Hepatite: o que é, quais os riscos e como investigar

A hepatite é uma inflamação do fígado, que pode ter diversas causas, sendo as principais os vírus das hepatites A, B, C, D e E. Apesar de ser bastante comum, muitas pessoas ainda desconhecem os sintomas iniciais, os riscos envolvidos e como essa condição pode ser diagnosticada precocemente. 

Neste artigo, vamos explicar de forma clara e acessível o que é a hepatite, quais são seus sinais de alerta e como ela pode ser investigada.

O que é hepatite e por que ela acontece

Hepatite é o nome dado a qualquer inflamação no fígado. Essa inflamação pode ser causada por vírus (as chamadas hepatites virais), mas também pode estar relacionada ao uso excessivo de álcool, uso prolongado de medicamentos, doenças autoimunes ou metabólicas. 

Entre as causas infecciosas, destacam-se os vírus das hepatites A, B e C, sendo o tipo C o que mais evolui para formas crônicas.

O fígado é um órgão vital, que participa da digestão, do armazenamento de nutrientes e da eliminação de substâncias tóxicas. Quando inflamado, ele pode ter seu funcionamento comprometido.

Muitos casos de hepatite são silenciosos, especialmente nos estágios iniciais. No entanto, é importante ficar atento aos seguintes sintomas:

✅ Cansaço excessivo e fraqueza

✅ Febre baixa

✅ Dor na região do abdome superior direito

✅ Enjoo, vômito e falta de apetite

✅ Urina escura e fezes claras

✅ Olhos e pele amarelados (icterícia)

Riscos e complicações da hepatite

A hepatite, quando não diagnosticada ou tratada corretamente, pode trazer sérios prejuízos à saúde do fígado e de todo o organismo. Os riscos variam conforme o tipo de hepatite e o tempo de evolução da doença. Abaixo, estão algumas das principais complicações:

Fibrose hepática

É o estágio inicial da cicatrização do fígado. O tecido hepático inflamado vai sendo substituído por tecido cicatricial, o que reduz sua capacidade de funcionar corretamente.

Cirrose

Representa um estágio mais avançado da fibrose. O fígado fica endurecido e com sua estrutura comprometida, dificultando a realização de suas funções essenciais. Pode provocar inchaços, hemorragias, confusão mental e até levar à morte.

Insuficiência hepática

Ocorre quando o fígado perde grande parte da sua função. Nesse estágio, o paciente pode apresentar acúmulo de toxinas no organismo, distúrbios de coagulação e necessitar de transplante hepático.

Câncer de fígado (carcinoma hepatocelular)

É mais comum em pacientes com hepatite B ou C crônica. A inflamação persistente aumenta o risco de surgimento de tumores malignos no fígado.

Essas complicações reforçam a importância de detectar e tratar a hepatite o quanto antes, por meio de exames adequados e acompanhamento médico regular.

Como é feita a investigação da hepatite

A investigação da hepatite costuma começar com a análise dos sintomas e do histórico de saúde. A partir disso, o médico pode solicitar exames específicos, como:

Exames de sangue

✅ Sorologias específicas: detectam os vírus das hepatites A, B, C, D e E.

✅ Exames de função hepática: TGO, TGP, GGT, bilirrubinas, entre outros.

Exames de imagem

✅ Ecografia abdominal: ajuda a avaliar o tamanho do fígado, identificar lesões, gordura hepática ou sinais de cirrose.

✅ Elastografia hepática: exame que avalia a rigidez do fígado, importante para medir o grau de fibrose.

Esses exames auxiliam tanto no diagnóstico quanto no acompanhamento de casos crônicos.

Prevenção e cuidado com o fígado

✅ Mantenha a vacinação em dia (hepatites A e B têm vacina disponível)

✅ Use preservativos nas relações sexuais

✅ Não compartilhe objetos cortantes (como alicates e lâminas)

✅ Modere o consumo de álcool

✅ Evite o uso prolongado de medicamentos sem orientação

✅ Faça exames regulares se estiver em grupo de risco (histórico familiar, doenças autoimunes, uso de drogas, etc.)

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A hepatite é uma doença séria, mas que pode ser prevenida e controlada. Identificar os sintomas cedo e realizar os exames corretos é essencial para garantir um tratamento eficaz e proteger a saúde do seu fígado.

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Câncer de fígado: fatores de risco, causas e como se prevenir

O câncer de fígado é uma doença séria e que merece atenção, especialmente porque pode se desenvolver silenciosamente. Saber quais são os fatores de risco para câncer de fígado e como evitá-los pode fazer toda a diferença no diagnóstico precoce e na prevenção. 

O que é o câncer de fígado e por que é tão preocupante?

O câncer de fígado ocorre quando as células desse órgão começam a se multiplicar de maneira descontrolada, formando tumores. O tipo mais comum é o carcinoma hepatocelular, que geralmente surge em pessoas com doenças crônicas do fígado, como cirrose ou hepatites.

É preocupante por ser frequentemente diagnosticado em estágios avançados, quando já afeta o funcionamento do fígado e reduz as opções de tratamento eficaz.

Quais são os principais fatores de risco para câncer de fígado?

Conhecer os fatores de risco ajuda a identificar quem deve ficar mais atento. Veja quais são os principais:

✅ Hepatites crônicas B e C: a infecção por esses vírus é uma das principais causas de câncer de fígado no mundo.

✅ Cirrose hepática: é um fator de risco significativo, podendo ser causada por álcool, hepatites virais ou outras doenças hepáticas.

✅ Consumo excessivo de álcool: o álcool em excesso pode levar à cirrose hepática e aumentar muito o risco de câncer hepático.

✅ Esteatose hepática não alcoólica (gordura no fígado): vem aumentando rapidamente devido à obesidade e diabetes, representando um novo fator preocupante.

✅ Exposição a toxinas: contato com substâncias tóxicas, como aflatoxinas (encontradas em alimentos mal armazenados) também eleva o risco.

✅ Diabetes tipo 2 e obesidade: essas condições frequentemente acompanham a gordura no fígado, ampliando o risco.

👉 Saiba mais – Cirrose hepática: sintomas, causas e como eliminar

O que acelera o câncer de fígado?

Existem fatores que podem acelerar a progressão do câncer hepático, especialmente:

✅ Inflamação crônica do fígado: doenças hepáticas crônicas não tratadas ou mal controladas aumentam a chance de surgimento e crescimento acelerado do tumor.

✅ Imunidade baixa: pacientes com sistema imunológico comprometido têm maior risco de câncer hepático avançar rapidamente.

✅ Falta de controle de doenças hepáticas crônicas: hepatites e outras doenças do fígado sem acompanhamento adequado podem acelerar o desenvolvimento do câncer.

Câncer de fígado: a importância do diagnóstico precoce

O acompanhamento da saúde do fígado deve ser contínuo, especialmente para pessoas com fatores de risco como hepatites, histórico de consumo de álcool, obesidade ou diabetes. O monitoramento costuma envolver:

✅ Consulta médica com avaliação clínica, que analisa histórico de doenças hepáticas, uso de medicamentos, sintomas digestivos e estilo de vida.

✅ Exames de sangue periódicos, incluindo testes de função hepática (TGO, TGP, GGT, bilirrubinas), além do marcador tumoral alfafetoproteína (AFP);

✅ Ecografia abdominal, recomendada anualmente para pacientes com risco aumentado;

Esse acompanhamento regular permite detectar alterações ainda em fase inicial. Mas a investigação precisa ser mais aprofundada, caso surjam sinais de alerta como dor ou desconforto no lado direito do abdômen, inchaço abdominal, perda de peso sem causa aparente, cansaço excessivo, pele ou olhos amarelados (icterícia).

Nessas situações, o médico pode solicitar exames mais específicos, como:

✅ Tomografia computadorizada ou ressonância magnética: para visualizar com mais detalhes alterações vistas na ultrassonografia;

Elastografia hepática: mede a rigidez do fígado, permitindo avaliar fibrose e cirrose de forma não invasiva e detectar alterações precoces que podem evoluir para câncer;

✅ Biópsia hepática: indicada em casos de suspeita de tumor quando os exames de imagem não trazem respostas conclusivas;

✅ Testes virais e marcadores tumorais adicionais, que ajudam a investigar a presença de hepatites e outros quadros associados ao câncer.

Como prevenir o câncer de fígado?

Medidas simples podem reduzir significativamente o risco:

✅ Vacinação contra hepatite B: disponível na rede pública, é uma importante forma de prevenção;

✅ Evitar o consumo excessivo de álcool: o controle ou a redução no consumo protege o fígado da cirrose;

✅ Manter um peso saudável e controlar a diabetes: prevenindo a esteatose hepática não alcoólica e suas complicações;

✅ Realizar exames regulares: especialmente para quem tem fatores de risco conhecidos, exames como ultrassonografia abdominal ajudam a detectar o câncer precocemente;

✅ Higiene alimentar: lavar bem os alimentos (especialmente crus) e ter cuidado com o que consumimos fora de casa, a fim de evitar alimentos contaminados, especialmente com aflatoxinas (toxinas produzidas por fungos).

Como o fígado é um órgão que não costuma dar sinais de que há algo errado, é fundamental acompanhá-lo de forma preventiva. Por isso, se você está no Distrito Federal ou Entorno e tem exames solicitados, clique no link abaixo e venha cuidar da sua saúde conosco!