do que muitos pensam – o álcool é rico em calorias. Como exemplo, uma lata de cerveja tem 150 calorias, um chope tem 180 calorias e uma taça de vinho tinto pode chegar a 230 calorias.

Frutas com alto teor de açúcar

Frutas como mangas, bananas maduras e uvas também devem ser consumidas com atenção. Embora as frutas sejam saudáveis, algumas contêm altos níveis de açúcar natural (frutose), que podem elevar os níveis de glicose no sangue, se consumidas em grandes quantidades.

Molhos e condimentos açucarados

Molho barbecue, ketchup, maionese adoçada, molhos para salada industrializados, todos eles contêm açúcares adicionados e carboidratos ocultos que podem afetar os níveis de glicose no sangue.

Evitar ou limitar a ingestão desses alimentos pode ajudar a manter os níveis de glicose no sangue sob controle e reduzir o risco de complicações associadas ao diabetes. 

É sempre importante que as pessoas com diabetes consultem um nutricionista ou endocrinologista para um plano alimentar personalizado e adequado às suas necessidades individuais, até para que possam consumir os alimentos que gostam com segurança.

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Sangramento na gravidez: o que é normal e quando se preocupar

Sangramento na gravidez é algo que sempre traz preocupação e dúvidas para as gestantes e todos ao redor. Nessas horas surgem perguntas como “Será que é algo grave?”, “Tenho risco de perder o bebê?, “O que fazer nessas horas?”. 

Em alguns casos, sangramentos podem não significar nada grave, mas é sempre importante contar com uma avaliação especializada para esclarecer o quadro.

Para que você saiba tudo o que precisa nessas situações, explicamos abaixo quando é normal ou não um sangramento na gravidez, quais as possíveis causas e o que você deve fazer.

Acompanhe!

É normal ocorrer sangramento na gravidez?

É normal ocorrer sangramento na gravidez?

Sangramentos na gravidez podem ocorrer, mas não devem ser considerados normais. É importante entender que, embora algumas causas de sangramento possam ser benignas, qualquer episódio de sangramento durante a gravidez deve ser avaliado por um profissional de saúde para garantir a segurança da mãe e do bebê.

Sangramentos no primeiro trimestre

No primeiro trimestre, sangramentos leves são relativamente comuns e podem ocorrer em até 20-30% das gestações. Algumas causas benignas incluem:

✅ Sangramento de implantação – Ocorre quando o embrião se fixa na parede uterina, geralmente cerca de 10 a 14 dias após a concepção. Este sangramento é geralmente leve e dura um ou dois dias.

✅ Alterações cervicais – Aumento do fluxo sanguíneo para o colo do útero e alterações hormonais podem causar sangramentos leves após relações sexuais ou exames pélvicos.

No entanto, o sangramento no primeiro trimestre também pode sinalizar condições mais sérias, como:

✅ Gravidez ectópica – Quando o embrião se implanta fora do útero, geralmente nas trompas de falópio. Este é um quadro de emergência que requer intervenção médica imediata.

✅ Aborto espontâneo – Perda da gravidez nas primeiras 20 semanas. Sangramentos, frequentemente acompanhados de cólicas abdominais, podem ser um sinal de aborto espontâneo.

Sangramentos no segundo e terceiro trimestres

Sangramentos nos trimestres seguintes são menos comuns e podem ser indicativos de condições mais sérias, como:

✅ Placenta prévia – A placenta cobre total ou parcialmente o colo do útero. Sangramento indolor e vermelho vivo pode ser um sintoma desta condição.

✅ Descolamento prematuro da placenta – A placenta se separa da parede uterina antes do parto, o que pode causar sangramento acompanhado de dor abdominal intensa e contrações.

✅ Trabalho de parto prematuro – Sangramento acompanhado por cólicas, dor nas costas e contrações pode indicar um trabalho de parto prematuro.

Quando devo me preocupar?

Quando devo me preocupar?

Sangramentos durante a gravidez podem ser alarmantes e, em alguns casos, sinalizam condições que requerem atenção médica imediata. É essencial que a gestante esteja atenta a certos sinais que podem indicar problemas mais sérios. 

Aqui estão algumas situações em que o sangramento pode ser preocupante:

Sinais de alerta no primeiro trimestre

✅ Sangramento intenso – Se o sangramento for abundante, semelhante a um fluxo menstrual pesado, ou se estiver acompanhado de coágulos.

✅ Dor abdominal intensa ou cólicas – Dor forte e persistente no abdômen ou nas costas, especialmente se for unilateral, pode ser um sinal de gravidez ectópica ou aborto espontâneo.

✅ Tonturas ou desmaios – Sentir tonturas, fraqueza extrema ou desmaiar pode indicar uma complicação grave e requer avaliação imediata.

Sinais de alerta no segundo e terceiro trimestres

✅ Sangramento vermelho vivo – Sangramento vermelho vivo, especialmente se não for precedido por atividade física ou relações sexuais, pode indicar problemas como placenta prévia ou descolamento prematuro da placenta.

✅ Dor ou contrações – Qualquer dor abdominal intensa, contrações frequentes ou persistentes, especialmente antes das 37 semanas, pode ser um sinal de parto prematuro ou descolamento prematuro da placenta.

✅ Redução dos movimentos fetais – Uma diminuição perceptível nos movimentos do bebê, acompanhada de sangramento, é um sinal de alerta.

✅ Pressão ou dor pélvica – Sensação de pressão intensa na região pélvica ou dor constante.

Sinais diversos

✅ Febre ou calafrios – Presença de febre alta ou calafrios junto com sangramento pode indicar uma infecção, que precisa ser tratada rapidamente.

✅ Sangramento recorrente – Sangramentos repetidos, mesmo que leves, devem ser comunicados ao médico, pois podem indicar uma condição subjacente.

Reconhecer esses sinais e sintomas pode ajudar a identificar complicações precocemente, permitindo a intervenção médica necessária para proteger a saúde da mãe e do bebê.

O que fazer caso isso ocorra?

O que fazer caso isso ocorra?

Se uma mulher grávida experimentar qualquer tipo de sangramento, é essencial agir rapidamente para garantir a saúde dela e do bebê. Aqui estão os passos a serem seguidos:

Telefone para o(a) médico(a)

Informe a seu(sua) médico(a) sobre o sangramento assim que ocorrer. Descreva a quantidade, cor e consistência do sangue, bem como qualquer outro sintoma, como dor abdominal, cólicas, tontura ou febre.

Em muitos casos, o(a) especialista pode solicitar que você vá ao consultório ou ao hospital para uma avaliação mais detalhada.

Evitar esforços físicos

Procure repousar até ser avaliada por um profissional de saúde. Evite atividades físicas, levantar peso e relações sexuais, a menos que seu médico aconselhe o contrário.

Fique em uma posição confortável e tente manter-se calma. Elevar as pernas pode ajudar a aliviar o desconforto.

Preparar-se para a consulta médica

Esteja preparada para fornecer um histórico médico detalhado, incluindo a data do último período menstrual, detalhes sobre sangramentos anteriores e qualquer dor ou desconforto que esteja sentindo.

Anote todos os sintomas que você experimentou, incluindo a quantidade e a duração do sangramento, a cor do sangue e qualquer dor associada.

Seguir as orientações médicas

O(a) médico(a) pode solicitar exames de sangue, ultrassonografias ou outros testes para determinar a causa do sangramento.

Caso sejam prescritas medicações, siga à risca as orientações sobre o uso. Podem ser prescritos, por exemplo, medicamentos para ajudar a manter a gravidez ou para tratar uma infecção.

Siga todas as instruções para o monitoramento contínuo da gravidez, que pode incluir consultas médicas mais frequentes e acompanhamento rigoroso dos sintomas.

Evitar automedicação

Evite tomar qualquer medicação ou suplemento sem orientação médica, pois alguns podem ser prejudiciais durante a gravidez.

Procurar emergência quando necessário

Se o sangramento for intenso, acompanhado de dor abdominal severa, tonturas ou desmaios, vá imediatamente ao pronto-socorro. Esses sintomas podem indicar uma condição grave que necessita de atendimento imediato.

Suporte emocional

Experimentar sangramento durante a gravidez pode ser estressante e assustador. Assim que o quadro estiver controlado, busque apoio emocional de familiares, amigos ou profissionais, como um psicólogo, para ajudar a lidar com a ansiedade e o medo.

Sangramentos durante a gravidez nunca devem ser ignorados. A ação imediata e a comunicação constante com seu(sua) médico(a) são cruciais para garantir a saúde da mãe e do bebê. 

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Pancreatite aguda: causas, sintomas e tratamentos!

A pancreatite aguda é um quadro que pode provocar dores intensas no abdômen, inclusive com risco à vida, caso não seja tratado rapidamente.

Entender o que causa e principalmente como identificar e tratar essa condição é fundamental para garantir maior chance de reversão, menor sofrimento à pessoa acometida e minimizar riscos.

Por tudo isso, mostraremos a seguir tudo o que você precisa saber a respeito da pancreatite aguda. Acompanhe!

O que é pancreatite aguda?

O que é pancreatite aguda?

A pancreatite aguda é uma condição médica caracterizada pela inflamação repentina do pâncreas, um órgão que fica localizado atrás do estômago e que desempenha funções cruciais na digestão e no controle dos níveis de glicose no sangue.

O que é pancreatite aguda?

Essa inflamação ocorre quando as enzimas digestivas que normalmente são liberadas no intestino delgado para ajudar na digestão dos alimentos começam a ativar-se dentro do próprio pâncreas. Isso leva à autodigestão do tecido pancreático, resultando em dor intensa e inflamação.

O pâncreas tem duas principais funções: a produção de enzimas digestivas e a produção de hormônios, como a insulina, que regulam os níveis de açúcar no sangue. Quando o pâncreas fica inflamado, suas funções podem ser gravemente comprometidas, causando não apenas problemas digestivos, mas também desregulação dos níveis de glicose.

A pancreatite aguda pode se manifestar de forma leve, com sintomas moderados que se resolvem com tratamento simples, ou pode ser grave, levando a complicações sérias como infecções, necrose do tecido pancreático e falência de múltiplos órgãos. 

A gravidade da condição e a rapidez com que se desenvolve fazem com que seja uma emergência médica que requer diagnóstico e tratamento imediatos.

Quais os sintomas? Como identificar?

Quais os sintomas? Como identificar?

Os sintomas da pancreatite aguda geralmente aparecem de forma súbita e podem variar em intensidade. Os principais sinais e sintomas incluem:

Dor abdominal intensa: A dor costuma ser severa, localizada na parte superior do abdômen e pode irradiar para as costas. A dor pode ser constante e agravada após comer.

✅ Náuseas e vômitos: É comum que a dor abdominal seja acompanhada por náuseas persistentes e vômitos, que não aliviam a dor.

✅ Inchaço e sensibilidade abdominal: O abdômen pode estar inchado e sensível ao toque.

✅ Febre: Pode ocorrer febre, indicando a presença de inflamação no corpo.

✅ Aceleração dos batimentos cardíacos: A inflamação pode causar uma frequência cardíaca acelerada.

✅ Icterícia: Em alguns casos, a pele e os olhos podem apresentar uma coloração amarelada devido à obstrução do ducto biliar.

Todos esses sintomas são sinais de indicativos de uma pancreatite, mas somente um(a) médico(a) pode realizar a devida avaliação, pedir exames e confirmar esse diagnóstico. Além disso, uma pancreatite aguda é um quadro grave, que exige atendimento imediato em serviço médico de emergência, devido aos riscos envolvidos, inclusive à vida.

O que causa esse problema?

O que causa esse problema?

Não há uma causa única para esse problema. A pancreatite aguda pode ser desencadeada por diversas razões, como:

Cálculos biliares

Cálculos biliares são formações de material sólido na vesícula biliar. Quando esses cálculos se movem para o ducto biliar comum, podem bloquear o ducto pancreático. Isso impede a liberação das enzimas digestivas do pâncreas no intestino delgado, causando a ativação dessas enzimas dentro do próprio pâncreas, o que leva à inflamação e dano tecidual. Esta condição é conhecida como pancreatite biliar.

Consumo excessivo de álcool

O álcool pode causar pancreatite aguda de várias maneiras. O consumo crônico e excessivo de álcool pode levar à liberação prematura de enzimas digestivas dentro do pâncreas, causando inflamação. Além disso, o álcool pode induzir a formação de depósitos de proteínas nos ductos pancreáticos, levando ao bloqueio e à inflamação. A pancreatite relacionada ao álcool geralmente ocorre após anos de consumo pesado, mas um episódio agudo pode ser desencadeado mesmo em um único episódio de consumo exagerado.

Medicamentos

Diversos medicamentos têm sido associados à pancreatite aguda. Alguns antibióticos, diuréticos, medicamentos imunossupressores e para o tratamento do HIV são exemplos. A inflamação pode resultar de uma reação alérgica ou tóxica direta ao medicamento, ou por mecanismos indiretos, como a indução de hipertrigliceridemia.

Trauma abdominal

Lesões traumáticas no abdômen, que podem ocorrer devido a acidentes de carro, quedas, ou até procedimentos cirúrgicos, podem danificar o pâncreas diretamente. Esse dano pode causar a liberação de enzimas pancreáticas no tecido circundante, levando à inflamação.

Infecções

Algumas infecções virais, bacterianas ou parasitárias podem causar pancreatite aguda. Exemplos incluem caxumba, hepatite viral e infecções por micoplasmas e citomegalovírus. Estas infecções podem causar inflamação diretamente no pâncreas ou indiretamente, como resultado da resposta imunológica do corpo.

Transtornos metabólicos

Hipercalcemia (níveis elevados de cálcio no sangue) pode causar pancreatite, geralmente devido à hiperparatireoidismo ou à intoxicação por vitamina D. A hiperlipidemia (níveis elevados de triglicerídeos) também pode causar pancreatite, pois altos níveis de triglicerídeos podem levar à produção de ácidos graxos tóxicos que causam dano ao pâncreas.

Anomalias anatômicas

Condições como pâncreas divisum (uma variação anatômica em que os ductos pancreáticos não se fundem) ou estenose do ducto pancreático podem predispor uma pessoa à pancreatite. Essas anomalias podem causar obstrução do fluxo normal de enzimas pancreáticas, levando à inflamação.

Fatores genéticos

Certas mutações genéticas aumentam a predisposição à pancreatite. Por exemplo, mutações no gene PRSS1 podem levar à ativação precoce da enzima tripsina dentro do pâncreas, causando autodigestão e inflamação. A pancreatite hereditária é uma condição rara, mas significativa, onde essas mutações são frequentemente encontradas.

Doenças autoimunes

Na pancreatite autoimune, o sistema imunológico ataca as células do pâncreas, causando inflamação. Essa condição é frequentemente associada a outras doenças autoimunes, como a síndrome de Sjögren e a doença inflamatória intestinal. O tratamento geralmente envolve o uso de corticosteroides para suprimir a resposta imunológica.

Procedimentos médicos

A colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) é um procedimento usado para diagnosticar e tratar problemas nos ductos biliares e pancreáticos. Embora seja uma ferramenta valiosa, pode causar pancreatite como complicação em até 5-10% dos casos, devido à manipulação mecânica e à introdução de agentes de contraste que podem irritar o pâncreas.

Quais os melhores tratamentos?

Quais os melhores tratamentos?

O tratamento da pancreatite aguda visa aliviar os sintomas, tratar a causa relacionada e prevenir complicações. As abordagens de tratamento incluem:

✅ Internação hospitalar: A maioria dos casos de pancreatite aguda requer internação para monitoramento e cuidados intensivos, especialmente se os sintomas forem graves.

✅ Jejum: Inicialmente, pode ser necessário suspender a alimentação oral para dar descanso ao pâncreas. A nutrição pode ser fornecida por via intravenosa ou através de uma sonda nasogástrica.

✅ Hidratação intravenosa: É fundamental manter uma hidratação adequada através de fluidos intravenosos para apoiar a função dos órgãos e prevenir desidratação.

✅ Controle da dor: Analgésicos são administrados para aliviar a dor intensa associada à pancreatite.

✅ Antibióticos: Se houver suspeita ou confirmação de infecção, antibióticos podem ser prescritos.

✅ Remoção de cálculos biliares: Se cálculos biliares forem a causa, pode ser necessário remover os cálculos através de procedimentos como a colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) ou cirurgia.

✅ Tratamento de causas relacionadas: Outras causas, como níveis elevados de triglicerídeos ou hipercalcemia, são tratadas conforme necessário.

✅ Suporte nutricional: Após o período inicial de jejum, a alimentação é gradualmente reintroduzida, começando com líquidos claros e progredindo para uma dieta leve, conforme a tolerância do paciente.

✅ Cirurgia: Em casos graves, com complicações como necrose pancreática ou pseudocistos, pode ser necessária intervenção cirúrgica para remover o tecido necrosado ou drenar fluidos acumulados.

✅ Mudanças no estilo de vida: Após a recuperação, é importante evitar álcool e seguir uma dieta saudável para prevenir novos episódios. Pacientes com pancreatite relacionada ao álcool são aconselhados a interromper completamente o consumo de álcool.

O tratamento é geralmente personalizado, com base na gravidade da condição e nas necessidades específicas do paciente. O objetivo é aliviar os sintomas, tratar a causa e evitar complicações futuras.

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Imunidade baixa: causas e como fortalecê-la

Causada por uma série de razões, a imunidade baixa pode a pessoa vulnerável a diversos riscos, que vão desde simples resfriados até maior risco de alguns tipos de câncer.

Entender por que isso ocorre, quais os riscos envolvidos e, principalmente, o que fazer para se proteger é algo extremamente importante.

Se você se interessa por esse assunto, este artigo traz todas as informações que você precisa.

Confira!

Quais os riscos da imunidade baixa?

O sistema imunológico é uma rede complexa de células, tecidos e órgãos que trabalham juntos para proteger o corpo contra infecções e doenças. Ele detecta e responde a uma variedade de agentes patogênicos, como vírus, bactérias e parasitas, bem como células do corpo que se tornaram malignas ou anormais. 

O sistema imunológico é dividido em duas partes principais:

Imunidade inata: a primeira linha de defesa e reage rapidamente aos patógenos.

Imunidade adaptativa: desenvolve uma resposta mais específica e duradoura contra os agentes invasores. 

Essas defesas incluem barreiras físicas (como a pele), células especializadas (como leucócitos) e proteínas (como anticorpos), que juntos formam uma rede de proteção para manter o corpo saudável.

Quando essa rede de proteção fica comprometida, pode expor uma pessoa a uma série de riscos à saúde, incluindo:

Infecções frequentes

Pessoas com imunidade baixa são mais suscetíveis a infecções bacterianas, virais, fúngicas e parasitárias. Estas infecções podem ocorrer mais frequentemente, ser mais graves e durar mais tempo do que em pessoas com um sistema imunológico normal.

Complicações de infecções comuns

Infecções rotineiras, como gripes e resfriados, podem evoluir para condições mais graves, como pneumonia ou bronquite. Outras infecções, que normalmente seriam controladas pelo sistema imunológico, podem se tornar oportunidades para o desenvolvimento de doenças mais sérias.

Dificuldade na recuperação de doenças

A baixa imunidade pode retardar o processo de recuperação de doenças, fazendo com que a pessoa fique doente por períodos mais longos. Isso também inclui uma recuperação mais lenta de feridas e cortes.

Maior risco de câncer

Algumas formas de câncer são mais prováveis em pessoas com sistemas imunológicos comprometidos, especialmente aqueles relacionados a infecções virais que não são adequadamente controladas pelo corpo, como o câncer associado ao HPV ou ao vírus Epstein-Barr.

Efeito colateral de tratamentos médicos

Indivíduos com imunidade baixa podem ter uma resposta reduzida a tratamentos médicos, incluindo vacinas e procedimentos cirúrgicos. Eles também são mais suscetíveis a desenvolver reações adversas a medicamentos.

Doenças autoimunes

Em alguns casos, a imunidade baixa pode estar relacionada a distúrbios do sistema imunológico que atacam tecidos saudáveis do corpo, como ocorre em doenças autoimunes.

Estes riscos tornam crucial uma vigilância e cuidado médico regular para pessoas com imunidade baixa, a fim de monitorar e tratar qualquer sinal de doença rapidamente.

Quais as suas causas?

As causas da imunidade baixa podem variar bastante, dependendo de uma série de fatores, incluindo condições médicas, fatores genéticos e até comportamentais. Aqui estão algumas das causas mais comuns:

✅ Condições genéticas – Algumas pessoas nascem com defeitos no sistema imunológico, conhecidos como imunodeficiências primárias. Exemplos incluem a agamaglobulinemia ligada ao X e a imunodeficiência combinada grave (IDCG).

✅ Doenças crônicas – Condições como diabetes, câncer, HIV/Aids e doenças renais crônicas podem comprometer o sistema imunológico.

✅ Desnutrição – A falta de nutrientes essenciais pode afetar a capacidade do corpo de produzir e manter células imunológicas adequadas. 

✅ Envelhecimento – O sistema imunológico tende a se tornar menos eficiente com a idade, um fenômeno conhecido como imunossenescência. Isso aumenta o risco de infecções e de algumas doenças crônicas em idosos.

✅ Medicamentos – Certos medicamentos – como imunossupressores usados para tratar doenças autoimunes ou evitar a rejeição de transplantes – podem reduzir deliberadamente a atividade do sistema imunológico.

✅ Estresse crônico e fadiga – O estresse prolongado pode prejudicar a função imunológica ao alterar a produção de hormônios que afetam a resposta imune. A falta de sono e a fadiga crônica também têm efeitos semelhantes.

✅ Infecções recorrentes – Algumas infecções podem causar danos duradouros ao sistema imunológico, reduzindo sua capacidade de combater novos patógenos.

✅ Exposição a toxinas ambientais – Toxinas, como poluentes, produtos químicos industriais e certos pesticidas podem prejudicar o sistema imunológico.

Identificar a causa específica da baixa imunidade é crucial, pois isso pode ajudar a determinar a melhor maneira de monitorar e gerenciar a saúde, bem como de adotar medidas que melhorem as defesas do organismo, como veremos no próximo tópico.

Como fortalecer a imunidade?

Fortalecer o sistema imunológico envolve uma combinação de práticas saudáveis, que promovem uma função imunológica eficaz e resiliente. Aqui estão algumas estratégias recomendadas:

Alimentação saudável

Consumir uma dieta rica em frutas, verduras, grãos integrais e proteínas magras pode fornecer os nutrientes essenciais que o sistema imunológico precisa para funcionar adequadamente. Nutrientes como vitamina C, vitamina D, zinco e antioxidantes são particularmente importantes.

Exercício físico regular

A atividade física regular pode ajudar a melhorar a circulação, o que facilita a mobilidade das células do sistema imunológico pelo corpo. Recomenda-se pelo menos 150 minutos de exercício moderado por semana.

Manter um peso saudável

Estar acima ou abaixo do peso ideal pode afetar negativamente a imunidade. Manter um peso saudável pode ajudar a otimizar a função do sistema imunológico.

Sono adequado

Dormir o suficiente é crucial para a saúde do sistema imunológico. Adultos devem buscar ter entre 7 a 8 horas de sono por noite, enquanto crianças e adolescentes geralmente precisam de mais.

Hidratação adequada

Manter-se hidratado ajuda a produzir linfa, um fluido vital para transportar células imunológicas e outras substâncias pelo corpo.

Reduzir o estresse

Práticas como meditação, ioga, técnicas de respiração profunda e atividades de lazer podem reduzir o estresse e melhorar a função imunológica.

Evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool

Fumar e consumir bebidas alcoólicas em excesso são hábitos conhecidos por comprometer a saúde do sistema imunológico. Não fumar e beber moderadamente certamente irá beneficiar as proteções do organismo.

Higiene pessoal

Práticas como lavar as mãos regularmente, evitar tocar o rosto com as mãos não lavadas e manter uma boa higiene pessoal podem prevenir a entrada de patógenos no corpo, o que evita pôr à prova seu sistema imunológico.

Vacinação

Manter as vacinas em dia é uma das maneiras mais eficazes de fortalecer o sistema imunológico contra infecções conhecidas e prevenir a incidência de doenças.

Estas práticas não apenas fortalecem a função imunológica, mas também contribuem para uma saúde geral melhor e mais robusta.

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