Nódulos na mama: como saber se podem ser câncer?

Encontrar um nódulo na mama é sempre motivo de preocupação. Muitas mulheres, ao perceberem alguma alteração, ficam em dúvida sobre o que isso pode significar e, naturalmente, temem que seja um sinal de câncer. 

No entanto, é importante saber que nem todo nódulo é maligno; muitos são benignos e inofensivos. Ainda assim, entender as características de um nódulo que podem indicar algo mais sério é essencial para agir com segurança e buscar o diagnóstico adequado.

Neste artigo, vamos explicar quais tipos de nódulos na mama merecem atenção, os sinais que podem sugerir um risco maior e como os exames de imagem ajudam a diferenciar nódulos benignos de malignos. Continue a leitura!

O que são nódulos na mama e por que eles surgem?

Os nódulos na mama são massas ou áreas em relevo que podem surgir no tecido mamário e geralmente são mais densas ou endurecidas. Elas variam em tamanho, forma e consistência e muitas vezes causam preocupação ao serem identificadas, pois a possibilidade de serem um sinal de câncer é algo que naturalmente assusta. 

Porém, é importante destacar que nem todos os nódulos são malignos; na verdade, a maioria dos casos é benigna, ou seja, não representa risco de câncer.

Tipos de nódulos mamários

Os nódulos mamários podem ser divididos em duas grandes categorias: benignos e malignos. Entender essa distinção é essencial para desmistificar o tema e auxiliar no acompanhamento adequado.

✅ Nódulos benignos – Estes são os tipos de nódulos mais comuns e, geralmente, não oferecem risco à saúde. Eles incluem condições como cistos (pequenas bolsas cheias de líquido), fibroadenomas (massas sólidas e móveis), e mudanças fibroquísticas, que são alterações hormonais normais no tecido mamário e que podem causar sensação de inchaço ou nódulos. Esses nódulos benignos normalmente apresentam margens bem definidas, são mais maleáveis ao toque e, muitas vezes, não causam dor.

✅ Nódulos malignos – Esses são os nódulos que apresentam células cancerígenas e podem crescer e se espalhar para outras partes do corpo. Eles costumam ter uma textura mais rígida, forma irregular, e podem estar aderidos ao tecido ao redor, tornando-os menos móveis. É importante observar, porém, que nem todos os nódulos com essas características são malignos; por isso, a avaliação médica é fundamental para um diagnóstico correto.

Causas comuns de nódulos na mama

Os nódulos na mama podem surgir por uma variedade de razões, sendo algumas delas naturais e comuns. Entre as principais causas, destacam-se:

✅ Alterações hormonais – A oscilação dos hormônios ao longo do ciclo menstrual pode provocar inchaço e o aparecimento temporário de nódulos nas mamas, especialmente em mulheres mais jovens. Essas mudanças são normais e tendem a desaparecer após o período menstrual.

✅ Cistos – São uma das causas benignas mais comuns de nódulos e surgem quando há acúmulo de líquido em uma das glândulas mamárias. Os cistos podem variar de tamanho e se tornam mais palpáveis e doloridos durante o ciclo menstrual.

✅ Fibroadenomas – São nódulos benignos formados por tecido fibroso e glandular, sendo mais comuns em mulheres entre 20 e 40 anos. Eles têm um formato bem definido e são geralmente móveis ao toque.

✅ Inflamações e infecções – Condições como mastite (inflamação do tecido mamário) podem levar ao aparecimento de nódulos doloridos, principalmente em mulheres que estão amamentando.

✅ Histórico familiar e fatores genéticos – Mulheres com histórico familiar de câncer de mama podem ter uma maior predisposição ao desenvolvimento de nódulos. No entanto, isso não significa que todos os nódulos serão malignos, mas que o acompanhamento médico pode ser ainda mais importante.

Fatores de risco para o desenvolvimento de nódulos mamários

Alguns fatores podem aumentar a probabilidade de surgimento de nódulos nas mamas, tanto benignos quanto malignos. Entre eles estão:

✅ Idade – Mulheres mais jovens geralmente apresentam nódulos benignos, como cistos e fibroadenomas. Já após os 40 anos, aumenta o risco de nódulos malignos.

✅ Histórico familiar de câncer de mama – Um fator relevante para avaliar o risco, principalmente para nódulos malignos.

✅ Alterações hormonais – Uso de hormônios, como anticoncepcionais ou terapia de reposição hormonal, pode aumentar as chances de desenvolver nódulos mamários.

Características de nódulos mamários que podem sugerir câncer

Ao descobrir um nódulo na mama, é natural que surjam preocupações, especialmente quanto à possibilidade de ser um sinal de câncer. Embora a maioria dos nódulos seja benigna, existem algumas características que podem indicar uma maior chance de malignidade e que merecem atenção redobrada. 

Sinais de alerta em nódulos mamários

Nem todos os nódulos têm o mesmo formato, consistência ou comportamento, e algumas características específicas podem sugerir um maior risco de câncer:

✅ Consistência rígida – Nódulos malignos tendem a ser mais duros e firmes ao toque em comparação com nódulos benignos, como cistos, que são mais macios.

✅ Forma irregular – Nódulos benignos, como os fibroadenomas, geralmente têm contornos bem definidos e regulares, enquanto nódulos malignos costumam ter bordas irregulares e uma forma menos definida.

✅ Falta de mobilidade – Nódulos que parecem fixos e aderidos ao tecido ao redor (ou à pele) são mais preocupantes. Nódulos benignos geralmente são mais fáceis de movimentar sob a pele.

✅ Aumento progressivo – Nódulos que aumentam de tamanho ao longo do tempo merecem atenção especial. O crescimento contínuo pode ser um sinal de malignidade e requer avaliação imediata.

Diferença entre nódulos benignos e malignos

Os nódulos benignos e malignos possuem características diferentes, que ajudam a diferenciá-los, mas somente exames de imagem – em alguns casos, uma biópsia – podem confirmar a natureza do nódulo. De forma geral:

✅ Nódulos benignos – São geralmente móveis, de formato regular, e mais comuns em mulheres jovens. Eles podem variar de tamanho ao longo do ciclo menstrual, principalmente cistos que aumentam antes do período menstrual.

✅ Nódulos malignos – Costumam ser rígidos, fixos, com bordas irregulares e forma irregular. Além disso, eles podem estar associados a outros sinais, como alterações na pele da mama.

Importância de observar mudanças ao longo do tempo

Monitorar um nódulo mamário ao longo do tempo é essencial para detectar qualquer alteração preocupante. Algumas mudanças que podem indicar a necessidade de avaliação incluem:

✅ Crescimento acelerado – Caso o nódulo aumente rapidamente de tamanho, o ideal é buscar uma avaliação médica para descartar uma possível malignidade.

✅ Dor persistente – Embora a dor nem sempre esteja associada ao câncer de mama, um nódulo que provoca desconforto constante deve ser analisado.

✅ Alterações na pele sobre o nódulo – Mudanças como vermelhidão, retração (afundamento da pele) ou aspecto de casca de laranja podem indicar um problema mais sério.

✅ Alterações no mamilo – Retração do mamilo, secreção espontânea e com sangue ou mudança na posição do mamilo são sinais de alerta.

Quando procurar ajuda médica?

Ao detectar um nódulo com essas características, é importante buscar ajuda médica, preferencialmente de um(a) mastologista, para uma avaliação detalhada. Esse(a) especialista poderá recomendar exames de imagem, como ecografia das mamas, mamografia ou ressonância magnética, e, se necessário, uma biópsia para obter um diagnóstico definitivo.

Embora esses sinais possam ajudar a identificar nódulos suspeitos, somente exames e a avaliação de um(a) profissional de saúde poderão confirmar se um nódulo é benigno ou maligno. 

Exames de imagem para avaliar nódulos mamários

A avaliação de nódulos mamários por meio de exames de imagem é essencial para definir se é benigno ou se merece uma investigação mais aprofundada. Esses exames são seguros, não invasivos e ajudam a obter informações detalhadas sobre o tamanho, forma, localização e características internas do nódulo, orientando o diagnóstico e o tratamento adequados.

Mamografia

A mamografia é o exame de imagem mais comum para detectar alterações nas mamas e é considerado um método padrão na triagem de câncer de mama, especialmente para mulheres acima de 40 anos. Esse exame usa raios-X em baixa dose para captar imagens detalhadas do tecido mamário e detectar pequenas alterações que podem não ser perceptíveis ao toque.

✅ Como funciona – Durante a mamografia, o seio é comprimido entre duas placas para obter imagens claras e precisas. Essa compressão é breve e pode causar algum desconforto, mas é essencial para capturar detalhes de possíveis alterações.

✅ O que pode identificar – A mamografia consegue mostrar nódulos e microcalcificações, que são pequenos depósitos de cálcio no tecido mamário e, em alguns casos, podem indicar câncer de mama em estágio inicial.

✅ Quando é recomendada – Geralmente indicada para mulheres a partir dos 40 anos como exame de rotina anual ou bianual. Em casos de alto risco, pode ser indicada mais cedo.

Ecografia das mamas

A ecografia das mamas (ou ultrassonografia mamária) é um exame que usa ondas sonoras para formar imagens do tecido mamário. É muito usada como complemento à mamografia, especialmente em mulheres mais jovens, que possuem tecido mamário mais denso, o que dificulta a visualização completa do nódulo apenas pela mamografia.

✅ Como funciona – Um gel é aplicado sobre a pele, e um transdutor (pequeno dispositivo manual) é passado sobre a mama para captar imagens do tecido interno.

✅ O que pode identificar – Esse exame é eficaz para diferenciar nódulos sólidos de cistos (que são cheios de líquido). Ele ajuda a verificar se o nódulo é bem definido ou se apresenta características irregulares, auxiliando a distinguir entre nódulos benignos e suspeitos.

✅ Quando é recomendada – A ultrassonografia é indicada como complemento para casos de nódulos palpáveis que não aparecem claramente na mamografia, e para pacientes com mamas densas, onde a mamografia pode não captar todos os detalhes.

Ressonância magnética das mamas

A ressonância magnética (RM) das mamas é um exame altamente sensível, indicado para avaliar mais detalhadamente nódulos que apresentam características suspeitas nos exames iniciais ou para pacientes com alto risco de câncer de mama. Esse exame fornece imagens detalhadas do tecido mamário sem o uso de radiação.

✅ Como funciona – O paciente é colocado em um equipamento de ressonância, onde é exposto a um campo magnético e ondas de rádio para captar imagens internas das mamas. Em alguns casos, é administrado um contraste intravenoso para melhorar a visualização dos tecidos.

✅ O que pode identificar – A RM é muito eficaz na detecção de tumores pequenos e em áreas complexas, permitindo ver com precisão os limites e a forma dos nódulos. Ela é útil para identificar o câncer de mama em estágios iniciais, principalmente em pessoas com histórico familiar ou mutações genéticas que aumentam o risco.

✅ Quando é recomendada – Indicada para mulheres de alto risco, para investigação de nódulos suspeitos após outros exames, e para monitoramento em casos de diagnóstico prévio de câncer de mama.

Vantagens e limitações de cada exame

Cada exame possui suas vantagens específicas e é recomendado em situações diferentes. A escolha entre mamografia, ultrassom e ressonância magnética depende de fatores como idade, densidade mamária e características do nódulo.

ExameVantagensLimitações
MamografiaBoa sensibilidade para mulheres acima de 40 anos. Detecta microcalcificaçõesMenos eficaz em mamas densas. Leve exposição a radiação
EcografiaDiferencia nódulos sólidos de cistos. Ideal para mamas densasMenor eficácia em visualizar microcalcificações 
RessonânciaAlta sensibilidade. Não usa radiação.Alto custo. Não indicada para triagem de rotina

Quando realizar exames de imagem?

O ideal é que, após os 40 anos, as mulheres mantenham uma rotina de check-ups regulares das mamas, com a realização da mamografia.

Já mulheres de qualquer idade, que percebam nódulos palpáveis ou alterações na mama, devem buscar uma avaliação médica o quanto antes para determinar a necessidade de exames de imagem. A frequência desses exames deve seguir a orientação médica, levando em consideração o histórico familiar, a idade e fatores de risco individuais. 

Enquanto a mamografia de rotina é uma recomendação padrão para mulheres após os 40 anos, a ultrassonografia e a ressonância são indicadas conforme a necessidade de esclarecimento adicional. Esses exames são ferramentas fundamentais para a saúde mamária, permitindo o diagnóstico precoce e preciso de alterações suspeitas.

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Esteatose hepática tem cura?

A esteatose hepática – também conhecida como gordura no fígado – é uma condição cada vez mais comum, especialmente devido ao aumento de fatores de risco como obesidade, sedentarismo e alimentação inadequada. 

Embora em muitos casos seja assintomática, a esteatose pode evoluir para problemas mais graves, como cirrose e insuficiência hepática, se não for tratada adequadamente. Por isso, entender se a esteatose hepática tem cura e quais são as opções de tratamento é essencial para manter a saúde do fígado.

Neste artigo, vamos explorar o que é a esteatose hepática, suas causas, possíveis complicações e, principalmente, se ela pode ser revertida. Continue lendo!

O que é esteatose hepática?

A esteatose hepática, mais conhecida como gordura no fígado, é causada pelo acúmulo excessivo de gordura nas células do fígado. Em situações normais, o fígado contém pequenas quantidades de gordura, mas quando essa gordura excede 5% a 10% do peso do órgão, ocorre a esteatose hepática. 

Embora em muitos casos seja assintomática, essa condição pode causar inflamação no fígado e, se não for tratada, pode evoluir para problemas mais graves, como fibrose, cirrose e até câncer hepático.

Existem dois tipos principais de esteatose hepática, classificados com base nas suas causas:

Esteatose hepática não alcoólica ou Esteatose hepática metabólica 

A esteatose hepática não alcoólica é o tipo mais comum, especialmente entre pessoas com obesidade, diabetes tipo 2 e síndrome metabólica. Ela ocorre em pessoas que não consomem quantidades significativas de álcool. Fatores como alimentação inadequada, sedentarismo, hipertensão e colesterol elevado também contribuem para o desenvolvimento dessa condição.

Esse tipo de esteatose pode evoluir para um quadro mais sério, conhecido como esteato-hepatite não alcoólica, em que, além da gordura, há inflamação e danos às células do fígado. Se não tratada, pode progredir para fibrose, cirrose e até o câncer de fígado.

 

Esteatose hepática alcoólica

A esteatose hepática alcoólica, como o nome indica, é causada pelo consumo excessivo e prolongado de bebidas alcoólicas. O álcool afeta a capacidade do fígado de metabolizar gorduras, fazendo com que estas se acumulem nas células hepáticas.

O abuso contínuo de álcool pode levar a um quadro mais grave de inflamação do fígado, conhecido como hepatite alcoólica, que pode progredir para cirrose, uma condição irreversível.

Fatores de risco para esteatose hepática

Alguns fatores aumentam o risco de desenvolver esteatose hepática, independentemente do tipo:

Obesidade – O excesso de gordura corporal está fortemente relacionado ao acúmulo de gordura no fígado.

Diabetes tipo 2 – O descontrole dos níveis de glicose no sangue está associado ao acúmulo de gordura no fígado.

Colesterol e triglicerídeos elevados – Níveis altos dessas gorduras no sangue favorecem o depósito de gordura no fígado.

Síndrome metabólica – A combinação de fatores como obesidade abdominal, hipertensão, níveis elevados de açúcar e lipídios no sangue é um dos maiores fatores de risco.

Sedentarismo – A falta de atividade física contribui para o aumento de gordura corporal e acúmulo de gordura hepática.

A esteatose hepática é uma condição que exige atenção, pois, apesar de inicialmente não causar grandes prejuízos à saúde, pode evoluir para complicações graves se não for tratada adequadamente. 

Sintomas e diagnóstico da esteatose hepática

A esteatose hepática, especialmente nos estágios iniciais, não costuma mostrar sinais nem sintomas. Muitas pessoas descobrem a condição por acaso, durante exames de rotina ou ao investigar outros problemas de saúde. 

No entanto, à medida que a doença progride e o acúmulo de gordura no fígado aumenta, podem surgir alguns sintomas, especialmente se houver inflamação associada, como na esteatose hepática.

Principais sinais e sintomas

Embora a maioria dos casos de esteatose hepática seja assintomática, alguns sinais podem aparecer. Entre os mais comuns, estão:

✅ Desconforto abdominal – Sensação de peso ou dor no lado direito do abdômen, onde o fígado está localizado.

✅ Fadiga e cansaço – Sensação de cansaço constante, que pode ser resultado da função hepática comprometida.

✅ Perda de apetite – Algumas pessoas podem sentir falta de apetite, o que leva a perda de peso involuntária.

✅ Náuseas – Em casos mais avançados, a inflamação pode causar mal-estar e náuseas.

Nos estágios iniciais, esses sintomas são leves e podem ser facilmente confundidos com outras condições. Quando a esteatose evolui para esteato-hepatite, os sintomas se tornam mais evidentes, com sinais de inflamação e danos ao fígado.

Como a esteatose hepática é diagnosticada?

Como os sintomas podem ser inexistentes ou sutis, o diagnóstico de esteatose hepática costuma ser feito através de exames de imagem e exames laboratoriais solicitados durante consultas de rotina ou investigações de outras doenças. Veja abaixo os principais métodos utilizados:

Exames de imagem

Ultrassonografia abdominal – É o exame mais comumente usado para detectar a gordura no fígado. A ultrassonografia é um método não invasivo, acessível e que permite visualizar o acúmulo de gordura. 

Tomografia computadorizada (TC) – A tomografia também pode identificar o acúmulo de gordura no fígado, oferecendo imagens mais detalhadas que a ultrassonografia. No entanto, assim como o ultrassom, não distingue o grau de inflamação ou fibrose.

Ressonância magnética (RM) – A ressonância magnética é uma das técnicas mais precisas para avaliar a quantidade de gordura no fígado. Além disso, pode ser utilizada para verificar a presença de inflamação e fibrose.

Elastografia hepática – Um exame semelhante ao ultrassom, a elastografia mede a rigidez do fígado, o que ajuda a identificar se já existe fibrose (endurecimento) no órgão, indicando estágios mais avançados da doença.

Exames laboratoriais

Enzimas hepáticas (ALT e AST) – Testes de função hepática, que medem as enzimas ALT (alanina aminotransferase) e AST (aspartato aminotransferase), podem indicar inflamação no fígado. Níveis elevados dessas enzimas podem sugerir esteato-hepatite. 

Perfil lipídico – O exame de colesterol e triglicerídeos pode revelar níveis elevados, comuns em pessoas com esteatose hepática, especialmente quando relacionada à síndrome metabólica.

Glicemia e insulina – A medição dos níveis de açúcar no sangue e insulina pode ajudar a identificar diabetes ou resistência à insulina, condições frequentemente associadas à esteatose hepática.

FIB 4 – É uma equação feita pelo(a) médico(a), em que se considera a idade do(a) paciente, o número de plaquetas e as transaminases (enzimas do fígado). Quando esse valor é maior que 1,3 indica fibrose no fígado, e então a elastografia hepática é indicada. Já um valor abaixo de 1,3 praticamente afasta a presença de fibrose hepática. 

Biópsia hepática

biópsia do fígado é o método mais definitivo para diagnosticar a esteatose hepática e determinar se há inflamação (esteato-hepatite) ou fibrose. Embora seja invasiva, a biópsia é usada quando há necessidade de confirmar o diagnóstico e avaliar a gravidade da doença, especialmente em casos de dúvida sobre a progressão da esteatose.

Importância do diagnóstico precoce

Identificar a esteatose hepática precocemente é crucial para prevenir sua progressão para estágios mais graves, como esteato-hepatite, fibrose e cirrose. Embora seja comum que a esteatose seja detectada de forma incidental, estar atento aos fatores de risco, como obesidade, diabetes e colesterol elevado, pode motivar o acompanhamento regular por meio de exames de imagem e laboratoriais.

Esteatose hepática tem cura?

A pergunta “esteatose hepática tem cura?” é uma das mais comuns entre pessoas diagnosticadas com essa condição. A boa notícia é que, em muitos casos, a esteatose hepática é reversível, especialmente quando identificada em seus estágios iniciais e tratada corretamente. 

Contudo, a “cura” depende muito da capacidade da pessoa em adotar mudanças no estilo de vida e controlar os fatores de risco associados, como obesidade, sedentarismo, alimentação inadequada, diabetes e consumo de álcool.

Reversão da esteatose hepática

A esteatose hepática, particularmente a forma não alcoólica, pode ser revertida quando as causas são tratadas. Isso significa que, ao reduzir o acúmulo de gordura no fígado através de hábitos mais saudáveis, o órgão pode retomar suas funções normais. Para isso, algumas das principais medidas são:

✅ Perda de peso – A redução de peso é um dos fatores mais eficazes para eliminar o excesso de gordura no fígado. Estudos mostram que a perda de 7% a 10% do peso corporal pode levar a uma melhora significativa nos casos de esteatose hepática.

✅ Alimentação balanceada – Dietas ricas em vegetais, frutas, grãos integrais e proteínas magras ajudam a reduzir a gordura no fígado. Evitar alimentos ricos em gorduras saturadas, açúcares refinados e carboidratos simples também é essencial.

✅ Exercício físico regular – A prática de atividade física, principalmente exercícios aeróbicos e de resistência, contribui para a queima de gordura e melhora a saúde hepática.

✅ Controle de doenças associadas – Controlar condições como diabetes, colesterol alto e hipertensão é crucial para reverter a esteatose hepática, já que essas doenças agravam o acúmulo de gordura no fígado.

Fatores que influenciam a cura ou controle da condição

Nem todos os casos de esteatose hepática são iguais, e a possibilidade de cura depende de vários fatores, como:

✅ Estágio da doença – Nos casos iniciais, quando há apenas o acúmulo de gordura sem inflamação ou danos mais graves, a reversão é mais provável. No entanto, se a condição progredir para esteato-hepatite, fibrose ou cirrose, a reversão completa torna-se mais difícil, e o foco do tratamento passa a ser o controle da progressão da doença. Atualmente são usadas a liraglutida 3,0 mg/dia ou a semaglutida 2,4 mg/semana, com bons resultados na redução da gordura do fígado. A pioglitazona é recomendada como primeira linha para tratamento da esteato-hepatite e/ou fibrose, em pacientes diabéticos. Em pacientes com IMC acima de 35,0 kgm2 , a cirurgia bariátrica é indicada, com bons resultados. Recentemente o FDA aprovou uma nova droga (Resmetiron), que se liga aos receptores de hormônios da tireoide nas células do fígado e que melhorou a fibrose hepática em até um estágio. Essa droga tem ainda sido alvo de estudos. 

✅ Adesão ao tratamento – Para reverter a esteatose hepática, é fundamental que o paciente adote de forma consistente mudanças no estilo de vida. Isso inclui a combinação de uma dieta equilibrada, prática regular de exercícios e o controle de condições associadas, como diabetes e colesterol alto.

✅ Abuso de álcool – No caso da esteatose hepática alcoólica, para o consumo de bebidas alcoólicas é indispensável. Se a pessoa parar de beber e adotar hábitos saudáveis, o fígado pode se recuperar e a condição pode ser revertida. No entanto, a continuação do consumo de álcool pode levar à progressão da doença para cirrose, que é irreversível.

Casos em que a “cura” é mais difícil

Em situações em que a esteatose hepática evolui para esteato-hepatite não alcoólica ou para estágios mais avançados, como fibrose ou cirrose, a reversão completa da doença é menos provável. Nessas fases, o tratamento foca em controlar os danos já causados, prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida do paciente.

✅ Fibrose – Ocorre quando o fígado começa a formar cicatrizes devido à inflamação persistente. Embora a fibrose seja tratável em alguns casos, cicatrizes extensas podem ser permanentes.

✅ Cirrose – A cirrose é uma condição grave em que o fígado já apresenta cicatrização extensa e perda significativa de função. Nesses casos, o foco do tratamento é impedir a progressão da doença e evitar complicações, mas a reversão total da cirrose não é possível.

O papel do acompanhamento médico

Embora a esteatose hepática possa ser revertida em muitos casos, é essencial que o tratamento e as mudanças no estilo de vida sejam acompanhados por profissionais de saúde, como endocrinologistas, hepatologistas ou nutricionistas, que poderão monitorar a evolução da doença e ajustar o tratamento conforme necessário, incluindo:

Exames de imagem e laboratoriais regulares para verificar a resposta ao tratamento e identificar possíveis complicações.

Medicamentos em casos específicos, para tratar problemas relacionados, como diabetes, obesidade, colesterol alto ou hipertensão, que podem agravar a esteatose hepática.

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Ecocardiograma pediátrico: importância e quando é necessário!

O ecocardiograma pediátrico é um exame de imagem fundamental para avaliar a saúde do coração de crianças e bebês. Permite identificar, de forma detalhada, possíveis problemas cardíacos, sejam eles congênitos ou adquiridos, auxiliando no diagnóstico precoce e no tratamento adequado. 

A saúde cardiovascular é essencial desde os primeiros anos de vida, e exames como o ecocardiograma desempenham um papel vital na detecção e monitoramento de condições que podem comprometer o desenvolvimento saudável.

Neste artigo, vamos explorar a importância desse exame, entender em quais situações ele é indicado e como ele pode ser decisivo no cuidado da saúde do coração infantil. 

Continue a leitura e descubra!

O que é o ecocardiograma pediátrico?

O ecocardiograma pediátrico é um exame de imagem que utiliza ondas de ultrassom para criar imagens detalhadas do coração de crianças e bebês

Esse exame permite que médicos especializados, como os cardiologistas pediátricos, avaliem a estrutura e o funcionamento do coração, identificando possíveis anormalidades ou problemas que possam afetar o sistema cardiovascular dos pequenos.

Durante o exame, as ondas de ultrassom são refletidas pelas diferentes partes do coração, como as câmaras cardíacas, válvulas e vasos sanguíneos. Essas ondas são convertidas em imagens em tempo real, permitindo que o médico visualize o batimento cardíaco, o fluxo de sangue e o funcionamento das válvulas. 

O ecocardiograma também ajuda a medir o tamanho do coração e a avaliar a espessura das paredes cardíacas.

Diferenças entre ecocardiograma em crianças e em adultos.

Embora o princípio básico do ecocardiograma seja o mesmo tanto para adultos quanto para crianças, o ecocardiograma pediátrico requer abordagens específicas. O coração de uma criança está em fase de crescimento e desenvolvimento, o que significa que as medidas, as estruturas e até mesmo as condições que podem ser observadas no exame podem ser diferentes das encontradas no coração adulto.

Além disso, o exame pediátrico pode ser realizado em diferentes faixas etárias, incluindo recém-nascidos, bebês e crianças em várias fases de crescimento. Por isso, a experiência e o treinamento em cardiologia pediátrica são essenciais para interpretar corretamente os resultados. 

O ecocardiograma pediátrico é uma ferramenta crucial para o diagnóstico de cardiopatias congênitas (problemas presentes desde o nascimento) e outras condições cardíacas que podem afetar a saúde das crianças, ajudando a garantir que elas recebam o tratamento adequado o mais rápido possível.

Como o ecocardiograma pediátrico é realizado?

O ecocardiograma pediátrico é um exame rápido, não invasivo e indolor, que usa a tecnologia de ultrassom para gerar imagens detalhadas do coração da criança. O exame é feito por um cardiologista pediátrico ou radiologista especializado, em um ambiente controlado, como uma clínica ou hospital, com o objetivo de avaliar a anatomia e o funcionamento do coração.

Descrição do procedimento

O procedimento é bem parecido com um ultrassom comum. A criança é deitada em uma maca, geralmente em uma posição confortável, e um gel especial é aplicado sobre o peito. Esse gel facilita o contato entre o transdutor (o aparelho que emite as ondas de ultrassom) e a pele, ajudando na captura das imagens do coração.

O médico move o transdutor sobre diferentes áreas do tórax, enviando ondas sonoras de alta frequência para o corpo. Essas ondas são refletidas pelas estruturas internas do coração e transformadas em imagens de vídeo em tempo real, que mostram o batimento cardíaco, o fluxo de sangue, as válvulas e as câmaras do coração.

Durante o exame, o médico pode pedir para que a criança mude ligeiramente de posição ou, em alguns casos, prenda a respiração por breves momentos para obter melhores imagens. A duração do exame vai depender da complexidade do caso e da cooperação da criança.

Preparação para o exame

Na maioria dos casos, o ecocardiograma pediátrico não exige preparação especial. No entanto, é importante que a criança esteja calma e relaxada para que o médico possa obter imagens claras e precisas. Para bebês, muitas vezes o exame é feito enquanto eles estão dormindo ou após uma mamada, para garantir que fiquem mais tranquilos.

Para crianças maiores, os pais podem explicar de forma simples o que vai acontecer, garantindo que elas entendam que o exame é indolor. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de um sedativo leve, especialmente para crianças muito pequenas ou agitadas, para garantir que elas fiquem imóveis durante o procedimento.

O que esperar durante o exame

Durante o ecocardiograma, a criança não sentirá dor. O transdutor pode causar uma leve pressão no peito, mas nada desconfortável. O gel aplicado pode estar frio no início, mas rapidamente aquece ao contato com a pele.

Os pais ou responsáveis podem, em muitos casos, ficar presentes durante o exame para ajudar a acalmar a criança e garantir que ela se sinta segura. Em clínicas especializadas, o ambiente é preparado para ser acolhedor, com brinquedos ou telas com desenhos animados para entreter as crianças enquanto o exame é realizado.

Resultado do exame

Após o ecocardiograma, o cardiologista analisará as imagens capturadas e discutirá os resultados com os pais ou responsáveis. Se forem detectadas anomalias no coração, o médico poderá sugerir exames complementares ou tratamentos, caso necessário.

O ecocardiograma pediátrico é uma ferramenta vital para garantir a saúde do coração infantil e monitorar condições cardíacas ao longo do tempo, sendo seguro e eficaz na avaliação da função cardíaca em crianças de todas as idades.

Por que o ecocardiograma é importante para crianças?

O ecocardiograma pediátrico desempenha um papel fundamental na avaliação da saúde cardiovascular de crianças e bebês. Entender a importância desse exame ajuda pais e responsáveis a compreenderem quando e por que ele é necessário para garantir o bem-estar das crianças.

Diagnóstico de problemas cardíacos congênitos

Uma das principais razões para a realização de um ecocardiograma em crianças é a detecção das chamadas cardiopatias congênitas, que são problemas no desenvolvimento do coração, que surgem antes do nascimento. 

Esses defeitos podem variar de leves a graves, incluindo anomalias nas válvulas cardíacas, na formação das câmaras do coração ou na circulação do sangue. O ecocardiograma é essencial para identificar essas condições logo após o nascimento ou, em alguns casos, ainda no útero, permitindo que o tratamento adequado seja iniciado o quanto antes.

Sem o diagnóstico precoce, muitas dessas cardiopatias podem não ser detectadas até que os sintomas se manifestem, como cansaço excessivo, dificuldade para respirar ou atraso no crescimento. O exame, portanto, pode ser vital para prevenir complicações graves.

Monitoramento de problemas cardíacos adquiridos

Além de detectar condições congênitas, o ecocardiograma pediátrico também é útil para monitorar problemas cardíacos adquiridos, ou seja, condições que se desenvolvem após o nascimento. 

Algumas crianças podem desenvolver problemas no coração devido a infecções, inflamações ou outros fatores de saúde. O ecocardiograma permite acompanhar de perto a evolução dessas condições e ajustar os tratamentos, se necessário.

Por exemplo, doenças como febre reumática, que pode surgir após infecções na garganta por estreptococos, podem afetar as válvulas do coração. O ecocardiograma ajuda a identificar esses danos e a guiar o tratamento para minimizar o impacto na saúde da criança.

Avaliação do funcionamento do coração

O ecocardiograma também é importante para avaliar o funcionamento geral do coração, já que permite verificar se as câmaras cardíacas estão funcionando corretamente, se as válvulas estão abrindo e fechando como deveriam e se o fluxo sanguíneo está adequado.

Mesmo em crianças sem sintomas aparentes, o exame pode revelar disfunções que poderiam passar despercebidas e que, sem tratamento, poderiam comprometer o desenvolvimento saudável.

Além disso, para crianças que já têm diagnósticos de condições cardíacas, o ecocardiograma é uma ferramenta essencial de monitoramento, pois permite avaliar a eficácia de tratamentos e intervenções, como medicamentos ou cirurgias, e ajustar os cuidados conforme a necessidade.

Prevenção de complicações no longo prazo

Ao identificar problemas cardíacos em estágios iniciais, o ecocardiograma pediátrico desempenha um papel vital na prevenção de complicações no longo prazo. Quando os problemas são detectados e tratados precocemente, é possível evitar que eles evoluam para quadros mais graves que poderiam comprometer a qualidade de vida da criança e, em alguns casos, até mesmo a sua expectativa de vida.

O papel do ecocardiograma no acompanhamento pós-tratamento

Crianças que passaram por cirurgias cardíacas ou estão em tratamento para condições crônicas do coração também se beneficiam do ecocardiograma. O exame permite acompanhar o progresso do tratamento, verificar se o coração está se recuperando adequadamente e garantir que não haja novos problemas surgindo.

Quando o ecocardiograma pediátrico é indicado?

O ecocardiograma pediátrico é um exame essencial na avaliação da saúde cardíaca das crianças, mas nem sempre é realizado de forma rotineira. Ele é indicado em situações específicas, quando há suspeita de anomalias ou condições cardíacas que podem comprometer o bem-estar da criança. 

Abaixo, detalhamos os principais cenários em que esse exame se torna necessário.

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Sopro cardíaco

Um dos motivos mais comuns para a indicação de um ecocardiograma em crianças é a detecção de um sopro cardíaco durante a ausculta do coração. O sopro é um som anormal causado pelo fluxo sanguíneo turbulento no coração. 

Embora muitos sopros sejam benignos e não indiquem problemas graves, alguns podem ser sinais de cardiopatias, como defeitos nas válvulas ou nas paredes do coração. O ecocardiograma ajuda a diferenciar entre um sopro benigno e um que exige tratamento.

Histórico familiar de doenças cardíacas

Crianças que possuem histórico familiar de doenças cardíacas congênitas ou outras condições cardíacas hereditárias podem precisar de um ecocardiograma para verificar se herdaram alguma anomalia. 

Em famílias com um histórico de defeitos cardíacos, o exame é indicado para garantir o diagnóstico precoce de qualquer irregularidade e possibilitar o tratamento rápido e adequado.

Sintomas de problemas cardíacos

O ecocardiograma é frequentemente recomendado quando a criança apresenta sintomas que podem sugerir um problema cardíaco, tais como:

✅ Cansaço excessivo durante atividades físicas leves.

✅ Falta de ar ou dificuldade respiratória, mesmo em repouso.

✅ Desmaios frequentes ou sensação de tontura.

✅ Batimentos cardíacos irregulares (arritmias).

✅ Inchaço nas pernas, pés ou abdômen.

✅ Crescimento inadequado ou atraso no desenvolvimento.

Esses sintomas podem indicar condições como insuficiência cardíaca, defeitos nas válvulas ou arritmias, e o ecocardiograma é essencial para confirmar o diagnóstico.

Bebês prematuros

Os bebês que nascem prematuramente, especialmente aqueles que apresentam complicações respiratórias ou dificuldades de desenvolvimento, podem ter anomalias cardíacas que exigem monitoramento. 

O ecocardiograma pediátrico é indicado para avaliar a estrutura e o funcionamento do coração desses bebês e garantir que não há complicações relacionadas à prematuridade, como a persistência do canal arterial (PCA), uma condição comum em prematuros.

Crianças com síndromes genéticas

Algumas síndromes genéticas, como a Síndrome de Down, Síndrome de Turner e outras condições congênitas, estão frequentemente associadas a problemas no coração. Crianças com essas síndromes podem ser submetidas a ecocardiogramas de rotina para monitorar o desenvolvimento do coração e detectar precocemente possíveis defeitos cardíacos.

Infecções que afetam o coração

Infecções graves, como febre reumática e miocardite, podem afetar diretamente o coração, causando danos às válvulas ou ao músculo cardíaco. Nesses casos, o ecocardiograma é indicado para avaliar a extensão dos danos e orientar o tratamento. 

A febre reumática, por exemplo, pode causar problemas nas válvulas do coração, e o exame ajuda a identificar essas alterações.

Monitoramento pós-operatório

Crianças que passaram por cirurgias cardíacas, como reparos de defeitos congênitos, também precisam de acompanhamento regular com ecocardiogramas para verificar se o coração está se recuperando adequadamente e se a cirurgia foi bem-sucedida. 

O exame ajuda a monitorar o funcionamento do coração e identificar qualquer complicação que possa surgir após a intervenção cirúrgica.

Crianças com hipertensão arterial

Embora a pressão alta seja mais comum em adultos, crianças também podem desenvolver hipertensão arterial. Quando a hipertensão está presente, o ecocardiograma pode ser indicado para verificar se o coração sofreu algum impacto devido à pressão elevada, como o espessamento das paredes cardíacas, conhecido como hipertrofia ventricular.

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Mamografia para mulheres abaixo de 40 anos: quando é indicado?

A mamografia é um exame essencial para a detecção precoce do câncer de mama, principalmente em mulheres com mais de 40 anos. 

No entanto, muitas pessoas se perguntam: em que casos esse exame é indicado para mulheres mais jovens, abaixo dessa faixa etária? Embora menos comum, há situações específicas em que a mamografia pode ser recomendada para mulheres antes dos 40 anos, especialmente em casos de histórico familiar ou fatores de risco. 

Neste artigo, vamos explorar quando a mamografia é indicada para esse público e por que o acompanhamento médico é tão importante. Continue lendo para entender mais sobre esse tema crucial para a saúde feminina!

O que é a mamografia e como ela funciona?

A mamografia é um exame de imagem usado para detectar alterações nas mamas, sendo especialmente eficaz para a detecção precoce do câncer de mama. O exame é realizado por meio de um aparelho chamado mamógrafo, que usa baixas doses de raios-X para obter imagens detalhadas do tecido mamário. 

Essas imagens permitem identificar nódulos, microcalcificações e outras anomalias que podem não ser perceptíveis em um exame físico ou em um autoexame.

Durante o procedimento, a mama é posicionada entre duas placas que a comprimem para espalhar o tecido e garantir uma imagem mais clara. Embora o processo possa causar algum desconforto, essa compressão é necessária para que as estruturas internas da mama sejam visualizadas com precisão. A mamografia dura apenas alguns minutos e, apesar do desconforto temporário, é um exame rápido e altamente eficaz.

A mamografia pode ser realizada de duas formas principais:

✅ Mamografia convencional (analógica) – Usa um filme para capturar as imagens das mamas. É uma técnica mais antiga e menos comum hoje em dia, pois foi amplamente substituída pela tecnologia digital.

✅ Mamografia digital – Atualmente mais utilizada, a mamografia digital permite que as imagens sejam armazenadas eletronicamente e visualizadas em alta resolução em um monitor de computador. Esse método oferece mais precisão, especialmente para mulheres com mamas densas, pois permite que o médico ajuste as imagens e amplie áreas específicas para uma análise mais detalhada.

A mamografia é muito usada para diagnosticar precocemente o câncer de mama, pois consegue detectar tumores muito pequenos, em estágios iniciais, aumentando muito as chances de sucesso no tratamento. Quanto mais cedo o câncer de mama é diagnosticado, maior a probabilidade de cura.

Por que a mamografia costuma ser indicada a partir dos 40 anos?

A mamografia é um exame fundamental para a detecção precoce do câncer de mama, especialmente em mulheres acima dos 40 anos. Essa recomendação tem base científica e está relacionada às mudanças naturais que ocorrem no corpo feminino com a idade, bem como à maior incidência de câncer de mama após essa faixa etária.

Mudanças no tecido mamário

O tecido mamário é composto por glândulas, ductos e tecido adiposo. Em mulheres mais jovens, as mamas tendem a ser mais densas, o que significa que possuem mais tecido glandular e menos gordura. Essa densidade maior dificulta a visualização de possíveis nódulos ou outras alterações nas imagens da mamografia, o que pode reduzir a precisão do exame.

Após os 40 anos, o tecido mamário começa a se tornar mais adiposo e menos denso, o que facilita a detecção de anomalias. Como resultado, a mamografia se torna mais eficaz para identificar alterações que podem indicar câncer ou outras condições. Além disso, a probabilidade de câncer de mama aumenta com a idade, o que justifica o rastreamento anual ou bianual a partir dessa fase da vida.

Risco de câncer de mama aumenta com a idade

Estatisticamente, a maioria dos casos de câncer de mama ocorre em mulheres com mais de 40 anos. Esse aumento no risco ocorre devido a uma combinação de fatores, incluindo envelhecimento celular, exposição prolongada a hormônios e outras influências genéticas e ambientais. 

Considerações sobre radiação

Embora a mamografia use baixas doses de radiação, há um pequeno risco associado à exposição repetida ao longo do tempo. Em mulheres mais jovens, com menor risco de câncer de mama, os benefícios de realizar mamografias regulares são menores do que os possíveis riscos associados à radiação. Por essa razão, o exame é geralmente recomendado apenas quando há indicação clínica ou fatores de risco específicos em mulheres com menos de 40 anos.

Rastreamento eficiente

A mamografia de rastreamento, recomendada para mulheres a partir dos 40 anos, é realizada mesmo em mulheres assintomáticas, ou seja, aquelas que não apresentam sinais de câncer de mama, como nódulos ou dor. Esse rastreamento é crucial, pois muitos tumores podem não causar sintomas até atingirem um estágio mais avançado. O objetivo é detectar o câncer precocemente, antes que ele cresça ou se espalhe, o que aumenta significativamente as chances de sucesso no tratamento.

Quando a mamografia é indicada para mulheres abaixo de 40 anos?

Embora a mamografia seja geralmente recomendada a partir dos 40 anos, existem algumas situações em que o exame pode ser indicado para mulheres mais jovens. Nesses casos, a avaliação médica detalhada é fundamental para determinar a necessidade e a frequência do exame. 

Abaixo, estão algumas das principais situações que podem justificar a realização de uma mamografia em mulheres abaixo dessa faixa etária.

Histórico familiar de câncer de mama

Mulheres com parentes próximos que tiveram câncer de mama, especialmente se o diagnóstico ocorreu antes dos 50 anos, podem ter um risco maior de desenvolver a doença mais cedo. Se há histórico de câncer de mama em parentes de primeiro grau, como mãe, irmã ou filha, ou histórico de câncer de ovário, pode ser recomendada a mamografia antes dos 40 anos, como medida preventiva. 

Presença de mutações genéticas (BRCA1 e BRCA2)

Mulheres com mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 têm um risco significativamente maior de desenvolver câncer de mama e câncer de ovário ao longo da vida. Essas mutações genéticas aumentam o risco da doença ocorrer em idades mais jovens, o que justifica o início precoce do rastreamento mamográfico, além de outros exames complementares, como a ressonância magnética. 

Pode ser recomendada a mamografia combinada com a ressonância magnética, que oferece uma análise mais detalhada.

Fatores de risco como exposição à radiação

Mulheres que foram expostas à radiação no tórax em idades jovens (por exemplo, em tratamentos para linfoma) têm um risco maior de desenvolver câncer de mama. Nesses casos, a mamografia pode ser indicada antes dos 40 anos para monitorar possíveis alterações no tecido mamário. 

A combinação de mamografia com outros exames, como a ressonância magnética, também pode ser recomendada para garantir uma avaliação mais precisa.

Detecção de nódulos ou outras alterações nas mamas

Mulheres abaixo dos 40 anos, que detectam alterações nas mamas, como nódulos, dor persistente, secreção no mamilo ou mudanças no formato ou textura da pele, devem procurar um médico para avaliação. 

Embora a mamografia não seja o exame de escolha inicial para mulheres mais jovens com tecido mamário denso, pode ser utilizada em conjunto com outros exames, como a ultrassonografia mamária, para investigar a origem das  alterações. 

Monitoramento e acompanhamento personalizado

Para mulheres abaixo dos 40 anos, com risco aumentado de câncer de mama, é essencial que o monitoramento seja feito por um especialista, como um mastologista. 

Esse acompanhamento garante que a abordagem de rastreamento seja personalizada, levando em consideração os fatores de risco e as necessidades individuais de cada paciente.

A mamografia para mulheres jovens deve ser uma decisão cuidadosa, sempre baseada em uma avaliação médica detalhada. Quando realizada de forma preventiva em grupos de risco, pode desempenhar um papel importante na detecção precoce e no tratamento eficaz do câncer de mama.

Métodos alternativos de diagnóstico para mulheres jovens

Quando se trata de mulheres abaixo dos 40 anos, a mamografia nem sempre é o exame mais indicado. Isso ocorre porque, em muitas mulheres mais jovens, o tecido mamário tende a ser mais denso, o que pode dificultar a visualização de anomalias, como nódulos, em uma mamografia. 

Nesses casos, exames alternativos, como a ultrassonografia e a ressonância magnética (RM), são frequentemente utilizados, seja como complementos à mamografia ou como métodos diagnósticos principais. 

Abaixo, exploramos como esses métodos podem ser eficazes no diagnóstico de condições mamárias em mulheres mais jovens.

Ultrassonografia mamária

A ultrassonografia mamária (ou ecografia das mamas) é um exame de imagem não invasivo, que utiliza ondas sonoras para criar imagens detalhadas do tecido mamário. Esse método é especialmente útil para mulheres com mamas densas, onde a mamografia pode ter limitações. A ultrassonografia permite distinguir com clareza entre cistos (sacos cheios de líquido) e nódulos sólidos, sendo frequentemente utilizada como complemento da mamografia ou para investigar alterações detectadas em exames clínicos.

👉 Quando é indicada: A ultrassonografia mamária é indicada principalmente quando há suspeita de nódulos ou alterações na mama que podem não ser visualizadas com clareza na mamografia, especialmente em mulheres mais jovens. Ela também é amplamente utilizada como primeiro exame em mulheres grávidas ou lactantes, já que não envolve radiação.

👉 Benefícios: O exame é indolor, não envolve radiação e é altamente eficaz para diferenciar entre lesões benignas e suspeitas. Além disso, pode ser usado como acompanhamento frequente, sem riscos à saúde.

Ressonância magnética (RM) das mamas

A ressonância magnética é um exame de alta sensibilidade que usa um campo magnético e ondas de rádio para gerar imagens detalhadas das mamas. A RM é especialmente útil em mulheres com alto risco de câncer de mama, como aquelas com mutações genéticas (BRCA1 ou BRCA2), histórico familiar significativo ou exposição à radiação em idades jovens. Ela é capaz de identificar pequenas alterações no tecido mamário que podem não ser visíveis em outros exames de imagem.

👉 Quando é indicada: A ressonância magnética é frequentemente recomendada para mulheres com alto risco de câncer de mama, como método complementar à mamografia. Além disso, ela pode ser usada em mulheres jovens com mamas densas ou em casos de diagnóstico inconclusivo após outros exames. A RM também é uma opção importante no acompanhamento de mulheres que fizeram reconstrução mamária após câncer.

👉 Benefícios: A RM tem alta sensibilidade, sendo capaz de detectar tumores em estágios muito iniciais. Não envolve radiação e é especialmente eficaz em pacientes com histórico genético ou fatores de risco elevados. Além disso, é um excelente exame para monitorar mulheres que já foram diagnosticadas com câncer de mama, ajudando a avaliar a resposta ao tratamento.

Quando combinar mamografia com outros exames?

Em alguns casos, médicos(as) podem recomendar a combinação de mamografia com ultrassonografia ou ressonância magnética para obter uma análise mais completa do tecido mamário. Isso é comum quando há suspeitas de lesões em mulheres com mamas densas ou quando a mamografia isolada não fornece informações suficientes. Alguns exemplos de combinação de exames são:

✅ Mamografia + ultrassonografia: Indicada para mulheres jovens com mamas densas, onde o nódulo detectado em uma mamografia pode ser melhor visualizado pela ultrassonografia.

✅ Mamografia + ressonância magnética: Frequentemente usada em mulheres de alto risco, como aquelas com histórico familiar ou genético significativo, para um acompanhamento mais preciso.

Importância da escolha correta do exame

A escolha do exame diagnóstico deve ser feita com base nas características individuais da paciente, como a densidade mamária, histórico familiar e fatores de risco. 

A consulta com um mastologista ou ginecologista é essencial para determinar qual método de imagem é mais apropriado para cada caso. 


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