Problemas na tireoide causam queda de cabelo?

A saúde da tireoide é fundamental para o bom funcionamento do nosso organismo, influenciando desde o metabolismo até o bem-estar emocional. No entanto, muitas pessoas não estão cientes de que problemas nessa pequena glândula podem ter um impacto significativo na saúde dos cabelos, levando à queda capilar. 

Com a crescente preocupação sobre a perda de cabelo e suas causas, entender a ligação entre distúrbios da tireoide e a queda de cabelo torna-se essencial. 

Neste artigo, exploraremos como as condições da tireoide afetam o ciclo capilar, os principais sintomas a serem observados e as opções de tratamento disponíveis. Continue lendo para descobrir!

Relação entre a tireoide e o cabelo

A glândula tireoide, localizada na parte frontal do pescoço, desempenha um papel crucial na regulação de vários processos metabólicos no corpo por meio da produção de hormônios tireoidianos. 

Esses hormônios, principalmente a tiroxina (T4) e a triiodotironina (T3), são fundamentais para o funcionamento adequado de diversas funções corporais, incluindo o crescimento e a saúde do cabelo.

Como a tireoide afeta o cabelo

Os hormônios produzidos pela tireoide influenciam diretamente o ciclo capilar, que é composto por fases de crescimento, repouso e queda. Quando a tireoide não está funcionando corretamente, pode ocorrer um desequilíbrio hormonal que afeta esse ciclo, resultando em queda de cabelo.

Hipotireoidismo – Quando a tireoide produz hormônios em quantidade insuficiente, o metabolismo desacelera, o que pode levar a um prolongamento da fase de repouso do ciclo capilar e, consequentemente, à queda de cabelo. O cabelo pode se tornar fino, seco e quebradiço.

Hipertireoidismo – Por outro lado, quando há produção excessiva de hormônios tireoidianos, o metabolismo acelera, o que pode resultar em uma fase de crescimento capilar mais curta e uma queda de cabelo mais rápida e acentuada.

Manter um equilíbrio hormonal adequado é essencial para a saúde capilar. Distúrbios na tireoide podem não apenas causar queda de cabelo, mas também afetar a textura e a qualidade dos fios. Por isso, é importante estar atento a outros sintomas que possam indicar problemas na tireoide, como fadiga, ganho ou perda de peso inexplicável, e alterações no humor.

Quando suspeitar de problemas na tireoide

Identificar problemas na tireoide pode ser desafiador, pois os sintomas muitas vezes se confundem com outras condições de saúde. No entanto, estar atento a certos sinais pode ajudar no reconhecimento precoce de distúrbios tireoidianos, permitindo um tratamento eficaz e evitando complicações como a queda de cabelo.

Principais sintomas de hipotireoidismo 

O hipotireoidismo ocorre quando a tireoide não produz hormônios suficientes. É mais comum em mulheres e pode se desenvolver lentamente ao longo do tempo. Os sintomas incluem:

✅ Fadiga e cansaço excessivo – Sensação constante de cansaço, mesmo após uma boa noite de sono.

✅ Ganho de peso inexplicável – Aumento de peso que não pode ser atribuído a mudanças na dieta ou na atividade física.

✅ Pele seca e unhas fracas – A pele pode se tornar seca e áspera, e as unhas podem ficar quebradiças.

✅ Sensibilidade ao frio – Sentir frio excessivo, mesmo em ambientes com temperatura controlada.

✅ Queda de cabelo – Afinamento e queda de cabelo são comuns, devido à desaceleração do ciclo capilar.

✅ Depressão e alterações de humor – Sentimentos de tristeza ou desinteresse sem causa aparente.

Principais sintomas de hipertireoidismo

O hipertireoidismo é caracterizado pela produção excessiva de hormônios pela tireoide. Os sintomas incluem:

✅ Perda de peso inexplicável – Perda de peso rápida, mesmo com uma dieta normal ou aumento do apetite.

✅ Palpitações e aumento da frequência cardíaca – Batimentos cardíacos acelerados ou irregulares.

✅ Aumento da sudorese e sensação de calor – Sudorese excessiva e intolerância ao calor.

✅ Ansiedade e nervosismo – Sensação de nervosismo, irritabilidade ou ansiedade sem razão aparente.

✅ Tremores nas mãos – Tremores finos nas mãos ou dedos.

✅ Queda de cabelo – Assim como no hipotireoidismo, o ciclo capilar pode ser afetado, levando à queda de cabelo.

Diagnóstico de problemas na tireoide

Identificar problemas na tireoide, de forma precisa, é essencial para iniciar o tratamento adequado e evitar complicações, como a queda de cabelo. Existem vários exames e testes que podem ser realizados para diagnosticar distúrbios tireoidianos, e a escolha do exame adequado depende dos sintomas e do histórico de saúde do paciente.

Exames de sangue

Os exames de sangue são geralmente o primeiro passo no diagnóstico de problemas na tireoide. Eles medem os níveis dos hormônios tireoidianos, como T3 (triiodotironina), T4 (tiroxina) e TSH (hormônio estimulante da tireoide). Esses testes ajudam a determinar se a tireoide está hiperativa (hipertireoidismo) ou hipoativa (hipotireoidismo).

Ecografia da tireoide

A ecografia da tireoide é um exame de imagem não invasivo, que usa ondas sonoras para criar imagens detalhadas da glândula tireoide. Este exame é útil para avaliar o tamanho da tireoide, detectar nódulos ou cistos e ajudar a distinguir entre nódulos sólidos e císticos. A ecografia é uma ferramenta importante para o diagnóstico e monitoramento de condições tireoidianas, e é realizada de forma segura e eficaz em clínicas especializadas.

Punção aspirativa por agulha fina (PAAF)

A punção aspirativa por agulha fina (PAAF) é um procedimento diagnóstico utilizado para coletar amostras de células da tireoide, geralmente de nódulos detectados na ecografia. Este exame ajuda a determinar se um nódulo é benigno ou maligno, orientando a necessidade de tratamento adicional. A PAAF é minimamente invasiva e pode ser realizada em ambiente ambulatorial, proporcionando informações valiosas para o diagnóstico preciso.

Exame de cintilografia da tireoide

Embora menos comum, a cintilografia da tireoide pode ser usada em alguns casos para avaliar a função da glândula. Este exame envolve a administração de uma pequena quantidade de material radioativo e a captura de imagens para observar como a tireoide está funcionando.

👉 O profissional responsável por investigar e tratar problemas na tireoide é o endocrinologista. Para saber tudo sobre a atuação desse profissional, confira este outro artigo.

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Problema na tireoide pode afetar a saúde mental?

A tireoide é uma glândula pequena, mas poderosa, localizada na base do pescoço, responsável pela produção de hormônios que regulam o metabolismo e influenciam diversas funções corporais. 

Distúrbios na tireoide, como o hipotireoidismo e o hipertireoidismo, podem desencadear uma série de sintomas físicos, mas será que podem impactar também a saúde mental?

Compreender como funciona essa importante glândula do nosso corpo é fundamental para termos mais qualidade de vida a buscarmos tratamento o quanto antes, caso seja necessário.

Continue lendo para saber mais!

Entendendo a tireoide e suas alterações

A tireoide é uma glândula endócrina em forma de borboleta, localizada na parte frontal do pescoço, logo abaixo do pomo de adão. 

Apesar de seu pequeno tamanho, ela desempenha um papel crucial na regulação de várias funções corporais através da produção de hormônios tireoidianos, principalmente a tiroxina (T4) e a triiodotironina (T3). Esses hormônios são fundamentais para o controle do metabolismo, influenciando o ritmo cardíaco, a temperatura corporal, o apetite e até mesmo o humor.

Quando há alguma alteração no funcionamento dessa glândula, podem ocorrer problemas como:

Hipotireoidismo

O hipotireoidismo ocorre quando a tireoide não produz hormônios suficientes para atender às necessidades do corpo. É uma condição comum, especialmente em mulheres e em pessoas idosas. As causas do hipotireoidismo podem incluir doenças autoimunes, como a tireoidite de Hashimoto, tratamento prévio para hipertireoidismo, cirurgia da tireoide, ou deficiência de iodo. Os sintomas do hipotireoidismo podem ser sutis e se desenvolver lentamente, incluindo fadiga, ganho de peso, depressão, e sensibilidade ao frio.

Hipertireoidismo

O hipertireoidismo é o oposto do hipotireoidismo, ocorrendo quando a tireoide produz hormônios em excesso. A doença de Graves é uma das causas mais comuns dessa condição. Outros fatores podem incluir nódulos tireoidianos hiperfuncionantes ou inflamação da tireoide. Os sintomas do hipertireoidismo podem incluir perda de peso, ansiedade, tremores, aumento da frequência cardíaca, e intolerância ao calor.

Problema na tireoide pode afetar a saúde mental?

A relação entre a tireoide e a saúde mental é complexa, envolvendo a relação entre os hormônios tireoidianos com o cérebro e o sistema nervoso. Os hormônios produzidos pela tireoide – principalmente a tiroxina (T4) e a triiodotironina (T3) – têm papel crucial na regulação do metabolismo cerebral e na modulação de neurotransmissores, que são fundamentais para o humor e as funções cognitivas.

Como os hormônios tireoidianos influenciam o cérebro e o humor

Os hormônios tireoidianos são essenciais para o desenvolvimento e funcionamento do sistema nervoso central. Eles influenciam a expressão de genes que regulam a produção de neurotransmissores, como a serotonina, dopamina e norepinefrina, que são fundamentais para regular o humor, as emoções e o comportamento. Alterações nos níveis desses hormônios podem, portanto, levar a mudanças significativas na saúde mental.

✅ O hipotireoidismo – falta de hormônios tireoidianos – está frequentemente associado a sintomas de depressão, fadiga mental, e lentidão cognitiva. A redução dos hormônios tireoidianos pode diminuir a atividade cerebral, resultando em sentimentos de tristeza, desinteresse e dificuldades de concentração.

✅ O hipertireoidismo – excesso de hormônios tireoidianos – pode causar sintomas de ansiedade, irritabilidade e agitação. A aceleração do metabolismo cerebral pode levar a uma sobrecarga de estímulos, resultando em nervosismo e dificuldades para relaxar.

Evidências científicas sobre a relação entre problemas na tireoide e saúde mental

Diversos estudos têm explorado a conexão entre a função tireoidiana e a saúde mental, revelando que pacientes com distúrbios da tireoide apresentam uma maior prevalência de transtornos mentais, como depressão e ansiedade. 

Pesquisas indicam que o tratamento adequado dos distúrbios da tireoide pode melhorar significativamente os sintomas mentais, reforçando a importância de um diagnóstico preciso e de uma abordagem terapêutica integrada.

Compreender essa conexão é fundamental para que profissionais de saúde possam identificar e tratar não apenas os sintomas físicos dos distúrbios tireoidianos, mas também os seus efeitos sobre a saúde mental. Isso destaca a importância de uma abordagem holística no cuidado com a saúde, considerando tanto os aspectos físicos quanto emocionais dos pacientes.

Tratamentos para distúrbios da tireoide e seus efeitos na saúde mental

O tratamento adequado dos distúrbios da tireoide é essencial não apenas para restaurar o equilíbrio hormonal, mas também para melhorar os sintomas mentais associados. Ao abordar as causas das alterações hormonais, é possível aliviar os efeitos sobre a saúde mental e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Tratamentos para hipotireoidismo

A terapia padrão para o hipotireoidismo é a reposição hormonal com levotiroxina – prescrita por endocrinologista – um hormônio sintético que substitui a tiroxina (T4). Este tratamento visa normalizar os níveis hormonais, o que pode levar a uma melhora significativa nos sintomas de depressão, fadiga e lentidão cognitiva.

Ajustes na dosagem de levotiroxina podem ser necessários ao longo do tempo, exigindo monitoramento regular dos níveis hormonais através de exames de sangue. Um controle adequado garante que os níveis hormonais permaneçam estáveis, prevenindo recaídas nos sintomas mentais.

Tratamentos para hipertireoidismo

Algumas medicações são capazes de reduzir a produção excessiva de hormônios pela tireoide. Ao normalizar os níveis hormonais, esses medicamentos podem ajudar a aliviar sintomas de ansiedade, irritabilidade e agitação.

Este tratamento envolve a ingestão de iodo radioativo, que destrói seletivamente as células produtoras de hormônios da tireoide. É uma opção eficaz para muitos pacientes, embora possa levar ao desenvolvimento de hipotireoidismo, que então requer reposição hormonal.

Em casos graves ou quando outros tratamentos não são eficazes, a remoção cirúrgica parcial ou total da tireoide pode ser necessária. A cirurgia geralmente resolve o hipertireoidismo, mas pode resultar em hipotireoidismo, necessitando de terapia de reposição hormonal.

Impacto do tratamento na saúde mental

O tratamento eficaz dos distúrbios da tireoide frequentemente resulta em melhorias significativas nos sintomas mentais. Pacientes relatam redução na ansiedade, depressão e melhora na clareza mental e energia. No entanto, é importante que o tratamento seja individualizado, considerando as necessidades específicas de cada paciente e monitorando de perto a resposta ao tratamento.

Além dos tratamentos médicos, o suporte psicológico pode ser benéfico para lidar com os efeitos emocionais dos distúrbios da tireoide. Terapias como a terapia cognitivo-comportamental podem ajudar a abordar questões de saúde mental de forma integrada, promovendo um bem-estar geral.

Ao tratar os distúrbios da tireoide de forma abrangente, é possível não apenas restaurar o equilíbrio hormonal, mas também melhorar a saúde mental e a qualidade de vida dos pacientes.

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Dietas low-carb são seguras para tratar gordura no fígado?

Nos últimos anos, dietas low-carb – dietas com pouco carboidrato – têm ganhado destaque como uma alternativa eficaz para a perda de peso e melhoria de diversos indicadores de saúde. 

Entre as condições que despertam interesse no uso dessa abordagem alimentar está a esteatose hepática, popularmente conhecida como gordura no fígado. Com o aumento dos casos dessa condição, que pode levar a complicações mais graves como a cirrose, torna-se essencial entender se a redução de carboidratos na dieta pode ser uma estratégia segura e eficaz para seu tratamento. 

Neste artigo, você vai conhecer o que se sabe sobre o impacto das dietas low-carb na saúde do fígado, bem como suas possíveis vantagens e riscos!

O que é esteatose hepática?

A esteatose hepática, ou gordura no fígado, é quando há muita gordura acumulada nas células desse órgão, o que pode acontecer por várias razões, mas geralmente está ligado a uma alimentação ruim, falta de exercício e excesso de peso. Existem dois tipos principais: um ligado ao consumo de álcool e outro que ocorre em pessoas que bebem pouco ou nada de álcool.

O fígado é um órgão importante que ajuda a controlar as gorduras no corpo. Quando há um problema nesse controle, a gordura pode se acumular no fígado. Muitas vezes, a gordura no fígado não causa sintomas, mas algumas pessoas podem sentir cansaço, dor na barriga ou na digestão.

Para descobrir se alguém tem gordura no fígado, os médicos usam exames de imagem, como ultrassom, que mostram a quantidade de gordura no fígado. Também podem fazer exames de sangue para ver como o fígado está funcionando e garantir que não haja outros problemas.

Se a gordura no fígado não for tratada, pode levar a problemas mais sérios, como inflamação, cicatrizes no fígado, e em casos graves, até câncer. Por isso, é importante cuidar da saúde comendo bem e fazendo exercícios regularmente para evitar ou tratar essa condição.

Como as dietas low-carb funcionam?

As dietas low-carb, ou de baixo carboidrato, são planos alimentares que reduzem a quantidade de carboidratos consumidos, focando em aumentar a ingestão de proteínas e gorduras saudáveis. 

O objetivo principal dessas dietas é alterar a forma como o corpo usa energia, incentivando-o a queimar gordura em vez de carboidratos. Para isso, elas seguem alguns princípios, como: 

✅ Redução de carboidratos – As dietas low-carb limitam alimentos ricos em carboidratos, como pães, massas, arroz e açúcares. Em vez disso, incentivam o consumo de vegetais, carnes, peixes, ovos, nozes e sementes.

✅ Aumento de proteínas e gorduras – Para compensar a redução de carboidratos, essas dietas aumentam a ingestão de proteínas e gorduras. Alimentos como carne, peixe, ovos, abacate, azeite e manteiga são comuns nessas dietas.

✅ Equilíbrio nutricional – Embora reduzam carboidratos, as dietas low-carb ainda priorizam a ingestão de nutrientes essenciais, incluindo fibras, vitaminas e minerais, geralmente obtidos através de vegetais e frutas com baixo teor de carboidratos.

Tipos de dietas low-carb

Existem várias abordagens dentro das dietas low-carb, cada uma com suas próprias regras e restrições. Alguns dos tipos mais populares incluem:

✅ Dieta cetogênica – Foca em reduzir drasticamente os carboidratos (geralmente abaixo de 50 gramas por dia) para induzir um estado de cetose, onde o corpo queima gordura como principal fonte de energia.

✅ Dieta Atkins – Inicia com uma fase de ingestão muito baixa de carboidratos, aumentando gradualmente a quantidade permitida à medida que a pessoa se aproxima de seu peso ideal.

✅ Dieta Paleo – Embora não seja estritamente low-carb, a dieta paleo elimina alimentos processados e açúcares, o que naturalmente reduz a ingestão de carboidratos.

✅ Dieta low-carb e high fat – Enfatiza o consumo de gorduras saudáveis enquanto mantém os carboidratos em níveis baixos.

Como as dietas low-carb agem no fígado

As dietas low-carb podem ter um impacto significativo na saúde do fígado, especialmente no tratamento da esteatose hepática, através de diversos mecanismos de ação. Aqui estão algumas formas:

Redução do acúmulo de gordura no fígado

Quando a ingestão de carboidratos é reduzida, o corpo tende a usar a gordura armazenada como fonte de energia. Isso pode levar a uma diminuição do acúmulo de gordura no fígado, ajudando a reverter a esteatose hepática. A redução de carboidratos também pode diminuir a síntese de novos ácidos graxos no fígado, reduzindo ainda mais o acúmulo de gordura.

Melhoria da sensibilidade à insulina

Dietas low-carb podem melhorar a sensibilidade à insulina, um hormônio que ajuda a regular os níveis de açúcar no sangue. A resistência à insulina é um fator de risco para o desenvolvimento de gordura no fígado, pois pode levar ao aumento da produção de gordura hepática. Melhorar a sensibilidade à insulina ajuda a controlar melhor os níveis de glicose no sangue e a reduzir a lipogênese hepática (produção de gordura no fígado).

Diminuição da inflamação

A inflamação crônica é uma característica comum em pessoas com esteatose hepática. As dietas low-carb podem ajudar a reduzir marcadores de inflamação no corpo. Isso ocorre porque a redução de carboidratos, especialmente os refinados e açúcares, pode diminuir a produção de substâncias inflamatórias, aliviando o estresse no fígado.

Perda de peso e redução da gordura visceral

A perda de peso é um dos benefícios mais evidentes das dietas low-carb, e a redução da gordura visceral (gordura ao redor dos órgãos, incluindo o fígado) é particularmente benéfica para a saúde hepática. A perda de peso contribui para a melhora da função hepática e pode ajudar a reverter a esteatose hepática.

Aumento da oxidação de ácidos graxos

Com menos carboidratos disponíveis, o corpo aumenta a oxidação de ácidos graxos para obter energia. Isso não apenas contribui para a perda de peso, mas também ajuda a reduzir o acúmulo de gordura no fígado.

Cuidados que devem ser tomados

As dietas low-carb, apesar de seus potenciais benefícios, também podem apresentar alguns riscos e considerações importantes que devem ser levados em conta antes de sua adoção. Aqui estão alguns pontos a serem considerados:

Possíveis efeitos Colaterais

✅ Cetoacidose – Em casos extremos, especialmente em pessoas com diabetes tipo 1, uma dieta extremamente baixa em carboidratos pode levar à cetoacidose, uma condição perigosa causada pelo acúmulo de cetonas no sangue.

✅ Sintomas iniciais – Muitas pessoas experimentam sintomas temporários quando começam uma dieta low-carb, conhecidos como “gripe low-carb” ou “gripe cetogênica”, que pode incluir dor de cabeça, fadiga, tontura, náusea e irritabilidade.

✅ Problemas digestivos – A redução de carboidratos pode diminuir a ingestão de fibras, levando a problemas digestivos como constipação. É importante incluir alimentos ricos em fibras, como vegetais de folhas verdes, para mitigar esse risco.

Contraindicações

✅ Condições médicas específicas – Pessoas com certas condições de saúde, como doenças renais, hepáticas ou pancreáticas, devem ter cuidado ao seguir uma dieta low-carb e fazê-lo sob supervisão médica.

✅ Gravidez e amamentação – Mulheres grávidas ou que estão amamentando devem ter cautela com dietas restritivas e buscar orientação médica para garantir que estejam recebendo nutrientes adequados.

Importância do acompanhamento médico e nutricional

Ao decidir iniciar uma dieta de baixo carboidrato, é crucial monitorar regularmente a saúde, especialmente os níveis de colesterol e função renal, para garantir que a dieta não esteja causando efeitos adversos. Para isso, o acompanhamento médico e a realização de exames é fundamental.

Além disso, um(a) nutricionista pode ajudar a personalizar a dieta para garantir que ela atenda às necessidades nutricionais individuais, evitando deficiências e promovendo uma alimentação equilibrada.

É importante manter uma dieta variada para garantir a ingestão de todos os nutrientes essenciais. Isso inclui consumir proteínas magras, gorduras saudáveis, e uma ampla gama de vegetais.

Em alguns casos, pode ser necessário suplementar a dieta com vitaminas e minerais, como vitamina D, cálcio e magnésio, para evitar deficiências.

Considerando esses riscos e considerações, é essencial que qualquer pessoa interessada em adotar uma dieta low-carb faça isso com cuidado e orientação adequada, garantindo que a dieta seja segura e benéfica para sua saúde individual.

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Por que pessoas magras podem ter fígado gordo?

Embora a gordura no fígado seja frequentemente associada ao sobrepeso e à obesidade, muitas pessoas magras também podem apresentar essa condição. 

O acúmulo de gordura no fígado, conhecido como esteatose hepática, pode ocorrer em pessoas magras devido a diversos fatores, como predisposição genética, alimentação, sedentarismo e até condições como a resistência à insulina.

Compreender por que o fígado gordo afeta também quem está dentro da faixa de peso saudável é importante para desmistificar a ideia de que apenas o excesso de peso causa problemas hepáticos. 

Continue lendo para entender os motivos!

O que é a esteatose hepática?

A esteatose hepática, também conhecida como “fígado gordo,” é uma condição em que há um acúmulo excessivo de gordura no interior das células do fígado. Esse processo acontece quando o fígado, que normalmente ajuda a metabolizar e distribuir gorduras, começa a armazená-las em quantidades elevadas, resultando em um órgão mais “gordo” do que o habitual. 

Em alguns casos, a esteatose hepática é silenciosa e assintomática, mas pode evoluir para problemas mais graves se não for acompanhada e tratada.

A esteatose hepática se divide em duas categorias principais:

✅ Esteatose hepática não alcoólica (EHNA) – Essa forma de fígado gordo não está relacionada ao consumo de álcool e é a mais comum. A EHNA é geralmente associada a fatores metabólicos, como obesidade, resistência à insulina, altos níveis de colesterol e triglicerídeos, e até predisposição genética. Surpreendentemente, essa condição também pode ocorrer em pessoas magras devido a uma combinação de fatores como genética, dieta e estilo de vida sedentário.

✅ Esteatose hepática alcoólica – Nesse tipo, o acúmulo de gordura no fígado é resultado do consumo excessivo de álcool, que interfere no metabolismo das gorduras. Isso pode desencadear inflamação e danos às células hepáticas, levando a condições mais graves, como hepatite alcoólica e cirrose, quando não controlado.

É importante notar que a esteatose hepática, independentemente de estar ou não associada ao álcool, pode progredir para formas mais severas de doença hepática, incluindo inflamação (esteato-hepatite), fibrose (cicatrização) e, em casos mais graves, até cirrose e câncer de fígado. 

Por que pessoas magras podem ter fígado gordo?

O fígado gordo (esteatose hepática) pode ser causado por uma combinação de fatores que vão além do índice de massa corporal (IMC) e incluem genética, dieta, estilo de vida e até alterações hormonais. 

Abaixo, exploramos os principais fatores que contribuem para o acúmulo de gordura no fígado em pessoas com peso considerado saudável.

Predisposição genética

A genética desempenha um papel importante no risco de desenvolver esteatose hepática. Algumas pessoas são geneticamente predispostas a armazenar gordura no fígado, mesmo quando não apresentam excesso de peso. 

Mutação em genes específicos pode afetar a forma como o corpo metaboliza gorduras, predispondo certos indivíduos a condições como resistência à insulina e acúmulo de gordura no fígado.

Dieta e estilo de vida

Mesmo em pessoas magras, uma dieta rica em alimentos processados, açúcar refinado, carboidratos simples e gorduras trans pode levar ao acúmulo de gordura no fígado. Alimentos como doces, refrigerantes e frituras, por exemplo, podem gerar uma sobrecarga de gordura e glicose no fígado, aumentando o risco de esteatose hepática. 

Além disso, o consumo excessivo de frutose (presente em bebidas adoçadas e muitos produtos industrializados) está fortemente ligado ao desenvolvimento de gordura hepática.

Sedentarismo e resistência à insulina

A falta de atividade física é outro fator que pode contribuir para o fígado gordo, mesmo em indivíduos magros. O sedentarismo, associado à resistência à insulina, afeta o metabolismo do corpo, facilitando o armazenamento de gordura no fígado. 

A resistência à insulina faz com que as células tenham dificuldade em utilizar a glicose no sangue, o que leva o fígado a converter o excesso de glicose em gordura.

Condições metabólicas e hormônios

Pessoas com alterações metabólicas, como a síndrome dos ovários policísticos (SOP) (no caso das mulheres), também podem ter um risco maior de desenvolver gordura no fígado, independentemente do peso. Além disso, condições hormonais que afetam o metabolismo de lipídios, como baixos níveis de hormônios sexuais em mulheres após a menopausa, também aumentam o risco de fígado gordo.

Esses fatores mostram que o fígado gordo não é exclusivo de pessoas com excesso de peso e que a saúde hepática está associada a uma série de influências, como genética e estilo de vida. 

Esteatose hepática dá algum sintoma?

Embora na maioria das vezes seja assintomática, a esteatose hepática (ou fígado gordo) pode apresentar alguns sinais e sintomas, mesmo em pessoas magras. 

Como a condição é associada mais frequentemente ao excesso de peso, os sinais podem passar despercebidos ou serem confundidos com outras questões de saúde. No entanto, reconhecer esses sinais é essencial para garantir um diagnóstico precoce e reduzir o risco de complicações.

Aqui estão alguns sintomas que podem indicar o acúmulo de gordura no fígado em pessoas magras:

✅ Fadiga e cansaço excessivo – O fígado gordo pode levar à sensação de cansaço e falta de energia. Isso ocorre porque a função hepática fica comprometida, prejudicando o metabolismo de nutrientes e a produção de energia. Essa fadiga pode ser confundida com cansaço normal, mas, quando persistente, é um sinal que merece atenção.

✅ Desconforto abdominal ou sensação de “peso” no lado direito – Algumas pessoas com esteatose hepática experimentam uma sensação de desconforto ou peso na região do abdômen, especialmente do lado direito, onde fica o fígado. Esse sintoma pode ser leve, mas quando recorrente ou associado a outros sinais, é um indicativo de que algo está acontecendo com o fígado.

✅ Inchaço abdominal – A presença de inflamação no fígado pode causar retenção de líquidos e inchaço abdominal, que muitas vezes é confundido com outros problemas gastrointestinais. Esse inchaço é resultado da disfunção hepática, que afeta a digestão e a distribuição de líquidos no organismo.

✅ Náusea e perda de apetite – Em alguns casos, o fígado gordo pode causar sintomas como náusea e perda de apetite. Esses sinais geralmente estão associados a estágios mais avançados ou inflamatórios da condição, mas são importantes de observar, pois indicam que o fígado não está funcionando como deveria.

👉 Saiba mais – Esteatose hepática tem cura? 

Diagnóstico da esteatose hepática em pessoas magras

Detectar esteatose hepática (fígado gordo) em pessoas magras pode ser desafiador, já que a condição é comumente associada ao excesso de peso e pode não apresentar sintomas claros. Por isso, é essencial que o diagnóstico inclua uma combinação de exames de imagem, análise clínica e exames laboratoriais para obter uma avaliação precisa da saúde hepática.

Aqui estão os principais métodos de diagnóstico para identificar a esteatose hepática em pessoas magras:

Exames de sangue

Exames de sangue são um primeiro passo importante. Eles medem níveis de enzimas hepáticas (como ALT e AST) e verificam marcadores de função hepática, glicose e lipídios. No entanto, nem sempre a esteatose hepática eleva essas enzimas, especialmente em estágios iniciais. Por isso, exames de sangue podem ser usados em conjunto com exames de imagem para confirmar o diagnóstico.

Ultrassonografia abdominal

A ultrassonografia (ou ecografia) é um exame de imagem comum e acessível que detecta alterações na densidade do fígado. No caso de esteatose hepática, o fígado apresenta um aspecto mais “brilhante” e ecogênico na imagem. Esse exame é não invasivo, de baixo custo e geralmente o primeiro solicitado para investigar gordura no fígado, especialmente em pessoas que não têm sintomas evidentes.

Elastografia hepática

A elastografia é uma técnica que usa ondas sonoras para medir a rigidez do fígado. Quando há acúmulo de gordura, o fígado pode se tornar mais rígido, e a elastografia consegue detectar essa alteração com precisão. É uma ferramenta útil para avaliar o nível de fibrose hepática e, em alguns casos, é mais eficaz que a ultrassonografia para detectar esteatose hepática em pessoas sem sobrepeso.

Ressonância magnética

A ressonância magnética é uma das técnicas mais precisas para quantificar o acúmulo de gordura no fígado. A RM com espectroscopia de próton pode medir a quantidade exata de gordura, diferenciando esteatose simples de inflamação e fibrose. Embora seja um exame mais caro e menos acessível, é especialmente útil em casos complexos ou quando é necessário um diagnóstico detalhado.

Biópsia hepática

A biópsia hepática é o método mais definitivo para diagnosticar a esteatose hepática e identificar seu estágio exato. No entanto, por ser invasiva, é indicada apenas em casos específicos, como quando há suspeita de inflamação ou fibrose avançada. A biópsia fornece uma análise detalhada do tecido hepático, permitindo que o médico observe o tipo e a quantidade de gordura, bem como a presença de inflamação ou cicatrizes.

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