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O câncer ginecológico (colo de útero, ovário, endométrio, vagina e vulva) muitas vezes é uma ocorrência silenciosa, que só costuma apresentar sintomas em fases mais avançadas.
Estima-se que 27.700 novos casos sejam diagnosticados a cada ano. Por isso, o mês de setembro é voltado para a conscientização dos tipos de câncer que podem atingir o sistema reprodutor feminino (também chamados de neoplasias ginecológicas). Nesse mês, o maior objetivo promover cada vez mais o diagnóstico rápido e precoce dessas condições, que pode aumentar a taxa de recuperação para até 90% dos casos.
Acompanhe o artigo abaixo para conhecer mais sobre os tipos de câncer ginecológicos, formas de diagnóstico, sintomas e tratamento.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de colo de útero é o terceiro tumor maligno mais frequente nas mulheres. Também denominado de Câncer Cervical, está associado à infecção persistente do vírus HPV (Papilomavírus Humano), especialmente em seus subtipos HPV16 e o HPV18.
O câncer de colo do útero apresenta uma progressão lenta, não apresentando sintomas em seus primeiros estágios. Sangramento vaginal intermitente e/ou sangramento após relações sexuais, dor à relação sexual, dores abdominais, secreções vaginais atípicas são alguns dos sintomas relacionados aos quadros mais avançados de câncer de colo útero.
O principal exame associado ao diagnóstico do câncer do colo de útero é o Papanicolau ou exame preventivo. Por meio desse exame podem ser identificadas inflamações, células de aspectos anormais relacionadas à infecção pelo vírus HPV, e células precursoras de um quadro de câncer.
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Exames que devo fazer para prevenir o câncer do colo do útero
O Papanicolau é um exame simples e rápido, realizado sem a necessidade de aparelhos auxiliares em uma consulta ginecológica usual. Realiza-se uma “raspagem” do colo do útero para a coleta de material orgânico, que será analisado para verificar a presença de anomalias. O exame dificilmente é associado à dor, muitas vezes podendo causar apenas certo desconforto. É recomendado que se faça o papanicolau anualmente para as mulheres que já iniciaram a vida sexual, ou a cada três anos, após dois exames consecutivos normais, realizados com intervalo anual.
Outros exames relacionados ao diagnósticos de câncer cervical são: colposcopia, que é o exame do colo uterino por meio de um aparelho que tem lentes, o que permite a visualização de lesões características do HPV, a biópsia (que pode ser indicada quando alterações suspeitas são encontradas no papanicolau e na colposcopia ) e o exame pélvico, através do toque ginecológico e toque retal .
A prevenção acontece principalmente pela realização periódica do papanicolau para identificar e diagnosticar anomalias no menor prazo possível.
A vacinação, por meio da vacina tetravalente contra o HPV, implementada na cartela de vacinação pelo Ministério da Saúde em 2014 também é uma medida de prevenção, protegendo contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV, mais relacionados ao câncer de colo uterino.Porém, fique atenta! Ter tomado a vacina não exclui a importância do exame preventivo, uma vez que ela não é capaz de proteger contra todos os tipos de HPV!
A utilização de preservativos durante as relações sexuais também é uma maneira auxiliar de prevenir o HPV, devido ao seu caráter de IST (Infecção Sexualmente Transmissível).
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Caracterizado como o segundo câncer ginecológico mais comum, costuma atingir mulheres a partir dos 50 anos de idade e com histórico familiar. Outros fatores como excesso de peso, infertilidade e reposição hormonal, também estão associados a fatores de risco da doença.
Em seus primeiros estágios, não apresenta sintomas. Em estágios mais avançados pode apresentar: dor e inchaço abdominal, dor na região pélvica, necessidade constante de urinar, perda de apetite, náusea, indigestão, prisão de ventre e cansaço constante.
O diagnóstico do câncer de ovário se dá principalmente por meio da realização da ultrassonografia transvaginal em exames de rotina ou mediante o relato de sintomas pela paciente.
A dosagem de marcadores no sangue, como o Ca 125 são mais importantes no acompanhamento da doença do que no diagnóstico, pois são muito inespecíficos.
A ultrassonografia transvaginal é um exame de imagem, simples e indolor, geralmente requisitada por médicos para os check-ups anuais. Pode ser realizada com dopplerfluxometria, permitindo a avaliação da irrigação sanguínea da lesão, o que pode sugerir maior chance de malignidade.
O câncer de ovário não é detectável pelo papanicolau, por isso a prevenção se dá por meio da atenção aos sintomas, especialmente para as mulheres que se encontrem no grupo de risco,como aquelas com forte histórico familiar de câncer de ovários ou de mama, e pela realização de ultrassonografias transvaginais períodicas (comuns em check-ups anuais ginecológicos).
O câncer do endométrio acomete a área de revestimento do útero, sendo mais comum em mulheres acima dos 50 anos e durante a menopausa. Outros fatores de risco associados a esse tipo de câncer são: histórico familiar, diabetes, menopausa tardia, sobrepeso, e síndrome do ovário policístico.
Sangramento vaginal anormal em fluxo e fora do período menstrual. Ou, no caso de mulheres na menopausa, qualquer sangramento vaginal.
O diagnóstico do câncer de endométrio pode ser feito por meio de uma investigação a partir dos sintomas relatados ou por meio da detecção em exames de rotina.
Os exames voltados ao diagnóstico de câncer de endométrio mais comuns são a ultrassonografia transvaginal, a histeroscopia e a biópsia do endométrio.
A adoção de hábitos saudáveis, como atividades físicas e controle de peso corporal, foram associados à manutenção da saúde e prevenção do câncer de endométrio. Engravidar também entra nessa lista.
Porém, a melhor maneira de se proteger contra o câncer de endométrio é estar em dia com seus exames de rotina.
O câncer da vagina é considerado raro e geralmente originado como complicação de algum outro câncer na área reprodutora como o câncer de útero, por exemplo. É mais comum em mulheres com idade superior aos 60 anos e mulheres de qualquer idade infectadas pelo vírus HPV. Mulheres que apresentem algum outro tipo de câncer ginecológico também fazem parte de uma expressiva parcela do grupo de risco.
Dentre os sintomas mais comuns associados à doença podemos citar: dores durante a relação sexual, dor abdominal ou pélvica constante, vontade frequente de urinar com ou sem presença de ardência ou dor, sangramento vaginal fora do período menstrual, corrimento com mau cheiro, inchaço e vermelhidão na área genital.
Diagnóstico
A prevenção se dá por meio da utilização de preservativos durante relações sexuais, a adoção e manutenção de hábitos saudáveis e a realização de exames periódicos de checagem.
O câncer de vulva acomete a parte mais externa do órgão reprodutor feminino, geralmente se localizando na abertura da vagina e se classificando como uma variação câncer de pele. Afeta com maior frequência mulheres acima de 60 anos, geralmente após a menopausa.
Coceira e vermelhidão na área da vulva , surgimento de verrugas ou feridas (vermelhas ou da cor da pele) que não somem com facilidade. Essas feridas podem apresentar um aspecto escamoso ou descolorido.
Costuma ser percebido pelo ginecologista durante o exame pélvico. A partir daí, realiza-se uma biópsia da área afetada para que se receba um diagnóstico mais concreto.
A prevenção do câncer de vulva se dá por meio da prevenção de infecção do vírus HPV e pela realização de exames ginecológicos períodos (papanicolau, ultrassonografia e exames pélvicos).
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Todos os tipos de câncer ginecológico se diagnosticados precocemente apresentam altíssimas porcentagens de recuperação completa, que chegam até a margem de 90%. Por isso, não deixe de realizar seus check-ups e visitas ao ginecologista. Eles são essenciais para garantir que você esteja feliz, saudável e despreocupada!