O diabetes tipo 2 – desenvolvido por conta de hábitos de vida – tem sido alvo de estudos quanto à possibilidade de poder ser revertido, o que ainda não é um consenso.
Muitos estudos, no entanto, têm indicado nessa direção. Logo abaixo falaremos sobre alguns pontos importantes sobre isso. Confira!
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O que se sabe até hoje sobre remissão do diabetes tipo 2?
>>>> Veja também: Gordura no fígado: sintomas, causas e como eliminar?
A possibilidade de remissão do diabetes tipo 2 tem sido objeto de estudos e pesquisas ao longo dos anos, com resultados que destacam a influência de intervenções no estilo de vida, na melhoria dos níveis de glicose e na redução dos sintomas da doença.
A remissão, neste contexto, refere-se à reversão dos sintomas e à normalização dos níveis de glicose, muitas vezes sem a necessidade de medicação contínua.
Alguns pontos relevantes, baseados em estudos científicos e clínicos, incluem:
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Estilo de vida saudável
Intervenções significativas no estilo de vida, como mudanças na dieta, aumento da atividade física e perda de peso, têm demonstrado impactos positivos na remissão do diabetes tipo 2, como o trabalho publicado na revista científica The Lancet Regional Health, por pesquisadores da Universidade de Glasgow, na Escócia.
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Perda de peso
Estudos têm mostrado que a perda de peso, especialmente quando associada à gordura visceral, está relacionada à melhoria da sensibilidade à insulina e à remissão do diabetes tipo 2.
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Restrição calórica
Algumas abordagens dietéticas, incluindo a restrição calórica, têm sido associadas a melhorias nos marcadores do diabetes tipo 2 e à promoção da remissão.
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Cirurgia bariátrica
Em casos mais graves, a cirurgia bariátrica tem sido uma opção que não apenas leva à perda significativa de peso, mas também pode resultar na remissão do diabetes tipo 2 em alguns pacientes, conforme alguns estudos.
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Tempo no diagnóstico
Estudos indicam que a remissão pode ser mais alcançável em estágios iniciais do diabetes tipo 2, destacando a importância do diagnóstico precoce e intervenção. Em geral, pacientes com menos de 5 anos de diagnóstico têm melhores prognósticos.
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Monitoramento e acompanhamento
A remissão muitas vezes requer monitoramento constante, ajustes nas abordagens de tratamento e acompanhamento médico regular para manter os resultados a longo prazo.
É crucial reconhecer que a possibilidade de remissão pode variar de pessoa para pessoa, dependendo de fatores como genética, gravidade da condição e aderência às mudanças no estilo de vida. Além disso, a remissão não implica cura definitiva, e o gerenciamento contínuo é necessário para evitar recorrências.
É absolutamente possível ter uma qualidade de vida significativa mesmo ao conviver com o diabetes, porém com cuidados importantes, que devem ser seguidos à risca, como:
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Alimentação balanceada
Adote uma dieta equilibrada, rica em vegetais, frutas, grãos integrais e proteínas magras. Controle o consumo de carboidratos, monitorando as porções e escolhendo alimentos de baixo índice glicêmico.
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Controle do peso
Mantenha um peso saudável por meio de hábitos alimentares adequados e atividade física regular. A perda de peso, quando necessário, pode ter um impacto significativo na gestão do diabetes.
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Atividade física regular
Inclua exercícios físicos em sua rotina diária. A atividade física ajuda a controlar os níveis de glicose, melhora a sensibilidade à insulina e promove a saúde cardiovascular.
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Monitoramento regular da glicose
Faça o monitoramento regular dos níveis de glicose no sangue. Isso permite ajustes nas medicações e nas escolhas alimentares conforme necessário.
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Medicação adequada
Tome os medicamentos prescritos conforme as orientações do médico. É crucial seguir o plano de tratamento para manter os níveis de glicose sob controle.
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Acompanhamento médico
Agende consultas regulares com seu médico endocrinologista, para monitorar seu estado de saúde e ajustar o tratamento conforme necessário.
Ao adotar esses cuidados, de maneira consistente, muitas pessoas com diabetes conseguem levar vidas ativas, produtivas e gratificantes.
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Parte dos cuidados regulares importantes no bom controle do diabetes e suas consequências é a realização de exames de imagem.
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O tratamento da obesidade é uma tarefa bastante desafiadora, que envolve uma abordagem integral, indo desde mudanças de comportamento ao uso de medicamentos, em alguns casos.
Nesse sentido, o médico endocrinologista surge como um importante aliado nesse processo. Mas você sabe como endocrinologistas tratam obesidade? Quais recursos esses profissionais têm à disposição para esse fim?
Logo abaixo você encontra as respostas para essas perguntas e conhece tudo o que esse profissional pode fazer por você. Confira!
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Como o endocrinologista cuida da obesidade?
A sociedade muitas vezes perpetua a ideia equivocada de que a obesidade é simplesmente uma escolha, uma falta de força de vontade ou resultado de hábitos alimentares inadequados.
No entanto, essa visão simplista ignora a complexidade da obesidade e os inúmeros fatores que contribuem para sua ocorrência.
É crucial abordar a questão da obesidade com empatia e compreensão, reconhecendo que a batalha contra o peso vai muito além do que é visível aos olhos. Dizer que alguém está obeso porque “quer” simplifica demais uma realidade multifacetada.
Existem inúmeros fatores, de genética a hábitos aprendidos na família, que induzem ao ganho de peso e que tornam muito desafiador reverter o quadro.
Além disso, pessoas com obesidade enfrentam mais dificuldade inclusive para realizar atividades físicas, devido à sobrecarga articular em exercícios de impacto – como para realizar corridas – e à menor mobilidade física.
Isso não quer dizer que a força de vontade não seja relevante nesse processo e que pessoas obesas não sejam responsáveis por reverter esse quadro, trata-se apenas de dimensionar essa responsabilidade para não colocar ainda mais pressão sobre pessoas que já enfrentam tantos desafios.
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Fatores que dificultam a perda de peso
Para exemplificar – com dados concretos – os fatores que dificultam a reversão, por conta própria, de um quadro de obesidade, vamos explorar alguns dos fatores que criam uma forte tendência à obesidade e dificultam o controle do peso.
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Genética
A predisposição genética desempenha um papel significativo na susceptibilidade à obesidade. Para algumas pessoas, a carga genética torna mais desafiador manter um peso saudável, independentemente de seus esforços.
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Metabolismo individual
O metabolismo varia amplamente de pessoa para pessoa. Algumas pessoas queimam calorias mais lentamente, o que pode tornar o ganho de peso mais fácil e a perda de peso mais desafiadora.
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Condições médicas
Algumas condições médicas, como hipotireoidismo, síndrome dos ovários policísticos (SOP), distúrbios hormonais e condições metabólicas, podem contribuir para o aumento de peso.
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Fatores ambientais
O ambiente em que vivemos desempenha um papel crucial. A acessibilidade a alimentos processados, a falta de espaços para atividade física e o estresse ambiental podem impactar negativamente os hábitos alimentares e a atividade física.
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Fatores sociais e econômicos
Limitações financeiras, falta de acesso a alimentos saudáveis e o impacto do estresse socioeconômico podem influenciar as escolhas alimentares e a capacidade de manter um estilo de vida ativo.
Aspectos psicológicos
Questões emocionais, como estresse, ansiedade, depressão e transtornos alimentares, podem desempenhar um papel significativo na relação com a comida e no controle do peso.
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Educação e conhecimento
A falta de educação nutricional e o desconhecimento sobre escolhas alimentares saudáveis podem contribuir para hábitos que levam ao ganho de peso.
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Medicamentos
Alguns medicamentos podem causar ganho de peso como efeito colateral, dificultando o controle do peso, mesmo com hábitos saudáveis.
É essencial quebrar o estigma associado à obesidade, reconhecendo que cada jornada é única. Em vez de julgar, ofereçamos apoio, compreensão e recursos para promover hábitos de vida saudáveis.
A obesidade é uma condição complexa que requer uma abordagem integral do indivíduo, visando não apenas a perda de peso, mas também a promoção do bem-estar integral.
Os endocrinologistas adotam uma abordagem multifacetada para o tratamento da obesidade, reconhecendo a complexidade da condição e considerando fatores genéticos, metabólicos, comportamentais e ambientais.
Aqui estão alguns dos recursos comuns utilizados por endocrinologistas no tratamento da obesidade:
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Aconselhamento nutricional
Endocrinologistas frequentemente colaboram com nutricionistas para fornecer orientações personalizadas sobre escolhas alimentares saudáveis, porções adequadas e estratégias para modificar hábitos alimentares.
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Programas de exercícios
Recomendação de programas de exercícios personalizados para ajudar na perda de peso e melhorar a saúde geral. Isso pode incluir atividades aeróbicas, treinamento de resistência e outras formas de exercício.
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Medicamentos antiobesidade
Em alguns casos, endocrinologistas podem prescrever medicamentos específicos que ajudam a controlar o apetite, aumentar a sensação de saciedade ou afetar o metabolismo para auxiliar na perda de peso.
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Monitoramento de hormônios
Avaliação e monitoramento de hormônios relacionados ao metabolismo, como a insulina, para entender melhor como esses fatores podem estar contribuindo para a obesidade.
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Cirurgia bariátrica
Em situações mais graves e quando outras abordagens não são eficazes, endocrinologistas podem encaminhar pacientes para considerar a cirurgia bariátrica. Essa opção é geralmente reservada para casos de obesidade mórbida.
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Avaliação de outras condições
Investigação e tratamento de condições médicas relacionadas, que podem contribuir para o ganho de peso, como distúrbios hormonais ou condições metabólicas.
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Aconselhamento comportamental
Apoio psicológico e aconselhamento comportamental para abordar questões emocionais, padrões alimentares não saudáveis e promover a mudança de comportamento.
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Acompanhamento regular
Manutenção de acompanhamento regular para monitorar o progresso, ajustar planos de tratamento conforme necessário e fornecer apoio contínuo.
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Educação do paciente
Educação contínua sobre a obesidade, seus fatores de risco e estratégias para promover um estilo de vida saudável.
Cada plano de tratamento é adaptado às necessidades individuais do paciente, levando em consideração sua saúde geral, histórico médico e preferências pessoais. O tratamento bem-sucedido da obesidade muitas vezes requer uma abordagem integrada e a colaboração de uma equipe multidisciplinar de profissionais de saúde.
E como parte dos possíveis recursos de tratamento, usados por endocrinologistas, estão os exames de imagem, como ecografias e densitometrias.
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É provável que você já saiba o que é o diabetes e os muitos riscos que ele oferece para todo o corpo, desde problemas nos rins, perda da visão e até – em casos graves – amputação de membros.
Além de todos esses riscos sérios, uma área especialmente sensível aos efeitos do diabetes é a saúde cardiovascular, ou seja, do coração e seus vasos.
A seguir você vai conhecer a relação entre o diabetes e o aumento do risco cardiovascular. Acompanhe!
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A relação entre diabetes e risco cardiovascular
A relação entre diabetes e o aumento do risco cardiovascular é bem estabelecida e multifacetada. Pessoas com diabetes têm um risco significativamente maior de desenvolver doenças cardiovasculares, em comparação com aquelas sem a condição.
Várias razões contribuem para essa associação:
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Resistência à insulina e inflamação
A resistência à insulina, comum no diabetes tipo 2, está ligada à inflamação crônica no organismo. A inflamação pode desencadear danos às paredes dos vasos sanguíneos, facilitando a formação de placas ateroscleróticas.
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Aterosclerose acelerada
Pessoas com diabetes frequentemente experimentam uma aceleração do processo de aterosclerose, no qual placas de gordura, colesterol e outros elementos se acumulam nas artérias, estreitando-as e prejudicando o fluxo sanguíneo.
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Níveis elevados de glicose no sangue
Níveis persistentemente elevados de glicose no sangue (hiperglicemia) podem causar danos aos vasos sanguíneos, levando à aterosclerose e aumentando o risco de eventos cardiovasculares.
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Disfunção endotelial
O diabetes pode levar à disfunção endotelial, que é a incapacidade dos vasos sanguíneos de dilatarem adequadamente. Isso contribui para a rigidez das artérias e aumenta a pressão arterial.
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Aumento dos níveis de triglicerídeos e redução do HDL
O diabetes muitas vezes está associado a níveis elevados de triglicerídeos e redução dos níveis de lipoproteína de alta densidade (HDL), o “bom” colesterol, fatores que contribuem para a aterosclerose.
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Risco de microangiopatia
Além das grandes artérias, o diabetes também aumenta o risco de microangiopatia, afetando os vasos sanguíneos menores, o que pode levar a complicações como retinopatia e nefropatia.
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Fatores de risco agregados
Pessoas com diabetes frequentemente apresentam outros fatores de risco cardiovascular, como hipertensão arterial, obesidade e perfil lipídico desfavorável, o que amplifica o risco global.
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Comprometimento do sistema nervoso autônomo
O diabetes pode afetar o sistema nervoso autônomo, resultando em desregulação da frequência cardíaca e da pressão arterial, aumentando o risco de eventos cardiovasculares.
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Eventos cardiovasculares silenciosos
Indivíduos com diabetes têm uma maior probabilidade de experimentar eventos cardiovasculares “silenciosos”, como infarto do miocárdio assintomático, o que dificulta a identificação precoce.
É essencial que pessoas com diabetes adotem um estilo de vida saudável, monitorem regularmente seus níveis de glicose, pressão arterial e colesterol, e recebam cuidados médicos regulares para gerenciar eficazmente os fatores de risco cardiovascular e prevenir complicações.
A cardiopatia diabética refere-se às complicações cardiovasculares que podem surgir em decorrência do diabetes, como vimos anteriormente. Ou seja, trata-se dos problemas relacionados ao coração que surgiram por causa do diabetes.
Problemas cardiovasculares são uma das principais complicações crônicas associadas ao diabetes, o que é ainda mais preocupante devido aos números alarmantes dessa condição.
Para se ter uma ideia, confira os dados abaixo, colhidos junto ao Ministério da Saúde:
✅ Em todo o mundo, estima-se que haja 425 milhões de diabéticos.
✅ Um em cada 11 adultos tem diabetes.
✅ Estima-se que o número de pessoas com diabetes subirá para 552 milhões em 2030, e é provável que atinja 629 milhões em 2045.
Proteger-se dos riscos associados à cardiopatia diabética envolve a adoção de um estilo de vida saudável e a gestão eficaz do diabetes. Aqui estão algumas medidas que podem ajudar a reduzir os riscos cardiovasculares em pessoas com diabetes:
✅ Controle glicêmico adequado: Mantenha os níveis de glicose no sangue dentro da faixa alvo, conforme orientado pelo seu profissional de saúde. Isso ajuda a prevenir danos aos vasos sanguíneos.
✅ Monitoramento regular da pressão arterial: Faça o monitoramento regular da pressão arterial. Manter a pressão arterial dentro dos limites saudáveis é fundamental para reduzir o risco de complicações cardiovasculares.
✅ Manutenção de um peso saudável: Mantenha um peso corporal saudável por meio de uma dieta equilibrada e atividade física regular. O excesso de peso está associado a um aumento no risco cardiovascular.
✅ Dieta saudável para o coração: Adote uma dieta rica em frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis. Limite a ingestão de gorduras saturadas, colesterol e sódio.
✅ Atividade física regular: Incorporar atividades físicas regulares ao seu cotidiano é crucial. O exercício ajuda a controlar o peso, reduzir a pressão arterial e melhorar a sensibilidade à insulina.
✅ Gestão do estresse: Práticas de gestão do estresse, como meditação, ioga e técnicas de relaxamento, podem ser benéficas para o coração e contribuir para um estilo de vida mais saudável.
✅ Não fumar: Se você fuma, considere parar. O tabagismo é um fator de risco significativo para doenças cardíacas, e parar de fumar traz benefícios imediatos à saúde.
✅ Controle do colesterol: Mantenha os níveis de colesterol dentro das metas recomendadas. Isso envolve escolhas alimentares saudáveis e, se necessário, medicamentos prescritos pelo médico.
✅ Exames de rotina: Faça exames de rotina, incluindo check-ups cardíacos regulares, para monitorar a saúde cardiovascular e identificar precocemente quaisquer problemas.
✅ Adesão aos medicamentos: Tome os medicamentos prescritos pelo médico conforme orientado, incluindo medicamentos para controle do diabetes, pressão arterial e colesterol.
✅ Educação contínua: Mantenha-se informado sobre o diabetes e suas complicações. A educação contínua ajuda na tomada de decisões informadas sobre o autocuidado.
>>>> Veja também: Gordura no fígado: sintomas, causas e como eliminar?
Ao adotar essas medidas, as pessoas com diabetes podem reduzir significativamente os riscos cardiovasculares associados e melhorar a qualidade de vida.
É fundamental trabalhar em parceria com profissionais de saúde – como cardiologistas e endocrinologistas – para desenvolver um plano de gestão personalizado, levando em consideração as necessidades individuais e os fatores de risco específicos.
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O diabetes é uma condição muito conhecida das pessoas, causado por uma dificuldade do organismo em regular os níveis de açúcar no sangue.
O que nem todos sabem é que existem dois tipos de diabetes – um que já nasce com a pessoa e outro desenvolvido ao longo da vida – e que trazem consigo diferentes sintomas, riscos e formas de tratamento.
Neste artigo vamos falar sobre os diabetes tipo 1 e 2, suas formas de prevenção, sintomas e possíveis complicações.
Diferenças entre diabetes tipo 1 e 2
O diabetes mellitus (ou simplesmente diabetes) é uma condição metabólica caracterizada por níveis elevados de glicose no sangue. Existem dois tipos principais de diabetes: tipo 1 e tipo 2.
Apesar de serem condições semelhantes, existem algumas diferenças entre elas, como causas, idade em que os sintomas têm início, tipos de tratamento e outros aspectos. Vamos iniciar falando das características do diabetes tipo 1:
Causa: O diabetes tipo 1 é geralmente causado por uma reação autoimune em que o sistema imunológico ataca e destrói as células beta do pâncreas. Essas células são responsáveis pela produção de insulina.
Idade de diagnóstico: Geralmente se manifesta cedo na vida, em crianças, adolescentes ou adultos jovens, embora possa ocorrer em qualquer idade.
Produção de Insulina: Nessa condição é produzida pouca ou nenhuma insulina pelo pâncreas, e os pacientes com diabetes tipo 1 dependem totalmente de injeções de insulina para controlar os níveis de glicose.
Fatores de Risco: Fatores genéticos e ambientais podem desencadear o diabetes tipo 1, mas não está fortemente associado a fatores de estilo de vida.
Tratamento: Insulina é o tratamento essencial. Os pacientes geralmente usam injeções diárias de insulina ou bombas de insulina.
Já o diabetes tipo 2 possui características diferentes, em alguns aspectos, e que devem ser destacadas, como veremos a seguir:
Causa: O diabetes tipo 2 está associado à resistência à insulina, onde as células do corpo não respondem eficazmente à insulina. À medida que a doença progride, a produção de insulina pelo pâncreas pode diminuir.
Idade de diagnóstico: Geralmente diagnosticado em adultos, mas também pode ocorrer em crianças e adolescentes, especialmente devido ao aumento da obesidade infantil.
Produção de insulina: Pode haver uma produção normal ou aumentada de insulina inicialmente, mas a resistência à insulina torna o corpo incapaz de usá-la eficientemente.
Fatores de risco: Fatores de risco incluem predisposição genética, obesidade, estilo de vida sedentário, idade avançada e histórico familiar de diabetes tipo 2.
Tratamento: O tratamento inicial pode envolver mudanças no estilo de vida, como dieta e exercício. Medicamentos orais e, em alguns casos, insulina, podem ser prescritos conforme a progressão da doença.
Semelhanças
Ambos os tipos de diabetes estão associados a níveis elevados de glicose no sangue, o que pode levar a complicações se não for controlado adequadamente.
Ambos os tipos podem beneficiar-se de uma abordagem de vida saudável, incluindo uma dieta balanceada, exercícios regulares e monitoramento regular da glicose.
É importante lembrar que o diabetes é uma condição séria que requer gerenciamento cuidadoso. O diagnóstico, tratamento e acompanhamento devem ser conduzidos por profissionais de saúde.
Existem medidas que podem ajudar na prevenção tanto do diabetes tipo 1 quanto do tipo 2, embora as estratégias de prevenção sejam diferentes para cada tipo.
Diabetes tipo 1
Como o diabetes tipo 1 tem origem basicamente genética – a pessoa já nasce com essa tendência – ainda não há formas de evitar que o problema ocorra. No entanto, alguns estudos têm mostrado a introdução de alimentos sólidos ao bebê após os primeiros 4-6 meses de vida, assim como a amamentação durante pelo menos os primeiros 3-4 meses, pode estar associada a um menor risco de desenvolver diabetes tipo 1 em crianças com predisposição genética.
Já a prevenção do diabetes tipo 2 – aquele desenvolvido ao longo da vida – está fortemente ligada a mudanças no estilo de vida. Aqui estão algumas estratégias eficazes:
Manter um peso saudável: Manter um peso corporal saudável é crucial. A obesidade é um dos principais fatores de risco para o diabetes tipo 2. A perda de peso pode melhorar a sensibilidade à insulina.
Dieta saudável: Adotar uma dieta rica em alimentos integrais, como grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis, pode ajudar a controlar o peso e a manter os níveis de glicose no sangue estáveis.
Atividade física regular: A prática regular de atividade física é fundamental. O exercício ajuda a melhorar a sensibilidade à insulina e a controlar o peso. Recomenda-se pelo menos 150 minutos de atividade física por semana.
Evitar o tabagismo: O tabagismo está associado a um aumento do risco de diabetes tipo 2. Parar de fumar traz benefícios significativos para a saúde.
Moderação no consumo de álcool: O consumo moderado de álcool não costuma trazer problemas, mas o excesso deve ser evitado, pois pode aumentar o risco de diabetes tipo 2.
Monitorar a pressão arterial e o colesterol: Controlar a pressão arterial e os níveis de colesterol também é importante para reduzir o risco de complicações relacionadas ao diabetes.
Acompanhamento médico regular: Realizar exames de rotina e consultar profissionais de saúde regularmente para monitorar a saúde geral e avaliar os fatores de risco.
Lembre-se de que, embora essas estratégias possam reduzir significativamente o risco, não há garantia de prevenção total. Fatores genéticos também desempenham um papel, e algumas pessoas podem desenvolver diabetes mesmo com um estilo de vida saudável.
A orientação de profissionais de saúde é essencial para adaptar estratégias de prevenção às necessidades individuais.
Os sintomas do diabetes tipo 1 e tipo 2 podem ser semelhantes em alguns casos, mas existem algumas diferenças notáveis. Vamos iniciar explorando os sintomas do diabetes tipo 1, ou seja, aquele no qual a pessoa já nasce com essa condição:
Sintomas iniciais: Os sintomas geralmente aparecem rapidamente e de forma mais pronunciada. Sede excessiva (polidipsia). Micção frequente, especialmente à noite (poliúria). Fome extrema (polifagia). Perda de peso inexplicada.
Outros sintomas: Fadiga extrema e fraqueza. Mudanças repentinas no humor. Visão embaçada. Infecções frequentes. Feridas que cicatrizam lentamente.
Cetose diabética: Em casos avançados, pode ocorrer cetose diabética, que se manifesta por hálito com odor de acetona, náuseas, vômitos e respiração rápida.
Já no caso do diabetes tipo 2, os sintomas são muito semelhantes, mas apresentam algumas diferenças, principalmente o fato dessa condição se desenvolver gradualmente e passar despercebida por um período. Mas também incluem sede excessiva, micção frequente e fome constante.
Também estão presentes sintomas como fadiga, visão turva, infecções frequentes, feridas que cicatrizam lentamente, dormência ou formigamento nas mãos ou nos pés.
É importante observar que muitas pessoas com diabetes tipo 2 podem não apresentar sintomas óbvios no início ou podem atribuir os sintomas a outras condições. Além disso, alguns sintomas, como fadiga e micção frequente, podem ser atribuídos a várias condições de saúde.
Se houver suspeita de diabetes, com base nos sintomas ou fatores de risco, é essencial procurar avaliação médica para diagnóstico e tratamento adequados.
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O diabetes é uma condição crônica – ou seja, sem cura – que requer gerenciamento contínuo para manter os níveis de glicose no sangue sob controle. Se não for tratado ou gerenciado adequadamente, pode levar a várias complicações sérias que afetam diferentes partes do corpo. Algumas das complicações possíveis incluem:
Cetoacidose diabética (CAD)
Uma condição potencialmente fatal, que ocorre quando o corpo não pode usar a glicose devido à falta de insulina. Isso leva à quebra de gorduras para obter energia, resultando em altos níveis de cetonas no sangue.
As cetonas são substâncias ácidas que vão desequilibrar o Ph do sangue, ou seja, vão causar um desequilíbrio na composição sanguínea, que se não for tratado pode levar até ao coma e à morte.
Estado hiperosmolar hiperglicêmico
Uma situação de emergência, que envolve níveis extremamente elevados de glicose no sangue, desidratação grave e risco de complicações neurológicas.
Danos aos rins, que podem levar à insuficiência renal.
Doença ocular (retinopatia diabética)
Lesões nos vasos sanguíneos da retina, que podem levar à perda de visão.
Danos aos nervos (neuropatia diabética)
Danos aos nervos, frequentemente nos pés e pernas, resultando em formigamento, dor e perda de sensação.
Problemas nos pés
Infecções, úlceras e problemas de cicatrização devido à neuropatia e problemas circulatórios.
Complicações bucais e gengivais
Maior risco de infecções na boca e gengivas.
Complicações na gravidez
Riscos aumentados de complicações para a mãe e o feto durante a gravidez.
Infecções recorrentes
O diabetes pode enfraquecer o sistema imunológico, aumentando o risco de infecções.
Doença hepática não alcoólica esteato-hepatite
Acúmulo de gordura no fígado, podendo levar a inflamação e cicatrizes.
Amputações
Nos casos mais graves de neuropatia e problemas circulatórios, podem ocorrer úlceras nos pés que não cicatrizam adequadamente, aumentando o risco de infecção. Isso, por sua vez, pode levar à necessidade de amputação.
É crucial ressaltar que o tratamento e o gerenciamento eficazes do diabetes podem reduzir significativamente o risco dessas complicações. Monitorar regularmente os níveis de glicose, seguir um plano de tratamento personalizado, adotar um estilo de vida saudável e buscar cuidados médicos regulares são componentes essenciais do manejo bem-sucedido do diabetes.
A prevenção, o diagnóstico precoce e a intervenção são fundamentais para evitar complicações a longo prazo.
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