Sangramento fora do período menstrual: causas, quando se preocupar e o que fazer

Se você notou sangramento fora da menstruação, pode estar se perguntando coisas do tipo: é normal? O que pode ser? Devo me preocupar? 

Neste artigo, explicamos de forma simples o que pode estar acontecendo com seu corpo, sem alarmes, mas com carinho e informação. Venha entender o que pode ser e o que fazer nesses casos!

O que é esse sangramento fora da menstruação?

Sangramentos fora do período menstrual, também conhecidos como sangramentos intermenstruais ou escapes, são perdas de sangue que ocorrem em dias diferentes do ciclo menstrual esperado. 

Em geral, esse tipo de sangramento costuma ser mais leve que o da menstruação, muitas vezes aparecendo como pequenas manchas na calcinha ou no papel higiênico. Pode durar poucas horas ou alguns dias e, na maioria das vezes, não representa um problema grave de saúde.

Causas mais comuns e quando são benignas

Muitas mulheres têm esse tipo de sangramento e o motivo costuma ser simples:

✅ Alterações hormonais, geralmente provocadas por estresse intenso, mudança de anticoncepcional, ovulação ou síndrome do ovário policístico.

✅ Gravidez em início, como o sangramento de implantação, ou, em casos raros, gravidez ectópica, que exige avaliação imediata. 

✅ Pólipos, miomas e infecções: pólipos uterinos ou infecções como vaginose ou cervicite podem causar escape.

Endometriose: pode causar escapes e dores fora do ciclo menstrual.

✅ DIU (dispositivo intrauterino): principalmente o de cobre, pode gerar sangramentos irregulares nas primeiras semanas.

✅ Menopausa: nessa fase é comum que o ciclo se torne irregular, com espaços maiores entre uma menstruação e outra, e a ocorrência desses sangramentos inesperados pode se tornar mais frequente.

Quando o sangramento pode ser algo mais sério

Nem todo sangramento fora do ciclo menstrual representa um problema grave, mas é importante reconhecer quando ele pode ser sinal de algo mais sério. A atenção deve ser redobrada se esse sangramento vier acompanhado de outros sintomas, como:

✅ Dor pélvica intensa, cansaço excessivo, tontura ou queda acentuada de pressão. Nessas situações, há risco de anemia ou complicações ligadas à perda de sangue.

✅ Sangramentos recorrentes, que acontecem com frequência fora da menstruação, também precisam ser avaliados por profissionais de saúde. Podem estar relacionados a condições como miomas, endometriose, adenomiose, distúrbios hormonais ou mesmo câncer do colo do útero ou do endométrio.

✅ Quando o sangramento ocorre após a menopausa ou após relações sexuais. Nesses casos, uma avaliação ginecológica deve ser feita o quanto antes.

O ideal é nunca ignorar um sangramento atípico. Quanto mais cedo for identificado o motivo, mais rápido é o tratamento, aumentando as chances de um cuidado eficaz e tranquilo.

Cores e quantidades: o que significam

A cor e a quantidade do sangramento fora do período menstrual podem dar pistas importantes sobre o que está acontecendo no organismo. Observar esses sinais ajuda tanto a tranquilizar quanto a entender quando é hora de procurar um especialista.

Um sangramento leve, com poucas gotas ou manchas na calcinha, é comum em algumas fases do ciclo ou durante o uso de anticoncepcionais hormonais, sendo conhecido como “escape”. Esse tipo de sangramento normalmente é mais claro e rosado, mas também pode aparecer marrom, principalmente quando o sangue demora mais tempo para sair do corpo.

sangramentos mais intensos, com fluxo semelhante ou até maior que o da menstruação habitual, merecem atenção especial. Isso pode indicar condições como miomas, pólipos ou desequilíbrios hormonais. Quando há presença de coágulos, o volume é muito alto ou dura vários dias, é fundamental procurar atendimento médico.

A coloração também pode variar. Tons avermelhados indicam sangue mais recente, enquanto o marrom escuro aponta para sangue mais antigo. Se o sangue estiver acompanhado de mau cheiro, pode ser sinal de infecção, especialmente se vier junto com dor ou corrimento.

Observar a quantidade e a cor do sangue, portanto, é um cuidado que ajuda a entender melhor a saúde do corpo e a agir rapidamente em caso de necessidade.

Como investigar?

Quando o sangramento acontece fora do período menstrual, o primeiro passo é procurar um(a) ginecologista. Durante a consulta, o profissional vai ouvir seu relato, avaliar sintomas associados, como dor, cólicas ou alterações no ciclo, e realizar o exame físico.

Em muitos casos, é preciso complementar a investigação com exames de imagem. Entre eles, a ecografia transvaginal é um dos mais solicitados, pois permite visualizar o útero, os ovários e o endométrio com detalhes. Esse exame ajuda a identificar miomas, pólipos, cistos ou espessamentos que podem estar ligados ao sangramento.

Outros exames laboratoriais, como dosagem hormonal e hemograma, também podem ser pedidos para descartar alterações que influenciam no ciclo menstrual. A combinação de avaliação clínica, exames de imagem e laboratoriais é o que possibilita chegar a um diagnóstico preciso e definir o tratamento mais adequado.

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Hepatite: o que é, quais os riscos e como investigar

A hepatite é uma inflamação do fígado, que pode ter diversas causas, sendo as principais os vírus das hepatites A, B, C, D e E. Apesar de ser bastante comum, muitas pessoas ainda desconhecem os sintomas iniciais, os riscos envolvidos e como essa condição pode ser diagnosticada precocemente. 

Neste artigo, vamos explicar de forma clara e acessível o que é a hepatite, quais são seus sinais de alerta e como ela pode ser investigada.

O que é hepatite e por que ela acontece

Hepatite é o nome dado a qualquer inflamação no fígado. Essa inflamação pode ser causada por vírus (as chamadas hepatites virais), mas também pode estar relacionada ao uso excessivo de álcool, uso prolongado de medicamentos, doenças autoimunes ou metabólicas. 

Entre as causas infecciosas, destacam-se os vírus das hepatites A, B e C, sendo o tipo C o que mais evolui para formas crônicas.

O fígado é um órgão vital, que participa da digestão, do armazenamento de nutrientes e da eliminação de substâncias tóxicas. Quando inflamado, ele pode ter seu funcionamento comprometido.

Muitos casos de hepatite são silenciosos, especialmente nos estágios iniciais. No entanto, é importante ficar atento aos seguintes sintomas:

✅ Cansaço excessivo e fraqueza

✅ Febre baixa

✅ Dor na região do abdome superior direito

✅ Enjoo, vômito e falta de apetite

✅ Urina escura e fezes claras

✅ Olhos e pele amarelados (icterícia)

Riscos e complicações da hepatite

A hepatite, quando não diagnosticada ou tratada corretamente, pode trazer sérios prejuízos à saúde do fígado e de todo o organismo. Os riscos variam conforme o tipo de hepatite e o tempo de evolução da doença. Abaixo, estão algumas das principais complicações:

Fibrose hepática

É o estágio inicial da cicatrização do fígado. O tecido hepático inflamado vai sendo substituído por tecido cicatricial, o que reduz sua capacidade de funcionar corretamente.

Cirrose

Representa um estágio mais avançado da fibrose. O fígado fica endurecido e com sua estrutura comprometida, dificultando a realização de suas funções essenciais. Pode provocar inchaços, hemorragias, confusão mental e até levar à morte.

Insuficiência hepática

Ocorre quando o fígado perde grande parte da sua função. Nesse estágio, o paciente pode apresentar acúmulo de toxinas no organismo, distúrbios de coagulação e necessitar de transplante hepático.

Câncer de fígado (carcinoma hepatocelular)

É mais comum em pacientes com hepatite B ou C crônica. A inflamação persistente aumenta o risco de surgimento de tumores malignos no fígado.

Essas complicações reforçam a importância de detectar e tratar a hepatite o quanto antes, por meio de exames adequados e acompanhamento médico regular.

Como é feita a investigação da hepatite

A investigação da hepatite costuma começar com a análise dos sintomas e do histórico de saúde. A partir disso, o médico pode solicitar exames específicos, como:

Exames de sangue

✅ Sorologias específicas: detectam os vírus das hepatites A, B, C, D e E.

✅ Exames de função hepática: TGO, TGP, GGT, bilirrubinas, entre outros.

Exames de imagem

✅ Ecografia abdominal: ajuda a avaliar o tamanho do fígado, identificar lesões, gordura hepática ou sinais de cirrose.

✅ Elastografia hepática: exame que avalia a rigidez do fígado, importante para medir o grau de fibrose.

Esses exames auxiliam tanto no diagnóstico quanto no acompanhamento de casos crônicos.

Prevenção e cuidado com o fígado

✅ Mantenha a vacinação em dia (hepatites A e B têm vacina disponível)

✅ Use preservativos nas relações sexuais

✅ Não compartilhe objetos cortantes (como alicates e lâminas)

✅ Modere o consumo de álcool

✅ Evite o uso prolongado de medicamentos sem orientação

✅ Faça exames regulares se estiver em grupo de risco (histórico familiar, doenças autoimunes, uso de drogas, etc.)

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A hepatite é uma doença séria, mas que pode ser prevenida e controlada. Identificar os sintomas cedo e realizar os exames corretos é essencial para garantir um tratamento eficaz e proteger a saúde do seu fígado.

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