Sangramento fora do período menstrual: causas, quando se preocupar e o que fazer

Se você notou sangramento fora da menstruação, pode estar se perguntando coisas do tipo: é normal? O que pode ser? Devo me preocupar? 

Neste artigo, explicamos de forma simples o que pode estar acontecendo com seu corpo, sem alarmes, mas com carinho e informação. Venha entender o que pode ser e o que fazer nesses casos!

O que é esse sangramento fora da menstruação?

Sangramentos fora do período menstrual, também conhecidos como sangramentos intermenstruais ou escapes, são perdas de sangue que ocorrem em dias diferentes do ciclo menstrual esperado. 

Em geral, esse tipo de sangramento costuma ser mais leve que o da menstruação, muitas vezes aparecendo como pequenas manchas na calcinha ou no papel higiênico. Pode durar poucas horas ou alguns dias e, na maioria das vezes, não representa um problema grave de saúde.

Causas mais comuns e quando são benignas

Muitas mulheres têm esse tipo de sangramento e o motivo costuma ser simples:

✅ Alterações hormonais, geralmente provocadas por estresse intenso, mudança de anticoncepcional, ovulação ou síndrome do ovário policístico.

✅ Gravidez em início, como o sangramento de implantação, ou, em casos raros, gravidez ectópica, que exige avaliação imediata. 

✅ Pólipos, miomas e infecções: pólipos uterinos ou infecções como vaginose ou cervicite podem causar escape.

Endometriose: pode causar escapes e dores fora do ciclo menstrual.

✅ DIU (dispositivo intrauterino): principalmente o de cobre, pode gerar sangramentos irregulares nas primeiras semanas.

✅ Menopausa: nessa fase é comum que o ciclo se torne irregular, com espaços maiores entre uma menstruação e outra, e a ocorrência desses sangramentos inesperados pode se tornar mais frequente.

Quando o sangramento pode ser algo mais sério

Nem todo sangramento fora do ciclo menstrual representa um problema grave, mas é importante reconhecer quando ele pode ser sinal de algo mais sério. A atenção deve ser redobrada se esse sangramento vier acompanhado de outros sintomas, como:

✅ Dor pélvica intensa, cansaço excessivo, tontura ou queda acentuada de pressão. Nessas situações, há risco de anemia ou complicações ligadas à perda de sangue.

✅ Sangramentos recorrentes, que acontecem com frequência fora da menstruação, também precisam ser avaliados por profissionais de saúde. Podem estar relacionados a condições como miomas, endometriose, adenomiose, distúrbios hormonais ou mesmo câncer do colo do útero ou do endométrio.

✅ Quando o sangramento ocorre após a menopausa ou após relações sexuais. Nesses casos, uma avaliação ginecológica deve ser feita o quanto antes.

O ideal é nunca ignorar um sangramento atípico. Quanto mais cedo for identificado o motivo, mais rápido é o tratamento, aumentando as chances de um cuidado eficaz e tranquilo.

Cores e quantidades: o que significam

A cor e a quantidade do sangramento fora do período menstrual podem dar pistas importantes sobre o que está acontecendo no organismo. Observar esses sinais ajuda tanto a tranquilizar quanto a entender quando é hora de procurar um especialista.

Um sangramento leve, com poucas gotas ou manchas na calcinha, é comum em algumas fases do ciclo ou durante o uso de anticoncepcionais hormonais, sendo conhecido como “escape”. Esse tipo de sangramento normalmente é mais claro e rosado, mas também pode aparecer marrom, principalmente quando o sangue demora mais tempo para sair do corpo.

sangramentos mais intensos, com fluxo semelhante ou até maior que o da menstruação habitual, merecem atenção especial. Isso pode indicar condições como miomas, pólipos ou desequilíbrios hormonais. Quando há presença de coágulos, o volume é muito alto ou dura vários dias, é fundamental procurar atendimento médico.

A coloração também pode variar. Tons avermelhados indicam sangue mais recente, enquanto o marrom escuro aponta para sangue mais antigo. Se o sangue estiver acompanhado de mau cheiro, pode ser sinal de infecção, especialmente se vier junto com dor ou corrimento.

Observar a quantidade e a cor do sangue, portanto, é um cuidado que ajuda a entender melhor a saúde do corpo e a agir rapidamente em caso de necessidade.

Como investigar?

Quando o sangramento acontece fora do período menstrual, o primeiro passo é procurar um(a) ginecologista. Durante a consulta, o profissional vai ouvir seu relato, avaliar sintomas associados, como dor, cólicas ou alterações no ciclo, e realizar o exame físico.

Em muitos casos, é preciso complementar a investigação com exames de imagem. Entre eles, a ecografia transvaginal é um dos mais solicitados, pois permite visualizar o útero, os ovários e o endométrio com detalhes. Esse exame ajuda a identificar miomas, pólipos, cistos ou espessamentos que podem estar ligados ao sangramento.

Outros exames laboratoriais, como dosagem hormonal e hemograma, também podem ser pedidos para descartar alterações que influenciam no ciclo menstrual. A combinação de avaliação clínica, exames de imagem e laboratoriais é o que possibilita chegar a um diagnóstico preciso e definir o tratamento mais adequado.

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Câncer de colo de útero: o que toda mulher precisa saber!

O câncer de colo de útero representa uma das principais preocupações na saúde feminina, ao mesmo tempo é um tipo de câncer que pode ser totalmente evitado com as medidas certas.

A seguir vamos te mostrar todas as informações que você precisa para entender o que é o câncer de colo de útero, como ele ocorre, as formas de prevenir e tratar. Confira!

O que leva uma pessoa a ter câncer no colo do útero?

A resposta para essa pergunta tão comum está principalmente ligada a um vírus específico, mas também envolve diversos fatores que trabalham em conjunto. 

HPV: o principal causador do câncer de colo de útero

O papilomavírus humano, mais conhecido como HPV, é responsável por aproximadamente 99% dos casos de câncer de colo de útero. Para compreender melhor, pense no HPV como uma família numerosa com mais de 200 tipos diferentes. Dentro dessa família, alguns membros são mais perigosos que outros.

Os tipos de HPV considerados de alto risco oncogênico são principalmente o 16 e o 18, que, juntos, causam cerca de 70% dos cânceres cervicais. Esses vírus têm a capacidade de alterar o funcionamento normal das células do colo do útero, fazendo com que cresçam de forma desordenada.

É importante destacar que ter HPV não significa automaticamente desenvolver câncer. Estudos mostram que cerca de 80% das mulheres sexualmente ativas entrarão em contato com o vírus ao longo da vida, mas apenas uma pequena parcela desenvolverá a doença. Isso acontece porque nosso sistema imunológico consegue eliminar a infecção na maioria dos casos, geralmente entre seis meses e dois anos.

Como se contrai o câncer de útero?

O câncer de colo de útero não é contagioso, mas o vírus que o causa, sim. A transmissão do HPV ocorre principalmente através do contato sexual, incluindo relações vaginais, anais e orais. O vírus pode ser transmitido mesmo quando a pessoa infectada não apresenta sintomas visíveis.

Ao contrário do que muita gente pensa, não precisa haver penetração para a transmissão ocorrer. O simples contato entre as mucosas genitais pode ser suficiente para passar o vírus de uma pessoa para outra. Por essa razão, mesmo pessoas com poucos parceiros sexuais podem contrair o HPV.

Fatores de risco que aumentam as chances de ter

Além da infecção pelo HPV, outros fatores podem aumentar bastante o risco de câncer de colo de útero:

✅ Tabagismo: Mulheres fumantes têm cerca de duas vezes mais chances de desenvolver câncer cervical. As substâncias tóxicas do cigarro chegam ao colo do útero através da corrente sanguínea, prejudicando a capacidade do sistema imunológico de combater infecções.

✅ Início precoce da vida sexual: Começar a vida sexual muito cedo, especialmente antes dos 16 anos, aumenta as chances de contrair HPV e desenvolver alterações celulares. O colo do útero ainda está em desenvolvimento nessa fase, sendo mais vulnerável a infecções.

✅ Múltiplos parceiros sexuais: Ter vários parceiros sexuais, ou ter um parceiro que teve muitas parceiras, eleva o risco de exposição ao HPV. 

✅ Sistema imunológico enfraquecido: Condições como HIV ou uso prolongado de medicamentos imunossupressores facilitam a persistência da infecção pelo HPV.

✅ Histórico reprodutivo: Mulheres que tiveram muitas gestações (cinco ou mais filhos) apresentam risco ligeiramente aumentado.

✅ Uso prolongado de anticoncepcionais orais: O uso de pílulas anticoncepcionais por mais de cinco anos pode aumentar discretamente o risco, especialmente quando associado à infecção persistente por HPV.

Por que o câncer de colo de útero é silencioso

A doença pode se desenvolver por anos, sem causar qualquer sintoma perceptível, razão pela qual os exames preventivos são tão importantes.

Quando os sintomas aparecem, geralmente indicam que a doença já está em estágio mais avançado. Os sinais mais comuns incluem:

✅ Sangramento vaginal irregular, especialmente após relações sexuais;

✅ Sangramento entre os períodos menstruais ou após a menopausa;

✅ Corrimento vaginal com odor forte e coloração amarelada ou acastanhada;

✅ Dor pélvica persistente;

✅ Desconforto durante as relações sexuais;

✅ Dor nas costas que não melhora com repouso;

✅ Em casos mais avançados, podem ocorrer alterações urinárias, como dor ao urinar ou presença de sangue na urina.

Diagnóstico: a importância dos exames preventivos

O diagnóstico precoce do câncer de colo de útero depende totalmente dos exames preventivos:

Papanicolau: o exame que salva vidas

O exame de papanicolau coleta células do colo do útero para análise em laboratório. Quando realizado no tempo certo, pode detectar alterações pré-cancerosas que, se tratadas adequadamente, impedem o desenvolvimento do câncer propriamente dito.

O Ministério da Saúde recomenda que mulheres entre 25 e 64 anos, que já iniciaram atividade sexual, façam o exame uma vez por ano e, após dois resultados normais consecutivos, esse intervalo pode ser de três anos. Mulheres com fatores de risco podem precisar de acompanhamento mais frequente.

O papel da ecografia transvaginal

Embora o papanicolau seja o exame principal para rastreamento, outros exames podem fornecer informações valiosas sobre a saúde ginecológica. A ecografia transvaginal, por exemplo, permite avaliar a estrutura do útero e ovários, identificando alterações que possam requerer investigação adicional.

Na Clínica Viver, utilizamos equipamentos modernos de ultrassom que oferecem imagens de alta resolução, permitindo uma avaliação detalhada dos órgãos pélvicos. Essa tecnologia complementa o exame clínico e pode detectar alterações estruturais que orientem a necessidade de investigação mais aprofundada.

Teste de HPV: identificando o agente causador

Além do papanicolau, existe o teste molecular para detecção do DNA do HPV. Esse exame identifica a presença dos tipos de HPV de alto risco, fornecendo informações importantes sobre o risco de desenvolvimento de lesões precursoras.

A combinação do papanicolau com o teste de HPV oferece maior segurança no rastreamento, especialmente em mulheres acima de 30 anos, quando a persistência da infecção se torna mais preocupante.

Como se proteger do jeito certo

A prevenção do câncer de colo de útero funciona em dois níveis principais: evitar a infecção pelo HPV e detectar precocemente qualquer alteração que possa surgir. Ambas as estratégias são igualmente importantes e se complementam.

Vacinação contra HPV: a primeira linha de defesa

A vacina contra HPV representa uma das maiores conquistas da medicina preventiva moderna. Atualmente disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina protege contra os tipos de HPV responsáveis pela maioria dos casos de câncer cervical.

A vacinação é mais eficaz quando realizada antes do início da atividade sexual, razão pela qual é recomendada para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. No entanto, pessoas até 26 anos também podem se beneficiar da vacinação, mesmo que já tenham iniciado atividade sexual.

É importante compreender que a vacina previne infecções futuras, mas não trata infecções já existentes. Por isso, mesmo mulheres vacinadas devem manter os exames preventivos em dia.

Preservativos: proteção em todas as relações

O preservativo masculino ou feminino continua sendo a principal forma de proteção contra o HPV durante as relações sexuais. Embora não ofereça proteção 100% completa, já que o vírus pode estar presente em áreas não cobertas pelo preservativo, seu uso reduz significativamente o risco de transmissão.

Tratamento: opções quando a doença se desenvolve

Quando o câncer de colo de útero é diagnosticado, as opções de tratamento dependem principalmente do estágio da doença. Felizmente, quando detectado precocemente, as chances de cura são excelentes, chegando próximo aos 100%.

1. Lesões pré-cancerosas: tratamento simples e eficaz

Quando o papanicolau detecta alterações que ainda não são câncer, mas podem evoluir para tal, existem procedimentos simples para remover essas células alteradas. A cauterização, crioterapia ou cirurgia de alta frequência (CAF) são procedimentos ambulatoriais que removem a área afetada preservando a função reprodutiva.

2. Câncer em estágio inicial: cirurgia como primeira opção

Para cânceres em estágio inicial, a cirurgia costuma ser suficiente. Dependendo do tamanho e localização do tumor, pode ser realizada desde a remoção apenas da área afetada até a histerectomia (remoção do útero).

3. Estágios avançados: tratamento combinado

Quando o câncer está mais avançado, o tratamento geralmente combina radioterapia e quimioterapia. Essa combinação mostrou-se muito eficaz em controlar a doença e melhorar a qualidade de vida das pacientes.

Mitos sobre o câncer de colo de útero

Existem muitas informações incorretas circulando sobre o câncer de colo de útero. Esclarecer esses mitos é importante para que as mulheres tomem decisões informadas sobre sua saúde:

“Só mulheres com muitos parceiros desenvolvem câncer de colo de útero”

Qualquer mulher sexualmente ativa pode contrair HPV e desenvolver a doença, mesmo com poucos parceiros.

“Se eu me vacinar contra HPV, não preciso mais fazer papanicolau”

A vacina protege contra os tipos mais comuns de HPV, mas não contra todos. Os exames preventivos continuam necessários.

“Câncer de colo de útero sempre tem sintomas”

Na maioria dos casos, a doença é silenciosa nos estágios iniciais, razão pela qual os exames preventivos são tão importantes.

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Na Clínica Viver, entendemos que cada mulher tem necessidades específicas. Nossos profissionais especializados oferecem um atendimento humanizado e completo, utilizando tecnologias modernas para garantir diagnósticos precisos e tranquilidade para nossas pacientes.

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Câncer de endométrio: como identificar os sintomas e entender o diagnóstico

O câncer de endométrio é um dos tipos de câncer ginecológico mais comuns, especialmente entre pessoas com mais de 50 anos. Apesar disso, muita gente ainda tem dúvidas sobre os sintomas da doença, como identificá-la cedo e quando procurar ajuda.

Neste artigo, vamos explicar de forma simples e direta os principais sinais do câncer de endométrio, como é feito o diagnóstico e por que a atenção aos sintomas pode salvar vidas.

O que é o câncer de endométrio?

O endométrio é a camada interna do útero, que se renova todos os meses durante o ciclo menstrual. Quando células dessa região crescem de forma descontrolada, pode surgir o câncer de endométrio. Essa doença costuma aparecer após a menopausa, mas também pode ocorrer em pessoas mais jovens, especialmente quando existem fatores de risco.

👉 Veja também – Endometriose: o que é, causas, sintomas e tratamentos

Quais os sintomas mais comuns do câncer de endométrio?

Nem sempre o câncer de endométrio causa dor nos estágios iniciais. Quando ocorre, a dor costuma ser localizada na parte inferior do abdômen ou na pelve, e pode vir acompanhada de sensação de pressão ou inchaço. Caso a doença avance, pode haver dor durante a relação sexual ou até mesmo ao urinar.

Um dos primeiros sinais de alerta é o sangramento uterino anormal. Isso pode incluir:

✅ Sangramento após a menopausa;

✅ Menstruação irregular ou muito intensa;

✅ Corrimento vaginal rosado, marrom ou com sangue fora do período menstrual.

É importante lembrar que esses sintomas não significam necessariamente que há um câncer, mas merecem avaliação rápida por um profissional de saúde. Saber quando suspeitar de câncer de endométrio é essencial para buscar atendimento no momento certo.

Qual é a fase inicial do câncer de endométrio?

Na fase inicial, o tumor está limitado à parte interna do útero e tem altas chances de cura, especialmente se identificado logo. Por isso, é tão importante prestar atenção aos sintomas do câncer de endométrio na fase inicial e não adiar a consulta ginecológica diante de sinais incomuns.

Como descobrir se tenho câncer no endométrio?

O diagnóstico do câncer de endométrio é feito por meio de exames que avaliam o útero e o endométrio. Os principais são:

Ecografia transvaginal: ajuda a observar o espessamento do endométrio;

✅ Histeroscopia: permite visualizar o interior do útero com uma pequena câmera;

✅ Biópsia do endométrio: coleta de tecido para análise em laboratório.

Esses exames geralmente são solicitados por ginecologistas. Em casos mais complexos, oncologistas também podem participar da investigação e do tratamento.

O rastreamento específico para câncer de endométrio não é feito rotineiramente como o de colo do útero (Papanicolau), mas consultas ginecológicas regulares são fundamentais para identificar precocemente qualquer alteração. Durante esses atendimentos, o profissional pode perceber sinais suspeitos e indicar os exames adequados.

Se você apresenta sintomas como sangramentos fora do período menstrual ou após a menopausa, não espere. Procure um(a) ginecologista e fale abertamente sobre o que está sentindo.

Fatores de risco: quem deve ficar mais atenta

Algumas condições aumentam as chances de desenvolver câncer de endométrio:

1. Menopausa tardia

Menopausa após os 55 anos ou primeira menstruação muito precoce (antes dos 12 anos) são fatores que aumentam o tempo de exposição do endométrio ao estrogênio, sem a ação equilibradora da progesterona, o que pode favorecer o desenvolvimento de alterações celulares na parede interna do útero.

2. Nunca ter engravidado

A gravidez interrompe temporariamente os ciclos hormonais normais e reduz o número de ciclos menstruais ao longo da vida, diminuindo a exposição do endométrio ao estrogênio.

3. Obesidade

O excesso de peso está associado a níveis mais altos de estrogênio no organismo devido à conversão do hormônio androgênio em estrogênio pelo tecido adiposo. Esse excesso hormonal estimula continuamente o endométrio, aumentando o risco de alterações malignas.

4. Reposição hormonal inadequada

Uso prolongado de estrogênio sem progesterona, especialmente durante terapias de reposição hormonal, pode levar a um estímulo constante do endométrio, aumentando o risco de alterações celulares que favorecem o surgimento de tumores. A progesterona tem o papel de equilibrar esse efeito do estrogênio, por isso, o uso isolado e prolongado desse hormônio deve ser sempre acompanhado por um profissional de saúde.

5. História familiar

O risco também é maior para quem tem histórico familiar da doença, especialmente parentes de primeiro grau (mãe ou irmã) que já tiveram câncer de endométrio ou outros tipos de câncer ginecológico, como de ovário ou de cólon. Isso pode indicar uma predisposição genética, como a síndrome de Lynch, que aumenta significativamente o risco de desenvolver a doença.

6. Diabetes ou síndrome dos ovários policísticos

Essas duas condições podem causar alterações hormonais no organismo. O diabetes mal controlado pode levar a um desequilíbrio dos níveis de insulina, que influencia diretamente na produção de hormônios sexuais, como o estrogênio. Já a síndrome dos ovários policísticos costuma estar associada a níveis elevados de estrogênio e ausência de ovulação, o que favorece a exposição contínua do endométrio ao estrogênio sem a ação reguladora da progesterona, aumentando o risco de proliferação celular desordenada nessa região.

Como prevenir e o que fazer ao notar sintomas

Manter um peso saudável, praticar atividade física regularmente e adotar uma alimentação equilibrada são medidas que ajudam a reduzir o risco de câncer de endométrio, especialmente porque contribuem para o controle dos níveis hormonais e da resistência à insulina.

Controlar doenças como diabetes e síndrome dos ovários policísticos, com acompanhamento médico e uso correto das medicações, também é fundamental para equilibrar os hormônios que afetam o endométrio. 

Além disso, é importante conversar com o(a) ginecologista sobre os riscos e benefícios da reposição hormonal, caso essa seja uma indicação.

As consultas ginecológicas regulares desempenham um papel essencial na prevenção e na detecção precoce de alterações no útero. Mesmo que o câncer de endométrio não tenha um exame específico de rastreamento em pessoas assintomáticas, essas consultas permitem identificar sinais precoces, avaliar sintomas relatados e, quando necessário, indicar exames como a ecografia transvaginal ou a biópsia do endométrio.

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Inflamação no útero: sintomas, causas, diagnóstico e tratamento

Devido às suas diversas causas possíveis e variados sinais e sintomas, a inflamação no útero é algo que, muitas vezes, acaba passando despercebido, o que aumenta seus riscos de complicações.

Devido a seu potencial de agravamento, que pode inclusive pôr a vida da mulher em risco ou causar infertilidade definitiva, conhecer esse problema e aprender a se proteger é algo importante.

Por isso, nas próximas linhas você vai saber tudo o que precisa sobre inflamação no útero, seus sintomas, causas, diagnóstico e tratamento.

Acompanhe!

Inflamação no útero: causas e sintomas

Inflamação no útero: causas e sintomas

A inflamação do útero – também conhecida como endometrite – ocorre quando o tecido que reveste o útero (endométrio) fica inflamado. Os sintomas provocados por essa condição podem variar bastante, mas os principais costumam ser:

✅ Dor pélvica ou no abdômen inferior: Um dos sintomas mais comuns é a dor ou desconforto na região pélvica ou no baixo ventre.

Sangramento anormal: Pode ocorrer sangramento entre os períodos menstruais ou sangramento após a relação sexual.

✅ Febre e calafrios: Em casos de infecção, pode haver febre e calafrios, indicando uma resposta do corpo à infecção.

✅ Secreção vaginal anormal: A presença de uma secreção com odor desagradável ou mudança na cor e consistência da secreção vaginal pode ser um sinal de inflamação.

✅ Dor durante relações sexuais: A dor durante ou após a relação sexual é um sintoma comum em casos de inflamação no útero.

✅ Dificuldade para engravidar: A inflamação prolongada pode afetar a fertilidade, dificultando a concepção.

Estes sintomas não são exclusivos da endometrite e podem ser indicativos de outras condições ginecológicas, o que torna importante uma avaliação médica para um diagnóstico correto.

E quais as possíveis causas?

Assim como ocorre com os sintomas, as causas da inflamação uterina também costumam ser bastante variáveis, sendo as principais:

✅ Infecções bacterianas: Muitas vezes, a inflamação é causada por uma infecção bacteriana que pode ocorrer após procedimentos médicos como parto, aborto, colocação de dispositivo intrauterino (DIU) ou após uma cirurgia ginecológica. As bactérias normalmente envolvidas incluem aquelas associadas a doenças sexualmente transmissíveis como clamídia e gonorreia, bem como outras bactérias comuns na flora vaginal.

✅ Infecções sexualmente transmissíveis: ISTs, como clamídia e gonorreia são causas comuns de inflamação do endométrio, especialmente em mulheres jovens sexualmente ativas.

✅ Complicações pós-parto ou pós-aborto: Após um parto ou aborto, partículas de tecido podem permanecer no útero, levando a uma infecção e inflamação.

✅ Dispositivo intrauterino (DIU): Embora raro, o uso de DIU pode às vezes levar a uma infecção do endométrio.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da inflamação no útero, ou endometrite, geralmente envolve uma combinação de avaliação clínica, exames laboratoriais e, em alguns casos, procedimentos mais específicos. 

Aqui estão as principais etapas utilizadas para diagnosticar essa condição:

Histórico médico e exame físico

Um(a) ginecologista começará com uma discussão detalhada sobre os sintomas da paciente, histórico médico, incluindo atividade sexual, intervenções cirúrgicas realizadas no colo uterino ou útero, e colocação de DIU, bem como histórico de infecções sexualmente transmissíveis.

Durante o exame físico, poderá ser feito um exame pélvico para verificar sinais de dor, sensibilidade ou anormalidades no útero e órgãos adjacentes.

Exames de laboratório

Exame de cultura – tanto vaginal quanto do colo do útero – pode ser realizado para investigar bactérias específicas, que podem estar causando a infecção. Isso geralmente envolve a coleta de amostras com um cotonete durante o exame pélvico.

Pode ser solicitado um hemograma completo para verificar se há aumento de glóbulos brancos, o que indica infecção.

Outra avaliação possível é a de marcadores inflamatórios, via exames como a taxa de sedimentação de eritrócitos (ESR) e proteína C-reativa (PCR), que podem ajudar a detectar a presença de inflamação no corpo.

Ultrassonografia transvaginal 

Um ultrassom pode ser feito para avaliar o útero e os órgãos reprodutivos. Embora não possa confirmar diretamente a endometrite, o ultrassom pode ajudar a excluir outras causas de dor pélvica e avaliar anormalidades estruturais.

Histeroscopia

Este procedimento envolve a inserção de uma câmera pequena através do colo do útero para visualizar seu interior. É útil para detectar alterações na linha do endométrio, que possam indicar inflamação.

Biópsia endometrial

A biópsia é uma coleta de uma pequena amostra de tecido do revestimento do útero pode ser necessária para um diagnóstico definitivo. Esta amostra é então examinada sob um microscópio, em busca de sinais de inflamação e outras alterações patológicas.

Esses métodos de diagnóstico permitem ao(à) ginecologista avaliar a presença de inflamação e determinar a causa, facilitando a escolha do melhor tratamento, como veremos no próximo tópico.

Veja também: Exames para menopausa: um guia completo!

Tratamentos para inflamação uterina

Tratamentos para inflamação uterina

O tratamento da inflamação uterina vai depender da causa e da severidade dos sintomas. Os principais objetivos do tratamento são eliminar a infecção, reduzir os sintomas e prevenir complicações futuras, como infertilidade. 

Aqui estão as principais abordagens para o tratamento da endometrite:

Antibióticos

O tratamento mais comum envolve o uso de antibióticos para combater a infecção bacteriana. A escolha do antibiótico depende dos organismos identificados nos testes de cultura ou, se esse exame não for possível, de um regime de amplo espectro que cubra os patógenos mais comuns.

Em casos de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como clamídia ou gonorreia, tanto a paciente quanto o(s) parceiro(s) sexual(is) devem ser tratados para evitar a reinfecção.

Medicamentos anti-inflamatórios

Medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) também podem ser usados para aliviar a dor e reduzir a inflamação.

Repouso e cuidados de suporte

Repouso e hidratação adequada podem ser recomendados para ajudar no processo de recuperação.

Tratamento de complicações associadas

Em casos nos quais o uso de um dispositivo intrauterino (DIU) tenha contribuído para a endometrite, a remoção do DIU pode ser necessária.

Se a inflamação for recorrente ou causar complicações como abscessos pélvicos, pode ser necessário tratamento cirúrgico para drenar os abscessos ou resolver outras anormalidades anatômicas.

Acompanhamento regular

Após o tratamento inicial, acompanhamento com exames e consultas de seguimento são importantes para garantir que a infecção foi completamente resolvida e para monitorar quaisquer potenciais complicações no longo prazo.

Mudanças no estilo de vida

Em alguns casos, mudanças no estilo de vida, como melhorar a higiene pessoal e usar proteção durante as relações sexuais, podem ser recomendadas para prevenir recorrências.

Em casos graves ou persistentes, pode ser necessária uma abordagem multidisciplinar, envolvendo ginecologistas, infectologistas e, possivelmente, especialistas em fertilidade.

Cada caso é único, e o plano de tratamento deve ser personalizado de acordo com as necessidades específicas da paciente e as recomendações de seu médico.

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