Câncer de colo de útero: o que toda mulher precisa saber!

O câncer de colo de útero representa uma das principais preocupações na saúde feminina, ao mesmo tempo é um tipo de câncer que pode ser totalmente evitado com as medidas certas.

A seguir vamos te mostrar todas as informações que você precisa para entender o que é o câncer de colo de útero, como ele ocorre, as formas de prevenir e tratar. Confira!

O que leva uma pessoa a ter câncer no colo do útero?

A resposta para essa pergunta tão comum está principalmente ligada a um vírus específico, mas também envolve diversos fatores que trabalham em conjunto. 

HPV: o principal causador do câncer de colo de útero

O papilomavírus humano, mais conhecido como HPV, é responsável por aproximadamente 99% dos casos de câncer de colo de útero. Para compreender melhor, pense no HPV como uma família numerosa com mais de 200 tipos diferentes. Dentro dessa família, alguns membros são mais perigosos que outros.

Os tipos de HPV considerados de alto risco oncogênico são principalmente o 16 e o 18, que, juntos, causam cerca de 70% dos cânceres cervicais. Esses vírus têm a capacidade de alterar o funcionamento normal das células do colo do útero, fazendo com que cresçam de forma desordenada.

É importante destacar que ter HPV não significa automaticamente desenvolver câncer. Estudos mostram que cerca de 80% das mulheres sexualmente ativas entrarão em contato com o vírus ao longo da vida, mas apenas uma pequena parcela desenvolverá a doença. Isso acontece porque nosso sistema imunológico consegue eliminar a infecção na maioria dos casos, geralmente entre seis meses e dois anos.

Como se contrai o câncer de útero?

O câncer de colo de útero não é contagioso, mas o vírus que o causa, sim. A transmissão do HPV ocorre principalmente através do contato sexual, incluindo relações vaginais, anais e orais. O vírus pode ser transmitido mesmo quando a pessoa infectada não apresenta sintomas visíveis.

Ao contrário do que muita gente pensa, não precisa haver penetração para a transmissão ocorrer. O simples contato entre as mucosas genitais pode ser suficiente para passar o vírus de uma pessoa para outra. Por essa razão, mesmo pessoas com poucos parceiros sexuais podem contrair o HPV.

Fatores de risco que aumentam as chances de ter

Além da infecção pelo HPV, outros fatores podem aumentar bastante o risco de câncer de colo de útero:

✅ Tabagismo: Mulheres fumantes têm cerca de duas vezes mais chances de desenvolver câncer cervical. As substâncias tóxicas do cigarro chegam ao colo do útero através da corrente sanguínea, prejudicando a capacidade do sistema imunológico de combater infecções.

✅ Início precoce da vida sexual: Começar a vida sexual muito cedo, especialmente antes dos 16 anos, aumenta as chances de contrair HPV e desenvolver alterações celulares. O colo do útero ainda está em desenvolvimento nessa fase, sendo mais vulnerável a infecções.

✅ Múltiplos parceiros sexuais: Ter vários parceiros sexuais, ou ter um parceiro que teve muitas parceiras, eleva o risco de exposição ao HPV. 

✅ Sistema imunológico enfraquecido: Condições como HIV ou uso prolongado de medicamentos imunossupressores facilitam a persistência da infecção pelo HPV.

✅ Histórico reprodutivo: Mulheres que tiveram muitas gestações (cinco ou mais filhos) apresentam risco ligeiramente aumentado.

✅ Uso prolongado de anticoncepcionais orais: O uso de pílulas anticoncepcionais por mais de cinco anos pode aumentar discretamente o risco, especialmente quando associado à infecção persistente por HPV.

Por que o câncer de colo de útero é silencioso

A doença pode se desenvolver por anos, sem causar qualquer sintoma perceptível, razão pela qual os exames preventivos são tão importantes.

Quando os sintomas aparecem, geralmente indicam que a doença já está em estágio mais avançado. Os sinais mais comuns incluem:

✅ Sangramento vaginal irregular, especialmente após relações sexuais;

✅ Sangramento entre os períodos menstruais ou após a menopausa;

✅ Corrimento vaginal com odor forte e coloração amarelada ou acastanhada;

✅ Dor pélvica persistente;

✅ Desconforto durante as relações sexuais;

✅ Dor nas costas que não melhora com repouso;

✅ Em casos mais avançados, podem ocorrer alterações urinárias, como dor ao urinar ou presença de sangue na urina.

Diagnóstico: a importância dos exames preventivos

O diagnóstico precoce do câncer de colo de útero depende totalmente dos exames preventivos:

Papanicolau: o exame que salva vidas

O exame de papanicolau coleta células do colo do útero para análise em laboratório. Quando realizado no tempo certo, pode detectar alterações pré-cancerosas que, se tratadas adequadamente, impedem o desenvolvimento do câncer propriamente dito.

O Ministério da Saúde recomenda que mulheres entre 25 e 64 anos, que já iniciaram atividade sexual, façam o exame uma vez por ano e, após dois resultados normais consecutivos, esse intervalo pode ser de três anos. Mulheres com fatores de risco podem precisar de acompanhamento mais frequente.

O papel da ecografia transvaginal

Embora o papanicolau seja o exame principal para rastreamento, outros exames podem fornecer informações valiosas sobre a saúde ginecológica. A ecografia transvaginal, por exemplo, permite avaliar a estrutura do útero e ovários, identificando alterações que possam requerer investigação adicional.

Na Clínica Viver, utilizamos equipamentos modernos de ultrassom que oferecem imagens de alta resolução, permitindo uma avaliação detalhada dos órgãos pélvicos. Essa tecnologia complementa o exame clínico e pode detectar alterações estruturais que orientem a necessidade de investigação mais aprofundada.

Teste de HPV: identificando o agente causador

Além do papanicolau, existe o teste molecular para detecção do DNA do HPV. Esse exame identifica a presença dos tipos de HPV de alto risco, fornecendo informações importantes sobre o risco de desenvolvimento de lesões precursoras.

A combinação do papanicolau com o teste de HPV oferece maior segurança no rastreamento, especialmente em mulheres acima de 30 anos, quando a persistência da infecção se torna mais preocupante.

Como se proteger do jeito certo

A prevenção do câncer de colo de útero funciona em dois níveis principais: evitar a infecção pelo HPV e detectar precocemente qualquer alteração que possa surgir. Ambas as estratégias são igualmente importantes e se complementam.

Vacinação contra HPV: a primeira linha de defesa

A vacina contra HPV representa uma das maiores conquistas da medicina preventiva moderna. Atualmente disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina protege contra os tipos de HPV responsáveis pela maioria dos casos de câncer cervical.

A vacinação é mais eficaz quando realizada antes do início da atividade sexual, razão pela qual é recomendada para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. No entanto, pessoas até 26 anos também podem se beneficiar da vacinação, mesmo que já tenham iniciado atividade sexual.

É importante compreender que a vacina previne infecções futuras, mas não trata infecções já existentes. Por isso, mesmo mulheres vacinadas devem manter os exames preventivos em dia.

Preservativos: proteção em todas as relações

O preservativo masculino ou feminino continua sendo a principal forma de proteção contra o HPV durante as relações sexuais. Embora não ofereça proteção 100% completa, já que o vírus pode estar presente em áreas não cobertas pelo preservativo, seu uso reduz significativamente o risco de transmissão.

Tratamento: opções quando a doença se desenvolve

Quando o câncer de colo de útero é diagnosticado, as opções de tratamento dependem principalmente do estágio da doença. Felizmente, quando detectado precocemente, as chances de cura são excelentes, chegando próximo aos 100%.

1. Lesões pré-cancerosas: tratamento simples e eficaz

Quando o papanicolau detecta alterações que ainda não são câncer, mas podem evoluir para tal, existem procedimentos simples para remover essas células alteradas. A cauterização, crioterapia ou cirurgia de alta frequência (CAF) são procedimentos ambulatoriais que removem a área afetada preservando a função reprodutiva.

2. Câncer em estágio inicial: cirurgia como primeira opção

Para cânceres em estágio inicial, a cirurgia costuma ser suficiente. Dependendo do tamanho e localização do tumor, pode ser realizada desde a remoção apenas da área afetada até a histerectomia (remoção do útero).

3. Estágios avançados: tratamento combinado

Quando o câncer está mais avançado, o tratamento geralmente combina radioterapia e quimioterapia. Essa combinação mostrou-se muito eficaz em controlar a doença e melhorar a qualidade de vida das pacientes.

Mitos sobre o câncer de colo de útero

Existem muitas informações incorretas circulando sobre o câncer de colo de útero. Esclarecer esses mitos é importante para que as mulheres tomem decisões informadas sobre sua saúde:

“Só mulheres com muitos parceiros desenvolvem câncer de colo de útero”

Qualquer mulher sexualmente ativa pode contrair HPV e desenvolver a doença, mesmo com poucos parceiros.

“Se eu me vacinar contra HPV, não preciso mais fazer papanicolau”

A vacina protege contra os tipos mais comuns de HPV, mas não contra todos. Os exames preventivos continuam necessários.

“Câncer de colo de útero sempre tem sintomas”

Na maioria dos casos, a doença é silenciosa nos estágios iniciais, razão pela qual os exames preventivos são tão importantes.

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