O câncer de endométrio é um dos tipos de câncer ginecológico mais comuns, especialmente entre pessoas com mais de 50 anos. Apesar disso, muita gente ainda tem dúvidas sobre os sintomas da doença, como identificá-la cedo e quando procurar ajuda.
Neste artigo, vamos explicar de forma simples e direta os principais sinais do câncer de endométrio, como é feito o diagnóstico e por que a atenção aos sintomas pode salvar vidas.
O que é o câncer de endométrio?
O endométrio é a camada interna do útero, que se renova todos os meses durante o ciclo menstrual. Quando células dessa região crescem de forma descontrolada, pode surgir o câncer de endométrio. Essa doença costuma aparecer após a menopausa, mas também pode ocorrer em pessoas mais jovens, especialmente quando existem fatores de risco.
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Quais os sintomas mais comuns do câncer de endométrio?
Nem sempre o câncer de endométrio causa dor nos estágios iniciais. Quando ocorre, a dor costuma ser localizada na parte inferior do abdômen ou na pelve, e pode vir acompanhada de sensação de pressão ou inchaço. Caso a doença avance, pode haver dor durante a relação sexual ou até mesmo ao urinar.
Um dos primeiros sinais de alerta é o sangramento uterino anormal. Isso pode incluir:
✅ Sangramento após a menopausa;
✅ Menstruação irregular ou muito intensa;
✅ Corrimento vaginal rosado, marrom ou com sangue fora do período menstrual.
É importante lembrar que esses sintomas não significam necessariamente que há um câncer, mas merecem avaliação rápida por um profissional de saúde. Saber quando suspeitar de câncer de endométrio é essencial para buscar atendimento no momento certo.
Qual é a fase inicial do câncer de endométrio?
Na fase inicial, o tumor está limitado à parte interna do útero e tem altas chances de cura, especialmente se identificado logo. Por isso, é tão importante prestar atenção aos sintomas do câncer de endométrio na fase inicial e não adiar a consulta ginecológica diante de sinais incomuns.
Como descobrir se tenho câncer no endométrio?
O diagnóstico do câncer de endométrio é feito por meio de exames que avaliam o útero e o endométrio. Os principais são:
✅ Ecografia transvaginal: ajuda a observar o espessamento do endométrio;
✅ Histeroscopia: permite visualizar o interior do útero com uma pequena câmera;
✅ Biópsia do endométrio: coleta de tecido para análise em laboratório.
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Esses exames geralmente são solicitados por ginecologistas. Em casos mais complexos, oncologistas também podem participar da investigação e do tratamento.
O rastreamento específico para câncer de endométrio não é feito rotineiramente como o de colo do útero (Papanicolau), mas consultas ginecológicas regulares são fundamentais para identificar precocemente qualquer alteração. Durante esses atendimentos, o profissional pode perceber sinais suspeitos e indicar os exames adequados.
Se você apresenta sintomas como sangramentos fora do período menstrual ou após a menopausa, não espere. Procure um(a) ginecologista e fale abertamente sobre o que está sentindo.
Fatores de risco: quem deve ficar mais atenta
Algumas condições aumentam as chances de desenvolver câncer de endométrio:
1. Menopausa tardia
Menopausa após os 55 anos ou primeira menstruação muito precoce (antes dos 12 anos) são fatores que aumentam o tempo de exposição do endométrio ao estrogênio, sem a ação equilibradora da progesterona, o que pode favorecer o desenvolvimento de alterações celulares na parede interna do útero.
2. Nunca ter engravidado
A gravidez interrompe temporariamente os ciclos hormonais normais e reduz o número de ciclos menstruais ao longo da vida, diminuindo a exposição do endométrio ao estrogênio.
3. Obesidade
O excesso de peso está associado a níveis mais altos de estrogênio no organismo devido à conversão do hormônio androgênio em estrogênio pelo tecido adiposo. Esse excesso hormonal estimula continuamente o endométrio, aumentando o risco de alterações malignas.
4. Reposição hormonal inadequada
Uso prolongado de estrogênio sem progesterona, especialmente durante terapias de reposição hormonal, pode levar a um estímulo constante do endométrio, aumentando o risco de alterações celulares que favorecem o surgimento de tumores. A progesterona tem o papel de equilibrar esse efeito do estrogênio, por isso, o uso isolado e prolongado desse hormônio deve ser sempre acompanhado por um profissional de saúde.
5. História familiar
O risco também é maior para quem tem histórico familiar da doença, especialmente parentes de primeiro grau (mãe ou irmã) que já tiveram câncer de endométrio ou outros tipos de câncer ginecológico, como de ovário ou de cólon. Isso pode indicar uma predisposição genética, como a síndrome de Lynch, que aumenta significativamente o risco de desenvolver a doença.
6. Diabetes ou síndrome dos ovários policísticos
Essas duas condições podem causar alterações hormonais no organismo. O diabetes mal controlado pode levar a um desequilíbrio dos níveis de insulina, que influencia diretamente na produção de hormônios sexuais, como o estrogênio. Já a síndrome dos ovários policísticos costuma estar associada a níveis elevados de estrogênio e ausência de ovulação, o que favorece a exposição contínua do endométrio ao estrogênio sem a ação reguladora da progesterona, aumentando o risco de proliferação celular desordenada nessa região.
Como prevenir e o que fazer ao notar sintomas
Manter um peso saudável, praticar atividade física regularmente e adotar uma alimentação equilibrada são medidas que ajudam a reduzir o risco de câncer de endométrio, especialmente porque contribuem para o controle dos níveis hormonais e da resistência à insulina.
Controlar doenças como diabetes e síndrome dos ovários policísticos, com acompanhamento médico e uso correto das medicações, também é fundamental para equilibrar os hormônios que afetam o endométrio.
Além disso, é importante conversar com o(a) ginecologista sobre os riscos e benefícios da reposição hormonal, caso essa seja uma indicação.
As consultas ginecológicas regulares desempenham um papel essencial na prevenção e na detecção precoce de alterações no útero. Mesmo que o câncer de endométrio não tenha um exame específico de rastreamento em pessoas assintomáticas, essas consultas permitem identificar sinais precoces, avaliar sintomas relatados e, quando necessário, indicar exames como a ecografia transvaginal ou a biópsia do endométrio.
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