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É provável que você já saiba o que é o diabetes e os muitos riscos que ele oferece para todo o corpo, desde problemas nos rins, perda da visão e até – em casos graves – amputação de membros.
Além de todos esses riscos sérios, uma área especialmente sensível aos efeitos do diabetes é a saúde cardiovascular, ou seja, do coração e seus vasos.
A seguir você vai conhecer a relação entre o diabetes e o aumento do risco cardiovascular. Acompanhe!
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A relação entre diabetes e o aumento do risco cardiovascular é bem estabelecida e multifacetada. Pessoas com diabetes têm um risco significativamente maior de desenvolver doenças cardiovasculares, em comparação com aquelas sem a condição.
Várias razões contribuem para essa associação:
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A resistência à insulina, comum no diabetes tipo 2, está ligada à inflamação crônica no organismo. A inflamação pode desencadear danos às paredes dos vasos sanguíneos, facilitando a formação de placas ateroscleróticas.
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Pessoas com diabetes frequentemente experimentam uma aceleração do processo de aterosclerose, no qual placas de gordura, colesterol e outros elementos se acumulam nas artérias, estreitando-as e prejudicando o fluxo sanguíneo.
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Níveis persistentemente elevados de glicose no sangue (hiperglicemia) podem causar danos aos vasos sanguíneos, levando à aterosclerose e aumentando o risco de eventos cardiovasculares.
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O diabetes pode levar à disfunção endotelial, que é a incapacidade dos vasos sanguíneos de dilatarem adequadamente. Isso contribui para a rigidez das artérias e aumenta a pressão arterial.
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O diabetes muitas vezes está associado a níveis elevados de triglicerídeos e redução dos níveis de lipoproteína de alta densidade (HDL), o “bom” colesterol, fatores que contribuem para a aterosclerose.
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Além das grandes artérias, o diabetes também aumenta o risco de microangiopatia, afetando os vasos sanguíneos menores, o que pode levar a complicações como retinopatia e nefropatia.
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Pessoas com diabetes frequentemente apresentam outros fatores de risco cardiovascular, como hipertensão arterial, obesidade e perfil lipídico desfavorável, o que amplifica o risco global.
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O diabetes pode afetar o sistema nervoso autônomo, resultando em desregulação da frequência cardíaca e da pressão arterial, aumentando o risco de eventos cardiovasculares.
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Indivíduos com diabetes têm uma maior probabilidade de experimentar eventos cardiovasculares “silenciosos”, como infarto do miocárdio assintomático, o que dificulta a identificação precoce.
É essencial que pessoas com diabetes adotem um estilo de vida saudável, monitorem regularmente seus níveis de glicose, pressão arterial e colesterol, e recebam cuidados médicos regulares para gerenciar eficazmente os fatores de risco cardiovascular e prevenir complicações.
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A cardiopatia diabética refere-se às complicações cardiovasculares que podem surgir em decorrência do diabetes, como vimos anteriormente. Ou seja, trata-se dos problemas relacionados ao coração que surgiram por causa do diabetes.
Problemas cardiovasculares são uma das principais complicações crônicas associadas ao diabetes, o que é ainda mais preocupante devido aos números alarmantes dessa condição.
Para se ter uma ideia, confira os dados abaixo, colhidos junto ao Ministério da Saúde:
✅ Em todo o mundo, estima-se que haja 425 milhões de diabéticos.
✅ Um em cada 11 adultos tem diabetes.
✅ Estima-se que o número de pessoas com diabetes subirá para 552 milhões em 2030, e é provável que atinja 629 milhões em 2045.
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Proteger-se dos riscos associados à cardiopatia diabética envolve a adoção de um estilo de vida saudável e a gestão eficaz do diabetes. Aqui estão algumas medidas que podem ajudar a reduzir os riscos cardiovasculares em pessoas com diabetes:
✅ Controle glicêmico adequado: Mantenha os níveis de glicose no sangue dentro da faixa alvo, conforme orientado pelo seu profissional de saúde. Isso ajuda a prevenir danos aos vasos sanguíneos.
✅ Monitoramento regular da pressão arterial: Faça o monitoramento regular da pressão arterial. Manter a pressão arterial dentro dos limites saudáveis é fundamental para reduzir o risco de complicações cardiovasculares.
✅ Manutenção de um peso saudável: Mantenha um peso corporal saudável por meio de uma dieta equilibrada e atividade física regular. O excesso de peso está associado a um aumento no risco cardiovascular.
✅ Dieta saudável para o coração: Adote uma dieta rica em frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis. Limite a ingestão de gorduras saturadas, colesterol e sódio.
✅ Atividade física regular: Incorporar atividades físicas regulares ao seu cotidiano é crucial. O exercício ajuda a controlar o peso, reduzir a pressão arterial e melhorar a sensibilidade à insulina.
✅ Gestão do estresse: Práticas de gestão do estresse, como meditação, ioga e técnicas de relaxamento, podem ser benéficas para o coração e contribuir para um estilo de vida mais saudável.
✅ Não fumar: Se você fuma, considere parar. O tabagismo é um fator de risco significativo para doenças cardíacas, e parar de fumar traz benefícios imediatos à saúde.
✅ Controle do colesterol: Mantenha os níveis de colesterol dentro das metas recomendadas. Isso envolve escolhas alimentares saudáveis e, se necessário, medicamentos prescritos pelo médico.
✅ Exames de rotina: Faça exames de rotina, incluindo check-ups cardíacos regulares, para monitorar a saúde cardiovascular e identificar precocemente quaisquer problemas.
✅ Adesão aos medicamentos: Tome os medicamentos prescritos pelo médico conforme orientado, incluindo medicamentos para controle do diabetes, pressão arterial e colesterol.
✅ Educação contínua: Mantenha-se informado sobre o diabetes e suas complicações. A educação contínua ajuda na tomada de decisões informadas sobre o autocuidado.
>>>> Veja também: Gordura no fígado: sintomas, causas e como eliminar?
Ao adotar essas medidas, as pessoas com diabetes podem reduzir significativamente os riscos cardiovasculares associados e melhorar a qualidade de vida.
É fundamental trabalhar em parceria com profissionais de saúde – como cardiologistas e endocrinologistas – para desenvolver um plano de gestão personalizado, levando em consideração as necessidades individuais e os fatores de risco específicos.
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