Elastografia
O câncer de mama é uma das doenças mais comuns e impactantes que afetam as mulheres em todo o mundo. Com milhões de novos casos diagnosticados todos os anos, a importância da conscientização e do diagnóstico precoce não pode ser subestimada.
Entender os fatores de risco, os métodos de detecção e as opções de tratamento é essencial para melhorar as taxas de sobrevivência e a qualidade de vida das pacientes.
Neste artigo, exploraremos de forma abrangente tudo o que você precisa saber sobre o câncer de mama para se proteger ou se tratar. Continue lendo!
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O câncer de mama é uma das formas mais comuns de câncer entre as mulheres em todo o mundo. Embora também possa afetar homens (cerca de 1% dos casos), sua incidência é muito maior em mulheres.
Este tipo de câncer se origina quando células mamárias começam a crescer de forma descontrolada, formando um tumor que pode ser detectado em exames de imagem ou através de mudanças físicas na mama, como formato, tamanho, textura, cor, consistência (falaremos mais disso à frente).
As células anormais do câncer de mama podem se espalhar para outras partes do corpo se não forem tratadas. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a expectativa é de que mais de 73 mil novos casos sejam diagnosticados no Brasil até 2025.
No Brasil, ele também ocupa a segunda posição entre mulheres, atrás apenas dos casos de câncer de pele não melanoma.
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O câncer de mama não é uma doença única, mas sim um conjunto de diferentes tipos de tumores que podem se desenvolver nos tecidos mamários. Cada tipo de câncer de mama possui características específicas que influenciam o tratamento e o prognóstico. Compreender essas diferenças é crucial para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento eficaz.
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O carcinoma ductal invasivo (CDI) é o tipo mais comum de câncer de mama, representando cerca de 70% a 80% dos casos. Ele se origina nos ductos mamários, que são os canais que transportam o leite até o mamilo, e pode se espalhar para o tecido mamário ao redor.
O CDI é conhecido por sua capacidade de se espalhar para outras partes do corpo (processo conhecido como metástase), tornando o diagnóstico precoce essencial para o tratamento eficaz.
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O carcinoma lobular invasivo (CLI) é o segundo tipo mais comum de câncer de mama, representando cerca de 10% a 15% dos casos. Ele começa nos lóbulos, que são as glândulas produtoras de leite.
O CLI pode ser mais difícil de detectar em exames de imagem do que o CDI, devido à sua tendência de se espalhar de maneira difusa nos tecidos mamários.
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O carcinoma ductal in situ (CDIS) é um tipo não invasivo de câncer de mama, onde as células cancerígenas estão confinadas aos ductos mamários e não se espalharam para o tecido ao redor.
Embora não seja considerado uma ameaça imediata à vida, o CDIS pode evoluir para um câncer invasivo se não for tratado adequadamente.
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O câncer de mama inflamatório é uma forma rara e agressiva de câncer de mama, caracterizada por alterações na pele da mama, como vermelhidão, inchaço e sensação de calor.
Essas alterações são causadas pela obstrução dos vasos linfáticos pela célula cancerígena. Devido à sua natureza agressiva, esse tipo de câncer requer tratamento imediato e intensivo.
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O câncer de mama triplo negativo é uma forma de câncer conhecido pela ausência de receptores de estrogênio, progesterona e HER2. Este tipo representa cerca de 10% a 15% dos casos e tende a ser mais agressivo e difícil de tratar, pois não responde a terapias hormonais comuns.
O tratamento geralmente envolve quimioterapia e novas terapias-alvo que estão sendo desenvolvidas.
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Este tipo de câncer de mama é caracterizado pela superexpressão da proteína HER2, que leva ao crescimento das células cancerígenas. Os cânceres HER2-positivos tendem a crescer e se espalhar mais rapidamente do que outros tipos, mas podem responder bem a terapias específicas que têm como alvo a proteína HER2.
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O estadiamento do câncer de mama é um passo importante no diagnóstico, pois ajuda a determinar a extensão da doença no corpo. Saber o estágio do câncer permite que médicos e pacientes escolham o melhor tratamento e entendam melhor o prognóstico.
Vamos explorar o que cada estágio significa de forma simples:
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Também conhecido como carcinoma in situ, neste estágio, as células cancerígenas estão confinadas aos ductos ou lóbulos mamários e não se espalharam para o tecido mamário vizinho. É considerado um estágio inicial e, muitas vezes, é tratável com sucesso.
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No estágio I, o câncer é invasivo, mas ainda está em um estágio inicial. Isso significa que o tumor é pequeno (geralmente até 2 centímetros) e não se espalhou para os linfonodos próximos. O tratamento neste estágio pode ser muito eficaz, com boas chances de cura.
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O estágio II indica que o câncer é um pouco maior ou que pode ter se espalhado para alguns linfonodos próximos. Este estágio é dividido em IIA e IIB, dependendo do tamanho do tumor e do número de linfonodos afetados.
Embora o câncer esteja mais avançado do que nos estágios anteriores, ainda existem muitas opções de tratamento.
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No estágio III, o câncer é considerado localmente avançado. Isso significa que o tumor pode ser maior e pode ter se espalhado para vários linfonodos próximos ou para estruturas próximas, como a pele ou a parede torácica.
O tratamento pode ser mais intensivo, mas ainda é possível controlar a doença.
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O estágio IV é o mais avançado e significa que o câncer se espalhou para outras partes do corpo, como ossos, fígado ou pulmões. Este é conhecido como câncer metastático.
Embora o estágio IV seja mais desafiador de tratar, existem tratamentos que podem ajudar a controlar a doença e melhorar a qualidade de vida.
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O câncer de mama é uma doença complexa e, embora não possamos apontar uma única causa, existem vários fatores que podem aumentar o risco de uma pessoa desenvolvê-lo.
Conhecer esses fatores pode ajudar a evitar hábitos que aumentem os riscos ou a buscar avaliação mais cedo, caso esteja em grupos de risco.
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Algumas pessoas têm um risco maior de desenvolver câncer de mama devido à genética.
Mutações em certos genes, como BRCA1 e BRCA2, podem aumentar significativamente esse risco. Se houver casos de câncer de mama ou ovário na família, especialmente em parentes próximos, é importante discutir isso com um médico, que pode sugerir testes genéticos.
Vale dizer que isso não é um protocolo padrão que todo(a) médico(a) irá seguir. Cada caso tem sua indicação e cada profissional sua linha de trabalho.
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Os hormônios desempenham um papel importante no câncer de mama. A exposição prolongada ao estrogênio, um hormônio feminino, pode aumentar o risco. Isso pode acontecer em casos como:
✅ Menstruação antes dos 12 anos ou menopausa após os 55 anos, já que esses fatores expõem as mulheres ao estrogênio por mais tempo.
✅ Uso de terapia hormonal após a menopausa, especialmente se combinada com progesterona.
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Embora as pesquisas ainda estejam em andamento para entender completamente a relação entre produtos químicos e o câncer de mama, alguns estudos sugerem que a exposição a certos produtos pode aumentar o risco. Aqui estão alguns exemplos:
✅ Bisfenol A – Também conhecido como BPA, pode ser encontrado em muitos plásticos e revestimentos de latas de alimentos e bebidas.
✅ Ftalatos – Usados em plásticos para torná-los mais flexíveis, também estão presentes em alguns cosméticos e produtos de cuidados pessoais.
✅ Parabenos – Usados como conservantes em cosméticos, produtos de cuidados pessoais e alimentos.
✅ Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (PAHs) – São liberados quando combustíveis fósseis, como carvão e petróleo, são queimados.
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Certos hábitos e escolhas de vida também podem influenciar o risco de câncer de mama:
✅ Beber álcool regularmente pode aumentar o risco.
✅ O excesso de peso, especialmente após a menopausa, está ligado a um risco maior.
✅ A falta de atividade física pode contribuir para o risco de câncer de mama.
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Não é recomendado aguardar o surgimento de sinais e sintomas do câncer de mama, já que quando eles se tornam perceptíveis, o quadro já pode estar avançado. No entanto, é importante saber identificá-los, caso surjam:
✅ Nódulo ou massa – Um dos sinais mais comuns de câncer de mama é o aparecimento de um nódulo ou massa na mama. Esses nódulos são geralmente indolores, firmes e com bordas irregulares, mas também podem ser macios e doloridos. Qualquer novo nódulo deve ser avaliado por um(a) médico(a).
✅ Mudanças no tamanho ou forma – Alterações inexplicadas no tamanho ou na forma de uma mama podem ser um sinal de alerta. Fique atento a qualquer assimetria que não era comum antes.
✅ Inchaço ou espessamento – Mesmo sem um nódulo claro no local, o surgimento de inchaço ou o endurecimento de uma parte da mama pode ser um sinal de câncer e deve ser investigado.
✅ Pele irritada ou com afundamento – Neste caso, podem surgir sintomas como afundamentos ou retrações da pele, bem como irritação, vermelhidão ou um aspecto de textura conhecido como casca de laranja.
✅ Mudanças no mamilo – Um mamilo que se torna invertido ou muda de posição ou forma sem motivo aparente deve ser examinado. Descamação ou vermelhidão no mamilo ou na pele ao redor também são sinais a serem observados.
✅ Secreção do mamilo – Qualquer secreção do mamilo que não seja leite materno, especialmente se for sanguinolenta ou clara, deve ser investigada por um médico.
Realizar autoexames regulares pode ajudar a identificar mudanças nas mamas precocemente. Embora o autoexame não substitua exames como a mamografia, ele é uma ferramenta útil para familiarizar-se com suas mamas e identificar alterações.
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O diagnóstico preciso do câncer de mama é essencial para iniciar o tratamento adequado e aumentar as chances de sucesso. Vários exames de imagem são usados para detectar e avaliar alterações nas mamas, ajudando os(as) profissionais a entender melhor o que está acontecendo.
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A mamografia é o exame de imagem mais comum usado para detectar o câncer de mama. Ela utiliza raios-X de baixa dose para criar imagens detalhadas do interior das mamas.
A mamografia pode identificar nódulos ou outras alterações que podem não ser palpáveis durante um exame físico. É frequentemente usada como parte de um programa de triagem regular para mulheres, especialmente aquelas com mais de 40 anos.
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A ultrassonografia de mamas usa ondas sonoras para produzir imagens das estruturas internas da mama. Este exame é particularmente útil para avaliar nódulos detectados em uma mamografia. Ele ajuda a diferenciar entre cistos (que são preenchidos com líquido) e massas sólidas, que podem exigir mais investigação.
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A ressonância magnética da mama é um exame que usa ímãs e ondas de rádio para criar imagens detalhadas do tecido mamário. A RM é frequentemente usada em mulheres com alto risco de câncer de mama ou para avaliar melhor áreas suspeitas encontradas em outros exames.
Ela é especialmente útil para examinar mamas densas ou para avaliar a extensão do câncer já diagnosticado.
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Se um exame de imagem, como a mamografia, tiver um resultado suspeito, uma biópsia pode ser realizada para confirmar se é câncer. Durante uma biópsia, uma pequena amostra de tecido é removida da área suspeita e examinada ao microscópio.
Existem diferentes tipos de biópsias, como a biópsia por agulha fina ou a biópsia por agulha grossa, dependendo da situação.
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👉 Saiba mais – Resultado suspeito na mamografia: quais os próximos passos?
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O tratamento do câncer de mama é personalizado para cada paciente, dependendo do tipo, estágio e características específicas do tumor. Existem várias opções de tratamento, e frequentemente uma combinação delas é usada para obter os melhores resultados.
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A cirurgia é uma das principais formas de tratar o câncer de mama. Existem diferentes opções cirúrgicas, que podem ser escolhidas a depender do tipo e da gravidade do quadro:
✅ Lumpectomia – Também conhecida como cirurgia conservadora da mama, envolve a remoção do tumor e uma pequena margem de tecido saudável ao redor. É geralmente seguida de radioterapia para destruir qualquer célula cancerígena remanescente.
✅ Mastectomia – Quando é feita a retirada completa da mama. A fim de evitar o dano estético à mulher, a mama retirada pode ser reconstruída no mesmo procedimento ou em outra ocasião.
✅ Dissecção de linfonodos – Se o câncer se espalhou para os linfonodos próximos, eles também podem ser removidos durante a cirurgia.
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A radioterapia é um tratamento baseado na emissão de raios que eliminam as células tumorais. É frequentemente usada após a cirurgia para eliminar células ainda não eliminadas e reduzir o risco de que o câncer retorne. O tratamento é geralmente administrado ao longo de várias semanas.
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A quimioterapia usa medicamentos para destruir células cancerígenas e é administrada por via oral ou intravenosa. Pode ser usada antes da cirurgia (quimioterapia neoadjuvante) para reduzir o tamanho do tumor ou após a cirurgia (quimioterapia adjuvante) para eliminar células cancerígenas remanescentes.
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Se o câncer de mama for sensível a hormônios, a terapia hormonal pode ser usada para bloquear o corpo de produzir hormônios ou para impedir que os hormônios ajudem o câncer a crescer. Medicamentos como tamoxifeno ou inibidores da aromatase são comumente usados.
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Essas terapias específicas atacam alterações específicas nas células cancerígenas. Por exemplo, para cânceres HER2-positivos, medicamentos como trastuzumabe (Herceptin) podem ser usados para bloquear a proteína HER2 e impedir o crescimento do câncer.
Todo tratamento para câncer de mama é definido de forma personalizada para cada paciente. A escolha de quais condutas serão usadas vai depender da gravidade do quadro, do tipo de células tumorais, além das escolhas de cada paciente.
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