Prolapso da válvula mitral: sintomas, causas e tratamentos

O prolapso de válvula mitral é uma alteração na estrutura e funcionamento do coração, que, na maioria das vezes, não traz maiores riscos e, por isso, não exige nenhuma abordagem médica, além do acompanhamento regular.

No entanto, em alguns casos, essa alteração pode provocar sintomas e trazer riscos importantes para os pacientes.

Para que você entenda mais sobre o prolapso de válvula mitral, a seguir vamos falar o que é essa condição, seus sinais e sintomas típicos, suas causas e possíveis tratamentos.

Aproveite a leitura! 

O que é prolapso de válvula mitral?

O prolapso da válvula mitral (PVM) é uma condição na qual os folhetos da válvula mitral do coração não fecham adequadamente

A válvula mitral está localizada entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo do coração. Em uma situação normal, esta válvula permite que o sangue flua em uma única direção – do átrio para o ventrículo. 

Já no contexto de um prolapso da válvula mitral, uma ou ambas os  folhetos da válvula se projetam (prolapsam) para o átrio esquerdo durante a contração do ventrículo.

A maioria das pessoas com PVM não apresenta sintomas e geralmente não precisa de tratamento. No entanto, o prolapso da válvula mitral pode, em alguns casos, levar a complicações mais sérias, incluindo:

Regurgitação mitral

É a complicação mais comum do PVM, onde o sangue vaza de volta para o átrio esquerdo quando o ventrículo se contrai. Isso pode levar a palpitações, cansaço, falta de ar, ou, em casos mais graves, a insuficiência cardíaca.

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Arritmias

Algumas pessoas com prolapso mitral podem desenvolver arritmias (batimentos cardíacos irregulares), especialmente na forma de taquicardia supraventricular ou de fibrilação atrial, que podem causar palpitações, tonturas ou desconforto no peito.

Endocardite infecciosa

Essa alteração cardíaca também pode aumentar ligeiramente o risco de desenvolver endocardite infecciosa, uma infecção do revestimento interno do coração (endocárdio).

Ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral (AVC)

Embora seja raro, em casos graves, o PVM pode levar a um ataque cardíaco ou AVC, especialmente se houver formação de coágulos no átrio esquerdo.

Prolapso severo

Em casos raros, as cordas que sustentam as folhetas da válvula podem romper, o que pode causar um prolapso severo e requerer cirurgia reparadora ou de substituição da válvula.

Síndrome do prolapso da válvula mitral

Alguns pacientes podem experimentar sintomas não específicos, como fadiga, tontura e ansiedade, mesmo na ausência de regurgitação mitral significativa ou arritmias.

A maioria dos casos de PVM é leve e pode ser monitorada sem tratamento. No entanto, é importante que pessoas com PVM façam acompanhamento regular com um cardiologista, especialmente se houver sintomas ou se o prolapso for grave. 

Quais as causas desse problema?

As causas exatas do prolapso da válvula mitral não são completamente compreendidas, mas algumas causas conhecidas e fatores de risco associados incluem:

Anormalidades estruturais

O prolapso da válvula mitral pode ser causado por anormalidades nas estruturas da válvula, como folhetos valvares excessivamente grandes ou espessos, cordas tendíneas alongadas ou enfraquecidas, ou anormalidades no músculo papilar. Essas anormalidades estruturais podem ser congênitas (presentes desde o nascimento) ou adquiridas ao longo da vida.

Fatores genéticos

O prolapso da válvula mitral tende a ocorrer em famílias, sugerindo uma predisposição genética para a condição. Certas mutações genéticas podem predispor uma pessoa ao desenvolvimento do PVM.

Síndrome de Marfan

A síndrome de Marfan é um distúrbio genético do tecido conjuntivo que pode afetar várias partes do corpo, incluindo as válvulas cardíacas. Pessoas com síndrome de Marfan têm maior probabilidade de desenvolver prolapso da válvula mitral devido a anormalidades estruturais do tecido conjuntivo.

Síndrome de Ehlers-Danlos

Assim como a síndrome de Marfan, a síndrome de Ehlers-Danlos é um distúrbio genético do tecido conjuntivo que pode predispor ao prolapso da válvula mitral devido a anormalidades nas estruturas valvares.

Degeneração mixomatosa

A degeneração mixomatosa é uma condição na qual o tecido das válvulas cardíacas se degenera e se torna excessivamente espesso, flexível e gelatinoso. Essa degeneração pode levar ao prolapso da válvula mitral.

Trauma no peito

Trauma no peito, como ferimentos causados por acidentes de carro ou quedas, pode causar danos às estruturas da válvula mitral e predispor ao prolapso.

Outras condições médicas

Certas condições médicas, como febre reumática, endocardite infecciosa, hipertireoidismo e distúrbios do tecido conjuntivo, podem aumentar o risco de prolapso da válvula mitral.

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Alzheimer: sintomas, diagnóstico e tratamentos

Quais os sintomas? Como perceber?

Embora muitas pessoas com prolapso da válvula mitral (PVM) não apresentem sintomas, algumas podem experimentar sinais e sintomas que servem como alerta. 

É importante observar que a presença destes sintomas não significa necessariamente a presença de um quadro sério, mas eles podem ser indicativos de que uma avaliação médica é aconselhável. Os sintomas mais comuns incluem:

✅ Palpitações cardíacas – Sensação de batimentos cardíacos rápidos, fortes ou irregulares. Isso pode ocorrer devido a arritmias que às vezes estão associadas ao PVM.

✅ Fadiga – Cansaço ou fraqueza, que pode ser mais notável durante ou após esforços físicos.

✅ Falta de ar – Dificuldade para respirar, especialmente durante atividades físicas ou quando deitado, pode ser um sinal de regurgitação mitral significativa.

✅ Tontura ou desmaios – Episódios de tontura ou desmaios (síncope) podem ocorrer, embora sejam menos comuns.

✅ Dor no peito – Algumas pessoas relatam dor ou desconforto no peito, que não é necessariamente associado a doença arterial coronariana.

✅ Ansiedade – Uma sensação anormal de nervosismo, que pode ser acompanhada por palpitações.

✅ Migranea  – Dor de cabeça frequente ou severa, incluindo enxaquecas.

Lembre-se de que a presença de um ou mais desses sintomas não confirma automaticamente o PVM, pois eles podem ser associados a várias outras condições de saúde. Portanto, é crucial consultar um médico para um diagnóstico preciso. 

Quais os tratamentos disponíveis?

O tratamento do prolapso da válvula mitral (PVM) depende da gravidade dos sintomas e da presença de complicações. Para a maioria das pessoas com PVM, especialmente aquelas sem sintomas ou com sintomas leves, o tratamento pode não ser necessário. 

No entanto, para aqueles que requerem intervenção, as opções de tratamento incluem:

✅ Acompanhamento regular – Para casos leves ou assintomáticos, o médico pode apenas recomendar acompanhamento regular para monitorar a condição.

✅ Medicamentos – Se houver sintomas ou complicações, podem ser prescritos medicamentos para ajudar a controlar os sintomas ou tratar complicações específicas. Estes podem incluir:

✅ Beta-bloqueadores – Para reduzir as palpitações e ajudar a controlar a frequência cardíaca.

✅ Anticoagulantes – Em casos com arritmias significativas, como fibrilação atrial, para reduzir o risco de formação de coágulos.

✅ Diuréticos – Para aliviar os sintomas de insuficiência cardíaca, como inchaço e falta de ar.

✅ Mudanças no estilo de vida – Mudanças de estilo de vida podem ajudar a gerenciar os sintomas e a saúde cardiovascular em geral. Isso inclui manter um peso saudável, fazer exercícios regularmente (conforme recomendado pelo médico), evitar o uso de estimulantes (como cafeína e álcool) e parar de fumar.

✅ Cirurgia de válvula mitral – Em casos raros, quando há regurgitação mitral severa que causa sintomas significativos ou danos ao coração, pode ser necessária a cirurgia para reparar ou substituir a válvula mitral. 

Quando a opção é pela cirurgia, existem algumas opções disponíveis, como:

✅ Reparo da válvula mitral – É geralmente preferido sobre a substituição, pois mantém a própria válvula e estrutura do coração.

✅ Substituição da válvula mitral – Em casos onde o reparo não é viável, a válvula mitral pode ser substituída por uma artificial.

É importante que o tratamento seja personalizado para cada indivíduo, levando em consideração a gravidade da condição, sintomas, risco de complicações e saúde geral do paciente. 

Consultas regulares com um cardiologista são essenciais para um manejo eficaz do prolapso de válvula mitral.

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Bócio nodular: sintomas, causas e diagnóstico?

Apesar de ter sido reduzida bastante sua incidência na população em geral, o bócio nodular ainda afeta milhares de pessoas pelo mundo, trazendo diversos impactos para a qualidade de vida.

Também conhecida como “papo”, essa alteração na tireoide tem o potencial de impactar diretamente o funcionamento dessa glândula, levando ao hipo ou hipertireoidismo, com seus inúmeros sintomas.

Veja a seguir o que é realmente o bócio nodular, seus sintomas, causas, diagnóstico e tratamento.

Boa leitura!

O que é bócio nodular e quais os seus riscos?

O bócio nodular é uma condição caracterizada pelo aumento anormal do tamanho da glândula tireoide, formando nódulos na sua estrutura. 

A tireoide é uma glândula em forma de borboleta localizada na parte frontal do pescoço, responsável por produzir hormônios que desempenham um papel crucial no metabolismo do corpo.

Quando ocorre o bócio nodular, a tireoide desenvolve nódulos, que são pequenos caroços ou massas na glândula. Esses nódulos podem variar em tamanho e podem ser únicos ou múltiplos. O bócio nodular é uma condição comum, e na maioria dos casos, os nódulos não são cancerígenos.

Os riscos associados ao bócio nodular estão relacionados principalmente ao seu potencial de impactar a função da tireoide. Dependendo do tamanho e da localização dos nódulos, pode haver alterações na produção normal de hormônios tireoidianos, levando a distúrbios como hipotireoidismo ou hipertireoidismo

Embora muitos casos de bócio nodular sejam benignos, é importante avaliar a condição para garantir um diagnóstico adequado e determinar a melhor abordagem de tratamento, se necessário.

Causas e fatores de risco?

O bócio nodular pode ter várias causas, e também vários fatores de risco podem contribuir para seu desenvolvimento. Alguns dos principais incluem:

Deficiência de Iodo

A deficiência de iodo é uma causa comum de bócio nodular, pois o iodo é um componente essencial na produção dos hormônios tireoidianos. Áreas geográficas com baixo teor de iodo no solo podem resultar em deficiência desse mineral na dieta.

Idade

O risco de desenvolver bócio nodular aumenta com a idade. Pessoas mais velhas têm uma probabilidade maior de desenvolver nódulos na tireoide.

Gênero

Mulheres têm uma incidência maior de bócio nodular do que homens, e isso está relacionado à maior flutuação hormonal pela qual elas passam, seja pelos ciclos menstruais mensais, seja por gestações e maternidade; fatores que influenciam a função da tireoide.

História familiar

Se houver casos de bócio nodular na família, o risco pode ser maior, sugerindo uma predisposição genética. Nesses casos, acompanhar de tempos em tempos o funcionamento da tireoide pode ser indicado.

Radiação

A exposição à radiação na região do pescoço, especialmente durante a infância, pode aumentar o risco de desenvolver nódulos na tireoide.

Hormônios

O uso de terapia de reposição hormonal pode influenciar o desenvolvimento do bócio nodular, pela possível influência que esses medicamentos podem ter sobre a glândula tireoide.

É essencial considerar esses fatores ao avaliar o risco de bócio nodular e, se necessário, buscar orientação médica para um diagnóstico preciso e um plano de gerenciamento adequado.

Bócio nodular: diagnóstico e tratamento

O diagnóstico do bócio nodular geralmente envolve uma combinação de exames clínicos, testes laboratoriais e exames de imagem. Alguns dos métodos comuns incluem:

✅ Exame físico: O médico – em geral, endocrinologista – pode realizar um exame físico para avaliar o tamanho e a textura da tireoide, bem como verificar a presença de nódulos.

Exames de sangue: Testes laboratoriais para medir os níveis de hormônios tireoidianos no sangue podem ser realizados para avaliar a função da tireoide.

Ultrassonografia: Também conhecida  como ecografia, este exame de imagem utiliza ondas sonoras para criar uma imagem detalhada da tireoide, permitindo identificar o tamanho, número de nódulos e suas características.

Biópsia de tireoide: Em alguns casos, uma punção aspirativa por agulha fina pode ser realizada para avaliar a natureza dos nódulos, determinando se são benignos ou cancerígenos.

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Como é feito o tratamento?

Os tratamentos para o bócio nodular dependem da causa, do tamanho dos nódulos e da presença de sintomas. Alguns dos métodos de tratamento incluem:

Observação ativa: Se os nódulos são pequenos e não causam sintomas significativos, o médico pode optar por monitorar a condição ao longo do tempo.

✅ Medicação: Em alguns casos, medicamentos podem ser prescritos para regular a função da tireoide.

✅ Iodoterapia: Em situações em que a deficiência de iodo é identificada, suplementos de iodo podem ser recomendados.

✅ Cirurgia: Em casos mais graves, ou se houver suspeita de câncer, a remoção cirúrgica dos nódulos ou da tireoide como um todo pode ser necessária.

✅ Tratamento com radioiodo: Para nódulos hiperativos, a terapia com radioiodo pode ser usada para reduzir o tamanho dos nódulos.

O tratamento específico será determinado com base na avaliação de cada paciente, considerando a gravidade dos sintomas, o tamanho e a natureza dos nódulos, bem como outros fatores relevantes. 

É importante consultar um profissional de saúde para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado.

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Tumores filoides (phyllodes): sintomas, causas e diagnóstico?

Cistos, nódulos e massas nas mamas são sinais que sempre preocupam as mulheres; e não é para menos, já que o câncer de mama é a principal causa de morte por câncer em mulheres no Brasil.

Um dos tumores que, apesar de raros, costumam gerar bastante receio, é o tumor phyllode (ou filoide), que podem ser benignos ou malignos.

A seguir você vai descobrir o que são esses tumores, seus sintomas, causas, diagnósticos e formas de tratamento.

Confira!

O que são tumores (filoides) phyllodes e quais os seus sintomas?

Os tumores phyllodes – ou tumores filoides – são uma forma rara de tumor, que se desenvolve nas glândulas mamárias, predominantemente nas mulheres. Esses tumores possuem características específicas, que os diferenciam dos tumores mamários mais comuns, como os carcinomas.

Ressonância magnética mostrando o tumor (fonte: Unicamp)

Entre os principais sinais e sintomas dos tumores phyllodes, podemos citar:

✅ Presença de nódulo ou massa na mama: O sintoma mais comum é a detecção de uma massa ou nódulo na mama durante o autoexame ou exame clínico.

✅ Crescimento rápido do nódulo: Os tumores phyllodes têm a tendência de crescer mais rapidamente do que os tumores benignos mais comuns, podendo levar a um aumento notável no tamanho da massa.

✅ Alterações na forma ou textura da mama: Podem ocorrer mudanças na forma ou textura da mama devido ao crescimento do tumor, o que pode ser percebido pela paciente.

✅ Dor ou sensibilidade na mama: Algumas mulheres podem experimentar dor ou sensibilidade na área afetada, embora nem sempre seja um sintoma presente.

É importante notar que muitos tumores phyllodes são benignos, mas alguns podem ser classificados como malignos. Diferenciar entre tumores benignos e malignos é crucial para determinar o curso adequado de tratamento. 

Devido à raridade desses tumores, é fundamental que qualquer massa mamária suspeita seja avaliada por um profissional de saúde para um diagnóstico preciso.

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Quais as causas desse tipo de tumor?

Até o momento, a comunidade médica não identificou causas específicas para o desenvolvimento de tumores phyllodes nas glândulas mamárias. No entanto, alguns fatores de risco e características foram observados em pacientes com esse tipo de tumor. Esses fatores incluem:

Idade e gênero

Tumores phyllodes são mais comuns em mulheres, geralmente entre 45 e 49 anos. No entanto, eles podem ocorrer em mulheres mais jovens e, em casos raros, até em homens.

Histórico familiar

Pacientes com histórico familiar de câncer de mama ou tumores mamários podem ter um risco ligeiramente aumentado de desenvolver tumores phyllodes.

Alterações genéticas

Alguns estudos sugerem que alterações genéticas específicas podem estar associadas ao desenvolvimento de tumores phyllodes. No entanto, a relação não é totalmente compreendida.

Exposição a radiações ionizantes

A exposição prévia a radiações ionizantes, especialmente durante a adolescência, pode estar associada a um aumento do risco de desenvolvimento de tumores phyllodes.

Outras condições mamárias

Certas condições mamárias pré-existentes, como fibroadenomas ou lesões císticas, podem estar relacionadas ao desenvolvimento de tumores phyllodes.

É importante notar que a maioria dos tumores phyllodes é benigna, e apenas uma pequena proporção é classificada como maligna. Além disso, devido à raridade desses tumores, a compreensão completa de seus fatores de risco ainda é uma área de pesquisa em andamento. 

Diagnóstico Tumores filoides

O diagnóstico de tumores phyllodes geralmente começa com um exame clínico da mama, realizado por um profissional de saúde – em geral um(a) mastologista. Isso pode envolver a identificação de qualquer massa ou alteração na textura da mama.

Exames de imagem – como mamografia ou ecografia – podem ser realizados para obter uma visão mais detalhada da massa e sua composição.

Uma biópsia é essencial para confirmar o diagnóstico e determinar se o tumor é benigno ou maligno. A biópsia pode ser feita por aspiração com agulha fina (PAAF) ,biópsia por agulha grossa ( Core biópsia) ou  biópsia por excisão.( cirurgia) 

Se o tumor for diagnosticado como maligno, procedimentos adicionais, como ressonância magnética  podem ser realizados para avaliar a extensão do câncer.

Como é feito o tratamento?

O tratamento primário para tumores phyllodes é a remoção cirúrgica do tumor. Em casos benignos, a cirurgia pode ser curativa. Em casos malignos, pode ser necessária a retirada da mama ( mastectomia ) ou apenas das glândulas mamárias ( adenomastectomia ),  que pode ser acompanhada da retirada de linfonodos axilares .

Após a cirurgia, o paciente é acompanhado de perto para monitorar qualquer recorrência. Nesses casos, exames de imagem regulares e avaliações clínicas são parte integrante do acompanhamento.

Em alguns casos de tumores phyllodes malignos, a radioterapia pode ser recomendada após a cirurgia, para reduzir o risco de recorrência.

A quimioterapia é raramente usada para tratar tumores phyllodes e é geralmente reservada para casos de malignidade avançada e resistentes a outros tratamentos.

É crucial que o diagnóstico e o plano de tratamento sejam personalizados com base nas características específicas do tumor, garantindo a abordagem mais eficaz e adequada para cada paciente. 

O acompanhamento contínuo é essencial para monitorar a resposta ao tratamento e detectar qualquer sinal de recorrência.

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Lesões mamárias: o que são e como diagnosticar?

Lesões mamárias – quando detectadas em um exame de imagem ou mesmo à palpação – estão entre os maiores receios das mulheres, devido ao risco de evolução para câncer de mama.

No entanto existem muitas diferenças entre os tipos de lesões, e cada tipo requer uma abordagem diferente, dados os seus riscos igualmente diferentes.

A seguir vamos te mostrar o que são lesões mamárias, quais os tipos mais ou menos perigosos, além de te apresentar os métodos mais modernos de diagnóstico.

Acompanhe!

O que são lesões mamárias?

Afinal, o que são lesões mamárias?

Lesões mamárias referem-se a qualquer alteração, anormalidade ou dano nos tecidos da mama. Essas lesões podem envolver diferentes componentes do tecido mamário, incluindo os ductos, glândulas, tecido conjuntivo e vasos sanguíneos. 

As lesões mamárias podem variar em natureza e gravidade, e sua presença pode ser identificada por meio de exames clínicos, como palpação ou exames de imagem, como a mamografia. 

É importante destacar que nem todas as lesões mamárias são cancerígenas, e muitas delas são benignas, sendo importante a avaliação médica para determinar a natureza da lesão e orientar o tratamento adequado, quando necessário.

Já as lesões pré-cancerígenas nas mamas são alterações celulares que indicam um risco aumentado de desenvolver câncer de mama, em comparação com células saudáveis. Essas alterações podem envolver anormalidades que sugiram um estágio inicial de transformação que, se não tratado, pode evoluir para câncer de mama. 

Identificar e monitorar essas lesões é crucial para intervenções preventivas e estratégias de vigilância, visando evitar a progressão para o câncer de mama. 

Tipos de lesões mamárias, conforme seu risco

Vejamos agora os diferentes tipos de lesões mamárias, classificados a partir do seu risco de evoluir para um quadro de câncer de mama.

Lesões sem risco aumentado para câncer de mama

Existem lesões que aparecem frequentemente em exames de mamografia – e naturalmente preocupam as mulheres – mas que não têm risco aumentado para o câncer de mama, como:

Certamente, vou fornecer uma breve explicação sobre cada uma das lesões mamárias mencionadas:

✅ Adenose – Aumento do número de glândulas mamárias, muitas vezes associado a alterações na estrutura do tecido mamário.

✅ Ectasia ductal – Caracterizada pelo alargamento dos ductos mamários, muitas vezes acompanhado por inflamação.

✅ Macro e microcistos – Cistos são pequenos sacos cheios de líquido. Macro e microcistos referem-se a cistos de diferentes tamanhos.

✅ Hiperplasia simples – Aumento no número de células nas glândulas mamárias, sem atipias celulares ( alterações nas células) significativas.

✅ Fibroadenoma – São tumores sólidos, benignos , compostos por tecido glandular e conjuntivo, comuns em mulheres jovens.

✅ Metaplasia apócrina – Alteração no tipo de células nas glândulas mamárias. 

Lesões com risco levemente aumentado para câncer de mama

Já no grupo de lesões que apresentam algum risco de evoluírem para um câncer de mama, as lesões abaixo representam uma chance de 1,5 a 2 vezes maior de se tornarem uma neoplasia mamária. 

Certamente, vou fornecer uma breve explicação sobre cada uma das lesões mamárias mencionadas:

✅ Hiperplasia moderada e florida – Envolve um aumento no número de células nas glândulas mamárias, com características específicas nas células que revestem os ductos.

✅ Adenose esclerosante – Caracterizada pelo crescimento anormal de glândulas mamárias em meio a um tecido conjuntivo mais denso.

✅ Papiloma – Crescimentos benignos que podem ocorrer nos ductos mamários, frequentemente associados a secreções sanguinolentas.

✅ Cicatriz radial – Refere-se a lesões constituídas por um centro fibroso, e envolvidas por células,  formando um aspecto estrelado ou irradiado.

Lesões com risco aumentado para câncer de mama

Neste grupo estão as lesões que apresentam um risco aumentado de evolução para o câncer de mama; segundo pesquisas, de até 5 vezes. São elas:

Certamente, vou fornecer uma breve explicação sobre cada uma das lesões mamárias mencionadas com risco aumentado para câncer de mama:

✅ Hiperplasia ductal atípica – Aumento anormal no número de células nas glândulas mamárias, com atipias celulares específicas nos ductos. Está associada a um aumento significativo no risco de câncer de mama, em comparação com a hiperplasia simples.

✅ Hiperplasia lobular atípica – Crescimento anormal de células nas glândulas lobulares, com características celulares atípicas. Está associada a um aumento substancial no risco de câncer de mama, especialmente no seio contralateral.

Lesões com risco aumentado para câncer de mama

Finalmente, listamos abaixo as lesões mamárias que oferecem o maior risco para o câncer de mama – em até 10 vezes – e requerem toda a atenção, que são:

✅ Carcinoma lobular in situ (CLIS) – Envolve o crescimento anormal de células nas glândulas lobulares da mama, mas permanecendo confinado no local de origem sem invadir os tecidos circundantes. 

✅ Carcinoma ductal in situ (CDIS) – Caracterizado pelo crescimento anormal de células nos ductos mamários, sem invasão nos tecidos circundantes. Existe um risco significativo de evoluir para câncer invasivo, e a intervenção médica é frequentemente necessária.

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Como é feito o diagnóstico das lesões mamárias?

Os métodos diagnósticos para lesões mamárias podem incluir uma variedade de abordagens para avaliar e caracterizar as alterações nos tecidos mamários. Aqui estão alguns dos métodos comumente utilizados:

Mamografia

A mamografia é um exame de imagem que utiliza raios-X de baixa dose para criar imagens detalhadas das mamas. Considerado o exame “padrão ouro” para avaliar lesões nas mamas, é amplamente utilizado para rastreamento e detecção precoces de lesões, incluindo microcalcificações associadas a condições como carcinoma ductal in situ (CDIS).

É indicado como exame de rotina para mulheres a partir dos 40 anos, ou mesmo antes, por indicação médica, em casos de história familiar ou pessoal positiva para câncer de mama.

Ultrassonografia mamária

A ultrassonografia usa ondas sonoras para criar imagens das estruturas internas das mamas. É útil para avaliar nódulos detectadas na mamografia, especialmente em mulheres com mamas densas (mulheres mais jovens). Pode ser utilizado para diferenciar cistos de tumores sólidos.

Ressonância magnética mamária

A ressonância magnética usa campos magnéticos e ondas de rádio para gerar imagens detalhadas das mamas. Pode ser recomendada em casos de avaliação adicional, especialmente para mulheres com alto risco de câncer de mama. 

É mais sensível na detecção de algumas lesões, porém sua indicação deve ser bem avaliada, já que também apresenta uma chance maior de falsos positivos.

Biópsia por agulha

A biópsia por agulha (fina ou grossa) envolve a remoção de uma amostra de tecido para análise laboratorial. Procedimento essencial para confirmar a natureza e a possível malignidade das lesões. Pode incluir biópsias do tipo core, aspirativas ou estereotáxicas, dependendo da situação.

Biópsia Cirúrgica

A biópsia cirúrgica envolve a remoção de uma amostra maior de tecido para análise patológica. Geralmente realizada quando uma lesão precisa ser completamente removida para avaliação mais precisa.

Tomossíntese mamária (mamografia 3D)

A tomossíntese mamária é uma variação da mamografia, que cria imagens tridimensionais das mamas. Pode melhorar a detecção de lesões, especialmente em mamas densas.

Cintilografia óssea

A cintilografia óssea é usada para avaliar se há disseminação de câncer para os ossos. Pode ser recomendada para casos em que há suspeita de metástases.

Biópsia de linfonodos sentinela

Neste procedimento, o linfonodo sentinela – o primeiro a receber drenagem da área afetada – é removido para análise. Esse tipo de biópsia é realizada para avaliar se o câncer se disseminou para os linfonodos.

O método diagnóstico escolhido depende da situação clínica específica, das características da lesão e das necessidades individuais da paciente. 

A abordagem multidisciplinar, envolvendo radiologistas, patologistas e oncologistas, é crucial para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado.

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