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Devido às suas diversas causas possíveis e variados sinais e sintomas, a inflamação no útero é algo que, muitas vezes, acaba passando despercebido, o que aumenta seus riscos de complicações.
Devido a seu potencial de agravamento, que pode inclusive pôr a vida da mulher em risco ou causar infertilidade definitiva, conhecer esse problema e aprender a se proteger é algo importante.
Por isso, nas próximas linhas você vai saber tudo o que precisa sobre inflamação no útero, seus sintomas, causas, diagnóstico e tratamento.
Acompanhe!
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A inflamação do útero – também conhecida como endometrite – ocorre quando o tecido que reveste o útero (endométrio) fica inflamado. Os sintomas provocados por essa condição podem variar bastante, mas os principais costumam ser:
✅ Dor pélvica ou no abdômen inferior: Um dos sintomas mais comuns é a dor ou desconforto na região pélvica ou no baixo ventre.
✅ Sangramento anormal: Pode ocorrer sangramento entre os períodos menstruais ou sangramento após a relação sexual.
✅ Febre e calafrios: Em casos de infecção, pode haver febre e calafrios, indicando uma resposta do corpo à infecção.
✅ Secreção vaginal anormal: A presença de uma secreção com odor desagradável ou mudança na cor e consistência da secreção vaginal pode ser um sinal de inflamação.
✅ Dor durante relações sexuais: A dor durante ou após a relação sexual é um sintoma comum em casos de inflamação no útero.
✅ Dificuldade para engravidar: A inflamação prolongada pode afetar a fertilidade, dificultando a concepção.
Estes sintomas não são exclusivos da endometrite e podem ser indicativos de outras condições ginecológicas, o que torna importante uma avaliação médica para um diagnóstico correto.
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Assim como ocorre com os sintomas, as causas da inflamação uterina também costumam ser bastante variáveis, sendo as principais:
✅ Infecções bacterianas: Muitas vezes, a inflamação é causada por uma infecção bacteriana que pode ocorrer após procedimentos médicos como parto, aborto, colocação de dispositivo intrauterino (DIU) ou após uma cirurgia ginecológica. As bactérias normalmente envolvidas incluem aquelas associadas a doenças sexualmente transmissíveis como clamídia e gonorreia, bem como outras bactérias comuns na flora vaginal.
✅ Infecções sexualmente transmissíveis: ISTs, como clamídia e gonorreia são causas comuns de inflamação do endométrio, especialmente em mulheres jovens sexualmente ativas.
✅ Complicações pós-parto ou pós-aborto: Após um parto ou aborto, partículas de tecido podem permanecer no útero, levando a uma infecção e inflamação.
✅ Dispositivo intrauterino (DIU): Embora raro, o uso de DIU pode às vezes levar a uma infecção do endométrio.
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O diagnóstico da inflamação no útero, ou endometrite, geralmente envolve uma combinação de avaliação clínica, exames laboratoriais e, em alguns casos, procedimentos mais específicos.
Aqui estão as principais etapas utilizadas para diagnosticar essa condição:
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Um(a) ginecologista começará com uma discussão detalhada sobre os sintomas da paciente, histórico médico, incluindo atividade sexual, intervenções cirúrgicas realizadas no colo uterino ou útero, e colocação de DIU, bem como histórico de infecções sexualmente transmissíveis.
Durante o exame físico, poderá ser feito um exame pélvico para verificar sinais de dor, sensibilidade ou anormalidades no útero e órgãos adjacentes.
Exame de cultura – tanto vaginal quanto do colo do útero – pode ser realizado para investigar bactérias específicas, que podem estar causando a infecção. Isso geralmente envolve a coleta de amostras com um cotonete durante o exame pélvico.
Pode ser solicitado um hemograma completo para verificar se há aumento de glóbulos brancos, o que indica infecção.
Outra avaliação possível é a de marcadores inflamatórios, via exames como a taxa de sedimentação de eritrócitos (ESR) e proteína C-reativa (PCR), que podem ajudar a detectar a presença de inflamação no corpo.
Um ultrassom pode ser feito para avaliar o útero e os órgãos reprodutivos. Embora não possa confirmar diretamente a endometrite, o ultrassom pode ajudar a excluir outras causas de dor pélvica e avaliar anormalidades estruturais.
Este procedimento envolve a inserção de uma câmera pequena através do colo do útero para visualizar seu interior. É útil para detectar alterações na linha do endométrio, que possam indicar inflamação.
A biópsia é uma coleta de uma pequena amostra de tecido do revestimento do útero pode ser necessária para um diagnóstico definitivo. Esta amostra é então examinada sob um microscópio, em busca de sinais de inflamação e outras alterações patológicas.
Esses métodos de diagnóstico permitem ao(à) ginecologista avaliar a presença de inflamação e determinar a causa, facilitando a escolha do melhor tratamento, como veremos no próximo tópico.
Veja também: Exames para menopausa: um guia completo!
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O tratamento da inflamação uterina vai depender da causa e da severidade dos sintomas. Os principais objetivos do tratamento são eliminar a infecção, reduzir os sintomas e prevenir complicações futuras, como infertilidade.
Aqui estão as principais abordagens para o tratamento da endometrite:
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O tratamento mais comum envolve o uso de antibióticos para combater a infecção bacteriana. A escolha do antibiótico depende dos organismos identificados nos testes de cultura ou, se esse exame não for possível, de um regime de amplo espectro que cubra os patógenos mais comuns.
Em casos de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como clamídia ou gonorreia, tanto a paciente quanto o(s) parceiro(s) sexual(is) devem ser tratados para evitar a reinfecção.
Medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) também podem ser usados para aliviar a dor e reduzir a inflamação.
Repouso e hidratação adequada podem ser recomendados para ajudar no processo de recuperação.
Em casos nos quais o uso de um dispositivo intrauterino (DIU) tenha contribuído para a endometrite, a remoção do DIU pode ser necessária.
Se a inflamação for recorrente ou causar complicações como abscessos pélvicos, pode ser necessário tratamento cirúrgico para drenar os abscessos ou resolver outras anormalidades anatômicas.
Após o tratamento inicial, acompanhamento com exames e consultas de seguimento são importantes para garantir que a infecção foi completamente resolvida e para monitorar quaisquer potenciais complicações no longo prazo.
Em alguns casos, mudanças no estilo de vida, como melhorar a higiene pessoal e usar proteção durante as relações sexuais, podem ser recomendadas para prevenir recorrências.
Em casos graves ou persistentes, pode ser necessária uma abordagem multidisciplinar, envolvendo ginecologistas, infectologistas e, possivelmente, especialistas em fertilidade.
Cada caso é único, e o plano de tratamento deve ser personalizado de acordo com as necessidades específicas da paciente e as recomendações de seu médico.
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