Elastografia
O ultrassonografia ou a ecografia de tireoide é um exame de imagem que se utiliza de ondas sonoras de alta frequência para a avaliação e investigação de nódulos e cistos na tireoide, bem como para detectar doenças como a Tireoidite de Hashimoto e a Doença de Graves.
Estima-se que cerca de 40% da população acima dos 40 anos vai apresentar algum nódulo na tireoide durante a vida. Porém, apenas uma pequena parcela (cerca de 5%) desses cistos vai resultar em câncer.
As mulheres apresentam mais casos que os homens. A partir dos 40 anos, elas têm cerca de 40% de chance de apresentar nódulos na tireoide. Acima dos 50 anos, esse percentual sobe para 50%. Depois dos 70 anos, as chances são de quase 90%.
Outro dado importante é de que apenas 5 de cada 100 nódulos tireoideanos podem ser percebidos no exame físico. Isso nos dá a ideia da importância do exame de ultrassom da tireoide para o diagnóstico precoce.
Neste artigo a gente traz todas as informações que você precisa sobre esse exame tão importante.
A tireoide é uma glândula do nosso corpo, que mede de 4-7 cm e pesa cerca de 25 gramas em um adulto. Ela tem o formato de um escudo ou de uma borboleta, a depender da visão de cada um. Inclusive, o nome tireoide é derivado do grego Thureós, que significa “escudo”.
Ela fica localizada na região do pescoço, próxima à traqueia.
Essa glândula exerce grande influência sobre a saúde geral do organismo, sendo responsável pela produção de hormônios, como o T4 (tireoxina) e o T3 (triiodotironina), que agem diretamente sobre o ritmo do nosso metabolismo.
Os hormônios tireoidianos influenciam no funcionamento de órgãos como cérebro, coração, fígado, rins, entre outros, interferindo no peso, humor, memória, ciclo menstrual, libido, fertilidade e, no caso das crianças, no ritmo de crescimento.
Resumindo, a tireoide produz hormônios reguladores dos processos do corpo.
O ultrassom (ou ecografia, ou ultrassonografia) da tireoide é geralmente indicado nos casos em que são percebidos nódulos na área do pescoço a partir do exame clínico ou por meio do autoexame realizado pelo paciente.
O exame também costuma ser indicado para pessoas que apresentaram alterações hormonais em exames de sangue.
Além disso, pacientes com histórico familiar de câncer na tireoide e que estejam apresentando sintomas que possam estar associados à disfunções hormonais, possuem indicação de realizar o ultrassom.
Quando a tireoide está funcionando em um ritmo acima do considerado ideal, ocorre o que chamamos de hipertireoidismo, provocando efeitos como:
Já quando a tireoide está trabalhando em um ritmo abaixo do ideal, ocorre o que chamamos de hipotireoidismo. Nesses casos, os efeitos podem ser:
Apesar de não serem sintomas muito específicos, o relato de alterações por parte do paciente é importante para o médico, já que mostra que há algo errado que precisa ser investigado.
Nem todas as disfunções da tireoide são sintomáticas, especialmente em seus estágios iniciais. Por isso, caso você apresente alguma predisposição para o desenvolvimento de problemas na tireoide, como histórico familiar, é importante manter uma rotina de checagem regular.
O médico de referência para tratar a tireoide é o endocrinologista. Este é o principal profissional que vai verificar e definir qual a necessidade de realização periódica de exames laboratoriais, como T3 e T4, e de imagem, como a ecografia de tireoide.
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Tireoide: como detectar distúrbios relacionados
Para a realização do exame, o médico vai utilizar um ecógrafo (aparelho emissor de ondas de alta frequência), um transdutor (parte condutora do aparelho, que entra em contato com a pele) e um computador, onde as imagens serão processadas e exibidas.
Com o auxílio de um gel incolor, o médico desliza o transdutor por cima da pele, sobre toda área a ser avaliada. Durante o procedimento, pode ser solicitado que o paciente segure a respiração por alguns instantes ou faça movimentos, como o de engolir, para que o médico possa visualizar melhor a glândula.
Por não apresentar radiação de qualquer espécie, o exame não apresenta contraindicações de modo geral, podendo ser realizado por paciente de todas as idades, incluindo pacientes grávidas.
O tempo de realização do exame é de cerca de 10-15 minutos, e o resultado sai em até meia hora. Não é necessário qualquer tipo de preparo para a realização do exame.
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Conheça mais sobre a ecografia de tireoide
A partir das características ecográficas de nódulos encontrados, é possível definir se são potencialmente malignos ou benignos.
De modo geral, nódulos maiores que 1 cm, com margens irregulares, mais escuros (hipoecóicos) e com microcalcificações, são os mais suspeitos para malignidade.
Uma vez que um nódulo é identificado como possivelmente maligno, a recomendação geral é a realização da biópsia por meio da PAAF (Punção Aspirativa de Tireóide por Agulha Fina), que poderá confirmar ou não o diagnóstico, após análise da amostra em laboratório de análises clínicas.
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Punção da tireoide: saiba como é realizado o exame
Caso a ecografia seja acompanhada de doppler, torna-se também possível a avaliação do fluxo sanguíneo da glândula, e dos eventuais nódulos presentes.
De acordo com os padrões de vascularizaçao dos nódulos, ou seja se a circulação de sangue é maior na sua porção central ou periférica , podemos também suspeitar de malignidade.
É importante lembrar que a maior parte dos nódulos encontrados na tireoide (cerca de 95% dos casos) são benignos, mas devem ser propriamente identificados e classificados para definir se é necessária a cirurgia.
Nódulos benignos, que produzem hormônios, por exemplo, quase sempre precisam ser retirados, já que possuem potencial de favorecer o hipertireoidismo.
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O que é ecodoppler de tireoide?
A ecografia de tireoide é um procedimento rápido, simples, indolor e sem contraindicações, sendo uma grande aliada no combate às disfunções da tireoide.
Por menores que sejam as alterações na tireoide, já são capazes de causar grande impacto na nossa saúde. Por essa razão, é sempre importante estar atento a sintomas que possam indicar algum desequilíbrio hormonal.
Como vimos no início deste texto, após os 40 anos de idade, quase metade das pessoas vai apresentar nódulos na tireoide. Por isso, manter consultas e exames regulares com o endocrinologista precisa fazer parte da sua rotina de cuidados.
Lembre-se que identificar e tratar qualquer doença é mais fácil, simples e rápido quanto mais cedo ela for diagnosticada. No caso de problemas da tireoide, mesmo em casos mais graves, como o câncer, a situação não é diferente e as chances de cura são muito grandes.
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