Reposição hormonal na menopausa: vale a pena fazer?

Dúvida frequente no universo feminino, a reposição hormonal na menopausa não é vista com unanimidade. Sendo assim, enquanto algumas mulheres recorrem ao método, outras buscam alternativas para evitá-lo.

Sabendo de todo esse cenário, que gera dúvidas e debates, elaboramos esse conteúdo para que você entenda quais são os benefícios e malefícios da reposição hormonal e em quais ocasiões ela é indicada. 

Boa leitura!

Por que a reposição hormonal divide opiniões?

A reposição hormonal na menopausa divide opiniões por conta dos efeitos colaterais que podem aparecer em mulheres que optam por sua realização.

Inclusive, a maior propagação de informações sobre a existência desses efeitos no corpo fez com que muitas mulheres na menopausa deixassem de procurar tratamento.

Dado comprovado por uma pesquisa desenvolvida pela Unicamp que, de 2003 a 2018, notou uma queda de 37% para 19,5% nas mulheres que já realizaram ou realizam a reposição hormonal.

A orientadora da pesquisa, Lucia Costa-Paiva, admite que essa divisão de opiniões aconteceu por conta da prescrição de maneira liberal dos hormônios no começo do século, o que fez crescer os casos de mulheres que apresentavam efeitos colaterais durante a reposição hormonal.

No entanto, quando bem indicada, a reposição hormonal pode ter muitos benefícios, que melhoram a qualidade de vida da mulher. Para isso, é necessário realizar uma avaliação médica individualizada e criteriosa.

Reposição hormonal na menopausa e seus efeitos colaterais

Dentre os efeitos colaterais que podem ser ocasionados pela reposição hormonal na menopausa, em pessoas com predisposição a eles, estão:

O risco de câncer de endométrio (camada que reveste o útero internamente e se descama com a menstruação) , se eleva por conta da reposição isolada  do estrogênio, um dos hormônios que a mulher passa a produzir em menor quantidade ao entrar no climatério. E essa administração por muito tempo pode acabar por aumentar a chance de câncer endometrial. 

Para coibir as chances de desenvolvimento deste tipo de câncer, outro hormônio é receitado junto ao estrogênio, a progesterona.  

Porém, o uso prolongado do estrogênio junto à progesterona pode aumentar as chances de desenvolvimento de câncer de mama, AVC e infarto em pacientes com histórico familiar, e também se usados após a janela de oportunidade, ou seja, dez anos após a menopausa, ou após os 60 anos. 

Veja também: Ataque cardíaco: sinais e como evitar?

Para as mulheres que, por algum motivo, passam pelo climatério e pela menopausa e não possuem mais o útero, o uso da progesterona não é necessário, apenas o do estrogênio, baixando os riscos para esses problemas.

Nos casos em que o uso combinado dos dois hormônios é prescrito, alguns cuidados podem reduzir as chances do aparecimento dos efeitos colaterais:

A avaliação e prescrição individual é fundamental para evitar problemas maiores, principalmente em mulheres que já tiveram as seguintes doenças e estão no grupo em que a reposição hormonal na menopausa é contraindicada:

Veja também: Dor no pulmão: o que pode ser?

Quais são os benefícios da reposição hormonal na menopausa?

Mesmo com a preocupação gerada pelo desenvolvimento dos efeitos colaterais, a reposição hormonal na menopausa ainda é indicada pelos médicos justamente por conta de seus benefícios, que são:

Descubra quais são os exames que fazem parte do check-up após a menopausa

Quando a reposição hormonal é indicada?

Agora que você já conhece os riscos e os benefícios da reposição hormonal, também possui mais base para saber se ela vale a pena ou não.

Os médicos resolvem essa equação da seguinte maneira, indicam a reposição hormonal apenas para mulheres que apresentem sintomas moderados e graves do climatério.

Considerando os potenciais efeitos colaterais, a terapia é direcionada a quem a falta dos hormônios geram condições que atrapalham o dia a dia e interferem no bem-estar.

Veja também: Exames para menopausa: um guia completo!

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